https://www.youtube.com/watch?v=E9FW829hIe8
Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
domingo, 31 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Reflexão - Jaime Nogueira Pinto in "Observador"
A festa da Democracia
Podem ser os socialistas e as esquerdas aliadas que nos governam mas são “os fascistas” os culpados de todos os males portugueses, passados, presentes e futuros.
22 jan 2021, 00:09
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Mais que uma escolha – que, aparentemente, está feita –, a eleição presidencial de Domingo vai ser uma sondagem geral à opinião pública portuguesa para avaliar o sentido actual da sua percepção político-ideológica (se é que de percepção “político-ideológica” pode agora falar-se). Embora as sondagens valham o que valem, o voto de protesto vá contar e a abstenção no meio desta muito maltratada e mal gerida Pandemia possa ser uma incógnita perturbadora e perturbante, o mais certo é que o actual Presidente seja reeleito à primeira volta.
As esquerdas festivas
Por isso, neste “tempo de reflexão”, para educar e exercitar a percepção político-ideológica e espairecer dos vírus que nos atormentam, nada como uma boa comédia, como a que vi recentemente.
A Festa, um filme de 2017, de Sally Potter, com um elenco excepcional, é uma divertida charge ao pensamento correcto chique e menos chique. Ao vê-lo, não pude deixar de pensar nas várias esquerdas que por aqui andam. Não falo das pessoas – embora seja quase só disso que agora se fala ou possa falar, tão pobres são as ideias, ou melhor, a falta delas, e tão estreito e rasteiro é o verdadeiro espaço de debate –, falo da cartilha delirante e simplista que, sob a capa de sofisticação intelectual, se apresenta como ideário único e inquestionável.
Ora, melhor ou pior, já existiram ideias em Portugal e na política portuguesa – à esquerda, à direita e até ao centro. Salazar tinha ideias e convicções políticas; Cunhal também; Soares, à sua maneira, tinha um ideário; e mesmo nos partidos do Centrão havia ideias; bem como nas múltiplas extremas-esquerdas – estalinistas, trotskistas, maoístas, utópico-depressivas, utópico-esfusiantes –, ainda que fossem ideias que, caso vingassem, acabariam por transformar este rectângulo numa espécie de Albânia onde, na melhor hipóteses, nos internariam num campo de concentração do tamanho de dez Tarrafais para sermos endoutrinados na boa-nova marxista-leninista e podermos depois morrer em paz, já devidamente seviciados, arrependidos e confessados.
Nesses tempos de albânicas possibilidades, cheguei a imaginar para mim um futuro como bibliotecário de Peniche, depois de reeducado num qualquer Lager, isto no mais benigno dos cenários, num regime comunista moderado, estabilizado e brando, assim ao modo do Leste europeu em fim de ciclo. Agora a reeducação faz-se ao domicílio e, de preferência, sem livros nem ideias.
Porque as extremas-esquerdas, aparentemente, já não as têm, ou esqueceram-nas: esqueceram Lenine, Mao, Estaline, Trotsky, até Gramsci e Marcuse. Mas continuam a deter a verdade e a ter uma agenda. Uma agenda de causas aparentemente pequenas, benignas e inócuas mas uma agenda. E uma agenda “antifascista” – sendo o fascismo um conceito/insulto/arma de arremesso infinitamente elástico, definido ao minuto e à la carte para ser usado contra todo e qualquer “herege”. Também, não há como censurá-los: não podem ser anticapitalistas, porque já não há capital em Portugal; não podem ser antieuropeus, porque é da Europa que vêm as vacinas e há-de vir a Bazuca com os ansiados dinheiros; não podem sequer ser anti-socialistas, porque os contornos do socialismo que nos governa são imprecisos e fugidios e porque são os socialistas que distribuem o tempo de antena e o dinheiro e abrem espaço às suas agendas fracturantes.
Então o que são? São anti-populistas, anti-racistas, anti-machistas, anti-homofóbicos, anti-transfóbicos, enfim, “antifascistas”. Podem ser os socialistas e as esquerdas aliadas que nos governam mas são “os fascistas” os culpados de todos os males portugueses, passados, presentes e futuros, os responsáveis últimos por tudo o que, entre nós, correu mal, corre mal e pode correr ainda pior.
