Um amigo meu, que muito prezo por sério, inteligente, pró angló-saxónico, informado e altarrão, "tudo" como eu - qualidades que vão, em simultaneidade, rareando hoje em dia... -, disse-me há dias, que era sua convicção que as redes sociais tipo as do título, iriam ser, a médio prazo, necessárias senão obrigatórias, ao relacionamento do quotidiano. Fiquei - claro -, preocupado. Por não estar em qualquer delas, e por não prever vir a estar em qualquer delas nos decénios (:)) que se avizinham.
Reconhecidas as suas capacidades - dele, não das redes!!! -, fiquei a meditar no que ele disse. Como poderemos conviver, ou sobreviver (...), com esta ameaça?
A perspectiva de ser prescrutado, a cada instante, por um sem número de desconhecidos (coitados, deve ser triste ter aquelas resmas de "amigos") que não conheço de lado algum, incomoda-me de sobremaneira. Como diria o almirante Pinheiro de Azevedo: "epá não gosto de ser sequestrado, chateia-me...". Neste caso: epá não gosto que me cusquem. Eles que "pensem" e falem com os congéneres que papam as telenovelas, os talkshow, os concursos e afins das televisões.
Uma coisa é um gato pingado qualquer, não convidado, ter acesso ao meu blogue, porque digita uma sequência de palavras que o faz esbarrar com este sítio. Assim como o Vasco Santana no Pátio das Cantigas quando se confonta com o candeeiro.
Outra é não se poder estar descansado a escrever, a reflectir sobre o que se quer, sem vir um papalvo com uma licenciatura pós-bolonha, com um curso das Novas Oportunidades, ou das escolas de educação, botar discurso.
Temo, no entanto, e porque o considero (ao meu amigo, não ao papalvo), que ele tenha razão. E aí terei de repensar. Apesar de estar convencido que haverá sempre alternativa ao que nos querem meter pela goela abaixo. Mais que não seja, para nos manterem entretidos a pensar que estamos sós...
Até lá, vou pensando pela minha cabeça, vou reflectindo, escrevendo e postando o que entendo, onde quero, e com as "espreitadelas - poucas - de quem escolho.
Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
quarta-feira, 27 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Sociedade - Alberto Gonçalves
Queremos fiado: toma!
por ALBERTO GONÇALVES
25.07.11
Desde que a Moody's nos decretou "lixo" económico, os portugueses já: 1) reagiram oficial e informalmente à classificação com críticas e insultos à dita agência; 2) organizaram o envio postal de lixo autêntico para a sede da agência; 3) sabotaram o site da agência. Faltava alguma coisa? Pelos vistos, faltava produzir uma série de bonecos do Zé-Povinho em pose de manguito e com a inscrição "Toma, Moody's!". Felizmente, a Vista Alegre e as Faianças Bordalo Pinheiro, que prevêem alargar as vendas do boneco a Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (os PIIGS restantes), trataram do assunto.
Decerto estarei enganado, mas era capaz de jurar que a melhor resposta a quem acusa o País de ser um monumento ao descrédito passaria por provar que o País merece crédito, do tipo que é sinónimo de confiança ou, no limite, do tipo que é sinónimo de juros. A ideia da Bordalo Pinheiro apenas prova que conseguimos produzir caricaturas alarves e despeito. Assim de repente, ocorre-me que seria preferível cortar na despesa pública, reduzir a carga fiscal, mexer a sério nas leis laborais, na Justiça e na Educação e outras minudências que desmentissem o facto, até agora por desmentir, de que cada euro empregue em Portugal é, com altíssima probabilidade, um euro mal empregado.
Obviamente, as medidas acima dão um trabalhão e não aliviam a alma. Obviamente, preferimos a via alternativa, que consiste em chamar ao mensageiro da desgraça o que Maomé não chamou ao vinho e, para efeitos práticos, esquecer que a desgraça é real. Samuel Johnson estava de mau humor quando afirmou que o patriotismo é o refúgio dos canalhas. Com frequência, é apenas o abrigo de trapaceiros, tontos e oportunistas. Os primeiros assinam o desastre, os segundos legitimam-no e os terceiros ganham uns trocos à sua custa, ou mais exactamente 33 euros nos bonecos pequenos e 64 euros nos maiorezinhos.
