terça-feira, 31 de agosto de 2021

Fontanelas agosto 2021 (50 anos depois...)

Um passeio por Fontanelas, com passagem pela curva das Azenhas, pelo poste em que a Rosa se enfiou, pelas Azenhas do Mar, pela casa antiga dos irmãos Trancoso, pelo café do Zé, pela casa do Paulo Barão e do Tótó, pela "minha casa" (da D. Ana), pela do Zé Carlos Bojardas (junto ao célebre chafariz), pela casa do povo, pelo campo do Ré-Ré, pela minha casa (com um "mobiliário urbano" muito bem conservado... - como é possível?), pela actual casa dos (falecidos) irmãos Trancoso, pela mercearia (de onde falávamos ao telefone), pelo coreto e pela minha casa com o anexo da D. Ana.

















sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Reflexão - Aristóteles Drummond

 

Muitos países vivem a ilusão de uma prosperidade e crescimento que não são reais. Têm sido um erro mundial as interpretações políticas dos números da economia. Segurança económica é só para quem tem exportações diversificadas, saldo, reservas, caixa, endividamento razoável, interno e externo, controlo do orçamento do Estado. Poupança interna e não sociedades endividadas. E máquina pública sem excessos em pessoal e em remuneração. Mas não é o que ocorre nos países de tradição socialista ou populista, com uma dívida pública em torno dos 90 por cento, das exportações concentradas no agronegócio, no minério de ferro e no petróleo, como o caso brasileiro.

Crescimento pede poupança interna, investidores no sector produtivo e não no financeiro. Este é especulativo e foge ao primeiro pingo de chuva. Para além disso, países que passaram ou passam por governos populistas, mesmo que não de esquerda, costumam ter leis laborais que desestimulam o emprego e provocam a fuga de cérebros. O caso do sul.

Infelizmente, o rendimento “per capita” é baixo no Brasil e em Portugal. O Brasil foi o 50º e, hoje, é o 85º, com tendência a cair. Chile, Argentina e México têm um rendimento “per capita” superior na América Latina. Contribui para este quadro a demora nas reformas, necessárias para os países receberem investimentos em projectos criadores de empregos de qualidade. Na União Europeia a perda de relevância é visível. O bloco vai se distanciando dos EUA e China e do conjunto de oito outros países asiáticos. Dívida pública, leis laborais, impostos altíssimos, insegurança jurídica com novas leis de conotação esquerdista. O capital estagnado e o turismo como alternativa de emprego, mas de salários baixos. O Japão ensaia voltar a marcar presença na economia.

A força que resiste e mantém estes países de pé vem do sector privado, que ignora os erros políticos, o populismo, a pregação esquerdista e faz a máquina funcionar. Mas até quando é caso de se perguntar.

Na verdade, os tribunais cheios de processos, decidindo cada vez mais na linha demagógica e anti-capital, tornam-se no grande aliado da falência do capitalismo e de facilitar o estado totalitário. E o esvaziamento do poder moderador, historicamente exercido pelos militares.

Os pensadores que não rezam pela cartilha marxista sabem que a política, hoje, é ditada pela economia. Até o brutal regime cubano deixou de estar seguro com os seus 60 anos sem pão e liberdade. Está cada vez mais difícil controlar emissões de rádio, imagem e redes sociais transmitidas por satélites, restando às esquerdas, a nível mundial, apenas a presença significativa nos “media” tradicionais. Políticas imediatistas, eleitoralistas, não resistem à realidade do mundo competitivo. O novo factor de influência é o capital chinês nas Américas e na Europa. 

Se as democracias cederem à demagogia da burocracia, do paternalismo, da fúria fiscal, a Ásia, e não só a China, assumirá a liderança económica do mundo, numa dominação sem armas. A destruição do Ocidente está a ser feita pela quinta coluna. Por dentro. E os capitalistas dançam como os passageiros do Titanic. 

O pós-pandemia vai exigir mudanças. Sem elas o futuro será mais incerto, mais arriscado, com a ignorância das massas, manipuladas pelo que existe de pior na vida pública do Ocidente. A democracia sem limites, além de custar caro, abre o caminho para o caos. ■

Música - Mazzy Star

Into dust - Mazzy Star

 

https://www.youtube.com/watch?v=04J0ihSeIuI

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Reflexão - Bastonário da Ordem dos Engenheiros

 (LBC)

Ora então cá vamos (ou continuamos), como nos outros tempos, "Cantando e rindo".

