sábado, 17 de agosto de 2019

Reflexão - Vasco

Some weeks  late but still actual :)

Ready for beeing "um home honrado e tabaladôr" :), an inteligent and honorable son like his father, a true sports guy (without injuries!!!...) like his grandpa, a dedicated man like both his grandmas, beautiful and direct like his mother, "flying to the moon" like his other grandpa, honest to his work and to the others like his oncle.
Go for it!


terça-feira, 13 de agosto de 2019

Reflexão - RUI L.M.

(Reflexão de Rui LM, meu antigo camarada do Serviço Militar Obrigatório, a propósito da condução de pesados pelos militares durante a greve)


Nada a referir.

Penso que deveria referir também o risco e as consequências da decisão (arbitrária e altamente irresponsável) do (des)governo.

Imaginemos que ocorre um acidente grave com um veículo de transporte de combustíveis enquanto conduzido por um militar da Guarda ou agente da Polícia.
Consideremos o acidente grave, não só pelo risco físico para a vida e saúde pública, mas também, neste caso, com graves consequências materiais pelo derramamento do combustível incendiado na cauda de uma fila de trânsito; numa área urbana de elevada densidade; num viaduto ou ponte onde a temperatura vai provocar danos estruturais... qualquer coisa assim.
Analisemos os factos:
O condutor do veículo (GNR ou PSP) não se encontra habilitado para a condução de um veículo naquele tipo de transporte (ADR);
Enquanto não for alterada a legislação tutelar em vigor, o Governo não tem competência para habilitar condutores ao exercício da condução (nem mesmo com uma portaria (porcaria?) parida à pressa;
O seguro do veículo garante a responsabilidade civil decorrente de acidente, mas sob condições expressas. Desde logo, as características do veículo, a conformidade do produto transportado e, naturalmente, a competência do condutor.

Mas (imaginemos) o acidente ocorreu. 
E independentemente dos danos, a verdade é que o militar/polícia estava a conduzir o veículo sem a devida habilitação.
A averiguação arrasta-se e chegam as eleições. 
E é eleito um governo distinto do (des)governo actualmente em funções.

Passemos a uma análise, pelo absurdo, quanto ao condutor. 
O condutor é questionado quanto à legitimidade da condução que efectuava aquando da ocorrência do acidente.
E o condutor, naturalmente, responde que estava a cumprir ordens.
E aqui levanta-se a primeira questão: a da legitimidade da ordem e do consequente acatamento e execução. E ponderemos as perguntas retóricas: 
E se o seu Comandante/MAI/ 1º Min, PR, ou outra entidade hierarquicamente superior o mandasse saltar da Ponte Salazar (Direito à vida)?
Ou abrir fogo contra um jardim escola repleto de perigosos utentes (potenciais futuros terroristas), porque a Maia (não a abelha mas a astróloga) previu que ali se acobertava um futuro Hitler ou outra figura (futuramente horrenda) de extrema-direita?
Ou baixar as calças para ser sodomizado (Direito à integridade física, se faz parte dos ainda íntegros, claro)?
E é feita a 1ª pergunta sacramental: O Senhor teria cumprido a ordem?
É que uma ordem para ser legítima deverá ser exequível, emanada de uma autoridade hierarquicamente competente e determinar um acto de serviço adequado às capacidades/competências do executante.
E a 2ª: O Senhor não ponderou que com o seu acto de condução poderia originar, por limitação técnica ou funcional, considerada a sua não habilitação, um acidente com graves consequências para a saúde pública e bens?
É que isso tem nome: é negligência. E se a negligência (por oposição ao dolo) constitui atenuante da responsabilidade criminal, não ilide a responsabilidade civil.

E quanto à responsabilidade civil.
O veículo é o adequado ao transporte daquelas matérias, o produto transportado é adequado às características do veículo.
Mas... o condutor não se encontrava habilitado.
Não me parece ser necessário ser a Maia (não a abelha) para antecipar a postura da seguradora.
E, pergunto (pergunta retórica) eu: Quem vai pagar quer a reposição quer as indemnizações?
A resposta é automática: Os mesmos que pagam TODOS os disparates da (des)governação.