Tem graça? Tem a graça dos pelintras orgulhosos, incapazes de sobreviver sozinhos e convictos da própria superioridade face a quem os sustenta. Ainda não consegui parar de rir. Logo que consiga, irei a uma loja da Vista Alegre adquirir, a título de lembrança, um exemplar do boneco endereçado à Moody's mas que poderia ser endereçado ao dólar, à sra. Merkel, ao capitalismo, à globalização, aos especuladores ou aos mercados. O fundamental é usar o mundo exterior como bode expiatório dos nossos desvarios. E rezar para que continue a patrociná-los.
...
Moi-Some of the best jokes i've read
A guy bought a new fridge for his house. To get rid of his old fridge,
he put it in his front yard and hung a sign on it saying: "Free to good
home.
You want it, you take it." For three days the fridge sat there without
even one person looking twice at it. He eventually decided that people
were too
un-trusting of this deal. It looked to good to be true, so he changed
the sign to read: "Fridge for sale $50". The next day someone stole it.
Caution! These people Vote
=======================================================================
While looking at a house, my brother asked the real estate agent which
direction was North because, he explained, he didn't want the sun
waking him up every morning. She asked, "Does the sun rise in the
North?" When my brother explained that the sun rises in the East, (and
has for sometime), she shook her head and said, "Oh, I don't keep up
with that stuff"
She ALSO votes!
=======================================================================
I used to work in technical support for a 24/7 call center. One day I
got a call from an individual who asked what hours the call centre was
open. I told him, "The number you dialed is open 24 hours a day, 7 days
a week."
He
responded, "Is that Eastern or Pacific time?" Wanting to end the call
quickly, I said, "Pacific."
He ALSO votes!
=======================================================================
My colleague and I were eating our lunch in our cafeteria, when we
overheard one of the administrative assistants talking about the
sunburn she got on her weekend drive to the shore. She drove down in a
convertible, but "didn't think she'd get sunburned because the car was
moving".
She ALSO votes!
=======================================================================
My sister has a lifesaving tool in her car. It's designed to cut
through a
seat belt if she gets trapped. She keeps it in the trunk.
My sister ALSO votes!
=======================================================================
My friends and I were on a beer run and noticed that the cases were
discounted 10%. Since it was a big party, we bought 2 cases. The
cashier multiplied 2 times 10% and gave us a 20% discount...
He ALSO votes!
=======================================================================
I was hanging out with a friend when we saw a woman with a nose ring
attached to an earring by a chain. My friend said, "Wouldn't the chain
rip
out every time she turned her head?"
I explained that a person's nose and ear remain the same distance apart
no
matter which way the head is turned...
My friend ALSO votes!
=======================================================================
I couldn't find my luggage at the airport baggage area. So I went to
the lost luggage office and told the woman there that my bags never
showed up.
She smiled and told me not to worry because she was a trained
professional
and I was in good hands. "Now," she asked me, "has your plane arrived
yet?"
SHE ALSO votes!
=======================================================================
To those who understand ~ No explanation is necessary.
For those who don't understand ~ No explanation is possible.
he put it in his front yard and hung a sign on it saying: "Free to good
home.
You want it, you take it." For three days the fridge sat there without
even one person looking twice at it. He eventually decided that people
were too
un-trusting of this deal. It looked to good to be true, so he changed
the sign to read: "Fridge for sale $50". The next day someone stole it.
Caution! These people Vote
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While looking at a house, my brother asked the real estate agent which
direction was North because, he explained, he didn't want the sun
waking him up every morning. She asked, "Does the sun rise in the
North?" When my brother explained that the sun rises in the East, (and
has for sometime), she shook her head and said, "Oh, I don't keep up
with that stuff"
She ALSO votes!
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I used to work in technical support for a 24/7 call center. One day I
got a call from an individual who asked what hours the call centre was
open. I told him, "The number you dialed is open 24 hours a day, 7 days
a week."
He
responded, "Is that Eastern or Pacific time?" Wanting to end the call
quickly, I said, "Pacific."
