segunda-feira, 24 de março de 2014

Reflexão-A Gonçalves (JJesus)

Currículo ou cadastro?
Sempre fui adepto do Benfica, quer quando dava importância à bola quer quando deixei de a dar. O idílio tremeu durante Vale e Azevedo e terminou no consulado de Jorge Jesus, espécime que, com todo o respeito, considero um senhor: um senhor analfabeto, malcriado e embaraçoso para qualquer instituição, inclusive futebolística, que se preze. Não é apenas o pormenor de o homem falar um dialecto imperceptível, o que aliás torna irrelevante que o plantel do Benfica seja formado quase exclusivamente por estrangeiros.
O pior é que o homem insulta colegas, ri-se de árbitros desmaiados, agride polícias e, agora em Londres, ensaiou uma sessão de pancadaria com todo o "banco" da própria equipa. O homem, em suma, é uma vergonha que currículo algum redime. Para cúmulo, o currículo do sr. Jesus roça o miserável, já que talvez seja, na história do clube, o treinador que precisou de mais tempo para ganhar menos títulos.
O assunto não me toca em demasia, mas acho um bocadinho triste que uma organização outrora representada por gente digna como Eusébio, Coluna, Simões, Humberto e Nené (ou Otto Glória, Mário Wilson, Jimmy Hagan e Sven-Goran Eriksson) tenha derrapado até isto. Mesmo Luís Piçarra só continua a cantar o "Ser Benfiquista" porque já morreu.
Alberto Gonçalves no DN 23.03.3012

Séries-Six Feet under s04


quinta-feira, 20 de março de 2014

Sociedade-Christopher Hitchens

O jornalista e filósofo Christopher Hitchens, na tertúlia britânica "The Amazing Meeting", criticando os media pelo seu silêncio, a propósito da publicação, há anos, de uma caricatura de um iman, num jornal dinamarquês.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Sociedade (Beach Creatures)

(enviado por Filipe Gradil)

Reflexão-Manuel Serrão no JN

Sou a favor do contra

Lembro-me que ainda há bem pouco tempo defendi aqui no nosso JN que os dois partidos que integram a coligação governamental deviam fundir-se. Outra coisa bem diferente é pensar que entre o maior partido do Governo, o PSD, e o maior partido da Oposição, o PS, se devam registar as maiores convergências, mesmo que sem nenhuma fusão partidária. Sou claramente a favor do contra neste particular.
Na passada segunda-feira Passos Coelho e António José Seguro, a pedido do primeiro, estiveram três horas reunidos na suposta busca de uma coincidência de pontos de vista sobre os cenários que se podem desenhar para o período imediato à saída da troika do nosso país.
Admito que algumas almas ingénuas tenham alimentado a ideia de que deste encontro haveria de sair fumo branco. Qualquer químico de meia-tigela sabe que a mistura de laranja com vermelho nunca produz um resultado branco. No máximo, de uma mistura destas somos capazes de conseguir uma tonalidade laranja mais avermelhada, ou um vermelho mais alaranjado. Claro que outras almas menos ingénuas estavam à espera que este encontro pudesse reavivar os tempos do Bloco Central. Refiro-me ao Bloco Central formal que existiu no tempo de Mário Soares e Mota Pinto, mas é preciso não esquecer esses tempos do "Bloco Central" informal, que floresceram nos anos que se seguiram, primeiro a coberto do cavaquismo e mais tarde à sombra do guterrismo. Datam destes formatos e destes tempos alguns dos maiores atentados à democracia política, social e económica no Portugal pós-25 de Abril de 74. O Bloco Central destes partidos proporcionou, ou até incentivou, o bloco central dos interesses económicos e financeiros, que estiveram na base da possibilidade legal de existência de negócios e negociatas de milhões, que acabariam a maior parte das vezes como acabou o BPN. Ou o BPP.
Quando nós hoje pensamos nas centenas de milhões de euros de prejuízos que as estórias do BPN causaram e continuam a causar ao Estado português e a todos os portugueses contribuintes, não podemos deixar de nos recordar que foi esse ambiente de conluio entre alguns dirigentes dos dois maiores partidos que permitiu tais desmandos. Claro que é sempre bom dizer que não há nenhum culpado antes das sentenças transitarem em julgado, mas para o cidadão comum já não há prescrições que façam mudar a perceção de que os nomes envolvidos nestes escândalos têm realmente culpas no cartório. Nem sequer vale a pena repetir os nomes destas sinistras personagens, porque todos sabemos que são homens que fazendo carreira individual no PSD ou no PS souberam atirar para trás das costas as suas aparentes divergências políticas, para se unirem, de mãos dadas e corações ao alto, naquelas que já são justamente consideradas as maiores vigarices do século.
Éessencialmente por causa desta memória que rejubilo com a notícia de que Passos Coelho e António José Seguro não foram capazes de se entender. É evidente que um consenso alargado sobre as questões mais cruciais e fundamentais para Portugal é positivo. Mas isso é o que já existe, sobretudo no caso vertente, desde a assinatura conjunta do memorando que possibilitou a entrada da troika no nosso país. A partir daqui qualquer outro documento assinado em comum, mormente para um período em que a troika já de cá saiu, cheira a tentativa de divisão de interesses e tresanda a criação de condições férteis para novas negociatas e novos conluios.

