sexta-feira, 27 de julho de 2012

Moi-reflexão a Manuel Ribeiro

Enfim...sós, como dizem os outros...
Manelão, agora que estás aí nos Jogos, aproveita para te manter em forma (atenção!, não é fôrma!), e correr todas as manhãs 30' (risos...).
Now seriously: houve aqui uns évenements que introduziram alguma entalpia na minha vida. Tempos que correm...Depois conto.
Vou para a Caparica com a Isa, onde estarei até meados de Agosto. Estas férias, por causa daqueles évenements, não há "soltura" (bem, na verdade, a última vez que tive soltura foi em Nacala...:)).
De maneira que tem de ficar para depois, final de Agosto.
Vê lá se encontras o Diogo. Ele anda por aí (nada de analogias!...), cheio de alegria, entusiasmo, yÔ!ga, música, juízo (muita melhor ku pai!!, Kilómetros-luz) e etc
.Abç amigo, Amigo!
Estou muito expirado. vou de férias :)
 

Moi-Reflexão-os JO

Ei-los; os Jogos olímpicos ; em Londres. E com o Diogo a assistir, e participar, ao vivo!
Antes de mais: Filhote, faxavóri de num levar cartazes a dizer: "estou aqui mãe"...;)
Agora a sério, espero que todo corra bem amanhã, e que seja (mais...) um momento de grande intensidade e felicidade para ti. Sei que o vai ser; tu mereces; isso e muito mais. Vive-o e goza-o.
Vai ser um momento único, provavelmente irrepetível (não te esqueças de pedir um autógrafo ao Phelps:)). De uma grande beleza, euforia, cor, movimento, etc.
E guarda a recordação, e umas fotos (tuas e não só) claro...para mais tarde recordar...
Eu, e a mãe claro, estaremos cá a ver, e à tua procura :)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Moi-Reflexão- A volta a França

Adoro ver, quando posso, a Volta à França. Nos últimos anos, e com a utilização dos helicópteros, fica-se a a conhecer a França. A voar, e com boa qualidade. É francamente bonito.
Não faço a mínima ideia da dificuldade em bicicletar durante 3 semanas. Imagino-o. Vejo-os a pedalarem, e adivinho os reveses.
E tem uma importância indesmentível no panorama do desporto internacional; e nacional, claro.
Veja-se a página da "A Bola"...
(está no canto inferior à esquerda...)

Moi-Reflexão-atleta grega

Voula Papachristou, Greece’s triple-jump champion, was barred from competing in the London Olympic Games by the Hellenic Olympic Committee after an offensive tweet on Monday.
She tweeted, “with so many Africans in Greece, at least the West Nile mosquitos will be eating food from their own home.”

Esta atleta vai ser impedida de participar nos Jogos Olímpicos de Londres, por ter escrito este comentário no seu tweet.

Ok, emitiu uma opinião no mundo livre, mas que não está de acordo com o stablishment! Mais ou menos como a caricatura dinamarquesa, sobre o ayatollah.
Mas então, e "os outros"??..."OS OUTROS, PORRA"!!??
Aqueles que nos trouxeram até aqui, que andam impunemente à solta?; que faliram, ou fizeram falir empresas?; que especulam até ao infinito!; que segregam o ser humano?; que não respeitam nada, nem ninguém?; que vivem e sobrevivem à custa dos outros?
Não percebo este mundo; aliás, percebo-o, bem demais, apesar de estar longe dele. Que injustiça!

Moi-Comércio Justo

"Preço Justo"; habituei-me a ir, periodicamente, a esta pequena loja ali para os lados da Damaia, perto do Bairro de Sta. Cruz, e por detrás de um clube de leitura conhecido. Antes de mais, porque me parecia, aliás continua a parecer, um processo sério na venda daqueles artigos, diferente da forma como a grande maioria  de todos os outros negócios são feitos; porque tinha e tem, cada vez menos - infelizmente -, artigos oriúndos de vários pontos do globo, produzidos, tanto quanto me foi explicado, em condições dignas, sem a vulgar e hedionda exploração de que são objecto, hoje em dia, a maior parte dos povos que alimentam, e mantêm "o nosso Ocidente"; porque, ao comprar, me sinto a ajudar, de alguma forma o processo; porque tem uma rapariga genuinamente empenhada e honesta na divulgação da causa; porque tem muita cor, e eu gosto porque me faz recuar à infância :); porque está sempre, inexplicavelmente (ou não!...), sem qualquer pessoa;  porque tem um logotipo bem pensado, bonito, bem composto, cuidado; enfim, porque aquele ambiente "cheira", ainda, a são, e não a todos aqueles com que nos confrontamos, nos invadem e desmotivam no dia-a-dia.
Tenho a nítida sensação, infelizmente, de que um destes dias, quando lá for numa daquelas voluntárias, obstinadas mas ingénuas (?) incursões, encontrarei a loja fechada. Tal como aconteceu com outras (Adão, Charlot, Oh Nunes, etc.) 
Tenho a consciência de que é a roda normal da vida. Uns perdem, outros ganham. Apenas me custa que em vez de serem "os maus" a perder, tal como nos filmes, continuem a ser os bons, a serem deitados borda fora.






