domingo, 27 de outubro de 2019

Reflexão - João Pires da Cruz (In Observador)

Desde 199?? troca o passo a pensar assim...

Já que ninguém pergunta....

Primeiro devo esclarecer que nada nos parágrafos que se seguem deve ser encarado como um apelo a que me sigam. Este texto não se destina a convencer quem me lê a ser como eu, destina-se aos outros que não são, para que me convençam a ser como eles. Depois, estou preocupado porque descobri que o problema neste país está no meu voto, ou melhor, no meu não voto. Sim, sou um abstencionista convicto de que o sou e, a avaliar pelo muito que se fala na abstenção, chego à conclusão de que o meu voto é muito mais importante do que os outros. Leio gente a querer impor a obrigatoriedade do voto, sou acusado por um escritor de contos femininos de só querer ter direitos, na noite eleitoral a abstenção ocupa metade do tempo dos comentadores (claro que podem argumentar que é a melhor metade…), etc. Eu até sou capaz de entender porque pode ser um problema, mas já que toda a gente fala dele, mas ninguém parece interessado em perguntar porquê, cá vão as minhas razões reforçando que, se você quer ser abstencionista, arranje justificações para si. Estas são minhas!
Eu não voto porque, para mim, não serve para nada. E não, não é a justificação microeconómica elaborada do Luís Aguiar Conraria. Eu estou perfeitamente convicto de que o voto não serve para nada e espero que nos próximos quatro anos os eleitos agora me provem o contrário.
No entanto, não fui toda a vida abstencionista. Até 2015 ia votar com os meus filhos ao lado, para que eles olhassem para o meu exemplo. Acreditava, e ainda acredito, que é a conjugação de todas as vontades que no fim resulta na melhor decisão de um país para o governo do estado, a parte do país com poder sobre os outros. Mas repare-se que António Costa perdeu as eleições em 2015, foi primeiro-ministro; ganhou em 2019, vai ser primeiro-ministro e, logo, a não ser que as leis da lógica tenham sido revogadas pelo parlamento cessante, então as eleições não são um fator determinante para decidir o governo do estado.
Por isso, a minha face perante os meus filhos no que a democracia diz respeito, perdeu-se. Toda a conversa de que nós devemos votar porque é importante que o governo do estado seja escolhido pelo país no seu conjunto foi para o lixo no dia em que Cavaco Silva resolveu que o meu voto não serve para isso. A partir desse dia, em revisão informal da constituição, o voto que interessa é dos 230 deputados, mesmo que não seja o mesmo dos 10 milhões de portugueses. Uma fraca evolução face ao Estado Novo, diria eu, que percebo pouco disso.
Um dos altos dignatários da República, não me recordo qual deles, dizia a título de apelo ao voto que esse é o momento em que somos todos iguais. O senhor não deve ter tido a presença de espírito de entender que aquilo que ele disse é exatamente que o voto não serve para nada. Perante ele, nós devemos ser iguais sempre! Se o momento do voto é o único em que somos todos iguais, então essa é a demonstração de que não serve para nada porque, se servisse, todos os momentos seriam momentos em que todos seríamos iguais perante o estado. Isto para dizer que os apelos ao voto também não têm sido particularmente felizes no sentido de me convencerem.
Repare-se, no entanto, que não estou a dizer que a diversidade de opiniões expressa pelo voto não é um bom mecanismo de governo de uma sociedade. Pelo contrário, estou consciente, até porque matematicamente assim se mostra, que a diversidade é a forma de otimização de adaptação perante um amanhã que nunca conhecemos. É a forma ótima de um organismo de componentes múltiplas, tal como um povo, de se desenvolver. Aquilo que estou a dizer é que não sinto a república portuguesa como um espaço onde isso se passa, onde a diversidade é respeitada e incentivada para além dos vãos e contraproducentes apelos ao voto que vão caindo a cada semana pré eleições.
E mais detalhes posso dar. Não é verdade que o meu voto interesse mais na decisão da política educativa do que a do cidadão Mário Nogueira. Mais, o voto do cidadão Mário Nogueira interessa mais que o voto de 90% dos portugueses que recusaram o voto no PCP ou no BE. No dia em que escrevo estas palavras sai a notícia de que o cidadão Arménio Carlos afirma perante os jornais que vai contestar as decisões do primeiro-ministro indigitado António Costa. Isto independentemente do facto da decisão dos eleitores ter sido que o governo do estado seja feito pelo cidadão António Costa e não de acordo com os interesses dos associados do cidadão Arménio. Portanto, eu só posso concluir que é irrelevante aquilo que eu penso e expresso no voto, já que logo de seguida o cidadão Arménio faz disso letra morta e o que interessa é o que ele acha.
Agora, estas eram as razões que eu já tinha para não ir votar no dia 6 de Outubro. O que aconteceu desde lá foi descobrir que não só o meu “um voto” não serve para nada, como se tivesse 142 mil votos, tal seria, da mesma forma, irrelevante. Numa atitude inqualificável, a República Portuguesa entendeu que não precisava dos votos dos emigrantes para levar a política para a frente. Como se eu fizesse um jantar lá em casa e, já que estavam todos menos os que moram no Porto, começassem todos a comer para não arrefecer a comida. Ou decidisse, por exemplo, que o filho mais novo não precisava de grande educação porque os outros dois já garantiam a continuidade da família e a sustentabilidade da segurança social. Se outra razão não houvesse, podem Suas Exas. ter certo de que, a mim, não me apanhavam lá mais.
Deixem-me reforçar que nada disto é para que me sigam. Arranjem as vossas razões para não votarem porque as minhas são só minhas. Isto serve para que as pessoas que apelam com profunda vacuidade ao voto entendam as razões de quem não o faz. E, se acharem por bem, fazerem alguma coisa sobre o assunto. Isto porque, na verdade, toda a gente se preocupa muito, mas não há uma alminha que pergunte o que quer que seja.
O importante é o país, isto é, as pessoas, as suas famílias e os seus empregos. O estado, esse, só é importante se for útil ao país. Desta feita, 51% das pessoas acharam que não deviam dizer nada. As conclusões que tire cada um. Se me quiserem convencer do contrário, eu vou continuando por aí.
(As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor)
 Co-Fundador da Closer, Professor e Investigador

