terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sociedade - Angola (programa de rádio retirado)

Sociedade - Angola (In Abrupto)

MEDO. MEDINHO
No meio do exercício de absoluta banalidade,- o poder gosta da banalidade, - em que tudo foi mau, as declarações irrelevantes, a música mal ensaiada, o tipicismo de uma cozinheira angolana destinado a dar cor local, num hotel de luxo que seria um melhor retrato da realidade angolana, e de umas conversetas sobre “cultura” ao nível daquelas galerias de arte que vendem reproduções de um menino a chorar, lá houve uma pergunta mais que estudada, mais que prudente, mais que temerosa, sobre a corrupção, quase como se se pedisse desculpa de a fazer. Que a pergunta era um proforma, provavelmente negociado com o ministro (ele próprio envolvido em vários casos de corrupção), está na forma artificial como tudo se desenvolveu, como se tudo fosse apenas um problema de “percepção” de estrangeiros que não conhecem Angola. Sim, havia de facto alguma corrupção, mas isso devia-se à burocracia. Sim, havia de facto alguma corrupção, mas isso devia-se à juventude do país e à guerra. Sim, era um “problema doméstico”, mas já há umas leis excelentes e duras que permitem combatê-la. Na sala estavam vários exemplos de gente que ganha umas centenas de dólares de salário formal e detêm fortunas de milhões. Isto num país em que a maioria da população vive na miséria e em que não há verdadeira indústria, apenas rendimentos de petróleo ou diamantes, controlados na sua distribuição pelo MPLA e pelo Presidente da República e a sua entourage.

Jornalismo? Deixem-me rir.
 
COISAS DA SÁBADO: PARA QUE SERVE A “INFORMAÇÃO” DA RTP?
 
Um bom exemplo da razão pela qual o governo pretende ficar com um canal informativo na RTP, a mais escusada das razões porque a SICN e TVI24 cumprem essa função, é porque o poder politico quer controlar a propaganda dos seus actos. O último Prós e Contras, realizado em Luanda, é um bom exemplo de como nada mudou desde as sessões de propaganda típicas de José Sócrates. Agora são com Miguel Relvas, antes eram com Sócrates, antes eram os aviõezinhos a levantar da OTA em videogame e agora é uma sessão que podia bem ter sido feita antes do 25 de Abril. Até o toque do folclore exótico a despropósito com umas pretas de tronco nu vestidas com os ademanes tribais, podiam bem passar num documentário do SNI.

De facto, o que leva a RTP em aperto financeiro a enviar uma equipa à cidade mais cara do mundo, gastar tempo de satélite, deslocar pessoas e bens para acabar por fazer um pífio exercício de propaganda centrado nos estereótipos sobre a relação entre Portugal e Angola, bem longe de qualquer realidade? O que leva a tão deprimente e caro exercício de banalidade absoluta, a não ser dar tempo de antena a um ministro, por singular coincidência o mesmo que tutela a RTP, acolitado pelos mesmos de sempre, os mesmos que acompanhavam José Sócrates e lhe davam a mesma caução que agora dão a este governo como a darão a outro que venha a seguir?

Eu compreendo que, sendo tudo tão mau e banal, por cá a propaganda não seja muito eficaz, mas o mesmo já não pode ser dito por lá. Por lá, há um efeito de poder neste pobre programa: nenhum membro da elite angolana poderia perceber que um ministro português fosse importante e poderoso se ele não andasse, como eles andam, com a televisão do estado à rédea. Relvas quis mostrar em Angola que por cá é poderoso, tão poderoso que traz a televisão pública à ilharga como qualquer general-empresário angolano faz com a TPA. Já não é a primeira vez que isto acontece: com o mesmo ministro em Moçambique, a falar à vontade das instruções que deu à Lusa para a cobertura de um colóquio em que participou e que, aliás, não correu bem lá, mas isso foi por cá foi silenciado.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Engenharia-Colóquio na O.Engenheiros

