quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Reflexão (LBC) - Coreia do Norte

Com este líder, com esta felicidade estampada nestas estampas, só pode ser um País feliz!
Que pesadelo que vai ser quando acabar a encenação e começar a realidade...




Cartoons



terça-feira, 29 de agosto de 2017

Reflexão - Rui LM

(A propósito de um filme sobre as manobras de uma equipa de motards da polícia japonesa, o comentário do Rui LM, meu ex-colega no destacamento da serra da Carregueira)

Traz memórias, de quando ser bom (especialista) nalguma coisa era importante. Depois... cultivou-se a massificação, deixou de ser importante ser polícia e passou-se a "todos são iguais". Já está a agonizar a fase dos apoios humanitários (tipo GIPS dos incêndios e catástrofes).
Quando encontro especialistas de polícia, "técnicos do verbo", defensores da modernidade e dos novos modelos de polícia, gosto de colocar a questão: se sentir que não está bem, às 4 da manhã, manda a sua filha com 10 ou 12 anos à farmácia do bairro comprar um medicamento, a pé e sozinha?
A generalidade das respostas é sintomática.

O filme faz-me lembrar o velho carrossel do RC ou o saber (prazer) que os batedores da extinta BT nas provas desportivas, na Volta a Portugal demonstravam. Eram um espectáculo dentro do espectáculo. As pessoas esperavam para ver passar os últimos batedores, já depois de terem passado os últimos ciclistas.

Nada há a adivinhar, é necessário destruir o que funciona para que não se note a mediocridade.
Esperemos para ver.

Onde nos leva a mera imagem de 6 gajinhos a "fazer gracinhas" com as motas...
(Cada vez me sinto mais como os velhos que estavam na coxia, nos Marretas.)

Sertã

Entre a beleza nocturna de uma ponte na Sertã e as ruas abandonadas e graffitizadas em Torres Novas. Salvou-se o convento da Sertã onde ficámos (26.08.2017), convidados pelo José Linder.


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Filmes - Black Hawk Down

Apesar de já antigo, mais um excelente filme de Ridley Scott a tentar recriar um "Platoon" dos anos 90




domingo, 27 de agosto de 2017

Reflexão - Aeroporto no Montijo?

Li esta reportagem na revista da Ordem dos Engenheiros. Assinalei as partes que me confundiram por não perceber onde se quer chegar, ou seja, numa parte significativa do texto: "relata-se o que foi possível"?; "não foi referida qualquer estratégia"?; "opção que está a ser estudada"?; "trata-se de uma questão ainda não fechada"?; "não existe qualquer estimativa fiável e detalhada"? Estamos a falar de quê??

Algo continua mal na nossa terra...


Entrevista a Dr. Manuel Antunes (Cirurgião)










Entrevista a Eng. Pedro Veiga (Ciber-Segurança)






