Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
sábado, 31 de março de 2018
Séries - Ouro
Uma série diferente, passada não numa cidade, não num cenário fictício ou analógico, mas "in situ", na selva. Inusual, violenta, com sexo, mas sem pontas soltas, planeado.
sexta-feira, 30 de março de 2018
João Valsassina
Ao próximo jantar, não vais João!
Ensinei Matemática no Colégio Valsassina no ano lectivo de 1988/1989, depois de o meu padrinho de casamento, o Henrique Marques, me ter proposto tal desafio. Perante a perspectiva do destacamento para Aldeia Nova de S. Bento, a minha vida mudou.
Foi o João Valsassina quem me apresentou ao grupo dos veteranos do Voleibol, no treino de 11 de outubro de 1988, quando soube do meu percurso na modalidade.
A minha vida mudou e não é por causa do momento por que passamos que o digo.
Iniciado em 1973 com o Álvaro Mendes, este grupo tem sido uma experiência única. Nunca mais o deixei, tendo recebido do Alvaro, num jantar e com um comentário indizível do Frederico, o "legado".
Conheci pessoas espantosas, campeões nacionais do Técnico, engenheiros de mão cheia. A minha vida profissional mudou ao ir trabalhar com o Álvaro e com o Carlos Poppe. Diversifiquei o meu leque de relacionamentos.
Um mundo que, devo dizer com alguma mágoa, creio estar em extinção.
Tem sido com este grupo que tenho passado algumas das melhores horas de convívio e boa disposição ao longo destes últimos 30 anos. Um lugar onde a solidariedade, a honestidade, a troca de ideias elevada e o são convívio campeiam.
O João, com o qual confraternizávamos quase sempre no final de cada ano, morreu de repente.
Tão estranho que por vezes é isto.
Ficamos assim, sem saber bem o que dizer.
Ensinei Matemática no Colégio Valsassina no ano lectivo de 1988/1989, depois de o meu padrinho de casamento, o Henrique Marques, me ter proposto tal desafio. Perante a perspectiva do destacamento para Aldeia Nova de S. Bento, a minha vida mudou.
Foi o João Valsassina quem me apresentou ao grupo dos veteranos do Voleibol, no treino de 11 de outubro de 1988, quando soube do meu percurso na modalidade.
A minha vida mudou e não é por causa do momento por que passamos que o digo.
Iniciado em 1973 com o Álvaro Mendes, este grupo tem sido uma experiência única. Nunca mais o deixei, tendo recebido do Alvaro, num jantar e com um comentário indizível do Frederico, o "legado".
Conheci pessoas espantosas, campeões nacionais do Técnico, engenheiros de mão cheia. A minha vida profissional mudou ao ir trabalhar com o Álvaro e com o Carlos Poppe. Diversifiquei o meu leque de relacionamentos.
Um mundo que, devo dizer com alguma mágoa, creio estar em extinção.
Tem sido com este grupo que tenho passado algumas das melhores horas de convívio e boa disposição ao longo destes últimos 30 anos. Um lugar onde a solidariedade, a honestidade, a troca de ideias elevada e o são convívio campeiam.
O João, com o qual confraternizávamos quase sempre no final de cada ano, morreu de repente.
Tão estranho que por vezes é isto.
Ficamos assim, sem saber bem o que dizer.
domingo, 25 de março de 2018
sexta-feira, 23 de março de 2018
segunda-feira, 19 de março de 2018
Fotos do quotidiano
Uma chaminé "empenada" sem que algo se faça; uma sombra (do que era...:); uma tempestade; (mais) uma instalação em extinção; uma nova arquitectura sem janelas nem varandas (?); (mais) uma pessoa que vive só neste mundo...
