Já há uns tempos que não íamos a um espectáculo destes. E ao Campo Pequeno nunca tinha ido.
Que diferença, e que saudade dos cinemas de há quarenta anos, quando estávamos sentados à vontade, sem roedores a comer, ou a beber cerveja à nossa volta! Sem a luz incomodativa dos telemóveis a filmar tudo.
Os espectadores estão, praticamente, todos uns em cima dos outros. É a sociedade do "mais um bocadinho", neste caso do mais um bocadinho apertado para caberem mais cadeiras para facturar.
Depois aplaudem e assobiam por tudo e por nada. É a banalização do elogio.
Valeu o espectáculo e a música diferente, que estes rapazes e raparigas divulgam.
A importância da percussão com dois percussionistas (para lá do baterista), do pormenor, do preencher dos buraquinhos com um sininho ou com um tímbalo, é sinal de que esta banda tem muito trabalho, para lá de algum barulho" (...) que sempre faz parte destas manifestações.
Descobri-a há uns três anos, no bar dos surfistas na Caparica, numa daquelas manhãs de sábado e/ou domingo, em que me vingo, e procuro ler tudo o que não li durante a semana, e aproveitar aquela vista única do mar.
Passou o Hoppipolla, um video diferente, com uma grande história por trás. Os idosos a fazer traquinices, pequenas diabruras, desde tocar às campaínhas e fugir, a desenhar (lindos) graffitis, a roubar a peça de fruta, a dar uns pontapés nos caixotes de lixo, enfim, pequenas tropelias comparadas com aquilo a que assistimos. E, claro, a música em crescendo.
A partir daí fiquei fã.
Confirmei ontem.
(Claro que nem tudo correu bem; esqueci-me de carregar a bateria da máquina, pelo que tirei apenas meia dúzia de fotos, na parte em que ainda tinham uma cortina à frente do palco...a única que se aproveitou foi a nossa)
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