terça-feira, 30 de outubro de 2012

Moi-filmes

Um convite duplo ganho num telefonema, decorrente de um mail recebido do IFP. É aproveitar, é aproveitar. Na sala VIP das Amoreiras, sem gente pipócó-dependente (apenas um casal lá longe; no lugar, no vestir, enfim...), a recordar velhos tempos, em que se podia ir descansado ao cinema. Quanto ao filme, diferente das americanadas com que nos mimoseiam na TV. Francês, sobre a história de um casal que se apaixona, tem um filho num momento impulsivo, mas para o qual não está (ainda) preparado.  

Filmes "diferentes" - Gran torino

Clint Eastwood marca uma época. E se os western spaghetti já fazem parte da história, ele ainda faz mais, por tudo o que fez a seguir, desde "Pale Rider" a "Unforgiven", pasando pelas "Pontes de Madison County".
Gran Torino, que ontem terminei de ver pela noite dentro, é mais um grande filme, com uma grande direcção, chamando a atenção para valores "fora de moda" e que chocam com a nomenclatura económica existente,  como as minorias, a velhice e a solidão, as marcas que as guerras deixam, a falta de opções para a juventude nesta sociedade do faz de conta, enfim, tudo o que está cada vez mais em desuso, mas que é bom ainda alguém defender e apontar.

Por fim, ainda canta uma melodia bem nostálgica, em dueto com Jamie Cullum. Bom; muito grande...


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Reflexão-JPPereira in Abrupto

SUSPEITA

E se o governo estivesse deliberadamente, com mais ou menos consciência do que está a fazer, a suicidar-se para fugir à sua incapacidade em governar? É que há aspectos neste Orçamento de Estado que são tão grosseiramente errados, que podem apontar para outra intenção. Se por exemplo, o Orçamento de estado contiver inconstitucionalidades que nenhum “estado de emergência” pode justificar? Não é esse o pretexto ideal para a parte mais politiqueira do governo, o seu coração “político”, sair como vítima do Tribunal Constitucional e a dizer “nós tentamos, mas não nos deixaram” e retomar o “business as usual”? Para quem os conheça, é uma hipótese a considerar, porque são mesmo capazes disso.
 
 
Luiz: ainda penso eu que tenho a teoria da conspiração bem congeminada,...Irra! Esta não me lembrei eu, mas que tem pernas para andar, lá isso tem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Moi-reflexão (Política)


Os últimos dos moicanos

São, são dois dos últimos dos políticos com que poderíamos contar para recuperar o nosso país.
Mas eles que não se iludam. Já não há conserto possível.

Apesar disso, creio que António Costa (AC) não resistirá ao apelo do poder. Rui Rio (RR), como homem mais moderado e consciente das suas limitações por ser do Norte (...) - sim, porque ele sabe que o poder nunca o deixaria intrometer-se -, fará um compasso de espera, e manter-se-á num lugar secundário da vida pública. Que pena, já que não só parece ter feito um bom trabalho na autarquia, como pareceria um homem com uma personalidade e genuinidade que lhe permitiria voos mais longínquos. Menos um...

Não se iluda Dr. Rui Rio; é que já não há conserto possível. E do mal (de entre as alternativas) o menos: o Dr. António Costa fará um "pequeno sacrifício" - mais um...- pelo nosso País. Apesar de completamente politiqueiro,  com aquele sorriso hipócrita (que pena, que pena) que muitas vezes exibe, características que RR não perfilha,  AC ainda tem um conjunto de predicados que bem podem ser uma das últimas résteas de esperança.

Aguardemos

 
 
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tempos difíceis-cartoons/animation

Penso que esta pequena animação ilustra bem o que se passa connosco: desde o espaço confinado onde nós, pequeninos, procuramos (sobre)viver, passando pela perspectiva efémera (?), de uma saída... que se fecha, até ao "grand finale"...
 
 
 



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Música-Moon River (Andy Williams)


Moi-Reflexão (Futebol e política)

Portugal ontem perdeu; mais um ponto com a Irlanda, na qualificação para o Mundial de 2014 (parece que com mais uma..."exibição apagada" de Ronaldo...; fui ao treino no Valsassina, não vi).
Mas mais importante, perdeu mais um pouco do seu (já poukexito) orgulho. Parece que o CDS/PP e o PSD se entendem cada vez menos no governo. E a imprensa ecoa, e os portugueses...coam...enfim um coro de ecoanços...
Pobre País, pobre país...
 Nota-na capa do jornal i, nada consta sobre a selecção. Esquecimento, tristeza ou premeditação? Espero que seja esta última.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Reflexão-Alexandre Pais