He ALSO votes!
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My colleague and I were eating our lunch in our cafeteria, when we
overheard one of the administrative assistants talking about the
sunburn she got on her weekend drive to the shore. She drove down in a
convertible, but "didn't think she'd get sunburned because the car was
moving".
She ALSO votes!
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My sister has a lifesaving tool in her car. It's designed to cut
through a
seat belt if she gets trapped. She keeps it in the trunk.
My sister ALSO votes!
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My friends and I were on a beer run and noticed that the cases were
discounted 10%. Since it was a big party, we bought 2 cases. The
cashier multiplied 2 times 10% and gave us a 20% discount...
He ALSO votes!
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I was hanging out with a friend when we saw a woman with a nose ring
attached to an earring by a chain. My friend said, "Wouldn't the chain
rip
out every time she turned her head?"
I explained that a person's nose and ear remain the same distance apart
no
matter which way the head is turned...
My friend ALSO votes!
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I couldn't find my luggage at the airport baggage area. So I went to
the lost luggage office and told the woman there that my bags never
showed up.
She smiled and told me not to worry because she was a trained
professional
and I was in good hands. "Now," she asked me, "has your plane arrived
yet?"
SHE ALSO votes!
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To those who understand ~ No explanation is necessary.
For those who don't understand ~ No explanation is possible.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Moi-Reflexão - SCP; ano novo, vida nova???
No sábado à noite, assisti ao jogo de apresentação do SCP contra o Juventus, em Toronto.
Gostei, genericamente do que vi, sobretudo da atitude/pressão da equipa, quando a Juventus tinha a bola. Isto apesar de a Juventus não me parecer em forma. Vamos ver se o gás não se gasta.
Individualmente, gostei de ver "muitos" portugueses (...), e gostei de não ver - como é habitual hoje em dia nos "grandes" -, uma "esquadra" de sul americanos.
Apreciei o central americano (não sei o nome), o "Schaars" (creio que se chama assim), o Rinaldo (excelente visão de jogo, excelentes passes!), apesar de este me parecer, não só com o peito demasiado cheio, como - sobretudo - mal formadito. Só assim se explica o qui pro quo que arranjou com o avançado italiano. A ver vamos.
Quanto ao autor dos golos - viram aquele ar superior, impante, distante, sobranceiro? -, bem, quanto a este, esperemos que não tenha gasto o reportório dos (bons, mas muito poucos!) golos que faz numa época.
Gostei igualmente dos que entraram no segundo tempo a substituir os iniciais. Jovens, portugueses, mas com boa pinta.
Num dos únicos momentos perigosos, a defesa deixou o Del Piero marcar um belo golo. "Chapeau" ao chapéu, e ponto de interrogação àquela defesa...
Ainda a propósito da multidão de sul americanos que invadiu o nosso futebol, aguardo com expectativa - e com muita preocupação -, o(s) desafio(s) em que, mercê do seu (mau) feitio e da sua (falta de) formação, acabe tudo à estalada, como é hábito lá nas terras dos índios...do sul, obviamente!
Tanto tempo que gastam a palrar sobre futebol, e ainda não ouvi nenhum "doutorado" emitir opinião sobre este tema...
Gostei, genericamente do que vi, sobretudo da atitude/pressão da equipa, quando a Juventus tinha a bola. Isto apesar de a Juventus não me parecer em forma. Vamos ver se o gás não se gasta.
Individualmente, gostei de ver "muitos" portugueses (...), e gostei de não ver - como é habitual hoje em dia nos "grandes" -, uma "esquadra" de sul americanos.
Apreciei o central americano (não sei o nome), o "Schaars" (creio que se chama assim), o Rinaldo (excelente visão de jogo, excelentes passes!), apesar de este me parecer, não só com o peito demasiado cheio, como - sobretudo - mal formadito. Só assim se explica o qui pro quo que arranjou com o avançado italiano. A ver vamos.
Quanto ao autor dos golos - viram aquele ar superior, impante, distante, sobranceiro? -, bem, quanto a este, esperemos que não tenha gasto o reportório dos (bons, mas muito poucos!) golos que faz numa época.