domingo, 20 de agosto de 2017

Reflexão - António Barreto

O Estado frágil

O Estado português é gordo, mas é fraco. É pesado, mas não é firme. É um Estado fraco que torna vulnerável o seu povo. Entre incêndios, assaltos e acidentes, o Estado falhou. Nas previsões e na prevenção. Na prontidão do socorro e na rapidez da ajuda. Na humildade com que se devem tratar as vítimas, na coragem com que se reconhecem culpas, na seriedade com que se estudam as causas, no rigor com que se apuram as responsabilidades, na eficiência com que se distribuem auxílios e na honestidade com que se deveriam repartir ajudas solidárias.
São tempos de falhanço do Estado. Do Estado central e local. Do Estado político e administrativo. Do Estado civil e militar. Pelas vítimas, os acidentes de Pedrógão foram os mais dolorosos, mas não pela extensão e pela intensidade. Os fogos insistem. A prevenção continua a falhar. As comunicações permanecem erráticas e em regime de avaria. A coordenação é deficiente, foi-o desde o primeiro dia, melhorou aqui e ali por força das circunstâncias, está longe, muito longe, de ser satisfatória. Ou sequer de dar um pouco de segurança.
Há uma espécie de incúria generalizada em que se repetem os acidentes e os prejuízos. A ajuda atrasa-se. Os socorros ditos de solidariedade chegam tarde, quando chegam. Na maior parte dos casos, as ajudas imediatas para reconstrução e reinício de actividade, que deveriam demorar dias, não chegaram ao fim de semanas. Toda a gente do Estado tem algo a dizer, a garantir o que não têm e a prometer o que não podem. A culpar os outros, sempre os outros, os de baixo, os do lado, os de cima e os da oposição.
Os autarcas procuram a reeleição e queixam-se do governo, se forem de diferente cor política, ou dos serviços, se forem do mesmo partido. O governo faz promessas e bate na oposição, esperando subir nas sondagens. A oposição garante que não quer aproveitar e não faz outra coisa. Só os bombeiros parecem estar à altura.
Preparam-se já leis magníficas, como se o problema fosse esse. Não vão faltar os planos miríficos a longo prazo, o planeamento integrado, o ordenamento estratégico e o equilíbrio sustentável. Vão demorar anos a regulamentar, décadas a elaborar e eternidades a concretizar, enquanto persiste a palha à volta das casas, o mato nos baldios e nas florestas, o matagal nos caminhos, o restolho seco, os combustíveis vegetais prontos a disparar, a insuficiência de sapadores, as falhas de comunicações... Culpas de muitos a começar pelos aldeões que não tratam das suas casas e das suas fazendas, pelos lavradores que não querem gastar, mas tão-só encaixar, dos autarcas que preferem rotundas feitas pelos amigos artistas e pavilhões desportivos pagos pela União Europeia...
Em Tancos, falhou a disciplina, a responsabilidade e a noção de dever público. Falharam os militares directamente encarregados, por preguiça, por inconsciência e não se sabe se por coisa pior. Falharam os responsáveis por não ter acudido. Falharam os dirigentes militares e políticos pelo espectáculo lamentável, quase indecoroso, de esquiva culpas e de redução da importância do ocorrido.
Até uma procissão no Funchal trouxe mais de uma dezena de vítimas mortais, esmagadas por uma árvore, em acidente impensável, a que não falta desleixo e imprevidência, com uma polémica típica entre responsáveis, do proprietário à câmara, passando pela freguesia. Vai discutir-se seriamente a localização da responsabilidade entre o solo, a raiz, o tronco e os ramos ou pernadas assassinas...
Perdidos no imprevisto, os dirigentes políticos iniciam as suas intervenções com frases desajeitadas: "Trago uma palavra de esperança"... "Quero deixar uma mensagem de solidariedade"... Percebe-se logo o artificial. Sente-se a compaixão forçada do dever e do lugar-comum. A esperança e a solidariedade não se anunciam.

domingo, 13 de agosto de 2017

Reflexão ( LBC ) - O Vídeo árbitro

Mais uma fuga para a frente? Mais um ingénuo falhanço? Ou, refinando  / ficcionando a análise, uma conspiração para se acabar com o futebol e inventar uma nova modalidade? 

Não se encara o problema de frente. Como reformar a modalidade? Como incrementar o espectáculo? Ninguém vê que, dia após dia, os espectadores diminuem, a indisciplina dentro e fora aumenta, as claques envenenam o processo, o dinheiro em excesso perverte o jogo? 

Tema da actualidade? O video-árbitro. Mais um fait-divers, a somar ao do 4º árbitro, ao dos árbitros de baliza, etc. 

Quer-se salvar o espectáculo? Quer-se preservar a galinha dos ovos de ouro? Então procurem-se soluções para a melhorar. Como? Com uma solução simples: marcando golos!!

Que se fez no volei? Alterou-se, para lá de outras secundárias, a regra básica de marcação de pontos de forma a "caber no tempo de televisão". Parece, no entanto, e de acordo com os entendidos, ter-se ganho no espectáculo.
Que se fez no hóquei? Alteraram-se as dimensões das balizas e, em determinada altura, até se impediu a ultrapassagem de uma linha próxima do meio campo.

