quarta-feira, 30 de junho de 2021

terça-feira, 29 de junho de 2021

Reflexão - Diogo Quintela (atletas transgéneros)

 

0% inspiração, 100% trans /premium

Laurel Hubbard, apesar de ter os níveis hormonais de uma mulher, continua com o espírito competitivo de um homem. Só um tipo com muita vontade de ganhar é que está disposto a arriscar perder com miúdas

29 jun 2021, 00:10

 

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A derrota de Domingo vai deixar marcas profundas. Nos jogadores, nos adeptos e, acima de todos, nos apanha-bolas que ficaram cheios de arranhões ao saltarem sebes ao redor do estádio, para recolherem as bolas que os jogadores portugueses insistem em chutar para fora do campo.

 

 

 

Felizmente, para ajudar a esquecer a frustração deste grande certame desportivo internacional, começa já a seguir outro grande certame desportivo internacional. A abertura dos Jogos Olímpicos é daqui a três semanas e estou em pulgas para assistir ao ciclismo (onde vou torcer por João Almeida), ao andebol (a primeira vez que a nossa selecção lá está), ao triplo salto (em que Patrícia Mamona é favorita) ou ao judo (especialmente ao Jorge Fonseca). Mas a prova que vou acompanhar com mais entusiasmo é, sem dúvida, o halterofilismo feminino na categoria de +87kg. É aqui que vai competir Laurel Hubbard, a super levantadora neozelandesa que, até há 9 anos era o mediano levantador neozelandês.

O que faz da prova de halterofilismo feminino uma competição muito exigente, não só para os atletas, mas também para os espectadores. Não sei o que é fisicamente mais impressionante, se levantar 150 kg acima da cabeça, se olhar para um homem e ver uma mulher. Como façanha física, é ele por ela.

Hubbard é a primeira atleta transgénero a competir nas Olimpíadas. Nasceu em 1978 e, em 2012, fez a transição de Gavin para Laurel. Uma nova regra do Comité Olímpico permite que mulheres transgénero possam competir contra mulheres se, nos últimos 12 meses, tiverem mantido os níveis de testosterona abaixo de um determinado valor, algo que se consegue com medicação – ou, descobriu-se agora, assistindo aos jogos da selecção de futebol.

 

 

Apesar disso, há quem diga que Hubbard tem uma vantagem injusta sobre as suas adversárias, devido ao seu corpo ter passado a puberdade masculina. Face a quem vive a puberdade feminina, isso confere-lhe maior massa muscular, maior capacidade cardiorrespiratória e maior densidade óssea, entre outras vantagens físicas que não desaparecem.

Não tenho os conhecimentos científicos necessários para avaliar quem tem razão, mas o meu instinto diz-me que baixar a testosterona não chega para pôr um atleta masculino ao nível de uma atleta feminina. A prova é que, apesar de Laurel Hubbard ter os níveis hormonais de uma mulher, continua com o espírito competitivo habitual de um homem. Só um tipo com muita vontade de ganhar é que está disposto a arriscar perder com miúdas.

Se Hubbard ganhar, aproveitou-se de uma vantagem injusta e é uma vergonha. Se perder, não aproveitou uma vantagem injusta e é uma vergonha. Este é o tipo de situação impossível em que só um homem se coloca. Um homem normal limita-se a ver desporto feminino e a dizer: “Se eu quisesse, levantava mais que esta miúda”. Mas só um homem muito macho é que está disposto a passar pelo vexame de tentar e falhar.

 

Laurel pode sentir-se mulher, mas há tiques sexistas que não perdeu. Como membro do patriarcado, continua a achar que o lugar da mulher é em casa. Pelo menos o lugar de Kuinini Manumua, a mulher que perdeu para Hubbard a vaga na equipa da Nova Zelândia e que, por isso, vai ter de ver as Olimpíadas em casa.

Costuma dizer-se que o sucesso é 1% inspiração, 99% transpiração. A não ser no caso de Laurel Hubbard, em que o sucesso é 0% inspiração, 100% trans. Talvez seja altura de mudar o lema das Olimpíadas para Citius, Altius, Fazdecontius.

