sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Reflexão-Saragoça da Matta

Foi realmente bonito ver a política lusa a dar uma resposta à altura... como habitualmente tem feito na 3ª República, arreou as ceroulas. Em rigor, são coerentes: já o tinham feito quando o mesmo político estrangeiro resolveu unilateralmente fazer entrar na CPLP um novo membro sem que Portugal tivesse sequer possibilidade de articular um "ai". Não fora alguma comoção nas redes sociais, e a coisa tinha passado incólume.
Imagina-se o tipo de desabafos em S. Bento (pela frente e pela traseira) e em Belém: "Bolas! Lá temos novamente de fingir que não se passou nada"!
Mas será que excesso de boa vizinhança diplomática não poderá ser entendido como falta de alguma parte anatómica... ao Estado, claro! Será necessário que alguém mande bombardear Lisboa, para que surja uma reacção diplomática digna desse nome? Será que a diplomacia portuguesa só serve para pedir desculpas a outros Estados por investigações judiciais por cá conduzidas? Ou para viajar por esse mundo a mendigar empréstimos ou "investimentos" que permitam manter os capitais a circular? Ou para tentar vender o que sobra de negócios?
Não nos bastava já termos a fama de estar arruinados e endividados, de sermos gastadores, piegas e preguiçosos? Se até o Primeiro-Ministro se não coíbe de ir brindando o povo que o elegeu com mimos destes, esperamos o quê? É seguro que Mateus proclama a "felicidade dos mansos", mas conviria à política lusa pedir a um qualquer jovem seminarista que lhe explicasse o significado dessa mansidão. É que assim... também é demais!
Saragoça da Matta in jornal "i"

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