Alguém já fez uma média, nas modalidades colectivas mais representativas como o basket, o volei, o hóquei, o andebol e o rugby, de como o ataque se impõe à defesa, ou seja, de como haver mais espectáculo? Qual a média de pontos / golos / ensaios marcados por unidade de tempo? Sem bibliografia, numa folha de papel e "a olho": no basket 4/min, no andebol 1/min, no rugby 0,5/min. E no futebol? 0,02/ min. 
Estou esclarecido!! 

Porque não se pensa em algo semelhante para o futebol? Se o espectáculo são os golos, porque não incrementar a probabilidade de eles aumentarem significativamente? Porque não se aumentam, por exemplo, as dimensões das balizas (0,10m nas três direcções)? Porque não se diminui o número de jogadores de campo? Porque não se excluem jogadores temporariamente? 
Não! Em vez de pensar diferente, enchem-nos agora a cabeça com a telenovela "video-árbitro". Mais um emaranhado de problemas, com a objectiva perda de tempo que isso implica, mas sem o ganho absoluto que se pretenderia.

Agora sim, vão-se resolver - e bem! - os problemas das bolas que ultrapassam a linha de golo. Entretanto, quantos foram os jogos, o tempo, a paciência e o dinheiro que se perdeu com a introdução de mais dois papalvos perto das balizas para aquilo detectarem? Em vão!

Mas sem ser esta vantagem, que outra? Que mais? Sim, que mais? Vai continuar-se a discutir se está ou não fora de jogo, se empurrou ou não, se tocou ou não com o mindinho na bola, mas agora - e aqui é que está a novidade! -, num templo restrito e distante. 
Resultado a curto prazo? Árbitro de campo ilibado e, consequentemente, o apaziguamento do rebanho que assiste in loco ao jogo, com a consequente acalmia dos ânimos. Como o templo onde se decide está longe do local do crime, transfere-se a ira dos pasmados.
A médio e longo prazo? Os pasmados passam a chegar a casa mais bêbados e aumenta novamente a violência doméstica e a das redes sociais. Ninguém vê isto?

Sem ironia, não entendo esta silenciosa  insistência em marcar passo no futebol. Só havendo mais golos o futebol ficará mais interessante. Pelo menos para mim. Até lá, vou vendo andebol e rugby e, de vez em quando, e para acompanhar a modalidade, o "tempo-extra" :)

sábado, 5 de agosto de 2017

Tempos difíceis - LBC (reflexão)

Notícia

"Um ex-carteirista do elétrico 28 é o dono de dois dos restaurantes que cobram 250€ por uma mista de marisco na Baixa de Lisboa. E há um terceiro, no bairro da Graça, que faz o mesmo: é do seu sócio."

É o chamado "2 em 1". Um reconhecido ex-carteirista que nunca foi preso. E que agora monta um restaurante onde continua a roubar. Para onde irá a seguir?...
Pobre país...

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Reflexões - Vários

Outro excesso recorrente neste drama: para cada bombeiro em acção há, pelo menos, cinco porta-vozes. Se a percentagem fosse a inversa, um informador para cada cinco bombeiros, provavelmente não havia tantos incêndios, nem seria preciso tanto tempo para os apagar. Mas não, todos têm que aparecer, todos têm que dar o seu parecer, todos têm que falar: fala o governo, pela voz do primeiro-ministro ou da ministra da administração interna; falam as autarquias, pelas pessoas dos seus presidentes, seguramente em campanha eleitoral; fala a protecção civil; falam os bombeiros; fala a Guarda Nacional Republicana! Não só falam todos, em simultâneo, sobre o mesmo, como ainda se divertem a contradizer-se: o autarca diz que o incêndio está extinto, mas os bombeiros dizem que só parcialmente está em fase de rescaldo, enquanto a protecção civil garante o contrário. Para uns, o fogo é num município, mas para outros é no seguinte, onde já lavram as chamas. Às onze da manhã noticia-se que caiu um avião, mas ao meio-dia afirma-se que, afinal, não se despenhou nenhuma aeronave. Um incêndio extinto para uma entidade, está apenas em vias de resolução para outra, porque não há uniformidade na informação e todos querem ter voto na matéria. Todos falam e ninguém tem razão, porque falta autoridade e coordenação.
(Gonçalo Portocarrero no Observador) 