terça-feira, 18 de março de 2014

Reflexão-Luís Melo Seara Carvalho

Meu bom velho amigo, que julgava já nas areias do deserto, mas que afinal ainda pontifica no deprimente jardim plantado à beira dum mar qualquer!

Desde que a humanidade ( vulgo sociedades organizadas pela auto designada espécie ‘homo sapiens sapiens’ ) começou a aplicar soluções para colectivamente controlar as suas turbas, que sempre as impôs com a maior das determinações…

Os romanos não marcavam os seus escravos, como nós ( nesta época de elevados padrões morais ) ainda fazemos a outras espécies vivas que continuamos a escravizar para nosso interesse e consumo, sem grandes problemas morais? E depois dos romanos ( que não eram cristãos ), as fervorosas sociedades esclavagistas cristãs, abençoadas pelos seus piedosos desígnios humanitários, não continuaram a ferrar os seus escravos? E a classe média da época ( os servos, os tais que tinham direito a frequentar as igrejas ) também não era estigmatizada à chicotada e não podia sair dos domínios do seu senhor, sem a sua autorização, no qual incorria em pena de morte se transgredisse? Nestas épocas, as tecnologias existentes ainda residiam no sector primário ( grilhões, ferros incandescentes e machados de gume cortante, entre muitas outras alfaias ).

Depois, a tecnologia foi lentamente avançando para a indústria do papel impresso, e os cartões de identidade e os passaportes foram substituindo gradualmente os grilhões. Mas, um BI ou um passaporte é fundamental à nossa sobrevivência? Tenta existir sem eles, em qualquer sociedade do séc XIX ao XXI e diz-me se consegues sobreviver? Curiosamente, na Namíbia ainda encontrei uns povos que estão desligados disso e que continuam a sobreviver como o faziam há 2000 anos, mas esses são já curiosidades arqueológicas e aquilo são extensos desertos, onde a ‘sociedade’ tem dificuldade em impor-se… Vê como os ciganos são aqui marginalizados, só porque também têm uma cultura extra-nacional, e como são estigmatizados e submetidos à força…

Logo, seja com RFIDs, que estão presentes no nosso quotidiano desde há 30 anos ( seja nos nossos carros, seja nas nossas roupas e cartões ), seja com a implantação de bio-chips baseados nas nano-tecnologias, podes estar seguro que ainda nas nossas existências o fenómeno do trans-humanismo vai-se impor, quer queiras quer não, porque há tecnologia para isso e porque essa tecnologia dá vantagens inigualáveis ao poder reinante na sociedade. Ter um registo em tempo real do que cada um faz ( medindo coisas tão importantes como o tempo que passas a dormir, ou na pia, ou em cima da tua mulher, seja com a legítima, ou, muito mais interessante, com a menos legítima… ) vão ser possíveis e vão ser medidos e registados num cadastro qualquer que democraticamente vai ser imposto, com o democrático desígnio de aumentar a tua segurança contra todas as Al Qaidas deste planeta…


(Reflexão a propósito de um artigo enviado pelo Carlos Heitor, e que alertava para o implante de chips em crianças nos USA)

Remodelação da Empresa C

Para que conste neste "diário" - o facto, e a estranheza pelo mesmo -, deixo aqui o registo da remodelação da Comissão Executiva da Empresa, com a saída inopinada de AMM, e a entrada da AM.