Alexandre Pais retrata aqui, numa crónica antiga (que transformei de pdf em imagem) e de uma forma concisa e sem rodeios, porque é que não temos uma predilecção especial pelos ginásios...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Reflexão-JPPereira in "Abrupto"

O FIM


A situação é parecida com a dos últimos dias do Governo Santana Lopes. Parecida, mas longe, muito longe de ser igual. É muito mais grave, mais profunda, e sem aparente saída política de curto prazo em eleições, como acontecia em 2005. Um tempo político acabou em Setembro de 2012, que durava desde o início da primeira década do século, e que se esgotou neste deserto em que parece não existirem forças anímicas na democracia para resolver a profunda crise de representação.

Em 2005, os últimos dias do Governo PSD-CDS começaram com a fuga de Barroso, um acto de grande irresponsabilidade no contexto nacional, depois de uma derrota eleitoral. Os últimos dias do Governo Barroso já são parecidos com todos os dias do Governo Santana Lopes: Barroso preparava-se para despedir Manuela Ferreira Leite e estava convencido que era a política de restrição orçamental que tinha sido responsável pela derrota eleitoral nas europeias. Não me admirava que fosse, até porque o eleitorado em 2009, prevenido da crise que aí vinha, nem por isso deixou de votar em Sócrates, para um ano e meio depois o correr como um vil político que devia ser preso.

Barroso, que começou bem ao dizer que o "país estava de tanga", identificou o risco que a herança de Guterres lhe tinha deixado. Tenho há muito tempo a convicção que foi o tandem Guterres-Pina Moura o primeiro responsável da crise actual, porque o tempo político que conduziu ao pântano começou aí. As tentativas de puxar para trás a crise para comprometer Cavaco ou "todos os Governos desde o 25 de Abril" tratam tempos políticos, económicos e sociais distintos, metendo-os no mesmo saco. Pode ser útil para a propaganda, ou para uma narrativa ideológica do "Estado despesista", mas é pouco fundado nos factos. Uma coisa que é preciso nunca esquecer é que os tempos em política são diferentes e que isso não se vê apenas nas estatísticas económicas.

Na verdade, o tempo que tem sequência até ao anúncio da TSU em Setembro, começou com o "pântano" guterrista e corresponde à noção de que se estava a abrir um abismo entre a necessidade de controlar a despesa do Estado e os bloqueios vindos da partidocracia, do sistema político-constitucional e das escolhas eleitorais dos portugueses. Guterres percebeu-o tarde e foi-se embora. Barroso ainda deu um tempo a Manuela Ferreira Leite para começar a combater os motivos da "tanga" e depois tirou-lho por razões eleitoralistas e de gestão da sua carreira pessoal. Esta foi a primeira tentativa falhada de inversão. A segunda veio dos primeiros anos de Sócrates, entre 2005 e 2007, teve algum sucesso, e embora a dimensão desse sucesso tenha números exagerados, nem por isso deixou de ser meritória. O mesmo Sócrates, que veio mais tarde a rebentar com as finanças públicas, começou como disciplinador do défice. E por aqui se ficaram as tentativas ocorridas no tempo político que vivemos até 2011, de inverter uma situação de corrida ao desastre.

O espectáculo da governação neste último mês é de facto penoso de se ver. No momento em que escrevo, o primeiro-ministro anda fugido de aparecer em público nas comemorações de 5 de Outubro para evitar ser vaiado, e evitou cuidadosamente "dar a cara", como tinha prometido de peito cheio, para anunciar as "más notícias". Um brutal pacote fiscal, já bem dentro do terreno do puro confisco, foi anunciado por um ministro das Finanças que fez uma declaração de amor aos portugueses que se manifestaram chamando-lhe a ele e aos seus colegas de Governo "gatunos". Sacher-Masoch explica isto muito bem.

No Parlamento, durante a discussão das moções de censura, o ambiente de fim dos tempos era evidente. Quebrando uma regra protocolar substantiva, o primeiro-ministro recusou-se a responder individualmente aos dirigentes dos partidos que apresentaram a censura, Jerónimo de Sousa e Louçã. Não há outra explicação senão aquela que alguns deputados gritaram: "Tem medo!". E é de ter medo, porque o bom senso terra a terra e a genuína indignação de Jerónimo de Sousa, junto com a retórica parlamentar de Louçã, são poderosos face a um político acossado como é hoje Passos Coelho.