Os falecidos ex-mestres das extremas-esquerdas – Estaline, Mao, Trotsky – jazem esquecidos, um com os seus campos de concentração, outro com os seus Saltos em Frente, o último com aquele fascinante comboio blindado que aparece no Dr. Jivago e no Reds. São, evidentemente, coisas do passado. Trotsky escrevia bem (“A Minha Vida” é um grande livro de Memórias) e eram belos os seus ideais… subsidiariamente também nos mataria a todos, se nos apanhasse a jeito, como fez aos Russos Brancos e aos “desviacionistas”, mas isso pouco importa porque isso já lá vai. Já lá vai, diluído na fluidez de género, de identidade e de pertença, num mundo de infinita tolerância e consumo; um mundo de todas as cores e de mãos dadas, em que a saltitante vida animal é consagrada e a morte humana encorajada (para quê ver sofrer e socorrer e acompanhar quem sofre, quando se lhes pode dar “um direito”?).
Mas se o leninismo, o estalinismo, o maoismo, o trotskismo estão mortos e enterrados e deles ficaram só as flores, o fascismo permanece com todos os seus espinhos e horrores – todos e mais alguns.
E as Direitas?
Politique d’abord, dizia Charles Maurras, intelectual e político da direita nacionalista e tradicionalista que renovou o pensamento conservador na Europa Ocidental nos princípios do século XX. Mas não há política sem ideias e, em Portugal, tem havido poucas – também pela despolitização que o Estado Novo incutiu às direitas portuguesas, pela importação, depois do 25 de Abril, de um liberalismo economicista anglo-saxónico como alternativa ao socialismo herdado do PREC, e por outros males que vêm de longe, como o deslumbramento e seguidismo das elites. Assim, a Direita tende a responder ao agressivo folclore correcto das esquerdas ora com uma contrição cooperante, ora com um basismo e um primarismo que podem justificar-se – e justificam-se – numa fase de denúncia e de protesto, mas que terão de ser corrigidos e endireitados para que os resultados políticos sejam consequentes. Ou seja, o protesto, a antítese, terá de progredir para a síntese, e depressa.
Porque há um pensamento de direita, nacional e euro-americano, com base nos valores do cristianismo, do patriotismo, da família, da propriedade dentro da justiça social e do bem comum; o de uma direita nacional e social, aberta em economia mas justicialista e solidária.
E se a Direita quiser alguma vez voltar a ter poder, terá de seguir (politicamente e não pessoalmente) o lema pas d’ennemis à Droite, pas d’amis à Gauche. Excluindo, bem entendido, desse “à Droite”, os verdadeiramente racistas, os paranóicos, os loucos das teorias da conspiração, os suspeitos do costume, que existem em todas as latitudes. Os da esquerda, dada a raiz puritana e totalitária dos “socialismos reais”, a reivindicação do monopólio da verdade e da vida intelectual e a capacidade dissuasora da reductio ad Hitlerum, concentram a sua paranóia inquisitória na diabolização do inimigo – elaborando eternamente sobre aquilo a que o Dr. Cunhal, por táctica calculada, chamava “o nazi-fascismo de Hitler, Mussolini, Franco e Salazar”, como se fosse tudo a mesma coisa. Os da direita, infelizmente, mais à semelhança dos da antiga esquerda, concentram a sua paranóia autofágica no inimigo interno, nos outros da “sua direita” ou nos das “outras direitas” – nos traidores, nos desviacionistas, nos cobardes, nos vendidos.
Hoje, mais do que nunca, a defesa da liberdade de pensar, falar e escrever tem de ser uma das causas primordiais e principais da Direita. Há bons exemplos na Europa: o Vox, aqui ao lado, ou os Fratelli d’Italia,de Giorgia Meloni.
Para agir, passado o tempo do protesto – e o protesto é fundamental e convém que fique bem vincado –, é preciso construir nas ideias e trazer ideias com asas, capazes de actuar na realidade, de ser práticas. E como dizia um filósofo francês do século passado, nada mais prático que uma boa teoria.