E questiono-me: se o Comandante/MAI/ 1ºMin, PR, ou outra entidade hierárquicamente superior, face à decisão origem do acidente, fosse responsabilizado e respondesse com os seus bens (limitemo-nos à parte cível) ao dever de indemnizar, a decisão seria a mesma?
É que assim não é difícil, o "Zé" paga os meus prepotentes disparates, eu não posso ser materialmente responsabilizado pelos actos inerentes ao meu cargo/função - Isenção funcional. É absurda mas existe, o "Zé" é que não sabe.

A verdade é que estou a ficar apreensivo. 
Vi e ouvi o Ministro do Trabalho declarar que as 8 horas de serviço diário eram uma mera referência e que há dias em que se trabalha mais horas e depois o trabalhador é recompensado. 
Mas afinal o horário do trabalho não decorre de um contracto celebrado entre o trabalhador e a entidade contratante?
E qualquer alteração a esse contrato não TEM que passar pelo acordo entre AMBAS as partes (não pudendas, mas contratantes)?
E se o contrato for unilateralmente quebrado isso não tem consequências?
Vi e ouvi o 1º (Palhaço) Ministro declarar em todas as televisões que em Democracia não há Direitos Absolutos.
E, tanto quanto sei, isso não foi contestado. 
E parece-me mau demais, mesmo para um palhaço.
Mesmo em democracia (e não esqueçamos que o Aristóteles foi "convidado a cicutar-se" porque postulou a perversidade da Democracia):
A vida não é um Direito Absoluto?
A dignidade não é um Direito Absoluto?
A integridade física não é um Direito Absoluto?
vejo um PR (Palhaço Rico?), contrariamente ao habitual, que não aparece e se limita a um comunicado esclarecedor da "generalidade e culatra" do conflito. Mais grave que a omissão de presença e do espectável manifesto de opinião contributo para o bom-senso e interesse nacional (de Nação e não de Estado) é a questão emocional. É que as selfies conseguem-se com recurso ao PhotoShop, mas... e os abraços?
É uma orfandade declarada.
Ditadura por ditadura prefiro a que era exercida por governantes honestos e aforradores. Quando levávamos um bofetão e tínhamos que nos calar. Acho deprimente poder berrar que estou a ser desancado mas ignorar quantos e durante quanto tempo estarei a levar bofetões.

A Constituição em vigor não determina como Direitos Absolutos e inalienáveis a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde, a Educação. Não determina que "só há liberdade a sério" enquanto houver "liberdade de mudar e decidir", "quando pertencer ao povo o que o povo produzir"?
E recordou-me o PREC: Sérgio Godinho (nazi, fascista, extremista islâmico e de extrema-esquerda ou direita, depois logo se vê) para o Tarrafal. Já!

(E se disseres que fui eu que escrevi isto, nego!)

Abraço

Reflexão - o desporto e o "espectáculo"


LBC

Ou como, aos poucos, lentamente, se estraga, se desenobrece o desporto. Até um dia alguém "cair mal", ou começar a deixar de haver público para "ir à arena", ou até alguém explicar que isto já não é desporto, mas sim o espectáculo pelo afã único do dinheiro.


Simone Biles faz história com triplo-duplo mortal: “Yes, she can!”

A ginasta norte-americana conseguiu este domingo realizar um movimento nunca antes feito por uma mulher: um triplo twist com duplo mortal no exercício de solo. E a recepção desta vez foi perfeita.