Gostei igualmente dos que entraram no segundo tempo a substituir os iniciais. Jovens, portugueses, mas com boa pinta.
Num dos únicos momentos perigosos, a defesa deixou o Del Piero marcar um belo golo. "Chapeau" ao chapéu, e ponto de interrogação àquela defesa...
Ainda a propósito da multidão de sul americanos que invadiu o nosso futebol, aguardo com expectativa - e com muita preocupação -, o(s) desafio(s) em que, mercê do seu (mau) feitio e da sua (falta de) formação, acabe tudo à estalada, como é hábito lá nas terras dos índios...do sul, obviamente!
Tanto tempo que gastam a palrar sobre futebol, e ainda não ouvi nenhum "doutorado" emitir opinião sobre este tema...
Nostalgia - grandes músicas: If (Bread)
If a picture paints a thousand words,
Then why can't I paint you?
The words will never show the you I've come to know.
If a face could launch a thousand ships,
Then where am I to go?
There's no one home but you,
You're all that's left me too.
And when my love for life is running dry,
You come and pour yourself on me.
If a man could be two places at one time,
I'd be with you.
Tomorrow and today, beside you all the way.
If the world should stop revolving spinning slowly down to die,
I'd spend the end with you.
And when the world was through,
Then one by one the stars would all go out,
Then you and I would simply fly away
Then why can't I paint you?
The words will never show the you I've come to know.
If a face could launch a thousand ships,
Then where am I to go?
There's no one home but you,
You're all that's left me too.
And when my love for life is running dry,
You come and pour yourself on me.
If a man could be two places at one time,
I'd be with you.
Tomorrow and today, beside you all the way.
If the world should stop revolving spinning slowly down to die,
I'd spend the end with you.
And when the world was through,
Then one by one the stars would all go out,
Then you and I would simply fly away
quinta-feira, 21 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Moi-Reflexão - Sociedade do faz de conta
Hipótese: Qual a semelhança entre o discurso do contingente de jogadores estrangeiros, que no início de cada época invade a pátria nacional, e o de algumas das pivot dos nossos principais programas de televisão como Maria Flor Pedroso (aquela que, obstinadamente, tentou durante longo tempo entrevistar Marcelo Rebelo de Sousa) como Fátima Campos Ferreira (a que, no Prós e Contras, com a sua voz pseudo-militarista, diz a maior resma de banalidades e lugares comuns do universo televisivo), e a Clara Pinto de Sousa (onde é que eu já li este nome??), jornalista que habitualmente, fala alto e - tal como a FCF -, de um modo proto-draconiano?
A resposta é que fingem que falam, e ainda dão espectáculo. Tal como os jogadores recêm chegados.
Passo a demonstrar.
Enquanto que a eles os enfarpelam sob um estilo inenarrável (cachecol sempre a condizer, camisola do clube a rematar), os penteiam com o novo penteado que a moda lhes impingiu por aquelas cabeças de amendoim abaixo, eles correspondem, vomitando o "grande clube em que passam a estar", o "obrigado", e outros disparates de altíssimo gabarito vocalo-linguistiko-luzitâniku.
Enquanto que a elas as apinocam, assim como animaizinhos que fossem fazer um número de circo, com vestidos proto-chiquérrimos, as mascaram (sim, porque aquilo não é maquilhagem!), as aperucam, elas então, correspondem..., bem, não sei como ponha isto melhor mas,...abrindo a boca, pronto!
Quando elas abrem a boca, contemplo-as, boquiaberto, estático, qual AVC recente; elas a dizerem clichés com um ar seríssimo e sereníssimo, metendo autênticas "buchas" com um ar superior, profundamente conhecedor (Ah, grande Groucho!!), tecendo proto-comentários, sempre vazios de conteúdo claro, ao que os entrevistados (estes sim, regra geral, entendidos!) acabam de explicar. Tudo isto sem que um daqueles (que se calhar até bate na mulher quando chega a casa), diga, com o ar mais natural deste mundo, "ó querida, vai lá dormir com o outro que te pôs aqui, porque isso é que deves fazer bem".