quarta-feira, 25 de julho de 2012

Reflexão- Vasco Graça Moura 25jul2012

O cardeal e o dr. Zorrinho

Conta-se que certa vez, à chegada a Nova Iorque de uma alta figura do Vaticano, houve um jornalista que lhe perguntou se tencionava visitar os clubes nocturnos da cidade. Embaraçada, a eminência tartamudeou qualquer coisa como: " Há clubes nocturnos em Nova Iorque?". E, fatal como o destino, no dia seguinte, lá estava um periódico a pôr na primeira página que essa tinha sido a primeira pergunta do cardeal fulano ao descer do avião...
Sinto-me solidário com o cardeal. Numa entrevista recente, perguntaram-me qual seria a primeira medida, note-se a "primeira medida", que eu tomaria se fosse ministro ou secretário de Estado da Cultura. Respondi que provavelmente seria pedir a demissão. E esclareci que a razão seria a de não me apetecer desempenhar o cargo.
Houve gente que não percebeu a ironia da resposta e a notícia correu célere. Se eu fosse ministro da Cultura, pediria a demissão e pronto, estava tudo dito! O grau de analfabetismo e de precipitação demonstrado pelo estrépito desse citacional alvoroço mostra bem como, no espaço público, há criaturas que não são capazes de ler um texto e de lhe entender o sentido.
Mas isto nada é, comparado à interpretação das minhas palavras feita pelo formidável dr. Zorrinho, facundo ex-deputado socratista e actual deputado segurista. Do alto da sua autoridade exegética, este professor catedrático da Universidade de Évora, doutorado em Gestão, na especialidade de Gestão da Informação, mostrou-se bem menos capaz de gestão da informação do que propício a uma perversa congestão ou indigestão da mesma.
Com efeito, o dr. Zorrinho veio logo à liça dizer com o denodo habitual que eu pedia a demissão do primeiro-ministro. Algumas pessoas, quedando-se perplexas ante esse meu abominável comportamento, telefonaram-me a perguntar o que era aquilo. Eu não sabia e fui ver as notícias. Era verdade. Confirmando que "les portugais sont toujours gais", o dr. Zorrinho tinha proferido a esfuziante acusação.
Fiz então algumas desvairadas conjecturas, até que me pus a pensar cá com os meus botões que a mais plausível era a que passo a expor. Num dos acessos de delírio tremendista que têm vindo a acometer frequentemente os próceres do pensamento e do comportamento socialistas, este dr. pensou assim e, se bem o pensou, melhor o disse: o PM tem as funções de ministro da Cultura; VGM disse que se fosse ministro da Cultura apresentava a demissão; logo, VGM pede a demissão do PM. Fica-se deveras atordoado com o rigor implacável e adamantino do silogismo. Por mim, confesso que tardei a recompor-me.
É claro que já seria grave que o dr. Zorrinho se tivesse esquecido de ler a entrevista antes de se pôr a perorar assim, se não fosse típico dos responsáveis socialistas navegarem na rala espuma dos dias e na mera periferia das questões. Mas se acaso a leu, então as coisas tornam-se assaz caricatas, para um especialista em Gestão da Informação. Não se pode gerir o que não se percebe e o dr. Zorrinho não conseguiu decifrar o sentido daquela parte da minha resposta, para ele, pelos vistos, capciosa e notavelmente obscura, que dizia assim: "Não me apeteceria desempenhar o cargo. É tudo."
E também é muito pior, na medida em que o impagável dr. Zorrinho interpretou a minha falta de apetência pessoal pela pasta da Cultura como crí-tica ao PM, esse PM que, além de ser saudavelmente indiferente aos meus apetites ou desapetites ministeriais, eu elogiei na mesmíssima entrevista num sentido que envolvia o meu evidente apoio à sua continuidade em funções (esta observação é também gostosamente dirigida à célula de canalhas anónimos e filhos de pai incógnito que costumam pôr-se aos uivos com os meus artigos, aqui na caixa de comentários do DN, e a quem da próxima vez terei a justeza de chamar hienas fétidas).
Enfim, mesmo admitindo que o dr. Zorrinho tenha conseguido fazer sem favores o exame de Português da quarta classe, admiro-me de que se tenha alçapremado ao doutoramento e chegado à cátedra. E também me pergunto se é isto o que o PS, principal partido da oposição, tem para propor aos portugueses: distorção e má-fé, falta de senso e de inteligência, oportunismo e manipulação, asneira e mediocridade.