,Ginástica artística
Tem de se ver em câmara lenta para contar as vezes em que Simone Biles roda no ar. A campeã olímpica conquistou ontem o sexto título de campeã dos Estados Unidos da América com um movimento nunca antes feito por uma mulher: um triplo twistcom duplo mortal à rectaguarda no exercício de solo.
Foi colocado um tapete extra por segurança, mas desta vez a recepção de Biles foi perfeita. A ginasta norte-americana já tinha tentado este salto uma vez, mas não conseguiu uma boa chegada ao solo. Agora, tudo correu bem. E a reacção foi esta:
A ginasta, que estava obviamente feliz, disse que não resistiu e ainda durante a competição foi ver as imagens do que tinha acabado de conseguir. “Não queria ser a última a ver!”, confessou.
São “apenas" seis segundos de voo que vale a pena ver em super slow motion:
Tudo isto aconteceu depois de um outro momento inédito. No exercício de trave, Simone Biles fez uma saída perfeita com duplo mortal e dupla pirueta, algo que nunca ninguém, homem ou mulher, tinha feito antes. 

Reflexão - Henrique Neto

Henrique Neto no jornal "i"

...
Em resumo, tenho receio de que os elogios às habilidades políticas do primeiro-ministro sejam o resultado de uma certa doença da sociedade portuguesa de conviver e admirar a esperteza dos aparentes sucessos de curto prazo, verdadeiros ou falsos, bons ou maus, pouco importa. Trata-se do mesmo fenómeno que manteve Ricardo Salgado durante muitos anos como dono disto tudo e José Sócrates como um dos mais amados primeiros-ministros de Portugal. Infelizmente, esta forma acrítica de olhar só o curto prazo e de aceitar facilmente os abraços dos diversos poderes que nos rodeiam é uma das razões por que não vivemos numa verdadeira democracia de exigência e porque estamos a atrasar-nos em relação aos outros povos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Reflexão - LBC (Circulatura do Quadrado)

Depois de tantos anos a seguir a Quadratura do Círculo na SIC, dei por mim a deixar de ver a Circulatura do Quadrado pelo desempenho de Jorge Coelho e Pacheco Pereira.
Menos um programa a seguir...

sábado, 10 de agosto de 2019

Moi - LBC

Sem palavras!