Que será que os apaniguados do primeiro ministro inventarão agora? Controlar as Ordens profissionais criando um "orgão de supervisão que seja maioritariamente composto por membros externos"? Não haverá nada mais importante para tratar do que controlar as Ordens Profissionais? Sei lá, na área da saúde, da educação, da solidariedade social, das forças armadas, das forças de segurança, da segurança social, da regularização dos lares de apoio à 3ª idade, das leis para impedirem a fuga de centenas de milhões para os paraísos fiscais, de leis para detectarem o enriquecimento ilícito, etc., etc. 

Não, tem de se controlar as Ordens Profissionais. É de quem já abusa do poder há muito, muito tempo.

E o mais giro é que continua a haver 40% de cretinos e/ou penduras que votam nesta rapaziada. Sem ser os acomodados dos rapazes (e raparigas, raparigos, raparogos, riparugos e etc...) que trabalham no estado e das suas famílias, ainda há um conjunto de miseráveis chupistas que vivem à conta dos outros e que "credibilizam" esta democracia.

Tempos difíceis, tempos difíceis...


(Carlos Mineiro Aires)

D epois de um longo período de maturação e de ajustamentos,

no final de abril o Governo remeteu para Bruxelas

a versão final do Plano de Recuperação e Resiliência

(PRR), tendo sido o primeiro Estado-membro da União

Europeia a fazê-lo. Entretanto, já foi aprovado, o que perspetiva

a concretização do início do afluxo de apoios financeiros. Uma

vez que a Ordem dos Engenheiros foi ouvida e participou nas

audiências públicas do PRR, tal significa que acompanhámos

com atenção os desenvolvimentos e os conteúdos do documento.

Todavia, durante o processo, e mesmo na mediática

entrega da versão final, nunca foi aflorada a questão dos compromissos

a que Portugal ficou obrigado caso a Comissão Europeia

aprovasse a proposta enviada, o que não deixa de ser

estranho, pois não foram poucos: apenas 1.378 páginas na proposta

e mais 360 páginas de tabelas cheias de detalhes, para

além das calendarizações conexas. É caso para dizer que era de

estranhar que estes almoços fossem grátis, o que não significa

que seja forçosamente mau, mas já lá iremos.

Recordo que, ao contrário do que aconteceu na crise financeira

do subprime, desta vez a União Europeia, para fazer face aos

impactos nas economias europeias, assumiu prontamente o que

é expetável de uma verdadeira união e criou um instrumento

comunitário estratégico de mitigação do impacto económico e

social da crise, capaz de promover a convergência económica e

a resiliência das economias da União, contribuindo para assegurar

o crescimento sustentável de longo prazo e para respon-

PRR AFINAL HAVIA OUTRAS…

CARLOS MINEIRO AIRES

BASTONÁRIO DA ORDEM

DOS ENGENHEIROS

der aos desafios da dupla transição para uma sociedade mais

ecológica e digital, o Next Generation EU, a partir do qual se

desenvolveu o Mecanismo de Recuperação e Resiliência europeu.

O PRR terá um período de execução até 2026 e visa implementar

um conjunto de reformas e de investimentos que “permitirá garantir

o crescimento económico sustentado”, perseguindo, uma

vez mais e nos próximos dez anos, a miragem da convergência

com a Europa, através da alocação de verbas significativas,

num total de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 14 mil milhões

serão relativos a apoios comunitários, sendo o restante obtido

através de empréstimos, vulgo dívida pública. Assim, a combinação

dos fundos europeus do Quadro Financeiro Plurianual e

do PRR correspondem a cerca de 50 mil milhões de euros entre

2021 e 2029, sendo que, no total, os fundos europeus assegurarão

até 2029 um financiamento de cerca de 61 mil milhões de

euros. Para vigiar o cumprimento do Plano e, naturalmente,

dos compromissos a que ficámos obrigados, já foram nomeados

os dez membros que integram a Comissão Nacional de

Acompanhamento do PRR, que será presidida pelo Eng. António

Costa Silva, dos quais sete têm formação em Engenharia

e quatro são mulheres, cumprindo-se assim a quota dos 40%.