Futuro da engenharia civil passa por reestruturação do ensino

20 de Janeiro de 2012 às 15:19:02 por Pedro Cristino (in Notícias-Construir)
O futuro da engenharia civil passa por mudanças estruturais no ensino, estando algumas já em curso “graças às novas tecnologias de informação”, segundo Fernando Branco.
Na conferência “A Engenharia Civil – Que Futuro?” organizada pela Ordem dos Engenheiros (OE), o professor catedrático do Instituto Superior Técnico referiu que, “ao contrário do que acontece nos dias de hoje, em que 90% dos alunos de Engenharia Civil acabam por exercer essa profissão em Portugal, o futuro é de mobilidade geográfica e igualmente de especialização em diferentes áreas – como a gestão”.
Para o docente universitário, também é relevante “a componente da formação contínua e a capacidade empreendedora que conduza à criação de empresas próprias e à aposta na internacionalização”.
Por sua vez, o presidente executivo da Somague, José Luís Machado do Vale, lembrou que “a engenharia portuguesa está a par do que se faz lá fora” e que os seus profissionais detêm níveis de desenvolvimento, inovação e competitividade muito elevados, embora a actividade internacional não seja “fácil” e exija condições favoráveis e uma boa reputação.
“Devemos entrar onde temos oportunidade, mas sempre preservando as empresas-mãe em Portugal”, explicou o empresário, revelando que acredita que o futuro passa por uma reestruturação do sector da Engenharia Civil em Portugal – “onde existem empresas a mais” -, na aposta nas especializações e nos apoios à internacionalização.
Cristina Machado, presidente do Colégio de Engenharia Civil da OE e moderadora do debate da conferência, declarou que “o exercício da profissão tem vindo a alterar-se” e que, perante a conjuntura do país, se prevê que essas alterações venham a ser ainda mais profundas.
Esta opinião foi corroborada por Carlos Matias Ramos, bastonário da OE, que afirmou que o objectivo da Ordem consiste, através do ciclo de conferências iniciado com esta sessão, em contribuir para a avaliação do passado e para perspectivar o futuro de cada uma das especialidades de engenharia.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Moi-Tempos difíceis - Vários

a) O Rally Paris-Dakar chegou ao fim em...Lima, no Perú. Onde serão os próximos rallies "Paris Dakkar"? No Bali? Em Alguidares de Baixo?

b) Godinho Lopes diz que as fotos no balneário já lá estão há muitos jogos..., depois de ter dito que foram colocadas no início da época..., depois de ter assegurado que a UEFA e a Liga tinham dado a sua concordância, depois de, depois de, depois de...
Ninguém pára o Sporting...nem o Presidente!







c) Alberto João Jardim ameaça ter "outra atitude" se palavra do primeiro-ministro sobre a Zona Franca não for honrada...:):):)
Enfim, um tachista, perdão, estadista...

d)As casas que vendem objectos escreventes como canetas e esferográficas, estão em extinção como a Pap. Fernandes. Daí os descontos espantásticos de 50por cento .
Quais as próximas profissões a extinguir?



e) O Tribunal do Trabalho de Lisboa mandou os CTT devolverem a parte dos salários que estão a ser objeto de corte desde o início de 2011
Ena pai! E agora, onde é que isto vai parar???