sábado, 26 de outubro de 2019

Televisão - ARTE (Les chats)

Encore un programme três intéressant sur les chats (allemands...:). Dans le chaine ARTE bien sûr















sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Reflexão - LBC

Selbsverstandlich bin ich nicht erstaunt!!... (Die Welt)

English humour

*Marriage (Part I)*

Macho man married good-looking lady, and after the  wedding, he laid down the following rules:
'I'll be home when I want, if I want and at what time I want -- and I don't expect any hassle from you.  
I expect a great dinner to be on the table unless I tell you that I won't be home for dinner.  
I'll go hunting, fishing, boozing, and card-playing when I want with my old buddies, and don't you give me a hard time about it. 
Those are my rules. Any comments?'

His new bride said: 'No, that's fine with me. Just understand that there will be sex here at seven o'clock every night...whether you're here or not.'

_(DARN SHE'S GOOD!)_
😉
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*Marriage (Part II)*

Husband and wife had a bitter quarrel on the day of their 40th wedding anniversary!

The husband yells, 'When you die, I'm getting you a headstone that reads, 'Here Lies My Wife -- Cold As Ever'!'  

'Yeah?' she replies. 'When you die, I'm getting you a headstone that reads, 'Here Lies My Husband -- Stiff At Last'!'

_(HE ASKED FOR IT!)_
😠

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*Marriage (Part III)*

Husband (a doctor) and his wife are having a fight at the breakfast table.    
Husband gets up in a rage and says, 'And you are no good in bed either,' and storms out of the house.

After some time he realizes he was nasty and decides to make amends and rings her up.  

She comes to the phone after many rings, and the irritated husband says, 'What took you so long to answer to the phone?'

She says, 'I was in bed.'

'In bed this early, doing what?'

'Getting a second opinion!'

_(YEP, HE HAD THAT COMING, TOO!)_
😂😊
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*Marriage (Part IV)*

A man has six children and is very proud of his achievement.    

He is so proud of himself, that he starts calling his wife,' Mother of Six' in spite of her objections.

One night, they go to a party.  The man decides that it IS time to go home and wants to find out if his wife is ready to leave as well.  He shouts at the top of his voice, 'Shall we go home Mother of Six?'

His wife, irritated by her husband's lack of discretion, shouts right back, 'Any time you're ready, Father of Four.'

_(RIGHT ON, LADY!)_
😠
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*THE SILENT TREATMENT*

A man and his wife were having some problems at home and were giving each other the silent treatment.  

Suddenly the man realized that the next day he would need his wife to wake him at 5:00 AM for an early morning business flight.  

Not wanting to be the first to break the silence (and LOSE), he wrote on a piece of paper, 'Please wake me at 5:00 AM.'  He left it where he knew she would find it.  

The next morning the man woke up, only to discover it was 9:00 AM and he had missed his flight.

Furious, he was about to go to see why his wife hadn't wakened him when he noticed a piece of paper by the bed. The paper said, 'It is 5:00 AM.  Wake up.'

_Men are not equipped for these kinds of contests!_
😑
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God may have created man before woman, but there is always a rough draft before the masterpiece.

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You might consider sending this to women who need a laugh! ...
... and to men that can take it!


Enviado do meu iPhone

Séries - Trapped (encurralados) S2

In a different environment - Iceland -, not with the typical blond men and women, but with rough and rude people, quite different with what we use to see.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Séries - The Crown (S1 e S2)

Salva-se, para lá do gozo que sempre me dá ouvir o idioma inglês, o John Lithgow. A cena entre ele, na figura de Churchill, e um dos seus pintores, é um momento para recordar e que já não via há uns tempos.





quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Música - Côro da O. Engenheiros

Concerto comemorativo dos 50 anos da Igreja de Almada em 20.10.2019 pelas 16.00h




(As the "other" said in the late sities on the moon: it's a small step for a small guy, in a small place, but - once more -, a heck of an achievement in this moment of life)

Filmes - L'hermine

Des films simples, sur notre vie quotidienne, avec des êtres humains ordinaires, pas d'effets spéciaux. Oh, et en Français, bien sur! :)











domingo, 13 de outubro de 2019