Como foi possível desnaturar de tal modo a democracia e os costumes para se chegar a este ponto? Como foi possível deixar que esta democracia se parecesse com a ditadura aquando das inundações de Lisboa e de outros desastres, para já não falar dos feridos e mortos da guerra do Ultramar com os quais o governo tentava também fazer selecção e tratamento? Como deixaram os deputados, os magistrados, os militares, os médicos, os autarcas e os comandantes dos bombeiros e das polícias que se chegasse a este ponto?
Que é feito dos homens livres do meu país? Estão assim tão dependentes da simpatia partidária, dos empregos públicos, das notícias administradas gota a gota, dos financiamentos, dos subsídios, das bolsas de estudo e das autorizações que preferem calar-se? Que é feito dos autarcas livres do meu país? Onde estarão eles no dia e na hora do desastre? Talvez à porta do partido quando as populações pedirem socorro e conforto.
(António Barreto no DN) 

A mim, como a muitos outros integrantes deste grupo, interessar-me-ia ouvir o que tem Rui Vitória a dizer acerca do normal envelhecimento dos homens que ele já tinha substituído há dois anos - Júlio César e Jardel - e da necessidade de voltar a fazer deles primeiras escolhas ao mesmo tempo que tem de inventar mais um lateral direito, depois de ter feito nascer Nelson Semedo para substituir Maxi Pereira. Interessar-me-ia debater com Sérgio Conceição as razões pelas quais Aboubakar, que se tornara excedentário no papel de avançado de referência no FC Porto de Lopetegui, pode ser agora fundamental com Soares à sua frente - ou ao seu lado - numa equipa montada de acordo com princípios diferentes, mais explosivos. Interessar-me-ia ouvir a resposta de Jorge Jesus a uma pergunta sobre o efeito pernicioso que o sistema de três defesas que ele tem andado a testar tem na construção de jogo ou de que forma a colocação de William como um desses três pode garantir qualidade a construir desde trás.
Em vez disso, temos os treinadores a lerem respostas ditadas a perguntas igualmente escritas previamente pelos mesmos guionistas e interpretadas por quem se limita a fazer um papel que devia ser bem diferente. Fica tudo em família. A este futebol digo: não, obrigado! Prefiro ir ao cinema ou ao teatro, onde pelo menos os atores têm mais jeito para a representação.
(António Tadeu no DN) 

Este grave acidente deveria fazer a sociedade civil compreender as lacunas existentes na classe dirigente deste país e atuar com rapidez, pois cidadãos inocentes morreram porque o Estado não conseguiu garantir a sua segurança
A qualidade da democracia em Portugal está a afetar negativa e gravemente a vida dos cidadãos. Apercebi-me dessa evolução inaceitável, mas nunca pensei que as consequências fossem tão gravosas. Atualmente estão, infelizmente, bem à vista.
Dessa evolução fez e faz parte, entre muitos outros aspetos, a não efetivação da reforma do Estado, por um lado, e, por outro, o facto de que sucessivos governos tenham vindo a depauperar o Estado de recursos técnicos absolutamente imprescindíveis. Conforme as áreas de atuação, optaram, posteriormente, por duas vias: subcontratar as tarefas a profissionais caríssimos e, muitas vezes, não preparados, ou pura e simplesmente permitir que o Estado deixasse de efetuar as tarefas a que está obrigado por lei.
Não posso esquecer o incêndio que deflagrou há cinco semanas em Escalos Fundeiros. Muito lamento as mortes de tantos inocentes e, para as suas famílias, vão neste momento os meus pensamentos. Este grave acidente deveria fazer a sociedade civil compreender as lacunas existentes na classe dirigente deste país e atuar com rapidez, pois cidadãos inocentes morreram porque o Estado não conseguiu garantir a sua segurança. O problema não residiu nos operacionais no terreno, mas na sua falta, na falta de instruções para que atuassem corretamente e ainda na falta de resposta inqualificável aos inúmeros apelos feitos por cidadãos em pânico.
(Fernando Teixeira Mendes no "i") 



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Férias - Caldas de Felgueiras

135, dois dias nas Caldas de Felgueiras. Os comboios, as refeições, os edifícios abandonados, a casa (quase) assombrada