 

 

Desporto-18.03.1964 (Sporting)

Reconheço, e lembro-me, do Carvalho, do Alexandre Baptista, do Pedro Gomes, do José Carlos. Dos outros apenas dos nomes (Figueiredo, Osvaldo Silva, Mascarenhas, Géo, Morais, Pérides, Fernando Mendes)

terça-feira, 11 de março de 2014

Sociedade-animação

Não é ser pessimista, é ser realista, é olhar à volta e fazer a contabilidade. (link enviado pelo Diogo)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Séries (Six Feet under 03)


Livros lidos

 

Because the truth is, there's no such thing as conventional or alternative or complementary or integrative or holistic medicine. There's only medicine that works and medicine that doesn't. As consumers, we have certain responsibilities. If we're going to make decisions about our health, we need to make sure we're not influenced by the wrong things- specifically, that we don't give alternative medicine a free pass because we're fed up with conventional medicine; or buy products because we're seduced by marketing terms such as natural, organic, and antioxidant; or give undeserved credence to celebrities; or make hasty, uneducated decisions because we're desperate to do something, anything, to save ourselves and our children; or fall prey to healers whose charisma obscures the fact that their therapies are bogus. And where scientific studies don't exist, we should insist that they be performed.

(Killing us softly)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Engenharia-construção de uma ponte


(Enviado por Filipe Gradil)

Reflexão-JPPereira no Abrupto

O NAVIO FANTASMA: QUEM É QUE DISSE QUE NÃO VALIA A PENA PROTESTAR?

Comunicado do Conselho de Ministros de hoje:

"O Conselho de Ministros aprovou um diploma que reforça os montantes da comparticipação anual da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) na aquisição de fardamento, respetivamente, pelos militares da GNR e pelo pessoal policial da PSP."

(Os erros de ortografia são do Governo.)

Manifestação das forças policiais prevista para amanhã.

Fracos com os fortes, fortes com os fracos.

Férias-Baleal8Mar2014)


 Mosteiro da Batalha (3), perspectivas exterior e interior (livraria!!) de Òbidos (2), estação ferroviária de Óbidos (2), paisagens do Baleal (2), painel do empreendimento "Bom Sucesso"









vetvals 09.07.2013

(dois excertos de filme feito pelo Jorge Infante)


 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Reflexão-Ferreira Fernandes

 

Isto vai acabar mal

Os jornais desportivos eram trissemanais - quintas-feiras europeias, sábado adiantando o campeonato, segunda contando-o - e tinham encontrado o seu equilíbrio. A meados dos anos 1990, passaram a diário e empanturraram-nos. Por muito se escrever, nada passou a dizer-se. Então no verão sem campeonato, o esplendor do deserto: capas ("Injovic certo em Alvalade!") dedicadas à contratação de desconhecidos que não serão contratados e continuarão desconhecidos. Quem leu, nos bons velhos tempos, as pérolas de Carlos Pinhão, n" A Bola, contando com estilo e tempo, uma criada num hotel de Marselha, encontrada no azar de uma digressão do Benfica, sabe o que perdeu. Agora que os jornais online estão a passar à possibilidade técnica de narrar ao segundo, a caça a tudo estendeu-se a todo o jornalismo e este, aturdido, passou a barata tonta. Ontem, a edição em espanhol do Huffington Post editou um vídeo de 22 segundos com o Rei Juan Carlos e o ministro de Economia espanhol Luis de Guindos à espera da patroa do FMI. De pé e braços nas costas, suas senhorias falam. O Rei: "Esta noite são os Óscares e está a chover a potes." O ministro: "Faz-lhes falta que chova." Silêncio. O ministro: "Tenho uma cunhada que mora em Los Angeles." Silêncio. O ministro: "É mulher de um irmão." O Rei pondera gravemente o que ouviu. Acabaram os 22 segundos. Não, não temo só pelo jornalismo. As instituições não aguentam que o povo saiba as alturas por onde pairam.

Ferreira Fernandes no DN 05.03.2014