Enfim, tempos difíceis...l

Livros - A Tentação Totalitária de Jean François Revel

O fantasma do estalinismo, a revolução de 25 de Abril em Portugal (largamente desenvolvida e comentada), e a obsessão anti-americana, superiormente definidos e esclarecidos. Apesar de desfasado neste tempo (no actual), um livro que se lê sempre com muito interesse.
A Tentação totalitária de Jean François Revel (excertos)
Uma imprensa livre não é uma imprensa que tenha sempre razão e que seja sempre honesta, assim como um homem livre não é um homem que tenha sempre razão e que seja sempre honesto.
Ora, o fim da política é a felicidade, a maior felicidade possível para o maior número possível de homens, e não o sucesso de alguns profissionais que querem impôr as suas opiniões à maioria lenta em segui-las.
...muito mais incompreensível é o arrazoado a favor do estalinismo que encontra crédito nas civilizações desenvolvidas e informadas e mais particularmente nas camadas mais desenvolvidas e melhor informadas dessas civilizações.
A questão decisiva deste debate, com efeito, é saber não apenas se o capitalismo encerra defeitos, mas se comporta mais ou menos defeitos que os outros sistemas económicos existentes ou que existiram, e defeitos mais ou menos graves que os seus.
Um país democrático não é um país onde Ninguém é da direita; é um país onde ninguém detém o monopólio da opinião e do poder.
Justamente depois de Watergate, que oferece o mais belo exemplo, e o mais corrente, da maneira como um povo pode suspender uma conspiração fascista...
Mas nunca, nem antes nem depois dessa idade de ouro dos fascismos, existiu  um regime totalitário nos Estados Unidos. Todavia é aí e unicamente aí que os Europeus sentem o perigo fascista. Louvável vigilância!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Moi-Reflexão - os media


A informação que devemos querer
O arrazoado de vulgaridades e lugares comuns com que nos mimam na comunicação social hoje em dia, continua a ser vulgar (ler como se fosse na terminologia britânica), imensa, e, claro, preocupante.
Daí continuar eu a ser extraordinariamente selectivo quanto ao tipo de informação que eu quero - que eu quero, frizo! -, e não àquela que me querem impingir.
Com aquela conversa protocolar da treta com que, macia e matreiramente, nos lambuzam a toda a hora, seja nos noticiários com as notícias de faca e alguidar, seja nos desportivos em que fazem autênticas defesas de tese sobre a ponta do dedo da mão direita que está, ou não, fora de jogo, a quantidade de vazio que empasta as televisões, por unidade de tempo, é atroz. E dilacerante, quando pensamos que somos nós que os promovemos! Isto claro, para não falar nos concursos e "talk-show" que vendem como bolos raínha (para acompanhar a evolução...) quentes.
Por isso, insisto em ver programas e ouvir personalidades, que não alinham com o status quo, e têm outros modos de ver, interpretar e comunicar. Por muitos defeitos que tenham - e todos temos! -, têm-nos em quantidade inferior aos apaniguados do costume...
E o que é que os impingidores-mor da moda descobriram? Que os quatrocentos comentadores políticos têm sempre audiência, seja para dissertar horas sobre uma medida do governo ou uma resposta torta de um ministro, uma lei que nunca se pensou poder vir a ser aprovada ou uma benesse que tinha sido sempre poupada aos cortes a que, repentinamente, fomos obrigados. Quanto aos setecentos jornalistas desportivos, todos investigadores,o fenómeno ainda é mais inquietante. Estes, encontram em cada momento, e sempre em função da sua cor clubística, uma "outra" interpretação sobre um momento que eu, apesar de muitas vezes os ouvir, não entendo o que possa ter de discutível.
Por estas, e apenas por estas e não por outras (...), é que vejo alguns programas de televisão.
Também por estas é que, depois de conscienciosa e premeditadamente o ter adquirido, cada vez mais, ocupo mais tempo na minha "televisão particular", ou seja, no ipad.
Formatado à minha medida, ele pretende ser algo "meu", sem apéndices, sem lixo, sem telenovelas, sem concursos para doentes pos-operatórios, sem talk-shows para donas de casa.
Tudo o que puder ser exorcisado, é-o.
Estarei no bom caminho? Ou também "isto" estará previsto?...