Não sei como é que "estas figuras" conseguem conviver no seu dia-a-dia, sem reflectirem e se questionarem: - ora deixa-me cá fazer o rewind, e ver como foi a minha condução do debate.
Temo por aquilo que então virem. Temo igualmente, mas sobretudo, por aquilo que não conseguirem ver.
Ontem (18.07.11), no Prós e Contras sobre a Europa, e em que eram intervenientes João César das Neves, Viriato Suromenho Marques, Ferreira Amaral e Pedro????, contam-se pelos deditos de uma mão, as vezes que os intervenientes interromperam o raciocínio, para corresponder a um dos comentários (...) da moderadora, FCF. Que vergonha! Será que não têm olhos nem ouvidos para avaliarem a figura que fazem??Ou simplesmente não querem, porque já sabem que dormiram com a pessoa certa?...(juro que me rio com o facto de os intervenientes no debate, não lhes ligarem puto em 90% das vezes.
Por vezes só a educação, o decoro, e a (real) superioridade, senão a comiseração, os impede de exteriorizar o que lhes vai na alma...
Conclusão: ambos dão espectáculo, eles de uma maneira, elas de outro. Ambos fingem que falam; eles de uma maneira, elas de outro
Confesso que, ter uma mulher daquelas (ou um homem daqueles) em casa, só pode constituir-se num desafio! Psiquiátrico, entenda-se.Pobres maridos, pobres mulheres...
PS - Para que conste, gosto de ouvir a jornalista da SIC notícias, Ana Lourenço. Em todas as intervenções em que a ouvi, e contrariamente às azémulas de que já falei, ela não se quis ouvir (...), antes fazendo as perguntas (muito certas!!!), deixando o entrevistado responder, e no fim, se subsisitir, recolocar alguma dúvida, sem interromper cons-tan-te-men-te, como as outras pobres fazem, o raciocínio do entrevistado. Até no episódio do Santana Lopes, não desatou, patéticamente (como é apanágio dos homónimos da classe), a defender a camisola à tonta. Se não se perder, temos - até que enfim -, uma jornalista.
A resposta é que fingem que falam, e ainda dão espectáculo. Tal como os jogadores recêm chegados.
Passo a demonstrar.
Enquanto que a eles os enfarpelam sob um estilo inenarrável (cachecol sempre a condizer, camisola do clube a rematar), os penteiam com o novo penteado que a moda lhes impingiu por aquelas cabeças de amendoim abaixo, eles correspondem, vomitando o "grande clube em que passam a estar", o "obrigado", e outros disparates de altíssimo gabarito vocalo-linguistiko-luzitâniku.
Enquanto que a elas as apinocam, assim como animaizinhos que fossem fazer um número de circo, com vestidos proto-chiquérrimos, as mascaram (sim, porque aquilo não é maquilhagem!), as aperucam, elas então, correspondem..., bem, não sei como ponha isto melhor mas,...abrindo a boca, pronto!
Quando elas abrem a boca, contemplo-as, boquiaberto, estático, qual AVC recente; elas a dizerem clichés com um ar seríssimo e sereníssimo, metendo autênticas "buchas" com um ar superior, profundamente conhecedor (Ah, grande Groucho!!), tecendo proto-comentários, sempre vazios de conteúdo claro, ao que os entrevistados (estes sim, regra geral, entendidos!) acabam de explicar. Tudo isto sem que um daqueles (que se calhar até bate na mulher quando chega a casa), diga, com o ar mais natural deste mundo, "ó querida, vai lá dormir com o outro que te pôs aqui, porque isso é que deves fazer bem".
Não sei como é que "estas figuras" conseguem conviver no seu dia-a-dia, sem reflectirem e se questionarem: - ora deixa-me cá fazer o rewind, e ver como foi a minha condução do debate.
Temo por aquilo que então virem. Temo igualmente, mas sobretudo, por aquilo que não conseguirem ver.
