A eurodeputada Ana Gomes vê a desfiliação de José Sócrates como uma coisa boa para o partido
O que para uns foi uma ‘traição’, para outros foi um alívio.
Para a eurodeputada Ana Gomes a saída de José Sócrates foi uma justa “reflexão” do Partido Socialista que tem vindo a contar com “as posições assumidas ao mais alto nível nos últimos dias”. A saída do antigo primeiro-ministro deverá agora servir, de acordo com Ana Gomes, para “ajudar os militantes a fazer o imperativo exercício de introspecção sobre como é que deixaram o partido ser instrumentalizado daquela forma por indivíduos como José Sócrates para fins criminosos”.
“O PS não deve ter uma atitude medrosa, deve ter agora uma atitude corajosa e enfrentar a questão”, disse ao Público, afirmando que está convencida de que “há ainda muita coisa por saber”.”Todo o esquema de corrupção em causa, com o BES a ser a cabeça do polvo, não começou com o PS e com José Sócrates, não tenho dúvidas disso”, assegurou.
A consciência da gravidade do caso fez, de resto, Carlos César tomar a iniciativa de criticar Pinho e Sócrates. “O PS sente-se, como os partidos, a confirmar-se o que é dito, envergonhado”, disse comentando o caso de Manuel Pinho, sublinhando que a vergonha no caso de José Sócrates “até é maior”.
As declarações foram inusitadamente fortes e levaram mesmo o grupo parlamentar do PS a perceber que era preciso dar algum contexto ao que César tinha dito no seu programa na “TSF”. Por isso, ao final da tarde de ontem, o gabinete de imprensa socialista no parlamento enviava às redações a gravação da resposta de Carlos César no final de uma reunião com o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, quando questionado sobre as suspeitas sobre Pinho.
Comentário (LBC) - Eu acho que os quadrados deviam ser redondos!
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