Repito que me sinto solidário com o pobre do cardeal. O que não lhe aconteceria se o dr. Zorrinho se pusesse a citá-lo no dia seguinte?

Moi-rótulos de vinhos

Diz o meu amigo, Manuel Vasques de Oliveira de sua graça, que quem se preocupa em fazer um rótulo cuidado e atraente para um vinho, deverá, necessariamente, atingir um bom resultado na tarefa de o produzir.
Aqui vão uns rótulos de que gostei, fosse pela simplicidade, pelo logo, pela composição cromática, ou pela originalidade; simplesmente.







Reflexão-Luis M. Seara Carvalho e Melo

25.08.2011
Meu caro

Estudioso como sou da matéria, faço-te chegar alguns generalismos universais que são sempre as grandes linhas de força de tudo o que nos rodeia.

1º Tanto quanto se consegue perceber, o Universo ( e não só o nosso devastado planetazinho ) é regulado por uma poderosíssima lei física da estabilidade atómica dos elementos ( há sempre uma tendência automática dos elementos seguirem uma linha que lhes permita atingir estabilidade, quando se tornam instáveis ). Daí, forças como a gravitacional ( muito mal conhecida ), campos electromagnéticos, leis quânticas, por aí fora. Tudo isso sempre com o denominador comum da máxima conservação de energia durante o processo.

2º A vida neste planeta ( entendida como forma complexa de organização da matéria ) forçosamente segue estas leis, da qual a da conservação de energia é bem traduzida no lema ' lei do menor esforço'.

3º Por isso é, e será sempre, tão fácil e recompensador corromper. A corrupção é uma componente fundamental destas leis da conservação de energia. Corrompe-se facilmente qualquer animal ( vê o caso dos enjaulados que fazem habilidades para o domador a troco dumas guloseimas, ou dos poderosos cães de guarda, que se 'esquecem' da sua função a troco dum naco suculento ). Os humanos, tão animais como os demais, estão sempre numa de 'deve e haver' quanto às vantagens de serem corrompidos, e a corrupção facilmente ganha.. Dá-me sempre muita vontade de rir quando veja a 'moralidade' ( invenção humana no nosso complexo ecossistema planetário ) a tentar compensar em argumentos o que uma das mais poderosas leis do universo nos está sempre a tentar impor...

4º As instituições humanas que 'vendem' moralidade ( religiosas, moralistas, igualitárias, enfim todos os cambiantes das incontáveis organizações políticas que os humanos estão sempre a criar ) são as que mais jogam este jogo ambíguo da corrupção. São sempre extremamente corrompíveis, mas vendem sempre o mesmo lema do 'façam o que eu digo, não façam o que eu faço'. Isto há milénios, desde que há registos. Os outros humanos, gostam e apoiam. Na parte do 'façam o que eu digo' todos os cérebros humanos gostam de alinhar por desígnios que consideram superiores! Na parte do ' não façam o que eu faço' todos esses mesmos cérebros, dentro do poder que dispõem, gostam de corromper esses desígnios em torno dos seus interesses. Os outros seres que nos rodeiam, também são assim, com a devida distância pelas suas capacidades 'intelectuais'.

5º E assim seguimos, desvairadamente, rumo a um outro lema sobejamente conhecido: 'Entre mortos e feridos, alguém se há de safar' - A poderosa lei da resiliência da vida neste planeta, segundo as leis da evolução por selecção natural (  também e cada vez mais artificial, com as brincadeiras que os humanos vão conseguindo através da genética ).  Já não deveremos estar cá para ver o que isto tudo irá dar, mas seguramente os nossos filhos e netos vão lidar com uma realidade ambiental totalmente diferente da nossa! Isto se sobreviverem, é claro... Mas sempre vergados às leis fundamentais da matéria!