Na mesma sessão, Paulo Portas fez questão de deixar bem claro que a coreografia do entendimento ocorrida há dias entre CDS e PSD é pouco mais do que isso e que a coligação se apresenta em público rasgada sem disfarces. Tinha no dia anterior recebido uma bofetada de luva preta quando Gaspar falou do "enorme aumento de impostos", como se atirasse a Portas uma resposta pública à sua carta aos militantes dizendo "ai sim, não querias um aumento de impostos, pois leva lá um enorme aumento de impostos".

Na bancada, Passos e Relvas riam-se quando Honório Novo, do PCP, confrontava Portas com o seu "partido de contribuintes". Ao lado, estava Álvaro Santos Pereira e um Governo que uma "fonte próxima do primeiro-ministro" - o que, em linguagem jornalística, significa ou Passos Coelho ou alguém mandatado por ele - ter dito ao Expresso que era para remodelar o mais depressa possível. E Álvaro Santos Pereira, nomeado individualmente pela mesma "fonte", continua ali, impávido e sereno.

António Borges somou apenas mais algumas palavras furiosas ao tom revanchista que perpassa em todo o discurso governamental, um remake dos empurrões na incubadora de antanho: são os empresários "ignorantes" que não "perceberam" a "inteligência" da TSU; são os juízes do Tribunal Constitucional que chumbaram a meritória retirada de dois meses de salário à função pública, para protegerem os seus proventos pessoais; são os funcionários públicos que "vivem" como "cigarras", alimentando-se do trabalho das "formigas" privadas e que, se pensam que escapam, estão bem enganados. Um gigantesco "é bem feito" é dito todos os dias pelo Governo ao país. O país retribui em espécie. Depois disto tudo, não adianta queixarem-se de que as pessoas se distraem com faits-divers em vez de irem ao fundo da questão, porque cada vez mais os faits-divers são o fundo da questão, porque não há mais nada.

O Presidente está perdido no seu labirinto e tem apenas uma tentativa possível, aquilo que impropriamente se designa por "governo de salvação nacional", que é hoje mais provável do que há um ano e que pode vir a ter um escasso tempo útil no meio do desespero vigente. Teria que ser mesmo feito pelo Presidente, fora da partidocracia actual, com acordo parlamentar escrito e assinado por parte do PS, PSD e CDS que lhe desse legitimidade democrática, com um compromisso mais alargado do que o deste Governo. Esse acordo deveria incluir, preto no branco, todas as medidas julgadas necessárias para cumprir o memorando da troika, algumas que deveriam ser renegociadas sem pôr em causa os compromissos de fundo com os nossos credores.

Esse Governo teria como prazo-limite o fim da intervenção estrangeira, que é o seu principal objectivo, e deveria, a seguir, haver eleições. A austeridade não acabava, podia até estabilizar-se num patamar superior, mas teria que absolutamente ter um prazo, no fim do qual começaria a abrandar. Todas as medidas de emergência deveriam ter um prazo vivido, 2014 por exemplo, porque prazos vagos e indefinidos, ou de dez anos para cima, não são "vividos" e geram uma síndroma de Sísifo: nenhum sacrifício parece ter resultado. As palavras, demasiado repetidas, de que um político "responsável" não fala em prazos, não servem para os dias de hoje e são desresponsabilizantes. Hoje, os portugueses precisam, para retomar alguma confiança, de prazos que responsabilizem os políticos.

Não é uma solução perfeita, longe disso. Não tenho dúvidas de que os partidos farão tudo para a torpedear, mesmo que aceitem em desespero de causa. A mediocridade das carreiras políticas no PSD e no PS seria seriamente posta em causa se um Governo destes se revelar eficaz, a extrema-esquerda combatê-lo-ia sem tréguas, mas não vejo outra possibilidade de dar esperança aos portugueses e restaurar alguma confiança. É verdade que muita coisa de urgente não poderia ser feita por uma solução deste tipo: alterar a Constituição, promover um combate eficaz à corrupção, introduzir legislação que inverta o processo de domínio partidocrata, como seja a possibilidade de grupos de cidadãos concorrerem ao Parlamento, a colocação dos nomes das listas partidárias por ordem, etc. Mas muitas outras medidas podem e devem ser tomadas.

A alternativa a uma solução presidencial deste tipo acabará por ser novas eleições sem garantia de governabilidade nos seus resultados, até porque na actual configuração parlamentar não vejo qualquer possibilidade de haver uma solução que substitua a desagregação acelerada da actual governação. O que não pode continuar é o que está, embora também saiba que o apodrecimento dura demasiado tempo e muitas vezes acontece por apatia e interesse egoísta, e depois parte-se para o que já é inevitável há muito tempo, tarde de mais. Esta responsabilidade, a seu tempo, ou seja, em breve, o Presidente não a pode falhar. É coerente com o mandato que procurou e recebeu e com o seu entendimento do papel presidencial. Se não o fizer, e há-de haver uma altura em que até o PSD e o CDS o pedirão, acabará a presidir ao apodrecimento, com ele como parte do problema, por omissão. Vamos ver.