No essencial, o PRR encontra-se organizado em 20 Componentes

(C1 a C20) individualizadas, cujas reformas e investimentos

estão agrupados em torno de três dimensões estruturantes: a

Resiliência, a Transição Climática e a Transição Digital.

RESILIÊNCIA TRANSIÇÃO CLIMÁTICA TRANSIÇÃO DIGITAL

C1 – Serviço Nacional de Saúde

C2 – Habitação

C3 – Respostas Sociais

C4 – Cultura

C5 – Capitalização e Inovação Empresarial

C6 – Qualificações e Competências

C7 – Infraestruturas

C8 – Floresta

C9 – Gestão Hídrica

C10 – Mar

C11 – Descarbonização da Indústria

C12 – Bioeconomia Sustentável

C13 – Eficiência Energética dos Edifícios

C14 – Hidrogénio e Renováveis

C15 – Mobilidade Sustentável

C16 – Empresas 4.0

C17 – Qualidade das Finanças Públicas

C18 – Justiça Económica e Ambiente de Negócios

C19 – Administração Pública mais Eficiente

C20 – Escola Digital

J U L . A G O . S E T 2 0 2 1 | I N G E N I U M 4 7

Recomenda-se a leitura e análise das reformas que constam

do PRR em cada uma das três dimensões estruturantes –

Resiliência, Transição Climática e Transição Digital – pois é aí

que se apreende o enfoque dos investimentos previstos que,

dada a sua extensão e diversidade, não poderão ser plasmados

num artigo desta natureza.

Dentro de cada uma das 20 componentes os investimentos

associados visam objetivos concretos que, embora pudessem

ter sido outros, demonstram coerência no seu conjunto e

abrangem, resta saber se de forma efetiva, aspetos que terão

de ser objeto de reformas.

Na generalidade, caso os objetivos sejam alcançados, poderemos

esperar um País melhor, com uma Administração Pública

mais moderna e digital, que elimine os custos da burocracia e

facilite as relações entre os cidadãos e o Estado.

A questão das alterações climáticas também teve a abordagem

que foi entendida por conveniente e que se centra em

aspetos importantes, uns mais do que outros, muito embora

não entendamos por que razão foi selecionada a construção

do empreendimento de fins múltiplos do Crato, de dimensão

local, em detrimento da barragem do Alvito, no rio Ocreza, a

montante da Barragem de Pracana, esta com interesse nacional

e que permitiria garantir uma reserva de água para fins

ambientais no rio Tejo, assegurando a injeção de caudais nos

períodos de estiagem em que tanto nos queixamos da escassez

originada por Espanha.

Independentemente das críticas e comentários dos partidos

políticos, cujos pontos de vista dificilmente seriam convergentes,

razão por que é quase impossível estabelecer pactos de

regime estáveis em torno de objetivos e causas nacionais, é

obvio que o PRR poderia ter outras visões e objetivos, mas não

foi por falta de transparência e oportunidade de participação

que tal não sucedeu.

Existem, porém, aspetos que merecem reflexão, como é o

caso da necessidade de apostarmos numa nova economia,

mais competitiva e criadora de bens transacionáveis, pelo que

a falta de apoios concretos às empresas e aos empresários

foi outro aspeto bastante criticado, admitamos, com alguma

razão.

Daí que não seja de estranhar que alguns dos influencers

económicos, líderes de empresas e grandes grupos, tenham

apontado ao PRR algumas fragilidades que, em parte, se baseiam

em preconceitos ideológicos que teimam em persistir.

Refiro-me à aversão ao lucro, como se as gestões empresariais

não visassem esse objetivo dos acionistas, que também

gera mais impostos e garante emprego, a adequabilidade dos

investimentos e a necessidade de apostarmos na formação,

ao peso excessivo do Estado, sendo necessário apostar nas

parcerias entre o público e o privado para que os investimentos

sejam adequadamente direcionados e que as empresas

constituam o motor da mudança e, ainda, ao facto de a nossa

capacidade e liderança tecnológica ainda ter de crescer muito

e de os salários serem o reflexo de uma economia frágil,

da pobreza do País e da própria falta de qualificação laboral.