Tenho dito!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Moi-reflexão-Aquele fim de tarde no supermercado...


Aquele fim de tarde no Supermercado

A primeira vez que a vi, confesso que de imediato me chamou a atenção. Apesar de uma ou outra ruga matreira, uma tez um pouco pálida, demais para o meu gosto, rapidamente o seu look me tocou  no fundo.
Era um fim de tarde numa grande superfície, quando todos e todas, regressando da labuta diária, e no meio da habitual e rotineira confusão organizada, fazem as compras para o jantar.

Passei por ela uma primeira vez, sem que fosse notória uma primeira aproximação, um primeiro chamamento.

 As pessoas movimentavam-se naquela cadéncia que não permite o contacto visual imediato, e que as faz parecerem robots com tarefas predestinadas. E naquele fim de tarde, confesso que era significativo o número de beldades em circulação.

Foi num segundo momento; o nosso olhar entrecruzou-se; desviei-o de imediato naquele instinto que sempre tive, e com o qual pretendia demonstrar não ser um comum macho, daqueles que sempre ficam perplexa e aparvalhadamente a olhar o sexo oposto, ao mesmo tempo que, inadvertida e descontroladamente se babam.
Mas não me contive, e de imediato tornei a olhar. Lá estava ela; e aquele olhar; e aquelas formas, sim!, aquelas formas!!

Mantivemos o olhar por momentos, sem o desviar, mas denunciando serem dois olhares inocentes, genuínos, de pura atracção recíproca. E assim continuámos.

Estendi então a mão devagar, não sem algum receio. Não era assim, naquele local, daquela maneira, que me podia dar a avanços desta índole.
No entanto, ela não se opôs; nenhum movimento.
Arrisquei um pouco mais, e toquei-lhe; quão macia era a sua pele. Pareceu-me sorrir ao de leve para mim; retribui-lhe. A minha mão avançou mais um pouco. Levemente, fiz menção de lhe pegar, e puxar. Senti, naquele momento, e através daquele toque, que a tinha de alguma forma conquistado.

A minha mão enrolou-se-lhe em torno daquele redondo matreiro.  Rimo-nos com o momento; aliás, rimo-nos com tudo,  e de tudo, porque tudo descontrolado estava.

Tudo se precipitava. Puxei-a levemente, de mansinho; acedeu; seguiu-me. Metemo-nos no carro. Arranquei; foi um ápice até casa. Abri a porta, peguei-lhe, e empurrei-a. Não nos contivémos, e por isso ficámo-nos ali logo, pela cozinha.
Peguei-lhe com as duas mãos. Senti-lhe uma vez mais o peso, atirei-a para cima da bancada, e mirei-a uma vez mais. Confirmei.
Saquei da faca e cortei-a.

 Que meloa!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Velvals-17jul2012

Luis Costa, António Pires e Daniel Machado




João Valsassina, António Sobral e Jorge Infante
João Pires e Jorge Orestes

Manuel Oliveira e José Eduardo

                      José Azevedo






Susana Protázio e Joaquim Bernardo




Rui Cardal e Manuel Piedade
Luis Miranda e Alfredo Duarte

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Moi-livros


Prendas do Filipe e do Diogo, do passeio deles a Inglaterra (a São foi em vez de mim, já que desmarquei quando estava em Nacala) à Cornualha

Moi-futebol e cultura

Os jornais desportivos, aliás, e mais propriamente, os jornais que vendem futebol às pazadas, adormecem - diariamente !- os seus leais seguidores (...), com notícias de pré-aquisições, ante-aquisições, quase-aquisições, etc. Veja-se esta em anexo: em 12 julho, o Rojo parecia estar com um pé no Sporting. Hoje 18 de julho, seis dias depois, está (parece...) a caminho do Sporting.
Como é que se há-de dar a volta a isto?
A esta incultura desportiva, social, emocional, enfim, tudo.
Já se inventaram cursos superiores para os da Comunicação Social (...). Os da privada fazem o que fazem (veja-se os casos - conhecidos!... -, do Sócrates e do Relvas). O ensino superior vem diminuindo. Os cursos de engenharia no Técnico, eram de 6 anos no tempo do Alvaro Mendes.
Com a banalização e arremedo da cultura, e com a relação desproporcionalizada que existe na aquisição de conhecimentos e o tempo em que se aprende, qualquer dia já nem com cursos superiores lá vão. Pelo caminho que isto está a tomar...