(Versão do Público de 6 de Outubro de 2012.)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Televisão-séries


No meio da obsolescência que todos os canais impingem, e das séries em catadupa que vão aparecendo, aqui e ali, pontualmente aparece uma ou outra série que vale a pena ver.
Dois exemplos recentes
Tanto Kenneth Brannagh como Jim Caviezel são dois actores que continuam a "aparecer pouco".
Porque será?

Courier-a perda da privacidade

 
A velocidade a que isto se passa!
E todos alinhamos, de uma forma ou de outra, ingénua ou assumidamente, nisto.
E apenas para termos um pedacito de eternidade...

Tempos difíceis-5.10.2012

Quando vi e ouvi, não queria acreditar: Içar, em plena cerimónia do 5 de Outubro, nos Paços do Conselho, a bandeira ao contrário, só pode querer dizer que querem intervalar um momento de boa disposição nisto tudo que se passa, não à nossa volta, mas por cima, sempre por cima de todos
Mais um tiro...no porta-aviões...
(Ainda há porta-aviões???)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Moi-A Engenharia de hoje



Qual a semelhança entre uma vaca e a engenharia?

Aparentemente nenhuma.
Mas vejamos...
 
 
Depois de uma Licenciatura em Engenharia, das verdadeiras, não das "equivalentes"!..., veio, para muitos, um Doutoramento em lobbying, seguido de uma Pós graduação em xico-espertismo, e, claro, da conhecida Experiência em fuga-prá-frente. 

Foi assim que a generalidade das empresas de engenharia, sejam de construção ou de consultoria, prepararam o futuro dos seus técnicos, ao longo destes trinta anos, e em que todos, e não só aquelas, delapidámos os fundos que nos apareceram na frente, e desperdiçámos os conhecimentos que nos foram postos à disposição.
 
Em vez de se internacionalizar, VERDADEIRAMENTE!, não. Apostaram em mercados que, parece agora, não foram a melhor alternativa; ou porque eram politicamente instáveis porque de cariz religioso e/ou político intrinsecamente diferente do nosso; ou porque fizeram a aliança local com o parceiro errado; ou porque o nível de corrupção era tal que os ultrapassava; ou porque pura e simplesmente os delegados/executivos da empresa destacados para o efeito, ficaram deslumbrados com o novo destino, e descansaram com o posto obtido.
 
Em vez de se aperfeiçoarem verdadeiramente no seu trabalho, estruturando-o, como fazem as (verdadeiras) multinacionais, que apesar de (também...)adoptarem algumas "manobras de gestão estratégica" (...), mantém no fundo, no fundo, a sustentação técnica que depois as prepara e predispõe para a actividade, não; optámos pelo atalho, pelo golpe, pela finta, pelo "conhecimento", pelo confortável "encosto".
A erradicação da engenharia das empresas, foi um mudo objectivo que pairou ao longo destes anos, ficando, no entanto, a obra.
E essa vê-se.
 
Construímos assim, paulatinamente, um castelo (de cartas), com um fosso para onde, voluntária e ostensivamente nos precipitámos.  

E agora é o que se vê.

Quando o lobbying esmorece, quando a xico-espertice se esvai, quando  a fuga-prá-frente é inviável, fica o curso de engenharia,...que apenas serve os parvos, sérios e honestos, deontologicamente intocáveis, mas que não optaram por "aquele percurso".
Solução? Emigrar, pois claro...

E agora?
 
Como eu ouvia dizer em criança: E depois? Olha, morreram as vacas e ficaram os bois...
 
Eis a analogia da pobre vaca no meio de Oeiras a pastar, com a Engenharia.
Quase um monumento (a vaca para já, a engenharia um dia...)!

(As fotos foram tiradas em Oeiras, em 01 de out2012) perto da linha de comboio)

Televisão-bons programas

 
 
O coro "Young at heart", coro americano, constituído exclusivamente por idosos reformados (há muito...), com muita vontade de cantar e de viver.
Mais uma das brilhantes reportagens que me são dadas a conhecer pela tvi 24 (ou SIC notícias??).
Chapeau, para o canal, mas sobretudo para este grupo de anciãos.