Tal significa que temos um longo caminho a percorrer para

podermos convergir com a Europa.

Como referido, volto à questão das contrapartidas “escondidas”,

onde não escaparam as Ordens Profissionais, o que

está traduzido na Reforma RE-r16 relativa à “Redução das

restrições nas profissões altamente reguladas”. Não que o

conteúdo fosse novidade, mas apenas pelo facto de agora se

ter tornado uma obrigação com valor transacionável.

Tal como a Autoridade da Concorrência já o tinha referido no

seu relatório que, pontualmente roça o absurdo e plasma o

da OCDE, a par de outras exigências da Comissão Europeia, o

Governo, desta vez, comprometeu-se a assegurar o controle

das Ordens Profissionais, esquecendo-se do interesse bipolar

que vê nas mesmas, alternando entre o amor e o ódio,

conforme lhe agrada ou rejeita os alertas que lançam para

a Sociedade.

As Ordens Profissionais, não nos esqueçamos, servem sobretudo

para garantir a confiança pública e para regular a qualificação

e a qualidade dos profissionais que representam e

espero que não haja ingratidão em relação ao extraordinário

serviço que têm prestado durante a crise sanitária.

O Governo, ao comprometer-se com a criação, em cada

Ordem Profissional, de “um órgão de supervisão”, que seja

“maioritariamente composto por membros externos” e ao

atribuir-lhe competências sobre o acesso à profissão, na determinação

das regras de estágio e no reconhecimento de

habilitações e competências obtidas no estrangeiro, está desnecessariamente

a criar focos de conflitos, porquanto, por

exemplo, os engenheiros nunca reconhecerão a quaisquer

outros profissionais capacidades para opinarem ou condicionarem

aspetos fulcrais da regulação profissional de uma

atividade de risco, tão exigente e específica, onde nunca existiram

barreiras no acesso e onde até os estágios já deixaram

de fazer sentido.

Não vá o sapateiro além da chinela, mas poucos serão os que

entendem esta realidade.

Acresce que, numa primeira fase, “esta monitorização e avaliação

caberá à Autoridade da Concorrência, que apresentará

as suas conclusões ao Governo”.

É, pois, de temer o pior, sendo que ainda estamos a tempo de

evitar as fricções e litígios desnecessários, tanto mais que o

Estado necessita da massa crítica e dos contributos credíveis

das mais prestigiadas Ordens, apesar da banalização que

tem promovido ao permitir a sua proliferação. |

Reflexão - Portugal, os Jogos Olímpicos e as medalhas

Decidi-me a fazer isto, ainda antes de termos a alegria das 4 medalhas e dos  inúmeros “diplomas” nesta olimpíadas de 2020 que foram em 2021, no Japão.

Sempre achei que os títulos que ganhámos ao longo destes anos, provinham sim, do manifesto empenho pessoal e dos genes dos contemplados, mais do que uma “política nacional de desporto”.

Claro que agora todos querem aparecer na foto. O costume.

 

Então vamos aos números...

 

Esta pequena reflexão tem como objectivo principal, partindo do número de medalhas que foram ganhas pelos diversos países nos sucessivos Jogos Olímpicos (JO) e relacionando-as com os factores PIB, população e número de atletas presentes nos JO de 2021, promover a discussão sobre 

a nossa realidade. Mandamos atletas em excesso aos JO? Temos um rasto negativo na nossa passagem pelos JO? 

 

Comparei o que me pareceu comparável. Não sei quantas horas cada atleta gastou na preparação, qual o tipo de preparação, se o fez aqui ou no estrangeiro. Não sei qual a nacionalidade original dos atletas, há quanto tempo se prepara no ambiente nacional, quais os genes de cada um.

 

Para esta reflexão, considerei o número total de medalhas. Para mim, não é significativo o tipo de medalha (ouro, prata ou bronze) já que estou convicto que o que separa os três primeiros lugares é, na grande maioria dos casos, um pormenor. O esforço dos atletas foi o mesmo. Apenas “algo” os separou.

 

Os elementos foram retirados de uma simples pesquisa na net e, por isso, poderão ser outros se consultados noutro contexto.