domingo, 18 de março de 2018
Música - Janis Ian (1976)
Que música!, que letra!, que época...:):)
Séries - Vikings S1
Apesar de uma ou outra "modernice" (que unhas tão bem tratadas as de certas donzelas, que ar tão limpinho de certos nativos,...), foi uma surpresa simpática
segunda-feira, 12 de março de 2018
TKM Dom Sancho - Fragata e Museu dos Fuzileiros
Visita, em 24.02.2018, à Fragata D.Fernando em Cacilhas, ao Palácio do Alfeite e ao Museu do Fuzileiro em Vale de Zêbro
Teatro - Sonho de uma noite de Verão
Assisti à peça "Um sonho de uma noite de Verão", no Cine Teatro António Assunção, com colegas da Dom Sancho e do Plateias D'Arte.
sábado, 10 de março de 2018
Reflexão - Alberto Gonçalves
(LBC - Uma das melhores crónicas de AG, sem dúvida!)
Jonas, vende-me a tua camisola
Não tenho muito a dizer sobre os sucessivos casos de corrupção no futebol português, excepto que se não fosse corrupto não era futebol ou não era português. Porém, achei graça à história do funcionário do Benfica que comprou o dever de sigilo de diversos funcionários judiciais. Sobretudo engraçada é a impressionante barreira de comentadores “isentos” que, munida de argumentos indignos de uma osga, surgiu nas televisões a desvalorizar a trafulhice. Para muitos especialistas, o assunto é irrelevante na medida em que os favores foram prestados a troco de fancaria como fatos de treino e bilhetes para um jogo. É uma nova escola de penalogia, na qual um homicídio só é crime se possuir motivo material – os psicopatas podem prosseguir a vidinha em paz.
Sucede que, no mundo real, o assunto é principalmente relevante por causa da fancaria. Os especialistas, em geral, servem com discrição um dono e são pagos para produzir disparates. Nessa linha, percebe-se a atitude do tipo que trafica informação confidencial para receber fortunas e a eventual reforma nas Bahamas. Já custa um bocadinho a perceber o tipo que arrisca o emprego e a pele por artigos de “merchandising”. Ou, dado estarmos onde estamos, não custa nada: nem todos os coitados que da bancada imploram por camisolas são vítimas do frio. Imagine-se que um coitado recebe mesmo uma camisola autografada por Lombriga, Jeremias ou qualquer “craque” imortal. E que o coitado é convidado a assistir a um “clássico” (termo técnico) no camarote presidencial da Luz. E que o coitado ganha a subida honra de cumprimentar “o presidente” e luminárias sortidas. O coitado, ainda incrédulo, gaba-se da proeza aos amigos e familiares durante os dezasseis anos seguintes. Em suma, o coitado realizou-se. Os coitados realizam-se com pouco.
É evidente que o problema não é exclusivo dos adeptos do Benfica, se bem que os seis ou sessenta ou seiscentos milhões de benfiquistas tendam a açambarcar a matéria. O problema é, desculpem a pompa, nacional e remete para as baixas expectativas que nos concedemos. Uma razoável quantidade de alemães, japoneses ou americanos sonha com sucessos na ciência ou nos negócios. O português médio sonha com sucessos desportivos, para cúmulo não os próprios mas os de gente que nem o conhece. Sujeitos que nunca chutaram o proverbial esférico declaram-se campeões na primeira pessoa, desprezando que os campeões disto ou daquilo são outras pessoas, assalariadas de empresas que partilham com as massas glórias vãs e prejuízos reais. Quando a maior ambição de alguém consiste em roçar-se num “dirigente” duvidoso e celebrar um “título” no Marquês ou lá o que é, o nosso futuro colectivo está traçado. E o passado explicado.
O fanatismo pelos clubes (e frequentemente por clubes sedeados a 600 km de distância do fanático) integra a natureza resignada e letárgica que nos convence a aceitar tudo: governantes pavorosos, um Estado tutelar e desonesto, justiça intermitente, dependência económica, cultura pacóvia, incêndios incomparáveis, o “prestígio” da Eurovisão, os alertas da Protecção Civil, a RTP, o marxismo institucional, a desdita enfim. O povo agarra-se à dita “paixão clubística” porque é uma oportunidade de humilhar o próximo e exibir, sem trabalho, superioridade e conquistas. O pormenor de a superioridade nos relvados ser de importância questionável e de as conquistas serem alheias não vem ao caso. Retirar ao cidadão comum a possibilidade de se exaltar através do futebol praticado por terceiros é reduzi-lo a uma existência tristonha. Não se faz. E, diga-se, não se tenta fazer.