Tenho perfeita noção que, ao defender que uma mulher transgénero não é igual a uma mulher e que é injusto que compita na categoria feminina, há quem vá dizer: “Eh, pá, este gajo é atrasado mental!” Mas isso não é verdade. Infelizmente. Sei-o porque tentei usar esse argumento para concorrer aos Jogos Paralímpicos, sem sucesso. Gostava tanto de ganhar uma medalha, que quis identificar-me como pessoa com deficiência intelectual, para ter uma vantagem sobre os outros concorrentes. Mas, para ser aceite, a incapacidade intelectual tem de se ter revelado antes dos 18 anos. Depois disso, considera-se que, por ter tido um desenvolvimento normal até à idade adulta, o atleta tem uma vantagem desleal sobre os adversários. Sim, são requisitos mais apertados do que os para entrar na competição feminina. Pelos vistos, para o Comité Olímpico, é mais fácil passar-se por mulher do que armar-se em parvo.

 

 

 

 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Tempos difíceis - LBC (atletas transgéneros)

 LBC - ...ou IBPD. leia-se "a institucionalização da bandalheira propriamente dito" (AAAH SIIIM?)

Não há pachorra! Tempos difíceis!...

Nova Zelândia leva primeiro atleta transgénero aos Jogos Olímpicos

A halterofilista Laurel Hubbard foi selecionada pela equipa da Nova Zelândia para competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Até aqui nada de mais, até porque se trata de uma atleta experiente, que ainda em 2017 ganhou a medalha de prata nos mundiais e que consegui um sexto lugar em 2019 depois de uma grave lesão. Este nome não é notícia apenas pela qualificação em si, mas porque esta significa a primeira vez que um alteta transgénero compete nos Jogos Olímpicos.

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Hubbard vai competir na categoria mais de 87 kg pela equipa feminina da Nova Zelândia, quando no passado já tinha participado em competições masculinas antes da transição, (AAAH SIIIM?) em 2013, e será a altelta mais velha em competição na modalidade. Num comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Comité Olímpico do país, a atleta mostrou-se “grata” pela decisão e “o apoio dado por tantos neozelandeses” (AAAH SIIIM??).

Em 2015, o Comité Olímpico Internacional definiu que qualquer atleta transgénero poderia competir como mulher desde que, nos 12 meses anteriores, os níveis de testosterona não ultrapassassem o limite definido (abaixo de 10 nmol/L) (AAAH SIIIM?).

Esta participação está longe de ser pacífica, já que há especialistas que apontam as vantagens competitivas que um atleta transgénero pode apresentar por ter passado pela puberdade masculina (AAAAAAAAAH SIIIIIIIM???) e ainda que mantenha a toma de medicamentos para controlar os níveis de testosterona (AAAH SIIIM??). E isto devido às densidades óssea e muscular, que são decisivas na competição desportiva (AAAH SIIIM??). Hubbard fez a transição aos 35 anos.

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A seleção olímpica neozelandeza considerou, no entanto, que Laurel cumpria os critérios para entrar na competição. “Reconhecemos que a identidade de género no desporto é uma questão altamente sensível e complexa (AAAH SIIIM?)exigindo um equilíbrio entre os direitos humanos e a justiça no campo (AAAH SIIIM??)”, afirmou o responsável Kereyn Smith assinalando a “forte cultura de inclusão e respeito por todos” da equipa nacional.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Campeonato Europeu de Futebol (LBC)

1 - Maradona, Thierry Henry e agora Pavard. Tudo artistas do circo do faz de conta.

2 - Porque não foi adiado o jogo entre a Dinamarca e a Suécia, depois do desfalecimento (REAL) do Eriksen?

3 - Porque não foi retirado o Pavard de campo após o seu desmaio?

4 - Porque estamos num mundo de incompetentes, vigaristas e interessesseiros?  

PS - Seguir-se-ão outros "episódios do foro "médico", dentro de campo. Tudo em abono do futebol...

 

1 - Maradona, Thierry Henry and now Pavard. All make-by-account circus performers.

2 - Why hasn't the match between Denmark and Sweden been postponed after Eriksen's (REAL) demise?

3 - Why was Pavard not removed from the field after his collapse?

4 - Why are we in a world of incompetents, con artists and interests?

PS - Other "episodes of the "medical world"  will follow up, within the field. All in football allowance...

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Reflexão - Rick Wakeman on Antonio Vivaldi

Hearing  Rick Wakeman, YES band former key-player, explaining the "four seasons" of Vivaldi in a scenary like Venece, and in such a pedagogic way, it's a kind of whole in one.