 

 

Comecemos, no Quadro 1, pela habitual análise (simplista) de comparação do PIB de países semelhantes 

 


 

Quadro 1

 

PIB análogo ao português ((biliões USD) 

PIB

Tot

Ouro

Prata

Bronze

JO

Tot/JO

Rank

PIB/(Tot/JO)

rank

Egipto

250

32

7

10

15

22

1,5

4

171,9

4

Rép. Checa

245

56

15

17

24

7

8,0

2

30,6

2

Vietname

241

4

1

3

0

15

0,3

6

903,8

6

Portugal

241

24

4

8

12

24

1,0

5

241,0

5

Roménia

240

304

89

94

121

21

14,5

1

16,6

1

Perú

225

4

1

3

0

18

0,2

7

1012,5

7

Iraque

224

1

1

0

0

14

0,1

8

3136,0

8

Grécia

218

116

33

43

40

28

4,1

3

52,6

3

 

 

 

 

O PIB de Portugal é muito semelhante ao da Roménia e do Vietname.

O problema é que a Roménia, não só entrou em menos JO, apenas 21, como ganhou 304 medalhas no total. Isto contra 24 de Portugal. O rácio medalhas/Jogos Olímpicos é-nos particularmente desfavorável!

Sairíamos, definitivamente, a perder em comparação com a Roménia.

 

E com a Grécia? Creio que não, dada a diferença de medalhas ganhas. Os gregos têm o quíntuplo de medalhas ganhas, apesar de terem mais 4 JO.

 

Com a R. Checa também não. Ganharam mais do dobro das nossas e apenas participaram em 7 - sete!... -, JO.

 

Com o Egipto? Ganharam mais 8 do que nós e apenas participaram em 22 JO.

 

Assim, em termos de PIB, resta-nos o Peru com 4 medalhas em 18 JO e o Iraque com 1 medalha em 14 JO.

 

Conclusão – Em termos de PIB apenas é possível fazer uma comparação...com o Perú, cujo PIB é de 225.

Só um problema: é que o Perú levou 34 atletas aos JO 2021 enquanto que nós levámos 92...

 

Resta o Vietname e o Iraque.

 


 

Se quisermos entrar em linha de conta com a população, olhemos para o quadro 2.

 

Quadro 2

 

Países com população de cerca de 10M de habitantes e Medalhas nos JO (2021 exclusivé)

População

Tot

Ouro

Prata

Bronze

JO

PIB*

Tot/JO

rank

9449323

a);b)

Bielorússia

78

12

27

39

7

59

11,1

3

10847910

a)

R. Dominicana

7

3

2

2

14

85

0,5

9

10708981

a);b);c)

R. Checa

56

15

17

24

6

245

9,3

4

10423054

a)

Grécia

116

33

43

40

28

218

4,1

6

10203134

a)

Jordânia

1

1

0

0

10

42

0,1

11

10196709

a)

Portugal

24

4

8

12

24

240

1,0

7

10139177

a)

Azerbeidjão

43

7

11

25

6

46

7,2

5

10099265

a)

Suécia

494

145

170

179

23

556

21,5

1

9904607

a)

Honduras

0

0

0

0

9

24

0,0

12

9890402

a)

E.A.U.

2

1

0

1

9

421

0,2

10

9660351

a)

Hungria

441

175

147

169

23

162

19,2

2

9537645

a)

Tagiquistão

4

1

1

2

6

8

0,7

8

a) países com população semelhante a 10M

b) países com nº atletas análogo

c) países com PIB análogo

*) em triliões de USD

 

Se em vez do PIB, optarmos pela população semelhante à nacional, temos os dados que se podem ver no Quadro 2.

 

Desde logo não me parece razoável fazer comparação com a Grécia, a Suécia ou Hungria, dada a enorme diferença no número de medalhas conquistadas e o consequente rácio que dali resulta.

Com a R. Checa também não, já que têm o dobro das medalhas conquistadas (em 7 JO), conforme já tínhamos visto (9,3 de rácio). Acresce, como se verá mais à frente, que o número de atletas presentes em 2021 é semelhante.

Por outro lado não me parece razoável fazer uma comparação com a Jordânia, as Honduras ou os E. A. U (PIB’s díspares).

