terça-feira, 20 de junho de 2017

Reflexão - Rui Ramos (Observador)

Só há responsabilidade para as boas notícias?

O fogo de Pedrógão-Grande pode ter tido as origens mais extraordinárias, mas ocorreu numa região, numa época do ano e num contexto meteorológico em que os incêndios florestais não são extraordinários. É difícil, por isso, não admitir a hipótese de ter havido uma falha da protecção civil. Não se previu o risco de incêndio florestal, não se pôs a população em alerta para a possibilidade do fogo, não se prepararam meios para uma eventualidade, e quando o incêndio rebentou, não se tomaram todas as providências, como, por exemplo, controlar a circulação automóvel. Ao contrário do que disse o Presidente da República, não parece ter-se feito tudo o que se pôde.
Mas neste país, só há responsáveis para as boas notícias. Para a saída do défice excessivo, não faltaram pais, mães e até avós. Ninguém invocou a conjuntura externa favorável, nem o ajustamento de 2011-2014. Mas para uma tragédia como a de Pedrógão-Grande, os tomadores de responsabilidades são escassos. Nestes casos, prefere falar-se da natureza, da temperatura, do vento, da conjugação misteriosa de todo o tipo de fatalidades.
É curioso notar, a este respeito, o contraste entre o regime português e o regime britânico, perante dramas de dimensão semelhante. Em Londres, morreram a semana passada 58 pessoas no incêndio de uma torre de apartamentos. O fogo começou com um acidente (a explosão de um frigorífico). Mas para a sua propagação rápida e avassaladora, terá contribuído o revestimento exterior, mais barato do que outras opções, mas perigosamente inflamável. A partir daí, começou a discussão, a primeira-ministra foi confrontada, exigiram-se demissões. Como em qualquer democracia, quando alguma tragédia acontece que podia não ter acontecido.
No caso de Pedrógão, depois do acidente inicial (neste caso, uma trovoada seca), também houve um problema de revestimento barato: o tipo de floresta com que, há mais de um século, o Estado forrou a antiga paisagem portuguesa de serras nuas, charnecas e areais. Escolheram-se espécies económicas, como o pinheiro e o eucalipto. E assim, com a ajuda do clima e do relevo, se preparou o terreno para a “época de incêndios”. Depois, o êxodo rural piorou as coisas, ao transformar a chamada “floresta” num enorme matagal abandonado, cercando estradas e povoações. Todos os anos há incêndios e todos os anos os “especialistas” fazem a ronda dos telejornais. Nada muda.
Demasiada população, incluindo uma parte da população mais vulnerável, como são os idosos rurais, é ano após ano sujeita à roleta russa dos fogos florestais. Foi revoltante ver nas televisões o desamparo de muitas dessas pessoas. Quem é responsável? Não se sabe, porque a oligarquia começou logo por decretar a “unidade nacional”, de modo a não haver perguntas aborrecidas nem debates incómodos. Em vez disso, houve emoções, abraços, afectos: mais um caso de revestimento barato.
Sim, o fogo é natural, mas é possível reduzir a vulnerabilidade aos incêndios. Os outros países do sul da Europa não têm tantas ignições nem tanta proporção de área ardida. Não foram as actuais autoridades que plantaram pinhais e depois os abandonaram? Pois não. Só que não estamos a falar de “culpas”, mas de responsabilidades. Estar no poder é assumir a responsabilidade: é prevenir, é mudar. É por isso que no Reino Unido houve discussão desde o início.
Não se pode andar a dar lições sobre o aquecimento global, e depois não conseguir sequer dar uma impressão de previsão e de controle perante um fenómeno que se repete todos os anos, nas mesmas condições, como são os fogos florestais. É nestes casos que o vazio de liderança política em Portugal, disfarçado pelo preenchimento regular dos cargos, se torna óbvio. É também nestes casos que fica à mostra a fragilidade extrema do país artificial do optimismo e das boas notícias.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Ciberespaço - ataque a uma estrutura rodoviária


Ordem Engenheiros - A Cibersegurança

A Engenharia e a Cibersegurança

Seminário

Auditório da Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros, Lisboa
19 de junho de 2017


