quinta-feira, 9 de julho de 2015

Reflexão (LBC)- Campeonato do Mundo de Andebol

Acabei de ver, no YouTube, a final do último Campeonato do Mundo de Andebol, disputado no Qatar, entre a França e o Qatar.

E se o Qatar tivesse ganho? O Qatar?, interroguei-me eu, enquanto via o jogo. A explicação veio depois. Na equipa do Qatar, apenas sete dos dezassete jogadores, tinham nascido no Qatar. Todos os outros eram "naturalizados". Desde espanhóis a egípcios, passando por sérvios, franceses, cubanos, bósnios, etc.

A França ganhou por 25-22. Mas, e se não ganhasse? Se a equipa do Qatar, constituída por jogadores de tantos países, tivesse conquistado o troféu?

Será que o dinheiro tem de comandar tudo neste mundo?
E se amanhã o Qatar, ou outra daquelas nações que vive de ter petróleo, e mata, ou manda matar, por não saber ter liberdade, compra os Messi e os CR7 deste mundo para fazer uma equipa maravilha e apenas para inscrever o seu nome na lista dos Campeões?

Há muito que não torcia tanto por uma equipa francesa.

E que dizer daqueles guarda redes? Daquela defesa do "guarda redes katarino" nos últimos segundos da primeira parte numa jogada aérea? Do único golo, em apoio, do Jerome Fernandez, 36 anos, na sua última participação enquanto jogador num Campeonato do Mundo?

 

Como é que as pessoas, e sobretudo os responsáveis, insistem em escamotear a realidade? Não querem ver? Tapam o sol com a peneira? Como é que se explica que uma nação que subsiste à custa do petróleo, queira subverter a verdade desportiva? Porque é disso que se trata, afinal. Convencer, através de um encaixe financeiro chorudo, uma dúzia de jogadores a representar um país do meio do deserto. E no final, depois da derrota, vai tudo para casa....



Claude Onesta, le sélectionneur de l'équipe de France, sacrée championne du monde dimanche, a avoué qu'il aurait «été peiné » que le Qatar, avec tous ses joueurs d'origine étrangère, gagne cette finale. «J'aurais été peiné, parce que ça veut dire qu'on aurait perdu. Mais j'aurais été peiné aussi, parce que je trouve que ce n'est pas le message qu'on doit envoyer.» «Je considère que quelqu'un qui a fait la démarche de demander la nationalité d'un pays, qui y vit, qui élève ses enfants dans ce pays, a tous les droits de jouer une compétition», a-t-il ajouté.

«Je trouve que ce n'est pas le message qu'on doit envoyer»«Mais quand vous avez des passeports temporaires pour une compétition, c'est un contournement de la règle», a-t-il estimé. «Je ne jette pas la pierre à l'équipe du Qatar qui est rentrée dans la règle, mais il serait dommageable de rester dans cette direction.» L'équipe finaliste du Qatar était composée de seulement deux joueurs nés sur le sol national et de 14 joueurs d'origine étrangère (Bosniens, Cubains, Égyptiens, Espagnols, Français, Iraniens, Monténégrins, Syriens ou Tunisiens).

Luiz Boavida Carvalho

 

 

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