sexta-feira, 12 de abril de 2019

Desporto - Andebol

Portugal 'brilhante' vence França e lidera na qualificação para Euro2020

A seleção portuguesa de andebol recebeu e venceu esta quinta-feira a França por 33-27. Com esta vitória, Portugal lidera o grupo 6 da fase de qualificação para o europeu de 2020.

Coeso na defesa, com Alexis Borges decisivo a conter o poderio físico adversário na zona central e o guarda-redes Humberto Gomes a fazer 11 defesas, Portugal foi também eficaz no ataque e esteve sempre na frente do marcador. Chegou aos oito golos de vantagem aos 53.10 minutos (30-22), gerindo depois a diferença.
Paulo Pereira , selecionador de Portugal, classifica este como "o melhor jogo" desde que lidera a seleção: "Sempre sentimos que podíamos vencer. Foi o jogo da minha vida a que mais tempo dediquei. O mais importante foi conseguirmos que os atletas não hesitassem em nenhum momento. Andámos a hesitar nos últimos anos. Às vezes, hesitamos no remate ou na defesa. [Os jogadores] têm trabalhado muito bem nos clubes e este trabalho na seleção é apenas a 'ponta do iceberg'.
Na mesma linha, o jogador Humberto Gomes disse que foi "um jogo especial, histórico. "Queria mandar os cumprimentos ao [guarda-redes] [Alfredo] Quintana, que é um dos elementos importantes deste grupo. Falámos entre nós que os jogadores franceses não são robôs. Têm duas pernas, dois braços e têm de provar que são melhores do que nós. Hoje, não conseguiram."
O selecionador da França, Didier Dinart, lembrou que Portugal tinha ganho os dois jogos anteriores [com Roménia e Lituânia]. "Agora estamos em mais dificuldades do que Portugal, porque se ganharmos em França ainda não estamos apurados e Portugal, se ganhar, está".
A Portugal falta um empate [para garantir o apuramento para o europeu de 2020.

Segundo triunfo sobre os gauleses

Depois de ter alcançado o segundo triunfo da história sobre os gauleses - tinha-o conseguido em 1980 -, Portugal ascendeu à liderança do grupo 6, com seis pontos, e está próximo de marcar presença no torneio que vai decorrer na Áustria, Noruega e Suécia. Apuram-se os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhorem terceiros classificados dos oito grupos.
A equipa das 'quinas' marcou três golos sem resposta nos primeiros três minutos, optando por sucessivas trocas na zona central - Rui Silva e Tiago Rocha ajudavam a equipa a criar espaço no ataque e eram, depois, substituídos por Alexis Borges e Daymaro Salina, na hora de defender.
Mesmo sem Nikola Karabatic, a formação gaulesa começou, aos poucos, a impor o seu poderio físico para 'tapar' os caminhos da baliza defendida por Vincent Gerard e acabou por empatar o desafio durante o oitavo minuto, num remate do pivô Ludovic Fabregas.
Portugal, no entanto, encerrou um período de mais de sete minutos sem marcar aos 10.30 minutos, com um golo de Rui Silva (4-3) e, apesar de ter permitido ao adversário chegar algumas vezes ao empate, a partir daí, nunca o deixou passar para a dianteira.
Depois de Romain Lagarde ter igualado o jogo a 12 golos aos 22.51 minutos, a equipa de Paulo Pereira descolou de vez no marcador, conseguindo um parcial de 5-1 até ao intervalo, com os principais goleadores da equipa em destaque - António Areia marcou seis golos nos 60 minutos e Gilberto Duarte cinco.
Apesar de Luís Frade e de Alexis Borges terem sido excluídos por dois minutos no final da primeira parte, os portugueses mantiveram o 'fosso' para o adversário nos primeiros cinco minutos da segunda parte e até o dilataram, posteriormente.
Apesar das várias alterações operadas na França pelo selecionador Didier Dinart, Portugal aguentou a reação francesa e alcançou pela primeira vez uma vantagem de oito golos 45.30 minutos, quando Tiago Rocha apontou o 26-18.
No tempo que restou, a seleção francesa - campeã da europa em 2014 e campeã do mundo em 2015 e em 2017 - tentou inverter o resultado, sobretudo pela ação do lateral Nedim Remili (melhor marcador, com sete golos), mas a equipa das 'quinas' nunca permitiu que a desvantagem fosse menor do que seis golos.

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