terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Livros e Séries em 27.01.2015

Estou neste momento a ler, em Português, "A tradição Intelectual do Ocidente" e em Inglês "The Olympic Strangest Moments". O primeiro tem sido uma lufada de ar fresco, depois do que se tem passado com a religião islâmica, Charlie Hebdo, assassinato de reféns pelo IS, etc. O segundo, um conjunto de histórias rocambolescas sobre os sucessivos Jogos Olímpicos.
Estou igualmente a ver a segunda série dos "Suits", e vou para a quarta temporada do "Game of Thrones".

Reflexão-LBC

Depois do telefonema de Zurique, do Filipe, da mensagem do Diogo, e de mais uns telefonemas de amigos, tem "um sabor especial", receber este cartão da empresa que tem actuado da maneira que tem, nos últimos tempos.
Isto só dá para rir! Depois das eleições gregas e da coligação governamental, este cartão da empresa deixa-me francamente bem disposto!...


Caro Luiz Boavida,
A Administração das empresas do Grupo Consulgal deseja-lhe um feliz aniversário.
Cumprimentos,

http://dsiconsulgal.ahp.pt/wp-content/uploads/2015/01/consulgal.png
Av. Salvador Allende, 25
2780-163 Oeiras — PORTUGAL
Tel: +351 214 468 500
www.consulgal.pt

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Música-Julien Clerc et Véronique Sanson

Reflexão-LBC

Às vezes, mesmo sendo engenheiros a ouvir as explicações, receio, como tem sido o meu caso, que as pessoas não entendam.
Bem, ou não queiram entender...

Reflexão-LBC (eleições na Grécia)

Mais um engenheiro civil! Depois de Arafat, Bin Laden e Ahmadinedjad, os Gregos deram a vitória a Tsypras da esquerda radical.
Vamos esperar para ver...



domingo, 25 de janeiro de 2015

Séries-Suits s01

 Apesar de ser um modelo contemporâneo de série, daqueles em que a câmara "não pára parada", e apesar de todos serem, tal como nas telenovelas, lindos e espadaudos eles, boas e lindas de morrer elas, salva-se por reconhecermos nos sucessivos episódios, uma espécie de curso de gestão de problemas nas empresas. E nessa perspectiva, é justo verificar que conseguiram recriar o melhor (neste caso o pior!) com que se consegue conviver, ou não, numa empresa hoje em dia.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Favada-25 anos

(texto escrito a pedido do Armando Lopes, para os 25 anos da favada é referente ao Joge Coelho)

Nos dias que correm, ainda não se conseguem prever os grandes fenómenos da Natureza, como, por exemplo, os tsunami. Mas se não os prevemos, sabemos, seguramente, com o que poderemos contar, porque a Natureza é, bem lá no fundo, transparente, leal.
Entrecruzamo-nos no dia-a-dia, com gente que, apesar de não se assemelhar a um tsunami, têm de semelhante o resto, ou seja, sabemos com o que contamos, exactamente por aquilo: porque são transparentes, leais. Assim como o JC. Não, não é Esse! É o outro, o que apesar de todos conhecermos, passo a definir.
Aquele que nasceu naquele local que não só é uma pérola - não em bruto, como o líder, mas, e ao contrário do dito, polida – como também um jardim; a ilha, e o líder!....
Aquele que tem gostos políticos esquisitos, como não gostar de ilustres personagens da nossa história como José Pacheira Pereco, Medeira Carrina ou Filipes (sejam os do Porto, mas sobretudo os espanhóis!).
Aquele que tem uma paixão assolapada por desporto, e sobretudo por aquela modalidade que dantes se jogava superiormente apenas com as mãos, e agora se joga com tudo, até com as mãos…
Aquele que tem o nome e apelido de um conhecido ex-estadista, perdão, ex-tachista.
Aquele que tem outras grandes paixões, como por exemplo moínhos (veja-se a colecção!). E também pelos Moínhos.
Ei-lo, o JC, aliás Jorge Coelho, que em japonês bem se poderia chamar algo como Jorgitsuka Coelhics - apesar de nascer naquele lugar longínquo (não, não é o ALÉM!, esse é “outro assunto”…), onde a maior parte dos nativos (num sentido!) têm uma pronúncia patusca, e alguns eleitos (nos dois sentidos!...) patuscos prenúncios de Allzheimer (veja-se o caso do “Alberto”…), ele – dizia-se -para lá de ser um bom rapaz e não muito tímido até, faz festas, que não Berlusconianas!, e celebra agora o 25º aniversário (das festas, não o dele), num sítio longérrimo (não, já se disse que não é o ALÉM, nem Sacavém, nem nada acabado em ém, PueRRA!), com a graça (nome e beleza!, verdade seja dita), de Moínhos.
Reconheçamos este facto único: que apesar de todos estes “handicaps”, e como diriam os ingleses:
“for his a jolly good fellow”.

Reflexão-futebol (Final da taça europeia entre clubes portugueses)

 


Na próxima quarta, dia 18, pelas 20h, realizar-se-á a contenda por que
todos esperam; uma final de uma taça europeia entre "duas equipas
portuguesas".
Dezenas de milhões de pessoas acompanharão, pelo mundo fora, a transmissão
da final entre "duas equipas portuguesas".
Milhões de portugueses estarão, em diversos países, desde a Suiça à
Austrália, colados ao televisor a ver “as duas equipas portuguesas”.
Milhares de portugueses estarão à volta do estádio, em Dublin, a puxar
pela sua equipa "portuguesa".
No relvado, e para além dos treinadores, que por acaso são portugueses,
estarão meia dúzia (de portugueses!...) a jogar. Isto, claro está para lá
de
43 brasileiros, 34 colombianos, 15 peruanos, 24 argentinos, e creio que
dois aborígenes e um touareg. É esta (mais) uma das nossas tristes
histórias, mas que eu, estranhamente, ainda não vi referida em qualquer
jornal ou estação televisiva, num daqueles debates entre juristas,
ex-políticos, intelectuais, realizadores de cinema, doutores de sondagens,
etc.
Gostaria de promover um encontro para criticarmos, perdão, vermos esta
final, em minha casa, em São Domingos de Rana, na estrada da Mata da Torre
460 3º dto.
Mando-vos um esquema em anexo.
O desafio entre as “tais equipas portuguesas”, começa às 20, mas antes
ainda podemos sempre dar meia dúzia de caneladas…

1 - Agradeço que me confirmem, até segunda, e DE PREFERÊNCIA POR SMS,
para poder calcular quantos croquetes vou comprar ao merceeiro da
esquina...
2 - as drinks are on the house, e constam de cerveja, vinho tinto, e sumo.

