quarta-feira, 30 de maio de 2018

Séries - The Terror

Uma realidade tão distante!...
Ridley Scott não traz o seu apport à série. E as filmagens são pouco verosímeis! Ainda não conseguimos disfarçar "o postiço".
Salva-se a história em si, e a discussão sobre as questões morais / éticas cuja pertinência é incontornável.




Courier Maio 2018

 Grandes fotos, densos cartoons



sábado, 26 de maio de 2018

Teatro - 5º aniversário da TKM D. Sancho


Em 20.05.2018, a turma de teatro participou na comemoração do 5º aniversário da TKM - Universidade Senior D. Sancho. A mim calhou a reposição do "Sonho de uma noite de Verão" do Shakespeare, com o papel de Píramo/Fundilhos.



Música - Côro da Ordem Engenheiros

Em 12.05.2018, o Côro da Região Sul da OE participou no "Dia Regional Sul do Engenheiro"


Séries - Mad men (S3)


Um pouco atrasado...

Reflexão (gastronómica) - LBC

Depois de uma refeição opípara cozinhada magistralmente pela cozinheira mais inesperada deste mundo, eis senão quando sou obrigado a beber um whisky novo (com alguns vinte anos...) mas que nada tem a ver com um Talisker ou um Lagavulin...









quinta-feira, 24 de maio de 2018

TKM D. Sancho - Visita a Santarém














Em 03.05.2018 visitámos Santarém
  • 08h00 - Saída do Centro Sul em autocarro;
  • 10h00 - Encontro no Jardim da República, junto à antiga Escola Prática de Cavalaria.;
    • Breve panorâmica para localização da entrada da cidade utilizada pelo escritor Almeida Garrett;
    • Visita ao Mosteiro de S. Francisco;
    • Visita ao Mercado Municipal (visualização de alguns painéis de azulejo);
    • Passagem pelo busto do historiador, político e escritos Alexandre Herculano;
    • Praça Sá da Bandeira;
    • Passagem pelo local de nascimento de Frei Luís de Sousa;
    • Visita da Igreja da Graça;
  • 12h30 - Almoço:
    • Entradas (Pão, manteiga, azeitonas, diversos salgados, picadinho de entremeada e febras, paté de delícias do mar, ovos mexidos com alheira;
    • Sopa de Legumes;
    • Prato de peixe: bacalhau lascado à lagareiro; e
    • Prato de carne: lombo de porco preto no forno;
    • Sobremesa: Pijama de doces e fruta laminada;
    • Águas, cerveja, sumos, sangria, vinho tinto e branco da casa;
    • Café;
  • 14h30 - Visita ao Jardim das Portas do Sol;
    • Visita ao Centro de Interpretação da Cidade;
    • Visita Igreja de Santa Maria da Alcáçova;
    • Visita da Igreja de Nossa Senhora de Marvila;
    • Visita ao Museu Diocesano;

terça-feira, 22 de maio de 2018

Reflexão - LBC

Simple questions:
(in the past) "how the hell did we get here"?
(in the future)"what's next"?;