Reflexão - Alberto Gonçalves in Observador

I love Portugal

E há o Estado a realizar sondagens eleitorais a funcionários públicos com dinheiro e logística igualmente públicos, na presunção, provavelmente justificada, de que tudo o que nos confiscam pertence aos gangues que se apoderaram disto. E há o governo, um governo habituadíssimo a silenciar dissidências, a ameaçar com a tropa qualquer esboço de insubordinação que não seja organizado por estalinistas. E há os estalinistas, os leninistas, os carteiristas e os fascistas afins a calarem os resmungos hipócritas a troco de poder, e da licença para que estendam o seu manto escuro sobre nós. E há a vasta e densa rede de corrupção que os socialistas instalaram por aí, plena de devoção aos valores da família, da amizade e do descaramento em geral. E há as vítimas do sagrado serviço nacional de saúde, que felizmente morrem em recato. E há os milhões que não se gastam a combater doenças gastos em negociatas, compadrios, golas de poliéster e “impulsos” para a “concretização” da “igualdade de género”. E há os incêndios, cuja dimensão e recorrência deveriam denunciar as inúmeras fraudes subjacentes, e que, em vez disso, concedem uma oportunidade para culpar as “alterações climáticas”, os eucaliptos e a “direita”. E há as televisões repletas de propaganda, agora tão escancarada que já permite um programa chamado, sem ponta de ironia ou amargura, “I Love Portugal”. E há “a geração mais informada de sempre”, que do alto de uma admirável ignorância simpatiza com o PAN ou com o BE como noutros tempos menos informativos alinharia na juventude fardada que estivesse à mão. E há uma economia alicerçada no saque rápido e na irresponsabilidade lenta, que cumpre, um por um, os requisitos essenciais à nova bancarrota que se aproxima. E há benefícios fiscais, e uns trocos para a camioneta, aos emigrantes que abandonem as Alemanhas e as Inglaterras e regressem a esta maravilhosa experiência venezuelana. E há o belo sorriso do dr. Costa, representativo de milhares de sorrisos assim, próprios de quem manda e, melhor, de quem sabe que manda sob completa impunidade. E há uma oposição que abdicou de desempenhar o papel por sonhar em mandar também, um bocadinho pequenininho que seja. E há, nos “media” e nos gabinetes, resmas de serviçais de segunda e terceira linhas amestrados para a exaltação dos chefes. E há um ex-animador televisivo, hoje rebaixado a presidente, que confessa experimentar “gozo espiritual” por o país ser “um sucesso”, e já não “uma incógnita e uma dúvida”.
Se cada um vai buscar o gozo onde calha, a verdade é que o país nunca constituiu uma incógnita ou suscitou dúvidas: o país é isto. E isto não caiu do céu, nem sequer subiu dos infernos. Isto é o que temos e somos, é a nossa natureza e, para usar uma palavra horrível, a nossa “identidade”. Portugal, meus caros concidadãos, não dá para mais. Dá para bola. Subsídios. Enchidos. Bola. Wi-Fi. Ecopontos. Bola. Via Verde. Netbanco. Bola. Grândolas. Parlapatice. Bola. Fundos europeus. Fundilhos paroquiais. Bola. Festivais. Chefs. Bola. Praia. Proactividade. Bola. Romarias. Sol (que é tão bonito). Bola. Rendimentos mínimos. Rendimentos máximos. Bola. Cabeçudos. Barrigudos. Bola. Rotundas. Penduricalhos. Bola. Comes. Bebes. Bola. Activistas. Ambientalistas. Bola. Irreverência. Reverência. Bola. Certames. Multiusos. Bola. E indiferença, até gozo, espiritual ou não, em ser enxovalhado pelos laparotos que se apoderaram deste curioso cantinho porque quiseram, e sobretudo porque puderam.
Aos poucos, convenço-me de que não se trata de acaso. Existe nos portugueses uma genuína propensão para chafurdar na fancaria, apreciar a fancaria, fazer da fancaria um roteiro e uma “agenda”. Claro que o lixo abunda em toda a parte. Em quase toda a parte, porém, não faltam alternativas ao lixo, enclaves de civilização ou vigor ou graça que resistem ao obscurantismo e à boçalidade. Aqui, porém, o lixo parece avançar sem obstáculos. Parece o verdadeiro desígnio colectivo. Parecemos estúpidos. Seremos? Embora não seja adepto de teorias da conspiração, que são a História contada por pantomineiros, acontece questionar-me se, há largos séculos, os illuminati da época não conspiraram para reunir tontinhos, masoquistas e desequilibrados em geral num território a que chamaram Portugal. A ideia era estudar-nos, mas ainda não conseguiram parar de rir.
É evidente que muitos portugueses não são idiotas. O problema é que mesmo a maioria dos portugueses lúcidos acredita, não imagino porquê, que a desgraça actual é provisória, e que tivemos um passado luminoso e teremos um futuro redentor. Os portugueses lúcidos, coitados, padecem de saudade e, pior, de esperança, a esperança de que os portugueses restantes, com o pescoço na trela e o olhar no chão, acordem para as delícias da liberdade, essencial à vida adulta. Sucede que para os simplórios a liberdade não é deliciosa: é uma ameaça ou, no mínimo, um risco escusado. Enquanto brincam no recreio, os simplórios gostam que alguém tome conta deles. Com sorte, e uns arremedos de manha, um dia eles tomarão conta de nós. É preciso dar exemplos?