 Ouvir o Rick Wakeman, ex-teclista dos Yes, dissertar sobre Antonio Vivaldi,  da forma como o faz, num local como Veneza, a propósito das "4 estações", é uma espécie de "2 em 1", ou de "3 em 1" ou de "muitos em 1". 



https://www.youtube.com/watch?v=jMq9iEP9Zuk


domingo, 6 de junho de 2021

Tempos difíceis - A escultura invisível

 
(LBC) 

1 - É impressão minha ou a malta está toda a ficar tan-tan? 

2 - Os meus “Homósnimius” continuam a surpreender-me!

3 - Mais um rapaz - Salvatore Garau -, que estaria morto (ou não tem onde cair morto, mais propriamente!) se não fosse a "Arte"...



https://observador.pt/2021/06/02/lo-sono-uma-escultura-invisivel-que-foi-vendida-por-15-000-mil-euros-de-salvatore-garau/

"Lo Sono". A escultura invisível, de Salvatore Garau, que foi vendida por 15 mil euros
Observador

02 Jun 2021, 16:15
O vazio “não é nada mais do que um espaço cheio de energia“. A explicação é de Salvatore Garau, um artista italiano que vendeu uma escultura imaterial, de nome Lo Sono, num leilão, por 15.000 euros. A obra suscitou críticas, mas o artista defende a sua criação e o significado: O poder da mente e o vazio.

A escultura (não) existe. É uma obra que está para além do corpo, da matéria: “A minha fantasia, treinada por toda a vida para sentir o que existe ao meu redor de maneira diferente, permite-me ver o que aparentemente não existe”, disse Salvatore numa entrevista à Art-Rite. O artista tenta explicar que o vazio não é sinónimo de opacidade. É caótico: implica um mundo de emoções, positivas e negativas, campos eletromagnéticos, neutrões — tudo de acordo com o Princípio da Incerteza de Heizenberg, um físico que recebeu o Prémio Nobel da física em 1932. Um intelectual que Salvatore leu “com entusiasmo”, diz.

Eis a o que acontece: se o artista determina que “num determinado espaço” expõe “um escultura imaterial, esse espaço vai atrair a atenção e o pensamento das pessoas”. Salvatore está no fundo a brincar com a mente das pessoas, ao conseguir focar “centenas de pensamentos voltados para um ponto”. Assim, a magia acontece: nasce uma escultura com centenas de formas singulares — cada uma na cabeça das pessoas, única. Salvatore deixa a comparação: “Não moldamos um Deus que nunca vimos? Muitos não sabem que têm uma imaginação sem limites!”.

Salvatore Garau sente-se atraído pelo que os olhos não veem: quer explorar o que todos os sentidos conseguem fazer em conjunto e, com isso, tornar visível “um pensamento de espaço inexistente”. A “ausência é a protagonista absoluta dos tempos que vivemos” — a premissa que leva o artista a criar para além do físico. É com tudo que o artista cria o nada. No seu processo criativo, o pensamento é a primeira parte do trabalho, ao qual Salavatore dá o maior foco. Ainda assim, a sua obra tem sido alvo de diversas críticas nas redes sociais.



Reflexão (Rui L. Maria)

Não recordo o nome do "marketingueiro" (ligado a uma galeria de arte qualquer nos states) que definiu a o custo da arte.
Defendeu algo do tipo: a contribuição do artista está na produção da obra, o valor dessa obra depende da capacidade de quem a vende, entenda-se impinge.
Lo Sono é um exemplo do para-lá-do-modernismo, creio que virá a ser associado ao ignorantismo, ou cretinismo, algo assim.
Cria cadeia de valor, mas que não seja nos sorrisos idiotas de quem se presume "para-lá-de.moderno".

Um facto a reconhecer, propicia a manifestação da emotividade do público-alvo. Podes sempre "ferrar" um bofetão num fabiano que te contrarie quando afirmares que um alçado da escultura apresenta uma ligeira fenda que nada leva a crer tratar-se de uma manifestação sublimada de um sexo entumescido (algo assim, verborreico). Logo, será uma manifestação masculina, potenciada pelo "LO sono".
Daí partes para a análise do marialvismo da escultura, da inobservância dos valores zen do equilíbrio na natureza, mais um  passinho e a escultura é sexista e discriminatória, etc.
As possibilidades são tão finitas quanto a capacidade humana de embirrância.
Perfeita.
Afinal o objectivo final é "ferrar" uns bofetões em quem te contrariar.
Acho que vou escrever um ensaio. "Lo Sono, ou a legitimidade da defesa da opinião crítica na Arte". E aproveito a analogia do "ensaio" enquanto texto literário e o "ensaio" de bofetões nos contraditores da análise postulada da obra.
E não invento nada, alusivo ao dia, não devemos esquecer que a imaterialidade do "Corpo de Deus" que hoje celebramos (o Corpo, não a imaterialidade) também contribuiu para batalhas sangrentas: as cruzadas, excomunhões, procissões, confissões, autos de fé, vigílias nocturnas de joelhos nas lages, jejuns e afins.
Não demos a mesma importância ao "Corpo" e ao "sono".
Neste último, para já, fiquemo-nos pelos bofetões

