Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
domingo, 31 de agosto de 2014
Reflexão-F.José Viegas
O real, uma hipótese.
Reflexão-F.José Viegas
Histeria alimentar
sábado, 30 de agosto de 2014
Reflexão-Nuno Saraiva no DN
E
viva a incompetência
Portugal é um lugar estranho, onde, ao contrário de outros poisos, a
incompetência é apreciada e, até, premiada.Esta semana, por exemplo, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol chamou a imprensa para fazer um balanço, tardio, da miserável participação da seleção no Campeonato do Mundo. Disse Fernando Gomes que, apesar de terem sido dadas todas as condições, "não fomos capazes, no Brasil, de cumprir o objetivo mínimo exigível". E acrescentou: "Não fomos competentes." Vai daí, e perante a repetida confissão de responsabilidade única, honra lhe seja feita, assumida pelo selecionador nacional, o que é que se faz? Despedem-se os médicos e reforça-se o papel e o poder de Paulo Bento.
O exemplo futeboleiro serve de pretexto para um pequeno escrutínio da nossa memória coletiva. Na verdade, ninguém se lembra de a história registar o despedimento de um qualquer titular de cargo público ou político por incompetência ou má figura.
Senão, vejamos: o atual Governo, manifestamente incompetente no controlo das contas públicas - como se comprova com as derrapagens no défice e com a apresentação de oito Orçamentos Retificativos em três anos -, ainda merece a confiança de 30% do eleitorado que vota - foi assim nas últimas eleições europeias -, e quem veja as sondagens não pode excluir uma vitória da coligação PSD-CDS em 2015.
Por seu lado, a oposição, que claramente tem sido incompetente, ainda consegue ganhar eleições, ainda que de forma pífia, apesar da devastação que a austeridade colossal tem provocado no País.
Saiamos agora do presente e recuemos no tempo.
Durão Barroso, cujo Governo incompetente até registou, a meio do mandato, uma censura violenta nas urnas que levou à "fuga" do ex-primeiro-ministro, acabou promovido a presidente da Comissão Europeia - lugar que ocupa até outubro - e, quem sabe, chegará um dia a secretário-geral da ONU, para gáudio do orgulho nacional.
António Guterres, cuja passagem por São Bento não fica certamente na história pela competência e capacidade de tomar decisões, é agora o nome dileto de uma parte da esquerda - mas também de uma certa direita - para ocupar a vaga que Cavaco Silva há de deixar em Belém, lá para janeiro de 2016.
E, no que a lugares de governação diz respeito, também não foi por incompetência que Pedro Santana Lopes, cujo mandato como primeiro--ministro durou apenas um semestre, acabou por cair. Isto apesar da trapalhada que foi a formação do Governo ou os erros clamorosos cometidos numa abertura de ano letivo, atrasando o regresso às aulas.
Na regulação bancária também não faltam exemplos de promoção da incompetência. Vítor Constâncio ficará para sempre associado - pela inépcia, para dizer o mínimo - ao BPN, o maior escândalo financeiro, até agora, da história portuguesa. Objetiva e factualmente, a incompetente supervisão do então governador do Banco de Portugal, que não detetou em tempo útil as ilegalidades cometidas no BPN, mereceu ser premiada com uma "promoção" a vice-presidente do Banco Central Europeu.
E até D. Sebastião, que se mostrou incompetente na batalha de Alcácer Quibir contra os muçulmanos, ficou na história como "o desejado", inspirando o mito sebastianista de salvação da pátria. Logo ele que, pela morte, espoletou a crise dinástica que haveria de nos empurrar para os braços dos Filipes espanhóis, conduzindo-nos à perda da independência nacional.
O que os factos demonstram é que, definitivamente, estamos condenados - por culpa própria - a viver num país que, perante todas as evidências, encolhe os ombros, se conforma na cultura do "tivemos azar, pá!" e é condescendente com a incompetência. Como disse Salgueiro Maia às suas tropas, na madrugada de 25 de abril de 1974, "há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos". E o estado a que isto chegou é o de "viva a incompetência".