Votem bem e sem contágios.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
sábado, 16 de janeiro de 2021
Música - Ogasawara (Timelapse)
https://www.youtube.com/watch?v=Mzyclpek5dU
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Jogo inicial com a Islândia no Mundial do Egipto. Vitória depois de, no anterior, termos perdido por 9!...
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Séries - "Deus cérebro" na RTP1
LBC - Acabei de ver. É muito bom sim senhor. Uma “parada de estrelas”. É uma boa surpresa enquanto produção nacional. Claro que tinha de ter umas buchas artístico-teatrais para encher, sempre com a habitual característica de não se perceber o que os actores dizem. Velhos defeitos! Mas a simples presença daquela equipa de cérebros com a densidade do que dizem merece a atenção. Agora vou drumir!! :)
Não é só a tecnologia do século XXI que é exponencial, também o cérebro humano obedeceu à mesma regra no passado, sendo considerado o mais rápido crescimento de um órgão complexo da história da Humanidade. O que terá estado na origem deste fenómeno? Qual o papel da cooperação e da socialização na edificação da cultura humana? O que distingue o nosso cérebro do cérebro dos animais? Porque é que nos tornámos inteligentes e de que forma a inteligência está ligada às emoções? Ligação entre saúde e vida emocional é cada vez mais clara. Que impacto têm as emoções no cérebro humano? É possível morrer de amor?
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
Reflexão - José António Saraiva
Viver para Contar: Gente Rasca
António Zambujo fez um comentário bem-humorado sobre um decote. O que foi dizer! Levantou-se um gigantesco coro de protestos e choveram as inevitáveis acusações de ‘machismo’.
Um dia destes, num concurso televisivo qualquer, uma cantora que dá pelo nome de Áurea surgiu com um decote bastante revelador. Os atributos físicos da jovem foram objeto de muitos comentários, e num blogue foi publicado um vídeo humorístico onde aparecia o decote da cantora em grande plano – mas, subitamente, na abertura da camisa surgia a espreitar… Pedro Abrunhosa.
Assim, na sessão seguinte do programa, Áurea surgiu com uma blusa rigorosamente fechada mas vestindo uma sugestiva minissaia. Então, o cantor António Zambujo, júri do mesmo concurso, fez um comentário bem-humorado: «O Pedro Abrunhosa a semana passada saiu por cima, esta semana sai por baixo».
O que Zambujo foi dizer! Logo se levantou um gigantesco coro de protestos! Choveram as inevitáveis acusações de ‘machismo’ e outras piores. Perante este ataque, vendo-se acossado por vários lados, António Zambujo acabou por se confessar arrependido da piada que dissera.
Este episódio é um bom exemplo dos tempos hipócritas que vivemos. As redes sociais estão cheias de insultos, de palavrões, de ódio, o espaço público está cheio de ‘obras’ brejeiras (vejam-se as cantigas de Quim Barreiros com expressões como «o bacalhau quer alho» ou «mete o carro, tira o carro na garagem da vizinha»), as livrarias expõem nas montras títulos tão eruditos como Para Cima de P…, mas de repente toda a gente se sente escandalizada com uma observação picante mas absolutamente inocente, e até com graça.
Enquanto a maior parte dos comentários que circulam na net são simplesmente ordinários, de mau gosto, revelando pessoas com maus fígados, o comentário de Zambujo era bem aplicado à situação e revelava um certo humor. Acredito, de resto, que Áurea não se tenha sentido ofendida. E Abrunhosa ainda menos.
Mas a ‘malta’ não perdoou a Zambujo. Porquê? Porque hoje pode fazer-se tudo, pode dizer-se tudo, pode chamar-se «palhaço» ao Presidente da República, só não se pode dizer algo que de perto ou de longe fira o ‘politicamente correto’. Aí, fica o caldo entornado! A frase que soe a piropo, a graça que sublinhe os atributos femininos, é imediatamente catalogada de ‘machista’ e julgada em tribunal popular. As pessoas vigiam-se, policiam-se, denunciam-se, apontam o dedo aos ‘hereges’ que não cumprem os códigos, que desafiam a cartilha.