Nota - A propósito, gostei particularmente do " para-lá-do-modernismo", pelo sim pelo não vou pate(n)tear o termo.
           Com o incremento cretino das novas correntes ainda me vão pagar para utilizar o termo.

Bom feriado, Companheiro

Abraço
:)






Séries - Joanna Lumley no Japão

 




Livro - Yukio Mishima

 Tudo se modifica...


quinta-feira, 3 de junho de 2021

Séries - Charité (S2)

 


Reflexão (vários)


(Carlos Fiolhais no Público)

Gostava de ter visto um plano claro quanto aos grupos de prioridade, prazos, logística e prevenção de abusos. Não há sequer um plano estruturado, com base na ciência, mas antes uma sucessão de remendos. Navega-se à vista. Não admira que a opinião dos especialistas da dita comissão técnica em favor do maior espaçamento entre doses tenha sido ignorado pela task force, distante como está da área biomédica. A pandemia é um assunto muito sério, onde a competência devia estar à frente de tudo. Em Portugal podíamos e devíamos organizar melhor a nossa vida pública. Quando não há um plano, uma tarefa pode até por sorte correr bem, mas em regra não corre. Há quem se gabe da nossa capacidade de desenrascanço, mas nesta como noutras alturas era melhor estar calado. Outros países onde há mais organização não estão, como nós, nos cuidados intensivos.



Jaime Nogueira Pinto no "Observador"

...Mas a sua morte, a sua figura, a sua memória ou foram caladas ou levantaram polémica. E porquê? Porque para a esquerda de variante americana que anda agora por aí, homens como Marcelino da Mata não podem existir. Incomodam. Desassossegam. Baralham. Não cabem na narrativa simplista e maniqueísta adoptada. Não se encaixam no paradigma. Não cumprem o papel de “negros úteis”; um papel que outrora seria, paternalisticamente, a docilidade e a gratidão mas que agora parece ser, também paternalisticamente, a insurreição ou, mais precisamente, o “activismo anti-racista”. É este o guião – também ocidental e caucasiano – com que os actuais comissários políticos das minorias oprimidas querem perpetuar o racismo. Um negro que tem a ousadia de não se cingir àquilo a que a raça o obriga? Um negro que não se deixa “empoderar” e não quer cumprir o seu destino de minoria oprimida? Um negro da Guiné que combate no Exército Português, nas Forças Especiais, que se distingue em combate, que é condecorado? Um negro que depois do 25 de Abril, no período do PREC, é preso, insultado e torturado no RALIS por oficiais do MFA e maoístas à paisana? Nada disto pode existir e terá, por isso, de ser rapidamente eliminado ou branqueado: Marcelino foi um “traidor” e cometeu “crimes de guerra”; os oficiais do MFA e os ajudantes maoístas foram “corajosos e determinados”, ou mesmo “heróicos”.


Helena Matos no "Observador"

...Ou seja após ter aprovado a eutanásia, o parlamento resolveu legislar sobre o “projecto comum de parentalidade” que as mulheres viúvas poderão manter com os maridos mortos através da inseminação do esperma congelado. Não fosse o assunto tão sério e dir-se-ia que essas mulheres precisam sim de ajuda para fazer o luto e não para engravidar de quem já morreu.

Toda esta realidade virtual do “direito a morrer”, das mudanças de género, das barrigas de aluguer ou agora do projecto comum de parentalidade com um morto (durante quanto anos estimarão os senhores deputados que se consegue manter um projecto comum de parentalidade com um morto?) nos chega embrulhada no papel festivo do “Portugal na dianteira”, do “direito a”, da “correcção da injustiça”.

Nada se pergunta. E tanto há a perguntar. Por exemplo, no caso de Portugal aprovar a eutanásia a morte por eutanásia vai ser registada como morte natural como acontece em Espanha? E como se pode saber quantas pessoas estão a morrer por eutanásia se esta for registada como morte natural? A rampa deslizante também passa por aqui.