Até já

Reflexao-MBraz (apresentação do livro "O dia do estudante")

(RETIRADO DO DIÁRIO, ANTERIOR AO BLOG)
01out10
Ontem, 30 de Setembro de 2010, fui assistir (devidamente uniformizado), no Palácio da Independência junto ao Rossio, ao lançamento do livro do Manuel Poirier Braz, "O dia do estudante".
O livro foi apresentado pelo Dr. Medeiros Ferreira, depois de duas introduções; uma, brevíssima, do representante da Petrony; e outra, inteligente, "sarcástica qb", humorística, e bem disposta, mas sobretudo com o timing exacto, por parte do Manuel.
Duas coisas retive; uma, a felicidade patenteada pelo Manuel naquele momento. Mais um livro, mais um momento para estar com os amigos, mais um momento para mostrar quão feliz está, e é, com a Lena.
A segunda, o paradoxo a que assitimos todos, durante a apresentação, e que mais não é do que o espelho da sociedade que plantámos.
Enquanto que lá dentro, era a serenidade, a calma, a reflexão sustentada, a história (contada pelo contador Manuel) e a História (recordada pelo historiador Medeiros Ferreira), a construção de algo, lá fora, um grupo de não sei o quê, tocava não sei como, berrava até mais não, atropelava os sentidos de outrém, instituía a confusão e uma amálgama de sons.
Sem dúvida, o contraste entre o equilíbrio, lá dentro, e a falta de equilíbrio lá fora, numa sociedade em mutação, e para pior, estou convencido.

Parabéns por me mostrares a forma como estás na vida, pela forma como me tratas, pelos livros escritos, e pela Lena.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Reflexão-LBC (Ago2010)

(Texto produzido por mim em Agosto 2010- que gozo!!)
AGO10
As novas oportunidades, criadas pela diversificação de mercados, pela crescente adequação e adaptação dos diversos intervenientes, por uma campanha publicitária dirigida, e por sistemas de auditoria estruturados, fazem com que a visibilidade dos conteúdos seja agora uma realidade, e assim, a proactividade que hoje em dia se pretende aplicar…..
-Epá, vai pó caralho com essas patacoadas e vê lá se falas português! – disse uma voz lá no fundo.

E assim voltei à realidade!
E, claro, ao nosso contacto, porque esse – sim, ESSE -,  é que tem sido (…) verdadeiro, e não estas tretas modernistas cacarejadas pelos “licencio-Bolonhósos” e “pseudo – capazes” dos dias de hoje, e que enchem os noticiários, os ouvidos, e fazem perder a paciência e a compostura, a qualquer ser normal que hoje ronde os 50, e tenha obtido o 7º ano no “antigo regime” (sorry…).
Escrevo-vos em férias, apesar de vos enviar o texto, apenas quando se iniciar a época.
Ou seja, e antes de mais, para “aqueles” que me acusam de “perder tempo” a escrever, tenho, neste momento, todo o tempo do mundo. Sobretudo quando, com todo o carinho e enlevo, desanco, perdão, escrevo sobre os meus amigos!…
Eis-me (nos?) ansioso (s) por voltar aos relvados, perdão, ao estrado, ou ao tacoado se preferirem.
Receio no entanto que, a esta distância, um tratamento ao madeirame tenha sido entretanto, e como tem vindo a ser hábito nos dois últimos anos,  aplicado nas férias; sofisticadíssimo, estilo “dernier kri”, e que, acrescido da crónica falta de limpeza e de controlo, torne os treinos iniciais em sessões (e serões) dançantes, para alguns que ainda vão dando. ..ao pé (frise-se…)
Quanto a novas aquisições, o mercado anda pelas ruas da amargura, pelo que receamos ter de jogar com o plantel da época passada. Isto, apesar de “algumas caravelas” subrepticiamente, se aproximarem do porto…