As redes sociais são hoje no espaço virtual o equivalente às multidões no espaço real: atuam cegamente, implacavelmente, e ai de quem lhes caia nas mãos. Lá se realizam julgamentos populares. Os linchamentos que dantes se faziam na rua fazem-se agora nas redes sociais. O mal é mundial. Vimos atores com a carreira interrompida, expulsos dos estúdios, execrados, massacrados, por episódios ocorridos há 20 ou 30 anos. Que terrível mundo este!
Vicente Jorge Silva criou uma expressão que levantou grande polémica na época mas que ficou: ‘Geração Rasca’. Ora, essa geração tomou conta do país, hoje está em todo o lado, impõe as suas regras, tem os seus vícios privados mas exibe públicas virtudes, indigna-se com observações sem maldade mas não tem pejo em destruir pessoas na praça pública. Tritura-as, magoa-as, fere-as. Mostra-se impiedosa na denúncia dos comportamentos ‘inconvenientes’.
São tempos cínicos, hipócritas, doentios, safados, aqueles que vivemos.
E talvez o pior de tudo é que muitas vezes os atingidos, em vez de reagirem, em vez de denunciarem a hipocrisia, de se indignarem, vêm fazer ato de contrição, dizer que não deviam ter dito o que disseram. Vêm cheios de medo dizer-se arrependidos, vêm pedir desculpa aos ‘ofendidos’ e a todos os que se afirmaram ‘chocados’ com as suas ‘horríveis’ observações. E com isso fortalecem os polícias que enxameiam as redes sociais. Dão-lhes força.
Para a próxima, eles farão pior. E os Zambujos desta vida, cheios de medo, pensarão maduramente antes de falarem, só abrirão a boca depois de pensarem dez vezes, deixarão de lado toda a espontaneidade, evitarão um piropo inocente ou uma graça picante com medo de caírem sob a alçada dos censores.
Não sei como será o futuro com esta gente.
(Comentários vários)
(José. M. Azevedo)
Excelente texto, Luiz. Vivemos numa sociedade em que as preocupações se resumem ao ‘politicamente correcto’, esquecendo o simples e liminar bom senso...
De tal forma assim é que as pessoas perdem o discernimento a ponto de virem pedir desculpa por afirmações produzidas, mesmo que reflictam, como foi o caso do Zambujo, uma nota de humor que ninguém deveria levar a mal.
Vamos ao futebol e temos os casos do Bernardo Silva, recentemente o do Cavani, a quem não permitem tratar os amigos como os tratam na intimidade - Conguito, referência do Bernardo ao Mendy; e Negrito, referência do Cavani a um amigo que é de côr. Vem de lá a Federação inglesa e multa-os ou suspende-os... Está tudo doido!
Vão mas é para a pqp, pardon my French!
Grande abraço, esperando que estejam todos bem.
(Rui L. Maria)
Companheiro
Não nos manipula (magoa) quem quer mas a quem nós o permitimos.
Durante anos aconselhei aos jovens militares que me passaram pelas mãos a leitura de três livros, não curriculares, que entendo serem úteis para o desempenho na carreira que tinham escolhido:
O Príncipe do Maquiavel, o Principezinho do Exupery e a Arte da Guerra do Sun Tzu.
Eles necessitariam de viver com as regras de um mundo diferente.
Este é um mundo diferente, e querem diferenciá-lo cada vez mais. Claro que não é inocente esse querer.
Acabaram as colectividades, as Associações, os “bairros”. A comunicação social é uma passerelle de desgraças, crimes e ameaças. As instituições que deveriam ser o garante da segurança são paulatinamente desacreditadas, e o fabiano comum, cada vez mais, isola-se, refugia-se em casa.
Mas, mais uma vez, citando o Remark, “nada de novo a oeste”.
Goebbels, o ministro da propaganda da Alemanha nazi, definiu os 11 princípios para a manipulação das emoções do povo alemão:
1.- Princípio da simplificação e do inimigo único - Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem, concentre-se num até acabar com ele.
