quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Reflexão - LBC ( Côro )

(Mail a Rui c/c a Carlos Santos Silva e António)

Olá Rui.

Em primeiro lugar, e conforme já o fiz em mail privado, felicito-o pela iniciativa. É bom haver quem pense o coro, mas desta forma, exteriorizando as preocupações quanto ao seu futuro e evidenciando-as da forma que fez. Como antevejo que não dispute o lugar de maestro :), acredito que o faz convicta e genuinamente. 

Porque entendo, antes de mais, que a sua preocupação merece consideração, depois porque não pretendo "responder por responder" e, finalmente, porque deverá haver rasto no futuro do que se escreveu e de quem o fez, aqui vai a minha resposta.

I - Da troca de ideias havida no ensaio de 18.01.2017, registei:

1-Haver uma aceitação generalizada quanto ao diagnóstico e às preocupações levantadas pelo Rui;
2-Haver uma confusão generalizada entre os conceitos de "objetivo" e "problema";
3-Não haver consenso quanto a algumas das medidas de que se falou. 


II - Para a discussão, sem seguir a grelha que o Rui propôs no seu documento, e abordando algumas questões da reunião, aqui vão algumas reflexões:

1 - Desde logo, considero perigoso, senão injusto e desadequado, personalizar o problema das faltas seguidas de alguns elementos, bem como o atraso aos ensaios de outros. O Coro é amador. As pessoas têm as suas vidas profissionais. Se faltam ou chegam atrasadas (como são os casos da Neuza e da Teresa), é porque não tiveram alternativa, estou convencido. Quanto às faltas seguidas, 5 como me pareceu ouvir, elas estão - creio - devidamente justificadas; O João esteve doente, o António teve o problema da mulher, a Cândida continua doente. Estes são os que sei. Se há outros, nem acompanhei, nem conheço os motivos. Tenho recebido um ou outro mail justificativo de falta de um ou outro elemento. Apesar de, no meu entender ( e conforme tem sido meu procedimento), apenas se dever explicação da falta ao ensaio, ao maestro e ao Coordenador (António P. Carvalho), entendo-o no contexto do grupo.
 
2 - Nesta perspectiva, e tendo nós optado por pertencer a esta "tertúlia", não vejo mais valia em fulanizar a falta, chamando a atenção para quem tem duas ou mais faltas seguidas, ou em qualquer outra medida retaliatória. Se estamos poucos, temos de tentar manter os poucos que temos, a não ser, claro, que alguém indicie um comportamento não conforme, ou não reúna condições específicas para o exercício da arte. 

3 - Por outro lado, não sei se o argumento da dimensão do coro versus dimensão da Ordem, colhe. É sempre possível ter um coro excelente com dez ou doze elementos. Não temos de ser 30 ou mais, como, por exemplo, o do LNEC, para "corresponder" à Instituição. Poderemos ser 30 ou mais sim mas, para obter uma melhor sonoridade, para alcançar melhores perfomances. Compreendo, no entanto, a perspectiva. Se se anunciar, num evento da Ordem, o Côro da OERS, e aparecerem 10 elementos em palco, não causa o impacto que se pretende. Eu percebo o impacto. Ou a falta dele...

4 - A intervenção do Côro nas actividades da OE terá de ser criteriosamente planeada, tanto mais que o Côro já existe há algum tempo e nunca a OE solicitou a sua participação regular...
Assim, acho que, em função do calendário das actividades da OE, e conforme proposta do Rui, deveríamos escolher as datas mais importantes e propor a nossa intervenção nesses momentos como, por exemplo, o Aniversário da OE, Dia Regional do Engenheiro, jantar sobre um tema enológico e outros que não tenham a componente "determinística" que as organizações semanais da OE encerram.

5 - Não estou de acordo (apesar de ser disciplinado e participar caso o decidam !) na "generalização" da nossa intervenção em seminários, Workshop, encontros e outros que semanalmente a Ordem leva a cabo e para os quais os participantes não me parece que estejam sensibilizados. Os participantes vão àquela manifestação com um interesse específico e não para ouvir o coro da OERS, mesmo que seja para cantar uma vez só.

6 - Poderemos propor um encontro de coros no auditório da OE por ocasiões especiais. Essa é a nossa "casa". Generalizá-lo, já não o entendo.
A nossa participação, como tem acontecido, em encontros de coros, é natural e é a extensão natural dos nossos ensaios.

7 - Creio que a integração de novos membros se continuará a fazer, preferencialmente, pelo contacto pessoal dos membros do Coro. O historial que outros elementos recordaram a este propósito, ou seja, diversas iniciativas tomadas mas sem sucesso, justificam esta minha conclusão.
No entanto, e apesar deste "passado", concordo que se ensaiem as metodologias que o Rui propôs no seu documento.

8 - Apesar de não conhecer o passado que outros elementos do coro relataram, dever-se-á ponderar a melhor forma de aumentar a notoriedade e melhorar a imagem.

9 - Quanto ao repertório o Carlos tem, na minha opinião, escolhido trechos adequados, feito belos arranjos e combinações. Assim continue a fazê-lo.

10 - Confesso que, apesar das atribulações que sempre aparecem, antevejo algum gozo na gravação de um CD...:).
(Pergunta-A realizar-se, quem pagará essa iniciativa, já que presumo que tenha custos? A OE? E como se fará a escolha da editora? Através de concurso público :)? Quem escolhe os temas a incluir?)


Finalmente, depois deste último momento meio sério meio irónico, e conforme o Carlos bem o referiu, há pessoas que gostam de se ouvir, mesmo não reunindo as características para esse efeito. O mesmo se passa com aquelas pessoas que gostam de se ver (leia-se "ser vistas"!), mesmo não reunindo as condições necessárias...:)

Um abraço e, uma vez mais, o reconhecimento pela sua iniciativa

Luiz Carvalho

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