Analisemo-lo:
Antes de mais, do nosso bardo que prometeu regresso, Fezix Vitalix. E digo bardo em sentido figurado, claro. O do Astérix e Cia., rebentava com os tímpanos dos gauleses. O nosso rebenta-nos, não com os tímpanos, mas com os bracitos, com as cabecitas, etc. Vê-lo, sobretudo acima do nível da rede, é o click mais rápido que existe para nos trazer à realidade, e para fazer disparar o instinto de sobrevivência mais imediatista que existe em nós.
Tenho sentido, também, uma saudade gritante dos desabafos inflamados e das discussões acaloradas, sobre as bolas em cima da rede, as bolas fora e/ou dentro, os 7 toques, etc., que o Rui Cardal, o Manuel Piedade e o Luis Miranda mantêm em cada treino. A perplexidade que inunda o pavilhão quando aqueles homens se engalfinham no calor da luta, os brados que trocam, os impropérios, as exclamações, etc., fazem corar de vergonha Queiroz e Cia. Não são poucas as vezes que me contenho para não exclamar: - Manuel, Rui, Luis calem-se, já chega!!
No outro extremo, que saudade do recato, da discrição, do monástico mutismo a que, crescente e paulatinamente, se têm votado os robertos, perdão, os lampiões  Nelinho dos Trunfos, o das cortiças e o marquês; não se percebe o que se passa (;)). Já não se vibra como antigamente,… no tempo do Eusébio, entenda-se…
E já que falamos de lampiões, que dizer do jogo de pés, e da forma como troca os olhos dos adversários ( que não dos pacientes, espera-se…), do João de Deus? Um espanto para os colegas, um exemplo para os benfiquistas, e uma chatice para quem tem de ir buscar as bolitas ao fundo do ginásio…
E já que falamos do fundo do ginásio (a sua extensão, entenda-se…), como elogiar o equilíbrio, a coordenação motora,  o controlo rigoroso da intervenção, e do gesto, do Luis Costa? Sempre preparado para ajudar os colegas com o saco com as sulfamidas, com os saridon, mercurocromo e sanguessugas; não há pai (e muitas vezes, paciência…)para ele!
E como esquecer as bolas relojoeiristicamente colocadas pelo JP (sem álcool), e “cirurgicamente operadas” pelo LM (sem filtro); este dueto põe os blocos adversários à nora, se não à roda. Aos opositores põe-nos de rastos (psicologicamente), e de gatas, fisicamente…
Como elogiar o esforço sobre-humano do Al Soar Muhamed Pir,  que treinando apenas de 3 em 3 semanas, conseguiu ainda não atingir os 3 dígitos (nem a porta da caldeira?...)?
Como receber o serviço matreiro, mortífero, manhoso  e morteiral do Sobral?
Como é que ainda há “jovens valores” do nosso núcleo, que ainda não interiorizaram, que é o único (the one) que deveria (porque ”tirou o brevet" e é um rapaz com bom senso, além de uns ténis giros…) falar, quando há dúvidas em qualquer jogada?
Como defender o remate esfugaxal, mitrukárdico e, sobretudo, manquiolístico, mas sempre “doloso”, do Giorgiu Orêstievski?
Como não admirar aquele envolvimento contínuo, aquele affaire único, aquele romance adolescentó-eróticó-apalpeirístico que mantém com a rede, e que ele tão bem oculta da malta (ela não; queixa-se muito! Women!!…)?
Como não perdoar as bolas ao segundo toque, inocentemente – claro -,  colocadas pelo ZBD (não, não é Zorro Bora Daí, nem Zézito Bolita Dádá , é Zé Barata Dias), o elemento que uma vez por mês (…) – para não rotinar -,  nos honra com a sua visita?
Como não esquecer os seus constantes incentivos aos companheiros? Mesmo os que acertam?...  ;) (Made in SLB…só pode!)
Mcshade? Um nome!! Não, não é uma sombra, nem o personagem de uma qualquer obra ficcional das que por aí pululam! Ele não faz um, mas dois blocos,  três, os que foram necessários!
Besides? Um serviço a perder de vista (J), uma vista a perder o serviço(L…) e não só, um remate colocado. Ah, que ganas de se lhe comparar! Um homem daqueles, até se lhe perdoa se morder a rede!
Azevedo? Um apelido, mais rápido que a própria sombra (Luky Azevedo…) a defender, a limpar o pó do ginásio (aqui acumula funções, em triunvirato com o Rui e com o Luis), e a apagar os fogos que, piores que na nossa época de Verão, são postos pelos pirómanos da equipa.
Tirou uma pós – graduação em  “incentivamento na empresa” na Deloitte, e doutorou-se em “incentivadura pós moderna” no Valsassina,  pelo que  ajuda e incentiva tudo e todos, mesmo que façam as maiores alarvidades a jogar, marquem golos nas balizas de andebol, ponham a bola jogável junto da casa da caldeira, se atropelem a defender, passem a bola pró do espaldar rematar (conhecem alguém?...;)),  ou ponham a redonda na galeria.
Quanto ao resto…um pêndulo!
E tu ó Duarte? Sim, tu, que com a graça do nosso rei (J), não paras, literalmente! Tu, que se a corrida fosse contabilizada estaisticamente (como é uma das modas agora no futebol), correrias centimilhas e mil-e-milhas? Saltarias montes e vales, cruzarias rios e ribeiros, e depois cairias exausto – aliás, como é hábito -, aos pés do Vasques ou de outro qualquer que ousasse tentar, pobrezito, intervir na sua zona de influência…
O “ressuscitado”, aquele com o cabelo “fumado” e com problemas de incontinência maxilar que treina “uns caceteiros”, (não confundir com o puto do Norte, nem com o assobrancelhado pintarolas…) é que ainda não te viu…
Vasques? O de Oliveira? Que o nome não acabrunhe, que o remate não atemorize, que o passe não seja em vão. Que o verbo não se lhe gaste (havia de ser bonito!:)...), que a queda não amedronte, que os estanca-suores não se lhe esgotem, que as toalhitas apareçam (o SLB ainda há-de ser campeão outra vez…), que o charrito lhe saiba bem, que a Isaura (“a outra”) continue a servir bem, mas sobretudo, que a presença seja duradoira .
Finalmente, como esquecer os mais jovens que intermitentemente aparecem, cheios de força, e de “carga positiva” como soi agora dizer-se? E já que falamos de carga positiva, como não esquecer a “outra”? A de porrada que eles nos servem, quando servem (passe a redundância), e rematam? Não os metam na ordem não, depois queixem-se que deixamos de ter quorum…
Bom ano voleibolístico.
Mas sobretudo, lembrem-se do que o “V”, o de Oliveira disse – mansamente -, no jantar;…behave (para os que não sabem estrangeirês, quis dizer “portem-se bem”… nos treinos, claro).
PS – Continua a ser um privilégio, não só  estar convosco, como incentivar-vos desta forma carinhosa e construtiva ;)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Filmes-American Sniper (Clint Eastwood)

Mais um filme de Clint Eastwood. Sobre um tema melindroso, tanto para os americanos, como para os outros. Uma realidade que passa ao lado da maior parte das gentes, que culpam, liminarmente, todos os que participam nas guerras. E aqui Eastwood dá-nos os dois lados da moeda, como é seu costume, e com o bom senso que o carateriza. A contradição entre ter de cumprir a missão de que foi incumbido , e o de ser, no fundo, um humano com sentimentos. A dúvida que o assalta, ao ter de liquidar a criança que tem na mira, é disso prova.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Reflexão-LBC

Um pormenor e um pensamento que, quanto a mim, faziam falta.
"Noblesse oblige"!...