José Tribolet e Pedro Veiga a alertarem para os perigos dos tempos actuais, no que à segurança informática diz respeito. Vi em transmissão em streaming já que o calor me desmotivou em estar presente para assistir ao vivo.
Interessante o papel dos gestores e a falta de formação e de informação dos mesmos.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Wild Scotland (National Geographic Wild)

Série de programas que passaram na National Geographic Wild, sobre a Escócia. Este é um dos poucos momentos em que ainda sinto alguma esperança na raça humana. Saber que existem pessoas que doam os seus serviços em favor da preservação de espécies como a águia pesqueira ou a rena, sem nada em troca senão o altruísmo e o gozo que naturalmente lhes dá.
Acompanhado da música apropriada, criteriosamente escolhida, com a locução do escocês Ewan McGregor e, claro, das únicas paisagens que ali existem. Com um pouco de animais a mais e paisagens a menos, mas compreende-se. O programa é "NG wild".



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Reflexão - LBC ( John Oliver e a selecção nacional )

Depois de ter tentado, durante dez minutos, seguir o jogo de Letónia - Portugal para o apuramento para o Mundial de 2018, e de ter - UMA VEZ MAIS! -,  desistido, vi o John Oliver em mais uma cruzada contra o Donald Trump pela sua decisão de abandonar o Acordo de Paris. Um fartote! Um pagode!
Porque é que não há mais gente a pensar assim, mesmo que às vezes a linguagem não seja a mais adequada?

quarta-feira, 7 de junho de 2017

terça-feira, 6 de junho de 2017

Reflexão - LBC ( Vetvals ) - Ago2010

(Nota - escrito em Agosto 2010)

AGO10

As novas oportunidades, criadas pela diversificação de mercados, pela crescente adequação e adaptação dos diversos intervenientes, por uma campanha publicitária dirigida, e por sistemas de auditoria estruturados, fazem com que a visibilidade dos conteúdos seja agora uma realidade, e assim, a proactividade que hoje em dia se pretende aplicar…..

-Epá, vai pó caralho com essas patacoadas e vê lá se falas português! – disse uma voz lá no fundo. 
E assim voltei à realidade!
E, claro, ao nosso contacto, porque esse – sim, ESSE -,  é que tem sido (…) verdadeiro, e não estas tretas modernistas cacarejadas pelos “licencio-Bolonhósos” e “pseudo – capazes” dos dias de hoje, e que enchem os noticiários, os ouvidos, e fazem perder a paciência e a compostura, a qualquer ser normal que hoje ronde os 50, e tenha obtido o 7º ano no “antigo regime” (sorry…). 


Escrevo-vos em férias, apesar de vos enviar o texto, apenas quando se iniciar a época. 
Ou seja, e antes de mais, para “aqueles” que me acusam de “perder tempo” a escrever, tenho, neste momento, todo o tempo do mundo. Sobretudo quando, com todo o carinho e enlevo, desanco, perdão, escrevo sobre os meus amigos!…
Eis-me (nos?) ansioso (s) por voltar aos relvados, perdão, ao estrado, ou ao tacoado se preferirem. 
Receio no entanto que, a esta distância, um tratamento ao madeirame tenha sido entretanto, e como tem vindo a ser hábito nos dois últimos anos,  aplicado nas férias; sofisticadíssimo, estilo “dernier kri”, e que, acrescido da crónica falta de limpeza e de controlo, torne os treinos iniciais em sessões (e serões) dançantes, para alguns que ainda vão dando. ..ao pé (frise-se…)

Quanto a novas aquisições, o mercado anda pelas ruas da amargura, pelo que receamos ter de jogar com o plantel da época passada. Isto, apesar de “algumas caravelas” subrepticiamente, se aproximarem do porto… 
Analisemo-lo:


Antes de mais, do nosso bardo que prometeu regresso, Fezix Vitalix. E digo bardo em sentido figurado, claro. O do Astérix e Cia., rebentava com os tímpanos dos gauleses. O nosso rebenta-nos, não com os tímpanos, mas com os bracitos, com as cabecitas, etc. Vê-lo, sobretudo acima do nível da rede, é o click mais rápido que existe para nos trazer à realidade, e para fazer disparar o instinto de sobrevivência mais imediatista que existe em nós.

