Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Séries - Médecines d'ailleurs
Reflexão - LBC (desporto)
O meu velho amigo J.M.S. Saldanha d'A :), mandou este sms (ou WU?).
Curioso como poucas pessoas dizem o óbvio. O medo, o medo, de ser politicamente incorrecto, deve ser uma coisa terrível...
Curioso como poucas pessoas dizem o óbvio. O medo, o medo, de ser politicamente incorrecto, deve ser uma coisa terrível...
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Plateias d'Arte - "Sonhos"
Em 18.11.2018 no Fórum, o Diogo Novo telefonou dizendo que tinha bilhete para mim e o deixava na portaria.
domingo, 18 de novembro de 2018
Reflexão - AG
Ópios do povo
O futebol não é isto, diz-se. Então é o quê? Parece que, descontados os dirigentes, as “claques”, os comentadores, os empresários, as “estruturas”, o sr. Bruno de Carvalho, a “clubite”, a Liga daquilo, a Federação daqueloutro, a delinquência, a corrupção, as arbitragens, os “e-mails”, o fanatismo, a tutela, a cobiça, os canais generalistas e especializados, o sr. “Mustafá”, a violência, as trafulhices, o ódio, os pontapés na gramática e os casos judiciais, o futebol é uma coisa linda.
Eis a questão: será assim tão linda que justifique sofrermos as calamidades acima? E eis a resposta: não, evidentemente que não. Conforme cada entendido no ramo não se cansa de repetir, o futebol provoca uma quantidade de efeitos secundários e malignos bastante superior aos benefícios que induz. É igual a tomar um medicamento para a micose que assegurasse cataratas, perna dormente e dois AVC. Ou a mandar milhares de portugueses morrer na Grande Guerra apenas para que, um século depois, “estadistas” sem pudor se divertissem a achincalhar a memória dos desgraçados. Um golo do Alcochetense garante, no máximo, sete segundos de festividades; o já lendário “terrorismo” de Alcochete implica setecentas horas de emissões televisivas quase ininterruptas, de longe um terror mais desumano.
Parafraseando os profissionais da indignação, é, ou deveria ser, tempo de gritar “Basta!”. Com a possível ressalva do PS, que se choca com a “festa brava” a ponto de baixar o IVA da mesma, há por aí resmas de excitados desejosos de proibir as touradas, de facto uma actividade pateta mas que só prejudica touros. Porque é que não se proíbe o futebol, cuja ubiquidade prejudica as pessoas, transformadas em bovinos no processo?
É fácil. Porque sem a sujeição obsessiva à bola toda a gente poderia reparar no resto. E o resto é a anedota de Tancos, os hospitais arruinados, os “media” submissos, as corporações à solta, a censura a céu aberto, as regalias do “banqueiro” Salgado, a impunidade da extrema-esquerda, os juízes sorteados até que o sorteio acerte, os fogos sem fumo ou responsáveis, os invertebrados que fazem da elasticidade uma carreira, o inqualificável dr. Costa, o qualificável prof. Marcelo, o dr. Rio, o dr. Ferro, as carmelitas do Bloco, etc. Realmente, o futebol não é isto. Isto é o país, e é muitíssimo pior.
Ópio segundo
Descobri há dias a existência de um ministro do Ambiente e da Transição Energética. Para que serve? Aparentemente, para recomendar à populaça contenção nos gastos. Ou, nas palavras do sr. ministro, quem quiser pagar menos IVA na electricidade só tem que baixar a potência contratada. A potência em causa não aguenta duas bocas de cerâmica? Tretas: para o sr. ministro chegam e sobram a uma família de quatro, desde que, claro, esta esteja disposta a dispensar o “conforto” (cito) e se resigne “à sua verdadeira necessidade” (cito outra vez).
Nos tenebrosos tempos da “troika”, um décimo de semelhante prepotência bastaria para encher “telejornais” com relatos de suicídios e encher salas com intérpretes da “Grândola”. Hoje a prepotência é tão normal que não ofende ninguém, não merece manchetes e afinal, não é prepotência, mas uma série de conselhos sábios. A normalidade, aliás, constrói-se devagarinho. Os combustíveis são caros? Não são nada, as pessoas é que se estragaram com mimos e desbarataram os prazeres do autocarro, da bicicleta e da carroça. A água é cara (e, para cúmulo, ilegalmente compulsiva)? Nada disso, as pessoas é que se habituaram a andar lavadas e descuraram as ancestrais virtudes do surro. E, não tarda, o mesmo princípio servirá para a comida, a roupa, a casa, a saúde e demais luxos que amoleceram o povo, o qual aos poucos se acomodará a viver com pouco. Cruel seria privar o Estado das suas verdadeiras necessidades, incluindo a de empregar, a preços justos, utilíssimos governantes.
A descida aos abismos venezuelanos não se faz por decreto súbito: faz-se com pequenos passos, descaramento, delírio, despotismo, incompetência, ganância. E a apatia de todos, que quando alcançarem a miséria material e moral já se esqueceram da viagem. A Venezuela também demorou a perceber que era a Venezuela, e agora comem (cães) e calam.
Ópio Terceiro
Se me permitem, aproveito a oportunidade para divulgar o Cannadouro 2018, a realizar hoje e amanhã no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. O certame conta com espaços de exposição, cedidos a “empresas nacionais e internacionais relacionadas com os actuais usos da cannabis e que representam toda a capacidade inovadora e empreendedora deste sector de negócios”. Entre as corporações representadas, destacam-se a E-Canabidol, a Cannabeer, a Cannativa e, naturalmente, a Loja da Maria. Noutra vertente, não podiam faltar as conferências, que “continuam a ser uma forte aposta para promover o debate publico e dentro da sociedade civil em torno da utilização do cânhamo em todas as suas vertentes: industrial, recreativa e medicinal fazendo frente ao preconceito relativamente a esta planta multi-versátil”. Para abrir o apetite, refiram-se os debates “Utilização de Betão de Cânhamo na Construção”, “Cânhamo, a Alternativa às Grandes Culturas” e “Faz Esse: Gerir o Prazer e o Risco no Consumo de Canábis”. Para o final, aguarda-se com enorme expectativa a mesa-redonda “Dar Voz às Mulheres Canábicas”.