PS-Não divulgues, porque eu ainda tenho que receber o que descontei para a Segurança Social...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Musica-Elton John (Rocket Man)

Cada vez mais antigo, cada vez melhor, cada vez mais actual!

Reflexão-RuiL.Maria (sobre um artigo de Helena Matos)


Bom artigo camarada, mas...
Tudo bem, admitamos que o real problema "somos nós"!
E agora, é suposto batermos palmas pela brilhante conclusão ou sentarmo-nos a curtir a depressão (entenda-se, uma "depressinha" à portuguesa)?
Acho brilhante dissertar e concluir, mas e depois?
Lembro-me de, já em criança, ouvir dizer que "Olhão era mãe para os "de fora" e madrasta para os "filhos da terra"", agora é a tolerância desmedida para com os "terceiros" em detrimento dos autóctones... como diria o Remarque: nada de novo na frente (agora) oeste.
Em tese, nada me move contra cidadãos islâmicos, ou judeus, ou nórdicos ou mesmo abexins! Que isto fique claro.
Mas, não percebo como se afigura pacífico, senão mesmo consensual, a aceitação de comunidades.
Eu explico, nada tenho a objectar que cidadãos de uma diferente crença religiosa se integrem num mesmo espaço laboral, social ou mesmo afectivo no qual eu me encontro inserido. Não me afecta a liberdade de culto.
Mas... essa realidade não é aplicável a comunidades.
Partilho um espaço com cidadãos que se integrem na minha comunidade. É exactamente o que me é imposto quando me desloco a comunidades islâmicas (no caso). Não é em vão que se diz: "Em Roma sê romano", para quê inventar?
Agora, reportando-nos ao artigo. O articulista também não refere que nas últimas décadas do século passado a nação francesa encontrava-se em declínio, aliás como a maioria das nações europeias, depois efectuou uma aposta séria na inversão. Aumentou o regime de incentivos à natalidade e aos apoios sociais, e a verdade é que recomeçou a crescer. Esqueceram referir que isso foi essencialmente à custa de imigração magrebina e da áfrica subsariana (costa oeste e golfo da guiné), regiões maioritariamente islâmicas. Actualmente a população francesa é, cerca de, 10% islâmica, o que numa população estimada em 60 milhões significa a presença de 6 milhões de muçulmanos. 
Quem quiser ter uma visão mais objectiva e desassombrada visite Marselha. Outrora um dos bastiões da francofonia para o Mediterrâneo, actualmente pouco se difere de uma praça do norte de África, avenidas transformadas em "souk" (sem o romantismo do mercado árabe), onde, quando o "almouedin" grita para a oração, é conveniente parar o carro porque a canzoada vai ocupar a faixa de rodagem, pôr-se de cócoras a orar e se o automobilista, ainda que turista e incauto, se lembrasse de buzinar para prosseguir viagem, há elevada probabilidade de incendiarem o carro com a família lá dentro, por (presumo) ofensa à liberdade de culto.
Quem pretender perceber porque não aceito a instalação de "comunidades", convido a uma procura, ainda que meramente académica, do significado de termos como "jihad", "fatwa" ou, de forma mais lata, o que é permitido/aconselhado, pelos líderes religiosos respectivos, fazer perante um "infiel" nas comunidades islâmicas.
Admito uma comunidade nacional, no caso, portuguesa que acolhe cidadãos independentemente do seu credo, crença, grupo étnico ou orientação académica ou sexual. Mais do que isso, deixa de constituir uma comunidade para se instalar a promiscuidade.
É a minha opinião e que só me vincula a mim.
Por último, nas reacções mais ou menos teatralizadas deste e doutros burgos afins, permito-me citar Torga:
(no anexo)
Abraço grande.
LM
http://observador.pt/opiniao/o-problema-nao-sao-os-outros-somos-nos/


O problema não são os outros. Somos nós

“Como é que a Europa deve responder aos ataques terroristas? A solução passa sobretudo por
medidas securitárias, ou deve passar também pelo combate ao desemprego e pela integração das comunidades árabes e islâmicas? São preocupantes os sinais que apontam para o crescimento da xenofobia?” – No site da TSF estas perguntas lançavam o Forum da passada sexta-feira.

O primeiro impulso seria rir perante o óbvio destrambelho destas perguntas: combate ao desemprego? Mas desemprego de quem? Onde é que na Europa alguma vez o terrorismo foi praticado por pobres ou por desempregados? Os terroristas europeus contaram nas suas fileiras com aristocratas, militares, jornalistas, padres, artistas, estudantes, intelectuais, médicos… Agora que se mata em nome de Alá e não de Marx as profissões são menos diferenciadas. Não temos em 2015 registo de nenhum terrorista que seja editor e aristocrata como foi nos anos 70 do século passado Giangiacomo Feltrinelli nascido em palácio, responsável pelas melhores edições de Itália e bombista que se dizia serviço do proletariado, mas daí a ver-se nos autores dos recentes atentados em França uns jovens que o desemprego e a falta de oportunidades levam a matar os seus semelhantes vai um pedaço de mau folhetim neo-realista que nenhuma realidade sustenta.

E o que se entenderá por “integração das comunidades árabes e islâmicas”? Aliás será que ser árabe ou islâmico faz de cada um automaticamente membro dessas ditas comunidades? Os portugueses que emigraram para França há tantos anos quanto os pais de muitos destes membros das actuais “comunidades árabes e islâmicas” e que ao contrário de muitos deles nem sequer sabiam ler nem escrever e muito menos falar francês que medidas tiveram para promover a sua integração na sociedade francesa?

