quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Reflexão - LBC (estar só)

Apesar de algum modo me preocupar, gosto, cada vez mais, de
estar só; longe dos gritos das criancinhas que não são educadas, dos trejeitos anormais dos pais que as não sabem criar, dos marialvas trogloditas que exibem as vozes para atrair as fêmeas galinhas, dos triciclos, trotinetes e motards que poluem o silêncio de uma leitura, das kikifufu que herdaram um nome mas não sabem onde cair mortas, dos adolescentes que transportam os rádios em altos berros para mascarar as suas inaptidões sociais, das órfãs e viúvas solitárias que arrastam o cão para as compensar dos desgostos de uma vida, etc.

Gosto cada vez mais de estar só. Com o meu livro, a minha música, o meu pensamento, a minha interioridade, as minhas efabulações, mas também com os meus demónios, claro...

Sei que isto terá um preço, mais tarde ou mais cedo.

Entretanto vou gozando...

















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