Séries - Faith (Season 1)







sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Reflexão - Rui "Loma"

(artigo de Nuno Garoupa no Público)

A progressiva transformação, em
Portugal, da democracia em
partidocracia não se pode dizer
que tenha sido surpreendente.
Era, talvez até, inevitável. Os
regimes anteriores, com maior ou
menor pendor democrático,
sempre se caracterizaram por
dois aspetos — predomínio de
uma clique endogâmica em
Lisboa (a Corte), fruto de um processo de
seleção cooptado e não competitivo, e o
caciquismo local. Seria, pois, difícil esperar
que o regime atual, para mais já longevo,
não re􀃇etisse essa realidade.
É possível que a introdução de
candidaturas independentes e a limitação de
mandatos logo em 1976 pudessem ter
suavizado um pouco, mas a opção por um
governo local presidencial forte, sem
grandes estímulos à oposição
(estranhamente parte da própria vereação),
sem grande controlo parlamentar,
inevitavelmente reproduziu o caciquismo
tradicional. Aliás, o desmantelar das forças
vivas locais (fruto da modernização social) e
a concentração de recursos públicos nos
governos locais (através dos fundos
comunitários e, depois, do galopante
endividamento, que apenas foi limitado já
bem entrado o século XXI) acabaram por
recriar o ambiente para as redes clientelares
locais, que acabam por ser uma face
pós-moderna do caciquismo do século XIX.
Não por acaso, a grande maioria dos
municípios é governada pelo mesmo partido
por períodos longos, e os dinossauros
autárquicos são 􀃆guras mitológicas dos
partidos. E sobre as regiões insulares basta
observar a durabilidade política — o PSD
governa na Madeira desde 1976; já nos
Açores temos maiorias monocolores do PSD

(1976-1996) e do PS (desde 1996).


(Reflexão do Rui Loma a propósito do artigo do Nuno Garoupa)

Interessante, mas...

"(...) depois do galopante endividamento, que apenas foi limitado já bem entrado o século XXI." 
É uma brincadeira, ou o resultado de assistir aos telejornais do sistema, só pode. O (mau) Estado português regista os índices de dívida mais elevados, desde sempre. E a dívida, apesar dos apregoados abatimentos - que também não são reais, limitam-se ao renegociamento da dívida para prazos mais alargados e a consequente redução da "mensalidade" mas a majoração do valor final: absurdo no valor, mas diferido no tempo. E os negócios continuam, é necessário assegurar lugares (tachos) para os que vão sair, garantindo lugares para os que vão entrar. Afinal as eleições estão à porta.

A democracia apregoada... é a ignorância mascarada pelas meias verdades. 
Mas qual democracia?
Muito bem, em tese, a democracia caracteriza-se pela expressão de uma vontade colectiva. O governo do povo. O esforço colectivo para o bem-estar geral... Mas essa é a democracia activa, a todo o tempo participada, como decorria na ágora, a gestão pela vontade e sabedoria do povo.
Mas, no nosso mal parado caso, falamos de democracia activa ou representada?
"Água dura em pedra mole tanto fura até que dá" (não, não é engano, as palavras estão lá todas, a ordem é que é alterada, tal como na verborreia dos representantes da democracia nacional, o que conta é a sonoridade não a ideia!) e outros ditados sonantes, 
Pensemos. Voto não numa pessoa mas num partido, que se limita a apresentar uma cabeça de cartaz. O partido eleito (presumível mas não necessariamente com mais votos) escolhe o elenco que vai constituir o governo e apresenta-o ao PR que, desde que minimamente alinhado (populista ou sem-vergonha dentro dos limites politicamente correctos) o vai aceitar. É eleita uma assembleia constituída por um conjunto de indivíduos que eu não conheço, mas vão decidir os destinos da nação, entenda-se garantir os interesses de quem ali os colocou e conforme o desempenho nesse desiderato assegura o futuro em tachos futuros.
O orgasmo legislativo consuma-se quando o PR promulga uma lei declarando ser contrário ao seu espírito e ciente da lesão dos interesses da nação, mas pela garantia da estabilidade política(?).
Afinal onde ficou a "vontade do povo"?... Pois é, a participação extinguiu-se no voto. Acabou. Foi delegada em grupelhos abjectos que, adoptaram o termo de partido - entidade incorpórea (logo, salvo raras excepções, inimputáveis) na qual os inatos cretinos (também desmemoriados) delegaram a gestão do seu destino.
Como mera reflexão o termo "partido" decorrerá de "não ser inteiro", ou seja não incorporar um todo (nação), o que fará algum sentido; ou de "party", por exemplo... "vamos a uma "party" na parede. Vocês (o Povo) encostam-se à parede e nós fazemos a "party"", o que não deixa também de adaptar-se à realidade nacional. São dúvidas que me consomem, muito mais que a desonestidade dos procedimentos.