As perguntas lançadas no Fórum da TSF são semelhantes a tantas outras formuladas nos últimos dias. São perguntas, frases e comentários que partem sempre do mesmo princípio: o problema da violência dos outros somos nós. Porque nós vemo-nos como responsáveis por tudo o que aconteceu e acontece no mundo: para tudo aquilo que os outros fazem há sempre um gesto ou uma decisão que nós ou os nossos antepassados tomámos agora ou há quinhentos anos e que explicam, justificam e de certa forma têm desculpado aos nossos olhos o terrorismo e os terroristas.

Nós, europeus, temos um problema sério. Não com os terroristas que por mais chocante que seja escrevê-lo nestes dias não é a nós, ocidentais, que causam maior dor: enquanto na Europa se repetia “Todos somos Charlie”, na Nigéria o Boko Haram matava 2000 pessoas, na sua maioria mulheres, crianças e velhos sem que alguém se indignasse ou sequer admirasse. Não há semana em que na Nigéria, no Paquistão ou no Quénia o terrorismo islâmico não faça atentados. Meninas de dez anos são transformadas em bombistas suicidas. Das vítimas ninguém sabe nada, nem a idade, nem o nome nem o que faziam.

Ao contrário do que sucede nesses países, o terrorismo islâmico não põe em causa o nosso modo de vida. Muito menos os seus autores têm actualmente capacidade para condicionar a nossa vida política como o fizeram no passado. Pense-se apenas que em 1978 as Brigadas Vermelhas tiveram capacidade para manter Aldo Moro sequestrado durante 55 dias! O que presentemente o terrorismo consegue é confrontar-nos com um mundo que não é apenas os resultados dos nossos actos. E para esse ruir das nossas ilusões não estamos preparados.

O nosso problema com o terrorismo não são os terroristas mas sim o relativismo com que analisamos os seus actos. E quanto mais esses actos nos parecem plausíveis de ser explicados pela cartilha do sociolês mediático (uma espécie de marxismo caldeado com fartura e culpa cristã por viver bem) mais os toleramos. Daí que a condenação que fazemos do terrorismo seja quase indexada ao posicionamento político das vítimas: durante anos e anos a ETA foi tolerada porque as suas vítimas eram geralmente militares, agentes da Guarda Civil, militantes do PP, empresários… enfim gente que nesse discurso justificativo se procurava sempre associar ao franquismo. Quando se tornou óbvio que as balas da ETA não distinguiam as nucas da gente de esquerda das da gente de direita era como se se estivesse perante um desacerto desses rapazes um pouco excitados mas apesar de tudo gente de causas. E só nessa fase em que ser de esquerda deixou de ser um escudo perante a ETA muito boa imprensa tida como de referência deixou de tratar a ETA como movimento independentista para passar a designá-la como aquilo que sempre foi: terrorista.

Pelo contrário não houve qualquer simpatia, enquadramento socio-cultural ou tentativa de compreensão das razões que levaram Anders Behring Breivik a matar vários dos seus concidadãos na ilha de Utøya. Breivik era branco e de olhos azuis, não podia ser integrado em comunidade alguma e era de extrema-direita. Logo foi visto como aquilo que era: um terrorista e não o resultado de uma qualquer exclusão. Aliás se os irmãos Kouachi tivessem levado a sua mortandade a cabo não no “Charlie Hebdo” mas sim num jornal de direita não faltariam neste momento explicações para os seus gestos.

Por exemplo explicações similares às que foram dadas em 2005 aquando do assassinato por um fundamentalista islâmico do cineasta Theo Van Gogh, ele mesmo, a vítima, definida como um “provocador”. Ou aquando dos atentados do 11 de Setembro em que a culpa era inevitavelmente de Bush, dos americanos que “estavam a pedi-las” e das torres que eram um símbolo do poderio capitalista. Explicações similares às dadas quando o jornal dinamarquês “Jyllands-Posten” publicou várias caricaturas de Maomé: condenou-se rapidamente a violência para logo em seguida se partir para o perfil “populista” da publicação e, em seguida, desenvolver longos raciocínios sobre a problemática da intolerância. Não, como em abstracto se esperaria, da intolerância dos agressores mas sim daquela que em nome das vítimas poderia vir a ser desenvolvida…

Os exemplos não faltam. Nem vão continuar a faltar. Embora se possa ser levado a pensar que o agora sucedido em França virá a marcar um antes e um depois na forma de olhar estas questões na Europa. A própria forma como a sociedade francesa está a reagir dá conta de algo que vem de muito antes e que não se restringe ao fundamentalismo islâmico: estamos perante um país que perdeu para a Inglaterra o lugar de quinta economia mundial e em que o ministro da Economia, Macron, teve de se explicar porque declarou que era positivo que os jovens franceses desejassem ser milionários. Um país onde grupos de jovens assaltantes conseguem bloquear comboios, assaltar os seus passageiros (às vezes seleccionando nestes e noutros ataques as vítimas pela sua aparência racial) e ainda atacar as equipas de socorro.

Um país que precisamente dias antes destes atentados viu com estupefacção serem publicadas fotografias tiradas dentro de prisões francesas: a avaliar por aquilo que ali se via de consumos de drogas e ostentação de dinheiro algumas prisões francesas são um espaço cujo ambiente parece retirado de um qualquer festivo e sórdido casino. Se se recuar uns meses e se se trocarem estas fotos pelos parágrafos de um relatório policial constatar-se-á que, segundo os autores desse estudo, as prisões francesas são um dos principais locais de radicalização dos jovens muçulmanos pois não existe qualquer capacidade de controlar a actividade dos imans nos estabelecimentos prisionais. Como não podia deixar de ser rapidamente se esqueceram os avisos contidos nesse relatório para mediática e politicamente o tomar como pretexto para um tema bem mais aliciante e politicamente correcto: correm as prisões francesas o risco de se transformar num novo Guantanamo?