Livro-Amin Maalouf
Primeiro livro que leio dele, em francês, e na Argélia. Apresenta um ponto de vista equilibrado,
sobre o desejo que ele tem para um novo mundo. e não evita críticas tanto aos USA, como aos estados Árabes
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Desporto-Judô (Telma Monteiro)
Mais um segundo lugar da Telma Monteiro em mais um campeonato do Mundo, por oposição a não sei que lugar da selecção nacional de futebol em mais um campeonato do Mundo.
E cá vamos, cantando e rindo!
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
sábado, 23 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Ténis-Federer
Grande jogo, ao vivo na Argélia. A ver se apanho ainda o andebol...
Futebol-Académica-Sporting na Argélia
Mas a sensação de estar a ver o jogo, aqui, é interessante.
sábado, 16 de agosto de 2014
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Argélia-Pastelaria/Padaria
Uma pastelaria "ocidentalizada" no aspecto. Quanto ao resto ainda falta! Na encomenda, a demora no atendimento apenas com uma pessoa à frente, depois na entrega, e como foi o chauffeur a ir buscar, em vez de 20 unidades, apenas 18..Não há remédio! Têm sempre de se "enganar"...
Séries-Justified s03
Argélia-Ambiente
Enfim, a defesa do ambiente no seu melhor!
Pouco mais à frente parámos já que a carrinha aqueceu, presume-se que por falta de água...Tinha, de acordo com o responsável pelo parque de viaturas, Khaled, saído da garagem onde tinha feito a revisão...
Nas fotos o motorista Mustapha e o engenheiro hidráulico Mohammed Hamrat
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
Filme-Loch Ness
A Escócia, uma história calminha sobre a lenda do monstro, e o dilema da descoberta na Ciência. E um Ian Holm imbatível!
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
sábado, 2 de agosto de 2014
Reflexão-Maria Fátima Bonifácio
O nosso governo não dispõe desta vantagem, como se tem visto, enleado como vive por constrangimentos constitucionais e desapoiado por um semi-presidencialismo que paralisa o Presidente da República. Reformar Portugal torna-se assim mais difícil, pelo imobilismo sistemático da extrema-esquerda e de parte do PS, para quem toda e qualquer reforma de consequência constitui um atentado aos sacrossantos "direitos adquiridos", mesmo quando a mais elementar aritmética comprova que são incomportáveis.
Portugal vive refém de uma partidocracia caracterizada pela incapacidade de compromisso dos partidos à Esquerda. O mundo laboral, entregue ao Partido Comunista, tornou-se intocável ao abrigo de uma Constituição obsoleta. O PS, por medo ou convicção, não se atreve a tocar na arca sagrada dos direitos dos trabalhadores. Só os "neo-liberais", indiferentes à pobreza e ao desemprego, defendem reformas sócio-económicas susceptíveis de irem apetrechando o País para uma competição global bem sucedida, que é o único meio de a prazo minorar o desemprego e tornar Portugal mais próspero.
Ilude-se quem acredita que a nossa salvação está na restauração da estrutura económica assente numa miríade de micro-empresas familiares, como acontecia antes da crise e de boa parte delas terem sido irradiadas. Este mundo, que António Costa quer em larga medida reanimar (ver entrevista ao Público de 20/7), não é do Mundo de hoje. Mas, é claro, um semelhante diagnóstico só podia proceder de um "neo-liberal" tipicamente desalmado e unicamente movido pela ambição de empobrecer o País e ajudar os ricos a prosperar. Deste absurdo se acusa Passos Coelho , o ideólogo do "neo-liberalismo" doméstico que teve a ousadia de querer preparar Portugal para enfrentar o mundo contemporâneo. Infelizmente, a rigidez das instituições e a força do corporativismo deitaram largamente a perder este desígnio meritório.
Se a agenda apodada de "neo-liberal" pudesse ser levada por diante, Portugal entraria mais rapidamente no séc. XXI. Como sempre, estamos atrasados, aferrados a paradigmas que já eram velhos há trinta anos, e ingenuamente apostados em que a Europa, e até o Mundo, nos ajudarão a conservá-los.