sábado, 19 de maio de 2018

Reflexão - Alberto Gonçalves

Portugal, terra de fé

Após a desilusão com um ex-governante, inúmeros portugueses resolveram desiludir-se em simultâneo com um dirigente da bola. Há nisto o respeito por diversas tradições pátrias. A tradição de seguir fervorosamente determinadas fraudes. A tradição de reagir com ameaças e fúria aos avisos de que a fraude é obviamente uma fraude. A tradição de admitir a fraude, de repente e com anos de atraso. Como o bêbado que, já na cama do hospital, tenta travar para não bater no poste, o discernimento dos portugueses raramente falha: demora é uma eternidade a chegar.
Também é ridículo presumir que as pessoas veneram qualquer fraude: só as demasiado evidentes. Os profetas duvidosos não são connosco. Preferimos profetas espalhafatosamente toscos, ou fancaria autenticada. Se um tipo com ar vagamente alucinado, gramática deficitária, promessas épicas e conversa fiada irrompe na cena pública, muitos contemplam o espectáculo e decidem que, sim senhor, está ali alguém a ter em conta. Quando, em dez minutos, se torna notório que o tipo é um rematado trafulha, a adoração e as ofensas aos descrentes aumentam em proporção directa. Quando, além da trafulhice, o tipo acentua os vestígios de loucura, os fiéis encontram-se capazes de morrer por ele, e sobretudo de matar por ele. Na fase em que o tipo começa a descer o Chiado vestido de Napoleão, embora troque o exílio em Elba por uma conta em Barbados, o séquito entra em transe espiritual.
Um dia, pouco antes de ingerir o cianeto que o profeta generosamente providenciou, dá-se uma epifania colectiva, o culto abre os olhos e percebe que fora enganado por um reles farsante. Desalentados, e sem pingo de vergonha, os membros do culto percorrem a via sacra das televisões, dos jornais e do Facebook a confessar o logro em que, coitadinhos, caíram. Por um triz não pedem indemnizações por danos morais.
As características dos profetas caseiros, que depois de longa reverência frequentemente desce ao carisma da lepra, incluem um vasto rol de qualidades: são desonestos nas contas, falsos na palavra, escorregadios no carácter, egocêntricos, avessos à dissidência, convictos, teimosos, ignorantes, infantis, incapazes de empatia e capazes de, no aperto, arrastar com eles o que existir em redor – o termo técnico é doidos perigosos. Às vezes, acumulam as qualidades todas; às vezes, só algumas. Quanto às características dos fiéis, o espectro é reduzido: ou são inacreditavelmente oportunistas ou inacreditavelmente idiotas. Donde a tendência para os fiéis saltitarem entre profetas. Em geral, mal terminam de ser ludibriados por um (ou uma dúzia), atiram-se para o seguinte (ou seguintes) com alma lavada e cara-de-pau. O seguinte, mais um maluco sem escrúpulos, é que é o tal e quem disser o contrário arderá nos infernos.
O engraçado não é que a História de Portugal, na política, na diplomacia, na universidade, na economia, no futebol, na filatelia e no que calha, seja uma sucessão irrepreensível de crenças assimO engraçado é que continua a ser. Em Maio de 2018, época em que, suponho, restam escassos devotos do “eng.” Sócrates e do sr. Bruno, não escasseia o convencimento de que outros pantomineiros possuem as aptidões adequadas a conduzir-nos rumo à felicidade, ainda que os factos sugiram o exacto oposto. Dois ou três desses espécimes apareceram em ambos os apedrejamentos recentes, e, embora apeteça sonhar com o deles, pressente-se que não vale a pena: por morrer um intrujão, não acaba Portugal. Aliás, o problema é esse.

Notas de rodapé

1. Face aos acontecimentos de Alcochete ou Alfragide, o dr. Costa tomou as providências devidas e anunciou uma Autoridade Contra a Violência no Desporto. Em primeiro lugar, fica claro que quando um gangue invade propriedade alheia e comete espancamentos, o exercício é de carácter desportivo (excepto, como lembrou o meu amigo Hélder Ferreira, se o gangue for de “etnia” cigana e a propriedade um hospital: nesse caso o assunto nem chega a ser violento nem é assunto). Em segundo lugar, saúda-se que finalmente haja punições para a barbárie no sector, lacuna legal que até aqui permitia a relativa impunidade de quem matava adeptos com petardos, automóveis ou penáltis transviados. Em terceiro lugar, espera-se que os castigos se estendam aos populistas em cargos públicos que condenam a selvajaria da bola e de seguida assistem a jogos ao lado dos respectivos responsáveis. Certo é que o dr. Costa esteve impecável.
2. Uma consequência positiva do drama “sportinguista” é a exclusividade informativa, que retirou das notícias as “reportagens” sobre a embaixada americana em Jerusalém e a má vontade israelita em não se deixar exterminar pelos seus indefesos vizinhos. Aquilo é gente ruim. Como lembrava Serge Gainsbourg, quem afundou o Titanic foi Iceberg – sempre um judeu.
3. Virar a página da austeridade é um processo complexo e permanente. Implica, por exemplo, subir a cada semana o preço dos combustíveis, além de aumentar outros impostos conhecidos e criar alguns novinhos em folha. É curioso que a receita para o sucesso se confunda tanto com um fracasso – e um roubo sem precedentes. Felizmente, é para isso que existem os “media”: para evitar confusões.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Música - Dave Matthews (visit Elephant sanctuary)

Porque é justo reconhecer; porque tem qualidade naquilo que faz; porque estes gestos vão rareando; porque parece ser uma boa causa.