A França é o país onde todas as semanas aparece o problema de uma funcionária de supermercado ou escola que pretende trabalhar de rosto completamente tapado mas onde paralelamente as activíssimas associações ditas de livre pensamento, que se calam respeitosamente perante a actividade dos fundamentalistas islâmicos, exigem com urgência que se proíbam os presépios nos espaços públicos. O país onde as autoridades se regozijaram porque na noite da passagem de ano foram incendiados apenas 940 automóveis: afinal em 2014 tinham sido contabilizadas 1 067 viaturas queimadas. (Já agora quantas notícias se leram sobre estes factos na imprensa portuguesa? Será que os jornalistas não sabem francês ou simplesmente não estão preparados para dar notícias que não cabem na sua quadratura do mundo?)

Um país onde abordar boa parte das questões que vão do mundo do trabalho, à habitação e às escolas se torna num campo minado em que em vez de se discutirem os problemas concretos logo se define que colocar determinada questão é discriminatório, passando com fervor a discutir-se se A ou B é xenófobo. Patrões, professores e funcionários estão entregues a si mesmos perante uma minoria que escudada nos conceitos de comunidade exige de facto um tratamento diferenciado para impor a sua vontade aos demais e retirar as maiores vantagens do sistema (não estou a falar apenas dos radicais muçulmanos mas também deles).

Mesmo umas prosaicas salsichas numa festa de escola infantil podem tornar-se em França no pretexto para que algumas famílias, alegando que não comem carne de porco, não só tenham direito, como é desejável, a uma comida diferente, mas acabem a impor as suas regras a todos demais. Pois face à recusa destas famílias de partilharem um grelhador onde tivessem estado carnes que consideram impuras, a alguns professores não ocorreu melhor ideia que acabar a só servir salsichas halal. Ou seja salsichas confeccionadas com animais abatidos segundo os ritos da religião muçulmana. Naturalmente esta decisão foi tomada e justificada em nome da tolerância

Com aquela espécie de complexo napoleónico de quem já teve um imperador e agora tem presidentes em declínio, a França adoptou perante os seus problemas a mesma atitude que tem perante a crescente influência do mundo anglo-saxónico: fala de excepções culturais, usa a retórica da “grandeur” e apresenta contabilidades engenhosas para iludir a realidade. O resultado é catastrófico. Na rua a realidade impõe-se. E na política, o país que prefere as revoluções às reformas e que acha que o mundo em geral e a França em particular se ordenam por declarações de vontade prepara-se para mais uma vez tentar suster a evolução da economia e da História. Agora premiando eleitoralmente os radicais de direita. De quem esperam exactamente o mesmo que esperaram quando a esquerda elegeu Hollande: que façam leis que garantam à França um estatuto excepcional no mundo e que portas adentro os consigam tirar desse inferno de intolerância a que em nome da tolerância chegaram.
 

 

 






 

Reflexão-AG na "Sábado"

Janeiro 10, 2015
Por estes dias, sempre que não estamos a segurar o letreiro do "Je suis Charlie" (Hebdo), fica bem encher a boca de trivialidades e dizer, com estudada pompa, que o atentado ao jornal francês não conseguiu derrotar a liberdade de expressão.
Só uma pergunta: qual liberdade de expressão? A que reduziu Rushdie a um pária? Ou a que forçou o romancista Michel Houellebecq a refugiar-se na Irlanda? Ou a que levou ao discreto sumiço da curta-metragem holandesa Submissão, após o assassínio do realizador e do permanente exílio da argumentista? Ou a que, em 2006 e em toda a parte, autocensurou as caricaturas de Maomé inicialmente publicadas na Dinamarca? Ou a que que, meses depois, retirou uma crónica de Robert Redeker, considerada por quase toda a gente difamatória de Maomé, do site de Le Figaro (além de retirar o próprio Redeker de cena: ainda hoje o escritor necessita de protecção policial)? Ou a que cancelou uma encenação berlinense do Idomeneo, de Mozart, a pretexto da representação de Maomé entre os adereços? Ou a que obrigou inúmeras obras a morrerem logo no pensamento dos autores, receosos de que referências "delicadas" lhes transformassem a vida num inferno ou lhes suprimissem a vida de todo?

No que toca ao Islão, no Islão não se toca, e a liberdade de expressão de que muitos falam é um mito de que pouquíssimos beneficiam – isto se acharmos benéfico andar com a cabeça a prémio. Claro que não faltam por aí valentes dispostos a parodiar a Igreja Católica, a troika ou os adversários do aborto, e a congratular-se a si mesmos pela proeza. Porém, não há grandes registos de perseguidos ou mortos após sentenças da diocese de Leiria-Fátima, do FMI ou dos ditos movimentos "pró-vida". Nos tempos que correm, a nossa liberdade só termina quando começa a susceptibilidade dos muçulmanos.