Ontem (18.07.11), no Prós e Contras sobre a Europa, e em que eram intervenientes João César das Neves, Viriato Suromenho Marques, Ferreira Amaral e Pedro????, contam-se pelos deditos de uma mão, as vezes que os intervenientes interromperam o raciocínio, para corresponder a um dos comentários (...) da moderadora, FCF. Que vergonha! Será que não têm olhos nem ouvidos para avaliarem a figura que fazem??Ou simplesmente não querem, porque já sabem que dormiram com a pessoa certa?...(juro que me rio com o facto de os intervenientes no debate, não lhes ligarem puto em 90% das vezes.
Por vezes só a educação, o decoro, e a (real) superioridade, senão a comiseração, os impede de exteriorizar o que lhes vai na alma...
Conclusão: ambos dão espectáculo, eles de uma maneira, elas de outro. Ambos fingem que falam; eles de uma maneira, elas de outro
Confesso que, ter uma mulher daquelas (ou um homem daqueles) em casa, só pode constituir-se num desafio! Psiquiátrico, entenda-se.Pobres maridos, pobres mulheres...
PS - Para que conste, gosto de ouvir a jornalista da SIC notícias, Ana Lourenço. Em todas as intervenções em que a ouvi, e contrariamente às azémulas de que já falei, ela não se quis ouvir (...), antes fazendo as perguntas (muito certas!!!), deixando o entrevistado responder, e no fim, se subsisitir, recolocar alguma dúvida, sem interromper cons-tan-te-men-te, como as outras pobres fazem, o raciocínio do entrevistado. Até no episódio do Santana Lopes, não desatou, patéticamente (como é apanágio dos homónimos da classe), a defender a camisola à tonta. Se não se perder, temos - até que enfim -, uma jornalista.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sociedade - Obsolescência programada, ou como nos obrigam a comprar...cap.II
Reflexão - O último mohicano, perdão, imposto
O "imposto tem um carácter excepcional"- disse o ministro das Finanças, Dr. Vitor Gaspar.
Disse-o, acredito, convictamente. Ou seja, de que não aplicará outra medida "do género"...
Acredito, claro, que não será o último. Nem o último imposto, nem o último ministro a dizê-lo.
Esta forma sinuosa que temos de (sobre)viver, corrói-nos sem que nos apercebamos de que efectivamente o faz. Esta esperança contínua na efemeridade do (mau) momento, seja no governo "x" ou "y", escangalha-nos.
A medida decorreu de uma situação inopinada, ou seja, detecção de um buraco de 2mil milhões de euro. Pergunto: para quando o próximo? Buraco, o governo calcula-se...
As nossas inenarráveis (e incontáveis) contas continuam a condizer - obviamente -, com o nosso exemplar comportamento enquanto cidadãos. Esperemos mais uns meses...
Todos empurram com a barriga. A Europa lá fora, sem saber exactamente o que fazer à desestruturação que há tempo se vinha anunciando. Nós cá dentro, mas como de costume, sempre em pé. Como dizia uma senhora, "como as árvores"...
Grande tombo, grande tombo!!
Disse-o, acredito, convictamente. Ou seja, de que não aplicará outra medida "do género"...
Acredito, claro, que não será o último. Nem o último imposto, nem o último ministro a dizê-lo.
Esta forma sinuosa que temos de (sobre)viver, corrói-nos sem que nos apercebamos de que efectivamente o faz. Esta esperança contínua na efemeridade do (mau) momento, seja no governo "x" ou "y", escangalha-nos.
A medida decorreu de uma situação inopinada, ou seja, detecção de um buraco de 2mil milhões de euro. Pergunto: para quando o próximo? Buraco, o governo calcula-se...
As nossas inenarráveis (e incontáveis) contas continuam a condizer - obviamente -, com o nosso exemplar comportamento enquanto cidadãos. Esperemos mais uns meses...
Todos empurram com a barriga. A Europa lá fora, sem saber exactamente o que fazer à desestruturação que há tempo se vinha anunciando. Nós cá dentro, mas como de costume, sempre em pé. Como dizia uma senhora, "como as árvores"...
Grande tombo, grande tombo!!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Sociedade - grandes escribas, grandes prosas
Alberto Gonçalves |
Alexandre Pais |
Pdero Santos Guerreiro |
Miguel Sousa Tavares |
Fernando Madrinha |
Vasco Graça Moura |
Helena Matos |
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