Eu oiço as razões. E pergunto: Como é possível mudar as regras de modalidades como o ténis ou o voleibol, surgirem outras como o vôlei de praia ou o futsal, apenas por terem mais audiências e se sujeitarem à lei do dinheiro e das televisões? E agora? Contratam matemáticos para elaborar modelos para equiparar estatísticas? Comparam o quê com o quê, se os modelos se alteraram? Qual é o melhor jogador? Qual o jogo mais longo? Perguntas como estas perdem o sentido. Como é possível manter esta mentira, se o referencial foi radicalmente alterado?!
E se amanhã houver qualquer outro tipo de modificação social que obrigue a nova mudança por outro qualquer interesse? Esta insistência na sobrevivência, a qualquer preço...
Tempos difíceis!... (LBC)
(Notícia no DN)
O ténis como o conhecemos pode estar prestes a mudar. Um dos desportos mais conservadores e tradicionais do mundo pode estar à beira de uma autêntica revolução. As mudanças são profundas e as certezas só chegam daqui a alguns meses. Mas as alterações estão a ser testadas já esta semana.O Next Gen ATP Finals, o torneio de juniores do ténis mundial, vai servir de incubadora para as várias mudanças que a Association of Tennis Professionals quer implementar. A ideia é encurtar o tempo dos jogos, agilizar os torneios e dinamizar o próprio jogo. A proposta choca com tudo aquilo que o ténis tem representado: o desporto, visto como um dos mais elegantes e clássicos do mundo, tem resistido à mudança e ao avançar dos tempos. Mas parece que isso acabou.Pensa-se muito na televisão porque, afinal, quem paga? De onde é que sai o dinheiro para os anúncios e os patrocínios?”, diz Conchita Martínez em declarações ao El País. A antiga profissional, que chegou a vencer o torneio de Wimbledon, acredita que estas alterações foram pensadas para servir o público televisivo e os interesses, e não a pensar na melhoria e na evolução do ténis.A antiga tenista acredita na inovação natural. “Sempre existiram mudanças. Mas o mais importante é que se respeitem os sinais fundamentais de identidade”, defende Martínez.Jordi Arrese, antigo tenista que venceu uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, tem opinião contrária. Ainda assim, acredita que as mudanças não vão chegar a ser implementadas. “Parece-me muito bem que tentem tornar o jogo o mais dinâmico possível, mas nunca se atreverão porque são uns cobardes. O ténis é um desporto conservador para gente conservadora. Não vai mudar nada. O ténis está totalmente atrasado, no paleolítico”, afirma Arrese.As principais mudanças passam por agilizar tudo:
- Primeiro, a duração das partidas: os jogadores vencem um set quando ganham quatro jogos e não seis, como até aqui;
- Depois, desaparecem as vantagens. Até agora, quando um jogo chegasse aos 40-40, o jogadores tinham de vencer dois pontos consecutivos para ganhar. Agora, a ideia é disputar apenas um “ponto de ouro” para decidir quem ganha;
- O fim do ‘let’: se a bola tocar na rede e passar para o campo adversário, o jogo prossegue, sem paragens;
- A introdução do ‘coaching’: a ATP quer que os treinadores possam comunicar com os jogadores em alguns momentos da partida.
A ATP não sabe quando é que as novas regras vão ser implementadas e ainda está a observar os efeitos práticos no Next Gen ATP Finals, em Milão.
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