Por azar, essa susceptibilidade é imensa. Os muçulmanos radicais, bastante mais expressivos do que os moderados, ofendem-se com pouco. A lista das suas vítimas sugere até que se ofendem com nada, já que matam com igual empenho blasfemos e transeuntes, apóstatas e crianças, ricos e pobres, pretos e brancos, infiéis e devotos de Alá. Assim de repente, parece que existir é o único critério para se ser alvo dos psicopatas. Podemos existir de cócoras, a fim de reduzir os riscos, ou de pé, o que os aumenta exponencialmente. O que não podemos é continuar agachados a fingir que ninguém nos subjuga. O que não podemos é continuar a esperar que a evocação dos islâmicos decentes nos salvará dos homicidas. O que não podemos é continuar a repetir "Je suis Charlie" e acreditar que a ameaça sobre a Europa e talvez o Ocidente desapareceu. O que não podemos é confiar que se enfrentem perigos reais com clichés sem sentido. Ou melhor: poder, podemos. Mas se ambicionamos um futuro relativamente longo e digno, não devemos.
AG (Sábado)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Reflexão-LBC (Ronaldo)

E lá ganhou pela terceira vez. Sem espinhas. É, sem dúvida, o maior. E tenho de o reconhecer, apesar de nunca ter aceite, nem as manifestações, nem o ar de superioridade que, uma vez mais, e como de costume a despropósito, exibiu na gala.
Bem, talvez o ar fosse endereçado ao Blatter, que o gozou, ou ao Platini que o odeia, ou ao rival Messi, ou a essa virtude da ética e do desportivismo que foi escolhido para lhe  entregar o troféu, o Thiérry Henry. Enfim, uma família e um meio únicos! 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Aniversário-José Linder


Aniversário do José Linder no restaurante espanhol de petiscos, "Rubro", na Av. Rodrigues Sampaio. Recordei as "puntillitas" que já não comia há anos, e o vinho de "late harvest" "Cepa Pura. Divinal.
Sempre com projectos diferentes: desta vez parece que vai chefiar o serviço de cardiologia de um hospital em Luanda. Isto para lá de outros projectos imobiliários de que me vai pôr ao corrente para eu opinar.
Uma relação com o filho André que já não é costume nos dias de hoje, e muito semelhante à que tenho com o Diogo ecom  o Filipe. Conheci igualmente a Cristina, a nova mulher.





Reflexão-AG (DN)

Para início de conversa, e por incrível que pareça, convém esclarecer que os acontecimentos de quarta-feira em Paris não decorrem da austeridade, do desemprego, do desenraizamento, da pobreza, da globalização, do individualismo, da falta de "valores", do mau gosto, da NATO, da FIFA, da guerra no Iraque, do conflito israelo-árabe, das Cruzadas ou do fanatismo religioso em geral.
O massacre na redacção do Charlie Hebdo decorre apenas de sede de sangue que alguns revelam em nome de uma religião particular, o islão, hoje bastante fadada a congregar tarados do género. Quem, por estratégia partidária, convicção ideológica, conivência dissimulada com os assassinos ou pura estupidez, procura causas avulsas para "explicar" o assassínio de 12 pessoas, fora os inocentes que tombaram nos dias seguintes, está pouco consternado com a chacina. Não sei se, no Twitter dela, a Dra. Ana Gomes "legitimou" a chacina com a crise económica por oportunismo ou imbecilidade crónica. Sei que é vergonhoso a senhora representar Portugal no Parlamento Europeu, tão vergonhoso quanto o PCP, que responsabilizou a "exclusão social" e os EUA pelo atentado, ainda existir...

(AG no DN)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Reflexão-José Manuel Fernandes (Observador)

A tragédia não é só do Charlie Hebdo, nem só dos parisienses ou dos franceses. É do jornalismo mundial. É de todos os homens livres. Tenhamos pois coragem, não cedamos à intimidação e ao medo
O título desta crónica não é muito original – mas é o que me apetece escrever. É mesmo o que devo escrever. Não porque aprecie especialmente o Charlie Hebdo. Na verdade, nunca gostei muito da publicação, cujo humor roça por vezes a boçalidade e onde se chegava a desenhar com um sentido pornográfico não muito diferente do nosso desaparecido José Vilhena. Mas isso não interessa. O que interessa é que as balas hoje disparadas na redacção do Charlie Hebdo foram balas disparadas contra todos os jornalistas, contra todos os que defendem a liberdade de expressão, contra todos os que apenas desejam viver numa sociedade aberta, tolerante e plural.
A tragédia não é só do Charlie Hebdo, nem só dos parisienses ou dos franceses. É do jornalismo mundial. É de todos os homens livres.
Na verdade estamos todos de luto. Luto pelos que morreram, os jornalistas e também os polícias. Luto por termos ficado todos menos livres. Isso mesmo: menos livres. No dia de hoje, por todo o mundo, vamos estar solidários e indignados; amanhã muitos pensarão duas vezes antes de escreverem, de filmarem, de reportarem. E depois de amanhã até pode acontecer que surjam mais leis anti-blasfémia, que mais gente veja na crítica a certas práticas dos islamistas uma condenável “islamofobia”. Já aconteceu, está a acontecer, é possível que aconteça ainda mais.
Recordo-me bem do debate em torno dos cartoons de Maomé, publicados por um jornal dinamarquês. Lembro-me bem de quantos condenaram mais depressa a provocação – e era uma provocação – do que as ameaças de morte proferidas um pouco por todo o mundo muçulmano.
Recordo-me também do assassinato de Theo Van Gogh, o cineasta holandês assassinado por realizar um documentário sobre a condição da mulher nas sociedades muçulmanas, mas recordo-me sobretudo como, pouco tempo depois, a mesma Holanda cedeu às pressões e obrigou Ayan Hirsi Ali, uma somali que fugira do seu país e renunciara à fé islâmica, tendo sido a argumentista do filme de Van Gogh, a trocar o país das tulipas pelos Estados Unidos. Na altura ela, que até chegara a ser deputada, escreveu que “o islamismo radical não é apenas contra mim, é contra todos. Ao ter conseguido expulsar-me, os terroristas ganharam, o que torna a situação mais perigosa para todos”.
É por isso que o nosso choque (um choque porventura maior em todos os que viram o vídeo da forma como os terroristas assassinaram, com um tiro na cabeça, um dos polícias) e a nossa indignação não pode ficar por proclamações como a do título desta crónica.
As manifestações de intolerância dos radicais islâmicos, que numa altura de sobressalto todos condenamos, não podem levar-nos, passada a indignação, a tratar de encontrar explicações, desculpas ou remédios. Temos de poder ser livres de nos pronunciar sobre a religião islâmica com o mesmo grau de liberdade com que nos pronunciamos sobre outras religiões. Quem escreve tem de poder escrever com liberdade, não pode andar escondido, como Salman Rushdie andou anos a fio depois de ter sido alvo de uma fatwa. Quem escreve só deve ter como limites o bom senso e o respeito pelos sentimentos alheios, sendo que saber onde se situam os limites desse respeito é exclusivamente matéria de debate público, não de leis ou normas destinadas a prevenir “blasfémias”.
Tenhamos pois coragem. Esta é uma linha da frente da batalha pela civilização que somos. Porventura a mais importante de todas as linhas de batalha. Se não formos capazes de defender, até às últimas consequências, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, então ficaremos mais perto da França apática (e islamizada) imaginada por Houellebecq. Até porque há ficções que às vezes são mais reais do que a realidade.
Honremos as palavras de Stéphane Charbonnier, aliás Charb, desenhador e director do Charlie Hebdo, hoje assassinado: “Prefiro morrer de pé do que viver de joelhos”.
José Manuel Fernandes (Observador)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Reflexão (LBC)-Charlie Hebdo