 

Restam a Bielorússia, a R. Dominicana, o Azerbeidjão e o Tajiquistão...

A Bielorússia conquistou 78 medalhas em 7 JO, rácio de 11,1 (!)

O Azerbeidjão ganhou 43 medalhas em 6 JO, ou seja um rácio de 7,2.

Restam a R. Dominicana e o Tajiquistão. A primeira tem 7 medalhas em 14 JO (0,5 de rácio). O segundo, 4 medalhas em 6 JO (0,7 de rácio, perto do nosso).

O problema é que o PIB da R. Dominicana é de 85 (um terço do nosso) e levou 60 atletas aos JO 2021. E o do Tajiquistão é que o PIB é de 8 (...) e levou 11 atletas aos JO 2021...

 

Conclusão- também não me parece passível de ser comparável já que seríamos, uma vez mais, penalizados.

 

 

Bem, mas como tenho mencionado o número de atletas, depois do PIB e da população, vamos introduzir mais esta variável, a do nº de atletas.

Para isso vejemos (eu já não estou a ver bem...) o quadro 3),

 

 


 

Quadro 3

Medalhas

População

atletas

PIB*

Tot

Ouro

Prata

Bronze

Nº JO

Tot/JO

rank

PIB/capita

rank

9449323

a);b)

Bielorússia

103

59

78

12

27

39

7

11,1

5

6244

17

10847910

a)

R. Dominicana

60

85

7

3

2

2

14

0,5

19

7836

13

10708981

a);b);c)

R. Checa

117

245

56

15

17

24

6

9,3

6

22878

8

10423054

a)

Grécia

83

218

116

33

43

40

28

4,1

12

20915

9

10203134

a)

Jordânia

14

42

1

1

0

0

10

0,1

23

4116

20

10196709

a)

Portugal

92

240

24

4

8

12

24

1,0

16

23537

7

10139177

a)

Azerbeidjão

42

46

43

7

11

25

6

7,2

10

4537

19

10099265

a)

Suécia

134

556

494

145

170

179

27

18,3

1

55054

4

9904607

a)

Honduras

21

24

0

0

0

0

9

0,0

25

2423

23

9890402

a)

E.A.U.

5

421

2

1

0

1

9

0,2

21

42567

6

9660351

a)

Hungria

176

162

441

175

147

169

26

17,0

2

16770

10

9537645

a)

Tagiquistão

11

8

4

1

1

2

6

0,7

17

839

25

18776707

b)

Cazaquistão

95

173

63

15

21

27

7

9,0

7

9214

12

5792202

b)

Dinamarca

90

352

194

45

74

75

14

13,9

4

60771

3

8655535

b)

Israel

89

370

9

1

1

7

16

0,6

18

42747

5

5421241

b)

Noruega

75

434

152

56

49

47

25

6,1

11

80055

2

53771296

b)

Quénia

86

88

102

31

38

33

14

7,3

9

1637

24

6926705

b)

Sérvia

86

50

15

3

6

6

4

3,8

14

7218

15

8654622

b)

Suiça

102

708

192

50

75

67

23

8,3

8

81806

1

84339067

b)

Turquia

108

649

91

39

24

28

22

4,1

13

7695

14

19237691

b)c)

Roménia

101

240

304

89

94

121

21

14,5

3

12476

11

102334404

c)

Egipto

131

250

32

7

10

15

22

1,5

15

2443

22

97338579

c)

Vietname

18

241

4

1

3

0

15

0,3

20

2476

21

32971854

c)

Perú

34

225

4

1

3

0

18

0,2

21

6824

16

40222493

c)

Iraque

4

224

1

1

0

0

14

0,1

24

5569

18

 

a) países com população semelhante a 10M

 

b) países com nº atletas análogo

 

c) países com PIB análogo

*) em triliões de USD

 

 

Comecemos por eliminar todos aqueles que já referimos antes.

Dos restantes, e por razões que se prendem com a diferença de medalhas conquistadas, esqueçamos a Dinamarca (194 medalhas), a Noruega (152 medalhas), o Quénia (102 medalhas e 88 de PIB), a Turquia (91 medalhas) e a Suiça (192 medalhas).