2.-Princípio do contágio - Exponenciar a capacidade de contágio que este inimigo tem. Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.
3.-Princípio da Transposição - Imputar todos os males sociais a este inimigo.
4.-Princípio da Exageração e Desfiguração - Exagerar as más notícias até as desfigurar transformando um delito em mil delitos, criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”
5.-Princípio da Vulgarização - Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As acções do adversário são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.
6.-Princípio da Orquestração - Fazer ressoar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial’.
7.-Princípio da Renovação - Bombardear sempre com novas notícias (sobre o inimigo escolhido) para que o receptor não tenha tempo de pensar, será sufocado por elas.
8.-Princípio do Verosímil - Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, todas contra o inimigo escolhido. O objectivo deste debate é que o receptor, não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro.
9.-Princípio do Silêncio - Ocultar toda a informação que não seja conveniente.
10.-Princípio da Transferência - Potencializar um facto presente com um facto passado. Sempre que se noticia um facto, refere-se outro facto que tenha acontecido antes.
11.-Princípio de Unanimidade - Busca convergência em assuntos de interesse geral apoderando-se do sentimento produzido por estes e coloca-os em oposição ao inimigo escolhido.
Vivemos um tempo em que a doutrina é a do politicamente correcto.
E o politicamente correcto é a manipulação da iniciativa, do associativismo e do instinto gregário que propicie o “nós” social ou familiar. É muito mais simples controlar o indivíduo do que um grupo em que se encontre integrado.
Qualquer afronta ao “politicamente correcto” determina a censura formal através dos mecanismos colectivos, ou, e aqui entram as redes sociais, a censura informal, muito mais violenta e ofensiva, aplicada por indivíduos sem escrúpulos, nem sequer um rosto.
E o fabiano sente-se isolado. encolhe-se e pactua.
Quanto ao texto, eu resumi-lo-ia numa opção que cada um faz em cada momento, uma opção de vida e de posicionamento social, com consequências naturais: “Quem opta por viver como rato, só pode esperar ter uma morte de rato”.
Agora, porquê os livros que aconselhei?
Porque o Principezinho celebra o amor e a partilha, a candura de uma rosa, mesmo quando tem espinhos; O Príncipe… bem, o Maquiavel postula que consegues maior fidelidade quando fores temido (na reacção) do que quando és amado; e na Arte da Guerra, Sun Tzu alerta-te para quando, como e onde entras em combate, para vencer.
Na minha desinformada opinião, a trilogia bastante para os “tempos que correm”.
E deve-se ao Exupery a frase: “Ter um amigo não é coisa de que todos podem gabar-se”.
Não se fazem amigos nas redes sociais.
A amizade estabelece-se e consolida-se com “olhos nos olhos”, com o aperto de mão, físico e não virtual.
A caça terá que abrir, um dia destes.
Abraço
(Fernando G Freitas)
Olá Luiz, bom dia,
Agradeço o teu envio, o qual me deu alguma satisfação por não ter qualquer conta nas redes sociais, com exceção claro, do what's up, onde apenas tenho três grupos: o da turma do técnico, o dos meus filhos e um de trabalho associado a Nacala.
Efetivamente os trauliteiros deste mundo encontraram finalmente as suas piscinas de lama. Apenas discordo de um ponto do artigo, o qual pretende associar a "geração rasca", agora "à rasca", em exclusivo aos trauliteiros. Penso que é uma associação redutora e escamoteia a triste realidade dos tempos que correm: o trauliteirismo infelizmente atravessa todas as idades, apenas nos tempos que correm, encontrou uma trincheira onde anonimamente despejam a sua bílis e rancor.
Esperemos que como tantas outras modas incompreensíveis, esta também passe e reponha alguns valores básicos que deverão distinguir-nos dos mais básicos seres selvagens que co habitam o nosso planeta.
Saúde e um abraço,
Fernando
domingo, 10 de janeiro de 2021
Aguardente Serradayres
Uma pomada de há mais de setenta anos, herdada do meu avô, inexistente hoje em dia, mas que continua imaculada.