Moi-almoços

 Almoços-pequenas tertulias
Com Pedro Rocha e José Luis (no Riviera, em 11jul), e com o Pedro Gameiro (em Algés, em 16jul)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Moi-Filmes Cold Mountain



Sobre o amor e sobre a guerra civil Americana.
E também sobre todo um conjunto de valores que vai, no nosso tempo, pacata e crescentemente desaparecendo:a palavra, o compromisso, a lealdade, a misericórdia, tudo conceitos em extinção...

Moi-Reflexão-Alberto João Jardim

 
 
Gosto de saber que (ainda) há pessoas que, nestes tempos difíceis que correm, conseguem glosar o  poder. Mesmo que seja próximo do deles.
Por vezes, o AJJardim tem razão, e afronta de uma maneira que é necessária.

Mas o que mais me preocupa, para além do estado da nossa sociedade, é o facto de nos limitarmos a rir de nós próprios, e não fazermos o que quer que seja para melhorar ou fazer contra-vapor.  Caímos na trivialidade de nos rirmos constantemente connosco, sem tirarmos qualquer ilacção, nem corrigirmos a trajectória. Estamos a ficar, como que anestesiados.
Somos como aqueles maluquinhos que passam o tempo a rir de tudo, de todos e, claro, deles próprios.
Até quando?

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Diogo- Adelaide's road-Camden

Tiradas pelo Diogo há momentos em Camden Town, Adelaide's road



Reflexão-JPachecoPereira no Público

...Sócrates é o grande responsável por ter conduzido o país à bancarrota, e Passos Coelho pode vir a ser o grande responsável de, no afã de querer prosseguir um programa próprio de "revolução", deixar o país pior do que o que estava...

... É que é este o país e não outro virtual. É nos cafés do Minho, nas fabriquetas de Leiria, nas pedreiras ilegais, nas plantações subsidiadas, no electricista de bairro, na empresa de construção civil familiar que contrata os vizinhos e actua num raio de dez quilómetros da casa do "patrão", na loja de informática com refugo, no restaurante à beira da estrada, no camionista que faz uns biscates, na horta de alfaces de Loures, que está o país real e não nos artigos do Financial Times, na melhor das hipóteses. Há muito mais "empreendorismo" por metro quadrado nestas actividades económicas que se pretende "ajustar", ou seja extinguir, que em toda a Universidade de Lisboa. E depois há as PPPs, a oligarquia de cima, das velhas famílias do poder, e os seus criados, a oligarquia do meio, nos partidos políticos, e um mar de corrupção, patrocinato e clientelismo, que também não é alheio ao que o país é. Quase todos os efeitos perversos se devem à ignorância da realidade nacional, mas não só



...E depois há um "não só" que se agiganta todos os dias e seria bom que o Governo se apercebesse de que aí é que está a "tempestade perfeita": a questão da igualdade e justiça dos sacrifícios. E aqui o Governo tem mostrado ser submisso aos poderosos, à EDP, aos interesses dos bancos, aos donos das PPP, à elite de poder que circula entre a política as grandes sociedades de advogados, as consultoras, as administrações, etc. É verdade que mesmo esses já perderam alguma coisa, mas foram apenas beliscados, tocados ao de leve, se compararmos com o desastre absoluto que é estar desempregado aos 40 anos, sem qualquer esperança de voltar a ter emprego, com a derrocada da economia familiar, da casa, do carro quando havia, dos estudos dos filhos, de uma vida que era decente e que agora é indecente...

Moi-(Relvas) Para mais tarde recordar

Miguel Relvas está de consciência tranquila porque cumpriu a lei ao tirar licenciatura- Economia - Jornal de negócios online

O ministro-adjunto garante que norteia a vida "pela simplicidade da procura de conhecimento permanente". Respondeu que estava de "consciência tranquila" em relação à licenciatura que tirou na Universidade Lusófona. Mas abandonou a conversa com os jornalistas quando questionado se tinha condições para se manter no cargo.
Miguel Relvas está de “consciência tranquila”. O caso da licenciatura que tirou em um ano na Universidade Lusófona, ao abrigo das equivalências permitidas com o acordo de Bolonha, não o preocupa porque, segundo o próprio, cumpriu a lei.
Numa declaração de breves momentos aos jornalistas, após a inauguração do Museu Nacional do Desporto, em Lisboa, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares admitiu que recebeu a decisão que foi tomada ao abrigo de uma “regra europeia”.