 

Restam, assim, o Cazquistão, Israel e Sérvia.

O Cazaquistão conquistou 63 medalhas em 7 (!) jogos (rácio de 9). Tem um PIB de 173 e cerca de 18M de habitantes. Ou seja, com quase o triplo das nossas medalhas mas 70% do nosso PIB, leva 95 atletas aos JO...

Israel conquistou 9 medalhas em 16 jogos (0,6 de rácio). Tem um PIB de 370 e cerca de 9M de habitantes. Levou 89 atletas aos JO. Parece ser, nesta óptica, o país que mais nos é semelhante, apesar de ter 1,5 o nosso PIB.

A Sérvia conquistou 15 medalhas em 4 (quatro !) jogos (3,8 de rácio). Tem um PIB de 50 (um quinto do nosso) e cerca de 7M de habitantes.  Levou 86 atletas aos JO.

 

 

Chegados aqui, e observado o Quadro 3, parece-me que os únicos países comparáveis ao nosso caso são a R. Checa e Israel. A primeira pela população, pelo PIB e pelo número de atletas que levou aos JO de 2021. Israel pela população aproximada e pelo número de atletas.

De seguida a Bielorússia, a Roménia e o Cazaquistão. Mas a Bielorússia tem uma relação medalhas/número de JO muito superior a nós. 

A Roménia tem um PIB e número de atletas semelhantes, mas a população é o dobro e o número de medalhas muito superior.

O Cazaquistão, apesar do número de atletas análogo, tem o dobro da população, um PIB de 72% do nosso mas uma relação muito superior de medalhas (63 em 6 JO).

 

De destacar a particularidade de ficarmos sempre com todos os europeus à nossa frente, em qualquer comparação.

 

Porque perdi um tempito com isto (...), gostava de ter críticas.

Ponham as perguntas e dêem os pontapés que entenderem. Não façam é amorties que eu já não me mexo...

 

J

Medalhas
PopulaçãoatletasPIB*TotOuroPrataBronzeNº JOTot/JOrankPIB/capitarankPIB/cap*Tot/JORankRacio 1Rank1Racio4Rank4Rank MeanRank final
9449323a);b)Bielorússia1035978122739711,1562441769574100,8114728,3131313
10847910a)R. Dominicana60857322140,5197836133918180,122914,2191818
10708981a);b);c)R. Checa1172455615172469,3622878821352860,51310950,2998
10423054a)Grécia83218116334340284,1122091598664981,4729230,8787
10203134a)Jordânia14421100100,123411620412230,124294,0242324
10196709a)Portugal92240244812241,01623537723537150,3166140,1111212 
10139177a)Azerbeidjão4246437112567,21045371932514111,094644,9141314
10099265a)Suécia1345564941451701792718,31550544100727513,71202958,5121
9904607a)Honduras2124000090,0252423230250,0250,0252525
9890402a)E.A.U.5421210190,2214256769459170,41417026,68119
9660351a)Hungria1761624411751471692617,02167701028443852,5342019,2565
9537645a)Tagiquistão118411260,71783925559220,415305,0232123
18776707b)Cazaquistão951736315212779,079214128292290,7126110,012119
5792202b)Dinamarca903521944574751413,9460771384211722,24130996,0432
8655535b)Israel893709117160,61842747524045140,1234322,8151415
5421241b)Noruega75434152564947256,11180055248673742,05162245,8232
53771296b)Quénia8688102313833147,3916372411924161,281941,0161616
6926705b)Sérvia86501536643,81472181527069130,2201259,0181717
8654622b)Suiça102708192507567238,3881806168290231,96153987,8332
84339067b)Turquia10864991392428224,11376951431830120,8106483,9101211
19237691b)c)Roménia10124030489941212114,53124761118059873,0237550,0676
102334404c)Egipto1312503271015221,5152443223553190,218596,8212021
97338579c)Vietname182414130150,320247621660210,219550,2222122
32971854c)Perú342254130180,2216824161516200,121802,8201920
40222493c)Iraque42241100140,124556918398240,3171392,3171919
 a) países com população semelhante a 10M
 b) países com nº atletas análogo
 c) países com PIB análogo
*) em triliões de USD