Mas...porque perdemos tanto tempo, quando há tanto tempo para ganhar?

Apesar dos tempos difíceis, ainda nem tudo está perdido...

https://www.youtube.com/watch?v=BllKY_g-PnM


quarta-feira, 16 de maio de 2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Sporting - tempos difíceis

Ao que o desporto nacional em geral, e o SCP em particular, chegou...


"The Guardian"

Sporting Lisbon players and staff attacked by intruders at training ground


 Forward Bas Dost and manager, Jorge Jesus, reportedly assaulted
 Around 50 people with faces covered forced their way into training
Jorge Jesus, the Sporting head coach, was reportedly one of those targeted by a group of intruders at the club’s Alcochete training ground.
Jorge Jesus, the Sporting head coach, was reportedly one of those targeted by a group of intruders at the club’s Alcochete training ground. Photograph: Patricia de Melo Moreira/AFP/Getty Images

A group of around 50 people forced their way into Sporting Lisbon’s training centre on Tuesday and assaulted players and staff. The
Portuguese television channel RTP said that around 50 intruders, who had covered their faces to avoid being identified, interrupted team practice and assaulted players and staff. They also caused damage to a changing room.
The club confirmed the incident, issuing a statement condemning “acts of vandalism and the attacks on [our] athletes, coaches and professional staff”.
The Dutch forward Bas Dost, who has scored 34 goals for the club this season, reportedly suffered cuts to his head in the attack. Jorge Jesus, the team’s head coach, goalkeeper Rui Patrício and midfielder William Carvalho were also targeted, according to reports from the newspaper O Jogo.
“Sporting is not this, Sporting cannot be this,” the club statement added. “We will take all steps to establish responsibility for what has happened and we demand the punishment of those who have acted in this absolutely regrettable manner.”
The Portuguese league also condemned “the violent acts [that] the players and coaching staff of Sporting were subject to today. The perpetrators of these incidents are not fans of football. They are criminals.”
Sporting missed out on a Champions League place last weekend after Patrício’s late error led to a 2-1 defeat at Maritimo, allowing their bitter rivals Benfica to leapfrog them into second place.
Tuesday’s events at the Alcochete training centre 20km south of Lisbon mark a new low in a turbulent season. Last month the club president Bruno de Carvalho suspended 19 first-team players after a row on social media.
Sporting are preparing to play the Portuguese Cup final against Aves on Sunday.

"Spiegel"

Ex-Wolfsburger Bas Dost am Kopf verletzt Maskierte stürmen Trainingsgelände in Lissabon

Eklat im portugiesischen Fußball: Sportings Spieler und Trainer wurden in Lissabon von etwa 50 maskierten Personen beim Training überfallen - und mit Stöcken und Gürteln angegriffen.

Das Sporting-Team sei von den Angreifern nach einer Trainingseinheit in der Umkleide überrascht worden. Sowohl die portugiesische Liga als auch der Klub verurteilten den Vorfall. "Das ist nicht Sporting, und das kann nicht Sporting sein", erklärte der Verein in einem Statement.
Sporting hatte am letzten Spieltag der Saison durch eine Niederlage die Qualifikation für die Champions League verpasst. Aktuell bereitet sich das Team auf das Pokalfinale am Sonntag gegen CD Aves vor. Das Trainingszentrum von Sporting befindet sich in Alcochete, etwa 20 Kilometer südlich von Lissabon.

domingo, 6 de maio de 2018

The last ship - Sting

Acabei de ver no youtube, pela 1ª vez, o Sting em "The last ship", aconselhado por um dos meus poucos grandes amigos, o José Azevedo. Isto, claro, depois de ter ouvido dezenas de vezes o álbum, igualmente por ele aconselhado.
É diferente. O disco é muito bom. O video é melhor e, por isso, inqualificável, no melhor sentido! 

https://www.youtube.com/watch?v=TbMY9lf58FA


Desde há duas ou três dezenas de anos, sem exagero, que um disco / video não me impressionava tanto. Aliás, desde os meus tempos de adolescência com o Elton John, o Simon and Garfunkel, os Moody Blues, os Led Zeppelin, Slade ou Procul Harum que não tinha um gozo tão nostálgico com um álbum. A pele de galinha que em duas ou três músicas (ainda!) chega a eclodir, sucessivamente, é daquilo testemunha...