Ao abrigo da lei que estava, e está, em vigor, apresentei uma candidatura e cumpri todas aquelas que eram as regras que estavam estabelecidas”, citou, também, a agência Lusa.

"Norteio a minha vida pela simplicidade de procura de conhecimento permanente", respondeu o membro do Governo liderado por
Pedro Passos Coelho, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. Em 2006, Relvas tirou a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Lusófona, cujo plano de estudos normal se estende por três anos, em apenas um ano, devido ao currículo que apresentou. O político falou, igualmente, de vários portugueses que seguiram os mesmos procedimentos para tirar a sua licenciatura.

Contudo,
Miguel Relvas deixou de falar aos jornalistas, abandonou a conferência de imprensa e não quis responder à pergunta que lhe foi feita sobre se considera ter condições para permanecer no cargo, num momento em que, depois do caso do envolvimento no caso das Secretas, das alegadas pressões sobre o jornal “Público”, está a ser questionada a forma como obteve a licenciatura.

Professor que deu equivalências vai dirigir cargo criado há dois dias

A licenciatura do ministro tem estado sob escrutínio dos media, com várias dúvidas levantadas relativamente ao processo, que foram primeiro colocadas, há mais de um mês, pelo jornal “O Crime”.

Das 36 cadeiras que constituem o plano de estudos do curso na Lusófona, Miguel Relvas conseguiu, através do currículo empresarial e político, 32 equivalências. Ou seja, o político apenas teve de ser avaliado em quatro cadeiras.
A questão, neste momento, é que as equivalências foram decididas por apenas uma pessoa: Fernando Santos Neves, que, em 2006, era docente e director de Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais da Lusófona de Lisboa – cargos que acumulava com o de reitor da instituição.
Foi, segundo a consulta que o jornal “Público” fez ao processo do aluno Miguel Relvas, Santos Neves quem, juntamente com um outro professor, assinou o parecer que está na origem da atribuição das equivalências. Foi apenas Santos Neves quem, um mês depois, assinou o despacho que definia, em concreto, as cadeiras em que eram atribuídas as equivalências a Relvas.
Santos Neves, que era até aqui reitor da Universidade Lusófona do Porto, demitiu-se do cargo, segundo avançou hoje a revista “Sábado”. Ao final da tarde, a Lusa avançou que o professor tinha sido substituído na reitoria para dirigir o Conselho Superior Académico do Grupo Lusófona, um órgão criado na terça-feira.

Segundo as regras da universidade, o processo de equivalências teria de ser aprovado pelo conselho científico do curso. Neste caso, também, há dúvidas. Mais de metade dos nomes divulgados pela Lusófona como fazendo parte do Conselho Científico que deu o aval às equivalências para a licenciatura do ministro Miguel Relvas nunca participou em qualquer reunião para analisar o caso, diz a agência Lusa.

A acrescentar ainda está a notícia de hoje da revista "Sábado", que indica que o administrador do Grupo Lusófona, Manuel Damásio, tem ligações ao grupo maçónico a que Relvas percente (Grande Oriente Lusitano). A mesma revista indica, igualmente, que Relvas nomeou o filho de Manuel Damásio, Manuel José Damásio, para o grupo de trabalho que avaliou o serviço público da RTP.


Comentário- Tudo dentro da lei, portanto...:)

Moi-12.jul.2012

Dia "preenchido", entre uma conversa com AMMatos sobre a redução do meu salário para metade, um mini encontro com o João Seixas do CERN/IST, e uma ida à Culturgest com a Isa, ver "Murmure des Murs".



 


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Reflexão-JPachecoPereira


MORTE CEREBRAL

JPPereira 30.06.2012



Na altura em que escrevo este artigo, os portugueses estão em pleno síndroma de abstinência, ou seja, socorrendo-me da Wikipédia, manifesta-se o "conjunto de modificações orgânicas que se dão em razão da suspensão brusca do consumo de droga geradora de dependência física e psíquica", que se "caracteriza em geral por alucinações e crises convulsivas".

