Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Reflexão - José Manuel Oliveira Antunes
O que, neste momento, está em causa é a fusão de duas entidades que resultará numa única que controlará 30% dum sector tão decisivo. E, se for seguida de uma outra compra ou fusão de igual dimensão, colocará quase toda a produção mundial de alimentos ao alcance de meia dúzia de pessoas, reunidas num qualquer escritório de Xangai ou Leverkusen
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
Reflexão - LBC (a selecção nacional)
Hoje em dia, não sei o que me exaspera mais neste mundo do futebol:
-Se ter consciência das verbas envolvidas, por oposição a outras opções de cariz social que, para o razoável dos mortais, seriam bem mais urgentes;
-se me aperceber da discrição, senão quase impunidade, com que os sucessivos casos de corrupção no meio são resolvidos;
-se ouvir as campanhas publicitárias a bebidas alcoólicas e não só, que se montam em torno da selecção, apelando ao instinto consumista da plebe;
- se as horas e horas de considerações com que meia dúzia de pseudo-letrados, proto-doutores e recém - empoleirados no futebol, tergiversam nos diferentes programas, sobre o fenómeno, antes e depois do mesmo;
- se assistir, impotente, à ensaiada ansiedade com que se promove e preenche os 7 ou 8 canais de televisão antes do início da refrega;
-se, durante a mesma, ter de ouvir a quantidade de comentários patetas a que as dúzias de comentadores são obrigados;
- se aguentar a irritante calma (desplante?) e aparente falta de velocidade com que William Carvalho ou André Gomes jogam;
-se tremer com a falsa segurança de Ricardo Carvalho ou de Rui Patrício;
-se recear as sucessivas entradas de Pepe;
-se não compreender a opção da entrada de Rafa a três (!) minutos do final do jogo;
- se ter de ver o consecutivo e persistente "azar" de Ronaldo na selecção;
- se ter de aguentar os esgares e sorrisos de superioridade de CR7 para com os adversários (colegas de profissão) que, regra geral, não se convertem em algo tangível;
- se lamentar o ror de oportunidades que temos, mas nunca concretizamos;
- se, apesar de gostar de Fernando Santos, não entender a forma como promoveu a selecção neste Campeonato, aumentando as expectativas;
- se ouvir outros treinadores, como o Islandês, com low-profile, ponderado e sem grandes parangonas, a dizer comuns e cruéis verdades;
-se ter de ouvir o trava-língua consecutivo das "grandes equipas" que dizem que defrontamos;
- se sentir esta incapacidade em contrariar a consciente, premeditada e acintosa manipulação com que os media da praça insistem em nos fazer crer que somos uma grande potência do futebol;
- se ter a convicção de que Islândia e Áustria são equipas que não têm futebol comparável ao nosso;
-se ter a frustração de não se ver, consecutivamente, a concretização da suposta superioridade da nossa selecção;
- se me sentir consciente da minha opção em afastar do mundo do futebol, mas não o conseguir fazer definitivamente, ainda por cima "por isto";
- se não conseguir encontrar eco do meu desencanto daquela realidade, nos inúmeros amigos que tenho, excepção feita a alguns que o acabam por reconhecer após a excitação.
Não sei o que me irrita mais!
Se o "azar" que sucessivamente nos persegue, se ter a consciência da equipa que (não) temos, se a aculturação a que, voluntariamente, todos nós nos temos vindo a remeter!
Depois do empate com a Islândia, este com a Áustria. Ou são, na verdade, duas grandes equipas que jogam de igual para igual connosco - outra grande equipa -, ou nós não somos, afinal, a equipa que pensamos que somos, empatando com outras da nossa igualha.
Ou então foi o árbitro...
Ou o gato da vizinha!...
Luiz Boavida Carvalho
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
domingo, 4 de setembro de 2016
sábado, 3 de setembro de 2016
Reflexão - Adriano Moreira
A nova geração responsável pela governação, que não conheceu as agruras monstruosas das guerras, é submetida a uma circunstância que parece ter como dominante o neoliberalismo económico com os seus centros de poder frequentemente convencidos de que as finanças não são matéria de políticos, sem reparar em que a política pode responder com um conceito contrário. E com modéstia para ambas as atitudes, porque se a política não evitou os conflitos armados nem no passado nem no presente, a crise económica e financeira mundial não tem recebido remédios sábios assinaláveis e inevitavelmente esperam por renovação das políticas. O desconcerto de falta de modelos, a já chamada "cacofonia das nações" por analistas desconcertados pelo ruído que perturba a busca da racionalidade perdida, tudo apela à reinvenção de uma governança mundial que reponha a vontade de reorganizar em paz um mundo pluralista, o qual não pode omitir a memória da experiência dos desencontros do passado para orientar a resposta necessária às exigências do "mundo único". Começando por desembaraçar o novelo em que se transformou o exercício da governação europeia.