Aqui chegados, devo informar que não me chamo Pacheco Pereira. Não olho com desdém a obsessão pela bola enquanto alimento o fascínio pelo dr. Cunhal ou horrores similares. O futebol não me é repulsivo ou estranho. Sei do Pepe do Belenenses, do do Santos e do do Porto. O meu avô materno jogou na primeira e na segunda divisões nos idos de 1940. Quatro décadas depois, levou-me inúmeros fins-de-semana a inúmeros estádios. Sendo “sportinguista” e bom homem, deu-me inúmeras alegrias e uma lição ao “benfiquista” que eu era: a única equipa que podemos criticar é aquela de que gostamos. Se, feliz ou infelizmente, nem sempre apliquei a máxima na vida, no futebol usei-a com rigor e sem dificuldade: jamais, e reforço a palavra, discuti semelhante assunto.
Não é prática corrente. Olhe-se em volta e veja-se que o futebol é pretexto para, na melhor das hipóteses, discussões infantis (a “azia”, valha-me Deus) e, na pior, uma irracionalidade que transforma indivíduos normais em criaturas perigosas. Preocupa-me os que, à conta do futebol, se vendem por lixo. E preocupa-me mais os que os defendem alucinadamente. De borla.
Nota de rodapé:
Entre os que criticam a futura docência de Pedro Passos Coelho, existem os que o fazem por corporativismo (a tralha que atafulha as universidades é muito endogâmica), os que o fazem por perseguição política (a vigilância ideológica anda apertada) e os que o fazem por saloiice (os simples julgam que o “ensino superior” é um desfile de génios). E existo eu, que por razões ligeiramente distintas também acho repulsiva a ida de Pedro Passos Coelho para uma coisa chamada ISCSP.
Dez segundos de pesquisa bastaram para perceber que ISCSP significa Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, detalhe já de si desencorajador. Mais um minuto no Google e constatei que o ISCSP abriga uma coisa intitulada Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, detalhe capaz de suscitar calafrios. Ao fim de três minutos, descobri que o ISCSP, em colaboração com outras excelsas instituições, será pioneiro em doutoramentos nos tais estudos de género, detalhe que lança o pânico desenfreado.
Não precisei de pesquisar para ter a impressão de que, pelos padrões da política, Pedro Passos Coelho é um homem decente. Se tenciona continuar a sê-lo, não juntará o seu nome a semelhante espelunca. É necessário ganhar a vida? Há profissões dignas.
Reflexão - João César das Neves
Tribunais eficientes
João César das Neves
Toda a gente sabe que há uma crise na Justiça. E toda a gente sabe porquê: os tribunais trabalham mal, não despacham os processos, que se arrastam indefinidamente. De facto, isso é falso. Como tantas outras coisas que "toda a gente sabe", considerar a realidade traz surpresas marcantes.
Não é preciso ser especialista para descobrir a distorção da imagem comum da Justiça; basta consultar as estatísticas do movimento dos tribunais, disponíveis em www.siej.dgpj.mj.pt. O total de processo pendentes nos tribunais de primeira instância, que atingiu um pico de quase dois milhões em 2012, desceu 33% até 2016, segundo os últimos dados, apresentados em Outubro. Cair um terço é espantoso! Isso deveu-se, em grande parte, à descida dos processos entrados, que reduziram 38% desde o pico em 2009 para 558 mil em 2016.
Claro que estas estatísticas globais agregam coisas muito díspares, mas considerando apenas a justiça penal, com os processos mais sensíveis, a evolução é ainda melhor. A trajectória descendente dos processos pendentes começou logo em 2005, tendo caído 77% desde então, para 56 mil em 2016. A entrada de novos processos é, de novo, a grande responsável, mas, descendo só 59% até 88 mil em 2016, implica grande melhoria de produtividade.