Quanto à gerontocracia, nada de novo. Abordando o tema de forma ligeira, desde sempre que a direcção, não o governo, das sociedades (desde que se constituíram) foi assegurada pelos "mais velhos", pelo concelho de anciãos; na própria estrutura familiar era a avó que geria as relações e os negócios sociais da família - o homem era o caçador, a sua missão era assegurar o sustento, não a estrutura familiar e social (família/clã/tribo/nação). Depois veio o "pater familias", mais uma vez o exemplo venerando; no período medieval eram os "homens bons" com provas dadas e tacitamente aceites como os mais sensatos e experientes. 
Negar o valor da experiência adquirida é negar a História, é incrementar os disparates e conflitos já vividos mas que a memória ignora.

E parece-me ser esse o problema, mais do que a ignorância é a falta de memória, tal como a mulher do "outro" assumiu: "o meu marido é um cherne". Verdade profunda, muito para além da intenção da declarante. O "empeixamento" da nação portuguesa é um facto, desgraçadamente na incapacidade de memorização.
Ignorar o passado e glorificar o presente. Não interessam as consequências de determinada acção ou omissão do passado (é passado, já não volta), seriam impensáveis hoje, temos muito mais tecnologia e competências que naquela altura. Aquilo só aconteceu porque eram muito mais atrasados, tacanhos... 
Para memorizar é preciso "ver", ler, conversar, e isso dá trabalho.
Mais do que esquecer, ignora-se. E isso facilita a "aquarização", o universo é reduzido e admite-se quem decida sobre a temperatura, a luz, a acidez do meio e,claro, as espécies a introduzir. A selecção deixa de ser natural e torna-se politicamente correcta.
Esmagam-se os "betas" e incentivam-se os "guppies" e os "néons". Não prestam para nada, não "chateiam", não defendem território, mas temos um aquário muito mais sereno e colorido.

A democracia representativa é uma batata, no sentido pejorativo do termo e não por desrespeito ao tubérculo.

Abraço

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Cartoon - The Spectator


Reflexão - Astronomia (Público)

(Sorrio sibilinamente com as unidades que leio nestas notícias, ou seja, não faço - fazemos!-, a mínima ideia da escala em que nos movimentamos)


O mapa mais detalhado de sempre da nossa galáxia mostra que ela não é plana

Todas as noites, um grupo de cientistas polacos monitoriza a luminosidade de milhares de milhões de estrelas da Via Láctea. Há umas especiais: chamam-se cefeidas, são as mais brilhantes e ajudam no cálculo de distâncias — ao estudar mais de 2400 delas, os cientistas perceberam que a nossa galáxia não é tão plana como se pensava.