Tenho sentido, também, uma saudade gritante dos desabafos inflamados e das discussões acaloradas, sobre as bolas em cima da rede, as bolas fora e/ou dentro, os 7 toques, etc., que o Rui Cardal, o Manuel Piedade e o Luis Miranda mantêm em cada treino. A perplexidade que inunda o pavilhão quando aqueles homens se engalfinham no calor da luta, os brados que trocam, os impropérios, as exclamações, etc., fazem corar de vergonha Queiroz e Cia. Não são poucas as vezes que me contenho para não exclamar: - Manuel, Rui, Luis calem-se, já chega!!

No outro extremo, que saudade do recato, da discrição, do monástico mutismo a que, crescente e paulatinamente, se têm votado os robertos, perdão, os lampiões  Nelinho dos Trunfos, o das cortiças e o marquês; não se percebe o que se passa (;)). Já não se vibra como antigamente,… no tempo do Eusébio, entenda-se…

E já que falamos de lampiões, que dizer do jogo de pés, e da forma como troca os olhos dos adversários ( que não dos pacientes, espera-se…), do João de Deus? Um espanto para os colegas, um exemplo para os benfiquistas, e uma chatice para quem tem de ir buscar as bolitas ao fundo do ginásio…

E já que falamos do fundo do ginásio (a sua extensão, entenda-se…), como elogiar o equilíbrio, a coordenação motora,  o controlo rigoroso da intervenção, e do gesto, do Luis Costa? Sempre preparado para ajudar os colegas com o saco com as sulfamidas, com os saridon, mercurocromo e sanguessugas; não há pai (e muitas vezes, paciência…)para ele! 

E como esquecer as bolas relojoeiristicamente colocadas pelo JP (sem álcool), e “cirurgicamente operadas” pelo LM (sem filtro); este dueto põe os blocos adversários à nora, se não à roda. Aos opositores põe-nos de rastos (psicologicamente), e de gatas, fisicamente…

Como elogiar o esforço sobre-humano do Al Soar Muhamed Pir,  que treinando apenas de 3 em 3 semanas, conseguiu ainda não atingir os 3 dígitos (nem a porta da caldeira?...)? 

Como receber o serviço matreiro, mortífero, manhoso  e morteiral do Sobral?
Como é que ainda há “jovens valores” do nosso núcleo, que ainda não interiorizaram, que é o único (the one) que deveria (porque ”tirou o brevet" e é um rapaz com bom senso, além de uns ténis giros…) falar, quando há dúvidas em qualquer jogada?

Como defender o remate esfugaxal, mitrukárdico e, sobretudo, manquiolístico, mas sempre “doloso”, do Giorgiu Orêstievski? 
Como não admirar aquele envolvimento contínuo, aquele affaire único, aquele romance adolescentó-eróticó-apalpeirístico que mantém com a rede, e que ele tão bem oculta da malta (ela não; queixa-se muito! Women!!…)?

Como não perdoar as bolas ao segundo toque, inocentemente – claro -,  colocadas pelo ZBD (não, não é Zorro Bora Daí, nem Zézito Bolita Dádá , é Zé Barata Dias), o elemento que uma vez por mês (…) – para não rotinar -,  nos honra com a sua visita? 
Como não esquecer os seus constantes incentivos aos companheiros? Mesmo os que acertam?...  ;) (Made in SLB…só pode!)

Mcshade? Um nome!! Não, não é uma sombra, nem o personagem de uma qualquer obra ficcional das que por aí pululam! Ele não faz um, mas dois blocos,  três, os que foram necessários!
 Besides? Um serviço a perder de vista (J), uma vista a perder o serviço(L…) e não só, um remate colocado. Ah, que ganas de se lhe comparar! Um homem daqueles, até se lhe perdoa se morder a rede!