Podia dizer-se que o atraso tão badalado se deveria aos tribunais superiores, para onde vão os inevitáveis recursos, mas de novo os números negam-no. No total geral e na justiça penal a trajectória dos processos pendentes é descendente desde 2005, caindo 33% e 46% respectivamente, mesmo incluindo a ligeira subida de 2015 e 2016. Isto apesar de, nestes níveis judiciais, o número de processos entrados ter crescido 8% e 10%.
Obviamente que a questão merece análises mais finas e cuidadosas. Aliás, o site inclui, entre muitas outras coisas, indicadores de eficiência judicial. Mas estes números elementares chegam para mostrar como a visão comum do problema é enviesada. Quer isto dizer que não existe uma crise na Justiça? Claro que existe. Se anos após escândalos bancários e de corrupção continua a não haver ninguém preso ou absolvido, tem de haver uma grave crise na Justiça.
Há muito que no tribunal sumário da opinião pública personagens famosas são culpadas de graves crimes e delitos. Toda a gente sabe isso menos a Justiça, que continua a meditar, enquanto os arguidos passeiam pelas ruas. É possível que essas pessoas sejam inocentes e tudo não passe de calúnias mediáticas. Nesse caso o atraso da Justiça é ainda mais escandaloso, pois essas vítimas precisam de limpar o nome. Quando, além disso, todos os dias lemos novas e gravíssimas acusações contra personalidades destacadas na vida económica e política, sem que nada se passe, é evidente a gravidade da situação. No entanto, à luz dos dados referidos, temos de dizer que a crise é mais complexa e insólita do que se julga.
Qual é então a verdadeira crise da Justiça? Isso é algo que só os especialistas do sector podem dizer, e nós não nos devemos atrever a alvitrar porque nos enganamos facilmente, como mostram os números citados. Só que os ditos especialistas têm um dom especial para criar explicações incompreensíveis e análises eloquentes mas herméticas. Talvez seja a sua formação jurídica que os incapacita para a comunicação inteligível. Sendo assim, não nos resta alternativa senão avançar com tentativas, enquanto esperamos um responsável do sector que saiba falar português.
As estatísticas da Justiça mostram então que, para a generalidade dos processos, a eficácia dos tribunais tem vindo a melhorar muito. Se ainda não é satisfatória, os ganhos conseguidos são impressionantes. Por outro lado, é também evidente que a imagem da Justiça é pior do que nunca. Como podem os dois aspectos coexistir? Bem, a imagem da Justiça não resulta da prestação média dos tribunais, com os quais, felizmente, a maioria da população não tem contacto. Aquilo que todos pensamos sobre o tema vem de um pequeno punhado de crimes, que andam pelos jornais, e que captam a imaginação nacional. E esses processos, como vimos, têm sido quase vergonhosos.
Esta dicotomia pode ter várias explicações. Podem ser ocorrências mais espinhosas, exigindo esforço adicional. Pode ser que os ricos cometam delitos mais complicados. Mas também pode ser que a Justiça funcione rápido só para os pobres. Esta é uma das explicações imediatas e também mais perturbadoras: os tribunais trabalham bem para todos menos para os famosos endinheirados, cujos advogados caros conseguem, pelo menos, empastelar a Justiça. Se for verdade, constitui uma falha muito pior do que o antigo atraso, que ao menos era equitativo. Talvez esta acusação seja injusta. Certamente que, se alguma vez fosse a tribunal este processo contra os tribunais, os factos aduzidos não passariam de mera prova circunstancial. Mas neste jornal, parte do tribunal sumário da opinião pública, pode acusar-se de enviesamento as autoridades judiciais.
quinta-feira, 8 de março de 2018
Reflexão - Ponte 25 de abril
Que notícia é esta? Que género de profissionais necessitam de pôr como primeira página "isto", para se vender? Que "relatório secreto" é este?
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Onde é que nós estamos metidos??
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Onde é que nós estamos metidos??
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