domingo, 30 de outubro de 2016

Reflexão - vários

Mas para que é que um cidadão se anda a sacrificar para tirar uma licenciatura, um mestrado ou um doutoramento se, depois, quando chega ao mercado de trabalho, vê que as regras do jogo estão viciadas, que as juventudes partidárias ou outras capelinhas e corporações é que decidem tudo? Onde estão os tão falados “elevadores sociais”, que deveriam permitir carreiras limpas e transparentes?

José Milhazes (Observador) sobre as licenciaturas falsas de elementos do governo PS

Dizem os políticos que o culto dos super-portugueses, desproporcionado e tolo, serve para encorajar a ralé que por aqui miseravelmente se arrasta a grandes cometimentos, que a seu tempo salvarão a Pátria. Não ocorre a ninguém que as maiores façanhas nacionais não passam de um murmúrio que só ouve uma minúscula parte da humanidade e não têm o menor efeito fora do pequeno país que por má sina nos calhou. Pelo contrário, os super-portugueses animam o indígena a viver vicariamente a glória alheia ou a fugir de cá a sete pés. Afinal Ronaldo joga no Real Madrid, Mourinho treina o Manchester United e António Guterres não é secretário da Associação 25 de Abril.

Vasco Pulido Valente (Observador)

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