2011 (Resumo)

15fev2011 O Diogo viajou até à India durante um mês (a paixão que mantêm com o Yoga).
20fev2011 a 25fev Fui pela segunda vez a Cabo Verde fazer uma auditoria.
14abril2011 a 22 Eu e a Isa fizémos umas míni férias em Abril, no norte de Espanha, em Lugo, e A Coruna. Ainda não foi este ano que conseguimos resolver o problema da união de facto.
25 abr2011 -  25 anos da favada
18maio final Braga-Porto em minha casa com os vetvals
25 Maio2011 jantar em Monsanto no club de râguebi com as velhas glórias do Técnico (antigos)
23 jun2011 a 27 Fui a Basileia (Filipe) Intermezzo para reviver e refortalecer. Sempre uma lufada de ar fresco!
09 jun 2011 Candidatura a especialista entregue . (Recebi anúncio da atribuição em 21 nov)
28 jul a 09 ago Nas férias, que já não são grandes, fomos à Suiça, ao Liechtenstein, a Itália, Lago Como, Alemanha, Freiburg, Lucerna e Zurique. Em Basileia comprei o iPad.
29ago 31ago na herdade da falperra
07set2011Diogo viajou até Londres para, tal como o Filipe anos antes, tentar a sua sorte lá fora, mas apostado num novo curso de música, com um novo figurino. Outros horizontes, definitivamente!
13a17 outubro Eu, a São,e o Filipe fomos a Londres festejar com Diogo, os anos, e a nova vida dele. Vimos o quarto, a escola, passeámos por Londres, estivemos com a Fernanda e Shawn.
01 set 2011 Morreu o Zé João Correia da Silva
24 nov 2011 Fui operado ao ouvido esquerdo pelo Professor Dr. João Olias, no Hospital de Cascais 
27 dez a 30 herdade do Touril
Outros:
a)Fiz os meus dois primeiro livros no site da Blurb; um sobre Monsanto que oferecemos ao pai da Isa, e outro com as fotos que tirei na obra da EPAL.
b)Activei o blog kleineludwigecke definitivamente.
c)Recomecei a pintar, mas no iPad.
d)Fiz os dois primeiros livros no blurb, um de Monsanto, outro da Epal
e)Em termos físicos, desde Abril que não mais pratiquei volei nos veteranos valsassina. Por causa do ombro direito, do joelho esquerdo, e das costas. Apesar disso, tenho procurado manter a forma nas minhas duas idas semanais ao Holmes Place, apesar de desde 21.11 estar parado
f)Li muitos livros (cerca de 30)
g) Trataram-me Dra Elsa (dentista), Jorge Nunes (osteopatia)
h)Contactei a Dra Teresa Silva da S. Casa da Mesiricórdia e a Dra. Maria de Fátima para acompanhar a Mãe Lina
i)Na consulgal, continuamos com imensas expectativas!...

Moi-Tempos difíceis - Engenharia no Irão...


e eles acreditarão mesmo, mas mesmo mesmo, naquilo que dizem?
e "deste lado", haverá pacóvios intelectuais a acreditar nisto?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Tempos difíceis (DN 06.01.2012)


O fundador do fabricante francês de implantes mamários polémicos assumiu perante a polícia, sem aparente arrependimento, que produziu um gel de silicone não autorizado, embora alegando ser inofensivo.
Implantes mamários
Fundador da empresa fabricante admite fraude

"Sempre soube", afirmou em outubro à polícia de Marselha, quando confrontado com o facto de produtos usados nas próteses, exportadas para vários países, incluindo Portugal, não estarem conformes com as normas.
Jean-Claude admitiu que sabia que "o gel não tinha sido homologado", mas que a "relação qualidade-preço era bem melhor".
Segundo os autos, a que a agência AFP teve acesso, o fundador da empresa de implantes mamários PIP refere que, em 1993, dez anos depois da criação da companhia, dá ordem para "dissimular a verdade" ao organismo certificador alemão TUV.
Apesar de não ter sido comprovado o risco de cancro associado o uso de implantes PIP, as autoridades francesas notificaram 20 casos de cancro e duas mortes.
Porém, reconheceram o perigo de rompimento das próteses e reações infeciosas, pelo que alertaram para a necessidade da sua remoção.

Livros lidos em 2011