Em 12.06.2018, a D. Sancho, através do Jorge Silva, organizou (mais) este espectáculo no teatro Joaquim Benite. De louvar, antes de mais, a vontade indómita do Jorge; depois, o efectivo jeito que tem enquanto encenador; finalmente, o particular e reconhecido gozo que tem em montar algo desta dimensão. Quando se avaliam os meios materiais de que dispôs, mas, em especial, os humanos, não se pode deixar de reconhecer o mérito da gesta.
Coube-me uma série de quadros (a bold no guião) bem como a leitura final. Penso que conseguido, atendendo a que metade das deixas do Francisco Balsinha e do Filipe não foram ditas, ou trocadas!... Quanto ao resultado, o "habitual": o que se conseguiu foi francamente acima das expectativas.
Não esquecendo, claro está, as duas a três semanas de preparação, o ror de esquecimentos dos papéis individuais dos artistas, as inúmeras "buchas" - a maior parte desapropriada e apenas para mascarar a falha do papel individual -, a constante e clamorosa falta de disciplina individual da maior parte dos intervenientes, a ânsia "consciente" para estar em cima do palco em contraste com a inconsciência das capacidades que, na realidade, não se tem, a extensão do número do "fado" - mas que se compreende em virtude do peso e da "influência" que a disciplina tem -, o incumprimento generalizado de horários, a ligeireza com que se inventam problemas ( a cena das cadeiras no número do fado é ilustrativa), etc., etc.
Insisto: apenas a "vertente terapêutica" que é a grande razão da minha inscrição na Universidade, aliado à amizade que temos vindo a construir com o Jorge, me manteve no projecto.