A grande virtude de um conjunto de composições como as que Sting criou no álbum "The last ship", é a de viver e usufruir de um bom momento e de nos permitir pensar que nem tudo está perdido neste mundo que insistimos em reinventar.
E porquê?
Antes de mais a genuinidade da apresentação de Sting ao longo do espectáculo, sem truques, esgares ou trejeitos parvos que mesclam e minam a generalidade das apresentações de hoje em dia.
Remeter a criação de algo como este disco para o lugar em que se nasceu e, no caso em apreço, para os estaleiros de grandes navios ("Shipyard" com os coros deveriam ser ouvidos apenas em ocasiões especiais...) é, antes de mais, algo cada vez mais raro pelo desaparecimento dos ambientes em questão. Depois, é um enorme elogio à comunidade pobre de que se fez parte, mas da qual se tem um enorme orgulho (Dead man's boots) .

São as letras, a pronúncia genuína, os hábitos, a representação da letra (as praxes aos novatos em "Sky hooks and tartan paint"), as suspensões cirúrgicas, o enredo musical, tudo cuidado e com os vazios integralmente preenchidos com coros, músicos (5 irmãos - The Wilson Family) e instrumentos "genuínos". Deverão ter sido horas e horas a imaginar a melhor maneira de elogiar todo um conjunto de gentes e cenários que o marcaram. Basta (Tentar) ler a pauta do "the last ship" para se perceber o carinho, o cuidado e o empenho que se colocou na feitura do álbum.
É, sem dúvida, um hino à música, à composição, mas sobretudo, a gentes de outros tempos que deixaram a sua marca na História.

Quando vejo os etéreos e fugidios (d)efeitos do mundo em que vivemos, ouvir um disco como este traz-me um descanso único e há uns tempos esquecido, mas também uma ligeira esperança de que ainda nem tudo está perdido para os que se seguem...




















I just saw on youtube, and for the first time, Sting in "The Last Ship", at The Public Theatre, advised by one of my few great friends, José Azevedo. This, of course, after having heard the album dozens of times, also advised by him.
It's different. The sound / record is very good. The video is far much better, and therefore unspeakable, in the best sense!

https://www.youtube.com/watch?v=TbMY9lf58FA


For two or three decades that a record / video was not that impressive to me. In fact, from my teenage years with Elton John, Simon and Garfunkel, Moody Blues, Led Zeppelin, Slade or Procul Harum that i did not have such a nostalgic enjoyment of an album. The  shivers going down my spine in two or three songs (still!) can prove it ...

The great virtue of a set of compositions like those that Sting created in the album "The last ship", is to give the possibility of living and enjoying a good moment, and to allow us to think that not everything is lost in this world that we insist on reinventing.

And why?
First of all, the genuineness of Sting's performance throughout the show, with no tricks or silly faces or other  stupid choreographies that blend and undermine the bulk of today's presentations.
Referring to the creation of something like this record for the place where it was born and, in this case, for shipyards of large ships ("Shipyard" with choirs should be heard only on special occasions ...) is, first of all, something increasingly rare, for the disappearance of the environments in question. Afterwards, it is a huge compliment to the poor community to which he belongs, and of which he has a huge pride (Dead man's boots).

Then there are the lyrics, the genuine pronunciation, the habits, the staging of the song (the praxes to the novices in "Sky hooks and tartain paint"), the surgical suspensions, the musical plot, everything carefully planned, with voids integrally filled with choirs, musicians (5 brothers - The Wilson Family) and "genuine" instruments. It must have been hours and hours to imagine the best way to praise a whole set of people and scenarios that marked it. Just try to read the musical score of "the last ship" to see the care and commitment that was put into the making of the album.
It is undoubtedly a hymn to music, to composition, but above all, to a special brand of people from early and middle XX century, who left their mark on history.

When I see the ethereal and elusive (d) effects of the world we live in, listening to a record like and seeing Sting and his friends, brings me a unique and once forgotten sensation of calm, but also a slight hope that yet all is not lost to the ensuing ones ...