Esta foi a notícia de hoje:
 
Cabu, Charb, Tignous e Wolinski terão morrido no atentado ao Charlie Hebdo
A notícia está a ser avançada pelo jornal francês Le Figaro. A confirmar-se, França terá perdido três dos seus mais famosos cartoonistas. Recorde-se que Charb foi o autor de várias caricaturas do profeta Maomé para a publicação e era também o director do jornal.
O advogado do jornal confirmou à rádio France Info os nomes dos quatro membros da redação como estando entre os 12 mortos do ataque: Charb, Cabu, Wolinski e Tignous.
Dois homens armados com uma ‘kalashnikov’ e um lança-rockets atacaram hoje a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, no centro de Paris, fazendo pelo menos 12 mortos, dois dos quais polícias, e 20 feridos, quatro deles muito graves.
Segundo a televisão pública France Télévision, os membros da redação do Charlie Hebdo estavam reunidos quando ocorreu o ataque.
O jornal Charlie Hebdo tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar cartoons do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.
Em 2011, a sede do semanário ficou destruída num incêndio de origem criminosa depois da publicação de um número especial sobre a vitória do partido islamita Ennahda na Tunísia, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.

E estes, muito provavelmente, dois dos cartoons que provocaram a matança. Devo dizer, desde já, que não gosto nem das figuras (traça) dos desenhos do Charlie Hebdo (nunca achei piada aos Simpson), nem dos argumentos que, por vezes, me parecem roçar o nível do chinelo, senão o pornográfico.Tirando isso, têm todo o direito de desenhar e criticar quem querem. E quem não concorda, não lê nem compra, como é o meu caso. Ponto!

Que mais acontecerá antes que as "democracias ocidentais" caiam em si? Será que nenhum dos políticos ainda terá tomates, perdão, percebido que o problema terá de ser resolvido de outra maneira? É preciso chegar ao ponto (caricato!) de Marine le Pen ter de ganhar as eleições, à pála deste episódio? Só pode! E então agora. Deverá estar a rir, naturalmente...
"Por acaso", ou não..., aconteceu em França. O país dos intelectuais, sobretudo de esquerda. 
E agora? A malta irá retrair-se, e deixar de caricaturar quem muito bem entende? Esperemos que não, esperemos que não!

 

Jantar-Vetvals

Jantar dos Vetvals, na Cova Funda, depois do treino, para falarmos de vários assuntos. Texto enviado aos participantes:
Ontem, numa cova funda, lá para os lados onde Afonso Henriques largou, não as botas porque as não tinha, mas o nome, procedeu-se a mais um jantar de Reis, aliás, de "barões de bolo-rei fofinho" (e não massa falida como alguns já estariam a agoirar), no dia de Reis. Sim, porque de Reis aqueles rapazes pouco têm. Um ou outro de sangue azul, um ou outro eivado da cor da esperança, mas a maior parte, e por excesso (defeito!, na realidade), vermelho!
Mas isso são outras contas.
Porque as verdadeiras, tanto as contas como as cores, terão de continuar a ser, e para tristeza de muitos nos próximos dias, verdes! E foi também disso, entre outras considerações, de que se falou.
Para que a chama não se apague, teremos - resumidamente -, de tentar ser mais assíduos, de não nos magoarmos, de pagar regularmente, e de procurar dois, três ou mais elementos que saibam jogar vôlei e que sejam porreiros.
Dificuldades? Haverá muitas. Sem querer plagiar o governo ou o PR, a maior será termos de continuar a aturar-nos uns aos outros. Uns mais do que outros, ok, ok! Mas, e sem querer plagiar o JJ; "sêmos xpeciais", e por isso saberemos "enfrontar ax dficledades preke têmes uma gandêkipe"
Abraço
Luiz







terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Música-Canções bonitas (Jorge Palma)

Independentemente de todos os defeitos que tem, ele compõe canções únicas. E a malta, em vez de ver (e ouvir) isto, endeusa outros que são mais "apelativos", tipo (como agora se utiliza na nossa linguagem!...) todos aqueles que fazem a delícia das tardes de domingo dos canais de televisão, das festas de Verão, dos festivais latinos. É o que temos, e mais não é!

Lanche-Zé Manuel Marques e Ilda

 Lanche em casa da Ilda e do Zé Manuel Marques com os seus inseparáveis gatos (Napoleão em primeiro...)


Almoço-AMM

Há não sei quantos anos que faço selfies. Logo, comigo, não é uma moda! Aqui está mais uma, e esta "bem saborosa". No almoço que fizémos em 03.01 na Tasca do Gordo (e em que a Isabel foi, juntamente com o Vasco e Ana), foi um momento particularmente agradável rever o António (e a Márcia), de visita natalícia à sua terra. Pela amizade e pelo período que estou a passar na firma.