Entre as drogas que geram síndroma de abstinência conta-se o álcool, a heroína, o ópio, a morfina, etc. Eu acrescento o futebol. Não os jogos nos campos, onde vinte e duas pessoas disputam uma bola que querem meter numa baliza adversária, porque esse é o menor dos aspectos. Aconteceu quatro ou cinco vezes, no último mês, ocupando a quem os vê a todos mais ou menos entre dez e quinze horas distribuídas por um mês. Essas horas podem ser intensas, dramáticas ou cómicas, interessantes ou um tédio, mas não são suficientes para serem tão brutalmente opressivas como as muitas centenas de horas concentradas nesse mesmo mês, em que por todo o lado, na televisão em primeiro lugar, na rádio, nos jornais, nas conversas de café e salão, nos cartazes de rua, nos ajuntamentos inebriantes e inebriados, se gerou uma forma de histeria colectiva, tão euforizante como o ecstasy.

Eu já não me surpreendo com quase nada, mas seria motivo para surpresa, ver que dizer isto - de tão evidente que se trata de um excesso - provoca uma reacção de fúria contra os "intelectuais antifutebol", que atinge o seu paroxismo nos "intelectuais pró-futebol", cada vez mais e mais agressivos em defender o seu menino de ouro. Claro que os "intelectuais antifutebol" se contam pelos dedos de uma mão só, são fios de voz na gritaria colectiva, capitaneados por mim, que, como se sabe, esmago o país todas as vezes que abro a boca ou escrevo uma linha, provocando uma irritação sublime, próxima da acusação de traição à pátria, e a vontade de me expulsar para qualquer Ilha do Diabo.

Como de costume também, são aprendizes de intelectuais os que mais gritam contra os traidores, que não "sentem como os verdadeiros portugueses", e nos blogues, a forma dominante actual do pensamento débil, isso é muito comum. O que vale a pena dizer é que se "assumam", pintem a cara, vão lá urrar diante de um ecrã gigante, e beber umas cervejas, porque estão mais dentro do seu papel. Com aquele masoquismo que caracteriza os verdadeiros intelectuais, ei-los a defenderem que é normal passar-se um mês sem outro "público" no "espaço público" que não sejam adolescentes aos molhos a saltar e umas senhoras do género das que vão para as portas dos tribunais a exigir a pena de morte para um qualquer putativo criminoso, a gritar pelo Ronaldo. E normal é milhares de comentadores a explicarem os feitos do treinador, cujos defeitos enunciavam há um mês, da equipa "esforçada" que nunca desiste, e que há um mês descreviam como um grupo de mediocridades dirigidas por estrelas que se estavam a "marimbar" para a equipa pátria e que só se preocupavam pelo Real Madrid. Também aqui o poder tem muita força e o homem ganhou e os outros jogaram bem, logo os elogios passaram a norma com tanta veemência como as críticas do passado. Pelos mesmos.

Claro que tudo isto é muito interessante para um antropólogo, ou um sociólogo, ou um psicólogo de massas, ou mesmo um observador de Sirius qualquer que cá venha, e que podem acrescentar mais uns exemplos a um catálogo que inclui ingleses, brasileiros, argentinos e gente que mata pelo futebol, entra em guerra pelo futebol, bate na mulher e nos filhos por causa do futebol, mas está tudo bem. Não somos só nós, escreve-se, não somos os piores, escreve-se, o que é verdade, mas a mim cuidam-me mais os nossos e não os deles.

Os argumentos intelectuais são mais do que conhecidos, a começar pela glorificação do excesso como comportamento genuíno e verdadeiro, num mundo em que prevalece a hipocrisia e o disfarce, as conveniências e as obediências. A histeria colectiva aparece assim como uma necessidade catártica, que de vez em quando permite uma libertação de um quotidiano infeliz. Está bem, mas é pouco, é poucochinho.

Outra linha de escrita dos intelectuais pró-futebol é a linguagem orgástica, para defender que o futebol é uma espécie de orgasmo colectivo democrático e popular, bom para os sentidos, mesmo que bruto e fugaz. É matéria romanesca, já está escrita e descrita, mas é pouco, é poucochinho. O povo como criança grande ou adolescente petrificado, sonhador e generoso, capaz de todos os sacrifícios, e que precisa de exercitar a alma de vez em quando, também não é novidade. Mas esta glorificação intelectualizada do escapismo tem muitos adeptos.