Afinal, a nossa galáxia não tem a forma de um disco plano, mas sim de um disco com as pontas “distorcidas” numa espécie de “S” deitado. É esta a conclusão de um estudo feito por um conjunto de cientistas polacos publicado nesta sexta-feira na revista científica Science e que corresponde ao mapa 3D da Via Láctea com mais detalhe e precisão feito até hoje. E é mais um passo para entendermos melhor a nossa casa galáctica, que consiste num núcleo envolvido por um disco gigantesco de gás, poeiras, planetas e estrelas com quatro grandes braços em forma de espiral.
A investigadora polaca e autora do estudo Dorota Skowron explica ao PÚBLICO que se aperceberam do formato disforme da galáxia depois de observarem mais de 2400 estrelas variáveis supergigantes chamadas cefeidas, “ideais” para estudar a Via Láctea. São mais brilhantes do que o Sol (100 a 10 mil vezes mais luminosas), o que faz com que sejam mais facilmente identificáveis nos “subúrbios” da galáxia. Como são “novas” (têm menos de 300 milhões de anos), podem ser encontradas perto do sítio onde nasceram.
PÚBLICO -
Estrutura 3D da Via Láctea com base nas mais de 2400 cefeidas analisadas Jan Skowron/OGLE
Juntando a isso e ao seu brilho aparente a análise do seu período de pulsação, é possível medir distâncias directas “com elevada precisão”. Aquilo que se sabe sobre o formato da nossa galáxia é conseguido não só através da análise deste tipo de medidas indirectas, mas também através da extrapolação de estruturas observadas noutras galáxias.
O grupo de astrónomos da Universidade de Varsóvia e do Observatório Astronómico de Varsóvia conseguiu localizar estas estrelas através da Experiência Óptica de Lentes Gravitacionais (OGLE, na sigla em inglês) usando o Telescópio Varsóvia, localizado nos Andes do Chile. “Todas as noites monitorizamos a luminosidade de milhares de milhões de estrelas por toda a Via Láctea”, conta a astrónoma polaca. Ainda assim, e mesmo conseguindo-se retratar quase toda a galáxia, “há partes que não ficam acessíveis ao telescópio por duas razões: uma é que o telescópio está localizado no hemisfério Sul e a outra é que não se consegue observar através das nuvens densas de poeira no centro galáctico”, explica.
PÚBLICO -
O Telescópio Varsóvia e a Via Láctea: os pontinhos amarelos são as estrelas cefeidas K. Ulaczyk /J. Skowron/OGLE
Dorota Skowron refere ainda que, além de não ser plana, a Via Láctea é um disco estrelar com espessura variável: mais fina no centro e mais larga nas periferias. “Expande-se quanto mais se afasta do centro galáctico. O disco tem uma grossura de cerca de 500 anos-luz perto do nosso Sol; nas extremidades, a espessura do disco ultrapassa os 3000 anos-luz.” A “distorção” mencionada no estudo começa a notar-se a partir de distâncias superiores a 25 mil anos-luz do centro galáctico.
O nosso Sol fica a cerca de 27 mil anos-luz do centro e é apenas mais uma estrela das mais de 100 mil milhões que existem na nossa galáxia (as estimativas variam entre os 100 mil e as 400 mil), e a Via Láctea é apenas mais uma de inúmeras galáxias neste Universo que surgiu há cerca de 13.800 milhões de anos, no Big Bang. E é enorme: de uma ponta à outra da Via Láctea, há uma distância de cerca de 120 mil anos-luz – o que significa que demorar-se-ia cerca de 120 mil anos a viajar à velocidade da luz de uma ponta à outra.
Já em Fevereiro, um estudo de cientistas australianos e chineses que estudava estas estrelas cefeidas dava a entender que a Via Láctea não era plana, apontando como causa para as suas extremidades retorcidas a força rotacional do disco interno. Agora, a investigadora Dorota Skowron diz ao PÚBLICO que “não têm certezas” sobre o que pode causar esta distorção, mas que pode ter sido originada pelas “interacções com galáxias-satélite” ou então devido às “interacções com gás intergaláctico ou matéria escura”.
No ano passado, foi divulgado um mapa 3D da Via Láctea que era, também, um gigantesco catálogo – que envolveu uma equipa de oito investigadores portugueses – feito com base nas informações obtidas pelo satélite Gaia, que incluía a posição e o brilho de quase 1700 milhões de estrelas, a maior parte delas na Via Láctea. “O entortamento do disco galáctico já tinha sido detectado antes, mas esta é a primeira vez que usamos objectos individuais para traçar a sua forma em 3D”, esclarece em comunicado outro dos autores do estudo, Przemek Mroz.

domingo, 4 de agosto de 2019

Teste de QI (LBC)

Obter 110 num teste de QI em alemão. Speachless, no mínimo!


