Aparentemente nenhuma.
Mas vejamos...
Depois de uma Licenciatura em Engenharia, das verdadeiras, não das "equivalentes"!..., veio, para muitos, um Doutoramento em lobbying, seguido de uma Pós graduação em xico-espertismo, e, claro, da conhecida Experiência em fuga-prá-frente.
Foi assim que a generalidade das empresas de engenharia,
sejam de construção ou de consultoria, prepararam o futuro dos seus técnicos, ao longo destes trinta
anos, e em que todos, e não só aquelas, delapidámos os fundos que nos apareceram na frente, e desperdiçámos os conhecimentos que nos foram postos à disposição.
Em vez de se internacionalizar, VERDADEIRAMENTE!, não. Apostaram em mercados que, parece agora, não foram a melhor alternativa; ou porque eram politicamente instáveis porque de cariz religioso e/ou político intrinsecamente diferente do nosso; ou porque fizeram a aliança local com o parceiro errado; ou porque o nível de corrupção era tal que os ultrapassava; ou porque pura e simplesmente os delegados/executivos da empresa destacados para o efeito, ficaram deslumbrados com o novo destino, e descansaram com o posto obtido.
Em vez de se aperfeiçoarem verdadeiramente no seu trabalho, estruturando-o, como fazem as (verdadeiras) multinacionais, que apesar de (também...)adoptarem algumas "manobras de gestão estratégica" (...), mantém no fundo, no fundo, a sustentação técnica que depois as prepara e predispõe para a actividade, não; optámos pelo atalho, pelo golpe, pela finta, pelo "conhecimento", pelo confortável "encosto".
A erradicação da engenharia das empresas, foi um mudo objectivo que pairou ao longo destes anos, ficando, no entanto, a obra.
E essa vê-se.
A erradicação da engenharia das empresas, foi um mudo objectivo que pairou ao longo destes anos, ficando, no entanto, a obra.
E essa vê-se.
Construímos assim, paulatinamente, um castelo (de cartas), com um fosso para onde, voluntária e ostensivamente nos precipitámos.
E agora é o que se vê.
Quando o lobbying esmorece, quando a xico-espertice se
esvai, quando a fuga-prá-frente é inviável,
fica o curso de engenharia,...que apenas serve os parvos, sérios e honestos, deontologicamente intocáveis, mas que não optaram por "aquele percurso".
Solução? Emigrar, pois claro...
E agora?
Solução? Emigrar, pois claro...
E agora?
Como eu ouvia dizer em criança: E depois? Olha, morreram
as vacas e ficaram os bois...
Eis a analogia da pobre vaca no meio de Oeiras a pastar, com a Engenharia.
Quase um monumento (a vaca para já, a engenharia um dia...)!
Quase um monumento (a vaca para já, a engenharia um dia...)!
(As fotos foram tiradas em Oeiras, em 01 de out2012) perto da linha de
comboio)
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