Não pergunto porque é que os organizadores oscilam entre escrever “cannabis” e “canábis”. Não pergunto porque é que, quando o assunto envolve charros, a inovação, o “empreendedorismo”, as multinacionais, os negócios e o betão passam a ser coisas espectaculares. Não pergunto como é que uma planta (ou outra porcaria qualquer) consegue ser multi-versátil. Não pergunto o que são “mulheres canábicas” nem porque é que andam caladas. E sobretudo não pergunto o que é que esta gente anda a fumar, já que seria a redundância do milénio.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Música - Elton John
Porque o que é bom deve ser difundido...
Uma viagem com Elton John e um piano. O anúncio de Natal que está a emocionar as redes sociais
Elton John, com 71 anos, está sentado em frente ao piano da sua sala de estar decorada a rigor para o Natal. Com ar nostálgico, toca os primeiros acordes de “Your Song”, uma dos maiores êxitos da sua carreira. A partir daí, inicia-se uma verdadeira viagem no tempo até aos primeiros passos do músico no mundo do espetáculo. Podia ser um videoclipe, mas este é o novo anúncio de natal da loja britânica John Lewis — que todos os anos tem a tradição de lançar um anúncio nesta época — e que está a emocionar as redes sociais.
Ao longo de dois minutos e vinte segundos, e sem nunca deixar de parte os momentos de extravagância e loucura, Elton John transporta quem o vê e ouve para os seus concertos esgotados, pelos acústicos, pela gravação no estúdio e pelos dias de juventude em que começava a impressionar com os seus dotes ao piano. No fim, um pequeno Elton John desce as escadas da mesma sala de estar e desembrulha uma prenda: o seu primeiro piano. “Alguns presentes são mais do que presentes”, lê-se no final.
O vídeo foi divulgado esta quarta-feira e já conta com mais de quatro milhões de visualizações.
Música - Revivre (Manset) e "Let my baby ride"
Num filme francês inusual (Holy Motors), duas canções que o marcam: "Revivre" de Manset (1991) e
"Let my Baby ride" de Denis Lavant
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Reflexão - LBC (Ingenium)
1-É por esta e por outras que a classe está como está: desacreditada e sem peso na sociedade. Se há uns anos se defendia que o Aeroporto devia ser na Ota, agora poderá ser em Alcochete, ou no Montijo ou em Alverca.
Ou nas Berlengas, apetece-me dizer...
2- Depois é o Conselho Superior de Obras Públicas, os cursos pré-Bolonha, as guerrinhas entre Arquitecto e Engenheiros.
Entretanto vamos caindo: no ridículo, todos nós. No chão os prédios que se vão degradando.
Ou nas Berlengas, apetece-me dizer...
2- Depois é o Conselho Superior de Obras Públicas, os cursos pré-Bolonha, as guerrinhas entre Arquitecto e Engenheiros.
Entretanto vamos caindo: no ridículo, todos nós. No chão os prédios que se vão degradando.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Séries - Deutschland 83
Apenas pelo prazer de recordar o idioma. A série é mazita. Não há uma boina correctamente posta. Há decisões que não lembram ao diabo. Mas o momento de se ouvir a língua é único e nostálgico, de alguma forma
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Música - Still Life (Will Cookson)
sábado, 3 de novembro de 2018
Reflexão - LBC
Continuo a pensar que "Entre duas lágrimas", "Carrie" na sua versão original, de William Wyler, é uma das mais bonitas histórias de amor que o cinema nos contou. Como ela me sensibilizou, quando a vi pela primeira vez, há cerca de vinte anos...
E que bem que se encaixa aqui esta valsa de Leonard Cohen!
E que bem que se encaixa aqui esta valsa de Leonard Cohen!
Reflexão - LBC (Cabeço de Bola)
Conheci este lugar há muitos anos. E apresentei-o aos meus filhos num dia de festa da GNR.
Agora são eles, mais concretamente o Diogo por ali ensaiar com um grupo (...), que me o recordam, mas com um tom bem diferente.
Confesso que quando recebi o filme original do Diogo, nem queria acreditar.
De telemóvel na mão, com uma segurança na imagem digna de um profissional das imagens - neste caso de um "tamborileiro - mor!" -, percorreu aquele pátio onde, há cerca de vinte anos, eles os dois e eu, tínhamos assistido a uma parada militar num dia de festa da GNR, creio que com o Laires já em 2º Comandante ou do BatOp.
Agora, abandonado, cheio de mato, com uma tristeza transbordante pelo que lhe têm vindo a fazer, vi as imagens que ele captou.
Será que não conseguiremos arranjar uma forma mais elevada de não parecermos tão selvagens? Será que não conseguiremos arranjar alternativas, eticamente mais elevadas, para os problemas que minam esta sociedade, tenham eles a ver com a necessidade de restruturação das Forças Armadas, com o avanço desordenado do Imobiliário e com os interesses mais obscuros, ou com a impreparação /corrupção dos urbanistas e “técnicos” envolvidos? Será impossível pensarmos a longo prazo, sem ser no tempo de uma legislatura? Conseguiremos apagar a constante imagética que nos cola a estes países aqui tão perto como Marrocos e Argélia?
Será que um dia conseguiremos ser europeus?
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