Reflexão - LBC (VetVals)

Alfredo, it’s time! 
E não, não é de jogar ténis ou padel, ou lá como se escreve!

A algumas horas do primeiro jogo desta nova época - e sobre o qual ainda não ouvi, em qualquer canal, qualquer notíciazita sobre o assunto; não entendo! - tenho de te dizer!

Alfredo, sem querer eleger-te o que quer que seja, como se faz naqueles programas de televisão primários de hoje em dia em que qualquer jovem - vestido com um fato apertado qual espartilho de uma senhora da “Victoria age” -,  iletrado, com um “Curço superior de Kumunica-ção” e sem tem ter onde cair morto, é eleito por fazer algo absolutamente trivial, aqui fica, uma vez mais, o meu (nosso, penso) reconhecimento pelo trabalhinho que vens desenvolvendo desde há uns anos para cá. 

Imperfeições? Seguramente que as haverá. Desde logo, seres de um clube que insiste em monopolizar adeptos e que, por isso, aplainará (o meu avô tinha umas plainas lindas!!) o panorama nacional para, depois, ir lá fora e, decorrente da falta de concorrência, fazer as figuras a que estamos habituados…(este comentário é só para fomentar a discussão da plebe…).

Logo a seguir a escolha das cores. Realmente o encarnado (ou será cor-de-rosa?…) não é uma cor que se adeque a mapas deste calibre e com esta densidade de informação. Mas, enfim, gostos são gostos!…

Depois, penso que um trabalho desta natureza poderia ser aproveitado para, numa qualquer Universidade - sei lá, Química, Astrofísica, Arqueologia…-, se investigar algo. Não existe, seguramente, com este rigor de levantamento e de pré-tratamento de dados, qualquer universitário que se debruce desta forma e com este “approach” ao universo geronte. Mas também, a quem é que interessa o que este grupo de “pré-gerontes” faz? Há “income”? Há dinheiro envolvido? Há interesse político? Jogam futebol? Não!; logo, não há interesse.

Mas, voltemos á galhofa…

Quanto aos “seis magníficos”, desde logo agradecer-te Alfredo pela analogia com um grande filme que passou há muitos, muitos anos e que, mais tarde, teve uma pobre sequela, sem a dinâmica nem o ritmo que a primeira teve, condizente aliás com os pobres tempos que vivemos desde há uns anos para cá, tempos, como sabem os que de mais perto lidam comigo, do “show-off” a qualquer preço, da galhofa constante, da falta de seriedade no tratamento de temas que deveriam antes ser sérios.
Realmente, nós sim, nós somos magníficos! Por isso nos mantemos!

Temos de felicitar aqueles que se distinguem. E, no nosso caso, com todas as mazelas, ausências, viagens, trabalho - porque ainda há quem tenha essa cruz -, incidentes que acontecem, é de louvar quem tem uma presença assídua, sem desvios padrão assinaláveis. Os quatro que ainda dão o corpo ao manifesto, merecem! Os outros dois, noblesse oblige, para o comentário não ser muito encarnado…!

Quanto aos “seis menos magníficos”, não pude deixar de reparar na “baixa médica” e no “treino de ginásio”. Com esta disciplina, estás aqui estás na Luz…

Com todas as despesas que tens, perdão, temos tido, confesso que me surpreendeu o saldo…:)

Em setembro lá estaremos

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Filmes - Rutger Hauer



Apesar de ter feito dezenas de filmes (Lady Hawk, o primeiro que vi dele!), foi em Blade Runner que Rutger Hauer ficou para a história. E aqui, a juntar ao elenco, à direcção e à música, à inimitável e única música do "VG. Papathanasiou", teria de sair algo de muito bom. E saiu: o filme, do qual este pedaço é uma ode a todos nós; para o bem e para o mal...