Em Junho, a pátria podia ter batido a Alemanha de Merkel - não bateu -, e depois regressar triste e arrebanhada às repartições, às filas de trânsito, à transumância algarvia dos que ainda podem ir, e a outras formas de cinzentismo de que os intelectuais não gostam porque não são o Kafka. Também sabemos isso. Eu não sei é se estes intelectuais pró-bola percebem o desprezo que têm pelo "povo", cujas exibições de grunhice eles apresentam como genuínas manifestações do ser português, pelo menos no futebol onde somos "grandes", enquanto somos pequenos em tudo o resto. Não, eu gosto demasiado do meu povo para achar que "este" é o meu povo, ou que este é o seu estado mais "natural" e genuíno.

Mas este é apenas o intróito porque o meu ponto é outro: é de que estamos perante uma construção que tem muito de artificialismo, que é gerada essencialmente por uma droga sintética, na qual se movimentam muitos interesses, dos media em crise, desesperados por audiências e publicidade, por equipas de Mad Men à portuguesa, e pelas empresas de cervejas que procuram um público cada vez mais novo, que beba até ao estado de estupor, mesmo que depois falem gravemente dos malefícios do álcool.

Significa isso que o perverso capitalismo é que gera a histeria futebolística para ganhar uns milhões de euros? Seria simples se fosse assim, embora também o seja. Há outras coisas que também aumentam este efeito, que funciona em círculo vicioso. As raízes estão cá fora, mas o adubo, os esteróides, a estufa, tudo o resto está lá dentro, dos media em particular. Até os pesticidas contra as ervas daninhas.

O problema é que este é um fenómeno que se está a agravar de ano para ano. Eu podia ter pegado num artigo antigo e reproduzi-lo outra vez, porque o que se passa não é novo. Mas o que é novo é que cresce cada vez mais, com uma dimensão abafante sobre tudo o resto, numa suspensão colectiva do espaço público a favor do futebol. Os intelectuais pró-bola alimentam consciente ou inconscientemente o dualismo poder-oposição, transportando-o para o terreno do futebol "nacional", ou seja da selecção de "todos nós", criticando o dissenso e valorizando o "consenso", e acham que a chamada de atenção para o monotematismo obsessivo destes dias se destina a "preferir" que as pessoas falassem da austeridade, ou das medidas governamentais, ou da Europa.

Também, mas longe de ser só isso. Também, porque neste mês de rasoira futebolística os portugueses que trabalham perderam um número significativo de direitos sociais, viram as leis laborais ser invertidas a favor do patronato, e assistiram a uma crise europeia em que caminhamos para a submissão completa, em que Portugal passa a uma colónia de papel passado. É normal que eu considere bizarro tanto patriotismo de pacotilha induzido pela histeria mediática ocupar o lugar de um sobressalto inexistente com a proposta para que passemos, sem disfarces, a colónia. Quais oitocentos anos de história, qual glória nos relvados, qual quê! Tretas. Eu, pelo menos, ainda estranho, nem ainda se me entranhou.

E por isso continuarei a considerar anormal, excessivo e socialmente anómalo que se queira ter um país desenvolvido, e ter a RTP1, a SIC, a TVI, a RTP Informação, a SICN, a TVI24 e muitos mais canais a passarem todos ao mesmo tempo e durante o dia todo apenas futebol, entrevistas a populares sobre futebol, comentários sobre futebol, entradas e saídas de camionetes da equipa, adeptos polacos ou ucranianos (da equipa portuguesa, claro), pequenos-almoços ou balneários, fans e magotes, tudo ao mesmo, numa linguagem rasteira, imediatista, com logomaquias de horas sobre nada e coisa nenhuma, seguidas de momentos de histeria ou depressão colectiva televisionada em directo.

Tudo isto está bem longe de ser gostar de futebol, "vibrar" pela equipa, ver os jogos, entusiasmar-se ou desgostar-se. Está muito para além disso. Isto é lavagem ao cérebro, e está cada vez pior.



(Versão do Público de 30 de Junho de 2012.)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Moi-Reflexão-Desporto-Sorteios

Não haverá outra forma de fazer isto? Ou será que, pelo facto de os outros o fazerem, nós imitamo-los? Eu gosto de ver uma ou outra beldade, mas o simples espectáculo da exibição do género, faz-me ter pena: delas, por ou não terem alternativa ou por se gostarem de exibir;de quem as contrata, por entenderem que têm de estar na "vanguarda", ou por não terem algo mais imaginativo; e de nós que temos de ter - sempre! -, estes tiques "neanderthalescos".




segunda-feira, 9 de julho de 2012

Moi-Tempos difíceis

As histórias do Vaticano, num cartoon cheio de oportunidade,e não só... :) O aproveitamento do fundo com a transmissão do "testemunho"