Azevedo? Um apelido, mais rápido que a própria sombra (Luky Azevedo…) a defender, a limpar o pó do ginásio (aqui acumula funções, em triunvirato com o Rui e com o Luis), e a apagar os fogos que, piores que na nossa época de Verão, são postos pelos pirómanos da equipa.
Tirou uma pós – graduação em  “incentivamento na empresa” na Deloitte, e doutorou-se em “incentivadura pós moderna” no Valsassina,  pelo que  ajuda e incentiva tudo e todos, mesmo que façam as maiores alarvidades a jogar, marquem golos nas balizas de andebol, ponham a bola jogável junto da casa da caldeira, se atropelem a defender, passem a bola pró do espaldar rematar (conhecem alguém?...;)),  ou ponham a redonda na galeria. 
Quanto ao resto…um pêndulo!


E tu ó Duarte? Sim, tu, que com a graça do nosso rei (J), não paras, literalmente! Tu, que se a corrida fosse contabilizada estaisticamente (como é uma das modas agora no futebol), correrias centimilhas e mil-e-milhas? Saltarias montes e vales, cruzarias rios e ribeiros, e depois cairias exausto – aliás, como é hábito -, aos pés do Vasques ou de outro qualquer que ousasse tentar, pobrezito, intervir na sua zona de influência… 
O “ressuscitado”, aquele com o cabelo “fumado” e com problemas de incontinência maxilar que treina “uns caceteiros”, (não confundir com o puto do Norte, nem com o assobrancelhado pintarolas…) é que ainda não te viu… 

Vasques? O de Oliveira? Que o nome não acabrunhe, que o remate não atemorize, que o passe não seja em vão. Que o verbo não se lhe gaste (havia de ser bonito!:)...), que a queda não amedronte, que os estanca-suores não se lhe esgotem, que as toalhitas apareçam (o SLB ainda há-de ser campeão outra vez…), que o charrito lhe saiba bem, que a Isaura (“a outra”) continue a servir bem, mas sobretudo, que a presença seja duradoira . 

Finalmente, como esquecer os mais jovens que intermitentemente aparecem, cheios de força, e de “carga positiva” como soi agora dizer-se? E já que falamos de carga positiva, como não esquecer a “outra”? A de porrada que eles nos servem, quando servem (passe a redundância), e rematam? Não os metam na ordem não, depois queixem-se que deixamos de ter quorum…


Bom ano voleibolístico.
Mas sobretudo, lembrem-se do que o “V”, o de Oliveira disse – mansamente -, no jantar;…behave (para os que não sabem estrangeirês, quis dizer “portem-se bem”… nos treinos, claro).

PS – Continua a ser um privilégio, não só  estar convosco, como incentivar-vos desta forma carinhosa e construtiva ;)

domingo, 4 de junho de 2017

Dia Regional do Engenheiro

Com a ida a Albufeira ao Dia Regional do Engenheiro em 13.05.2017, com o Côro da Ordem, aproveitámos e fizemos umas mini-férias: dois dias antes em Albufeira num resort; nos dois subsequentes em Évora.





D. Sancho - visita ( O "Render da Guarda")

Visita em 21.05.2017, ao Museu do Oriente e ao render da Guarda em Belêm.





D Sancho - Festa de encerramento


Em 03 e 04 de Junho, realizou-se no Teatro Azul (Joaquim Benite) em Almada, a festa de encerramento das actividades da Universidade D. Sancho TKM. Em 03 um conjunto de classes diversas e duas actuações inopinadas (a minha com o Mr. Sandman e Venham mais cinco, e a do Filipe) com o Salvador; em 04 uma peça de teatro de Romeu Correia, "As quatro estações", na qual eu fazia de Rogério :).






Reflexão - LBC ( o Francisco )

Sem ruído, calmamente, de mansinho, em Basel, o Francisco chegou em 12.05.2017. A Filipa, o Filipe estão contentes com o segundo rebento. A Maria exulta com o mano.

Nesta data (03 de junho), cantei, à capela, sem ensaios, na festa da Universidade no Teatro Azul em Almada, o "Mr. Sandman" e o..."Venham mais cinco"...:)
Aguardemos pois pelo que os manos (Iôiu e Fifipa) farão...:):):)
(parto do princípio que vocês não lerão esta mensagem!:)