quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Maradona

Há alguém que está errado e que, na minha opinião, não está a ter a visão correcta.

Porquê todo este barulho, este endeusamento à volta de Maradona? Ele foi um jogador que fez o que fez num jogo de futebol, ou seja, ganhou aldrabando, perante todo o mundo.

E em mais de uma ocasião...

E agora aquele mundo reconhece que é um grande jogador.

Não, não foi. Na verdade ele foi um drogado, um mentiroso e uma fraude.


Mas os media - sempre os media... -, precisam de vender, de sobreviver.

Não comigo nem com as pessoas que pensam e que têm conceitos de ética estruturados.

É este o exemplo que os adultos querem para as novas gerações, para os seus filhos?



Someone's wrong. Someone is seeing the wrong picture, I believe.

Why all this fuzz  around Maradona? He was a football player who did what he did in a match, that is to say, he won cheating in front of all the world. More than once...

And now the world recognizes that he was " a great player"? No!, as a matter of fact he was a junkie, he was a lyer, a fraud! 

But the press - always the press... -, must sell, must survive.

Sorry, not with me, not with people who think for themselves, who have well-structured ethical concepts.

Is this the example some adults want for young people, for their children?





 

3 comentários:

  1. Companheiro,

    Quando vi no teu Blog o teu artigo sobre o Maradona, tentei publicar um comentário, mas como nada apareceu depois de enviar, não sei se entrou. Era isto:

    "Quando um jogador de snoocar reconhece que tocou na bola e cometeu falta, e ninguém viu, e quando um jogador de ténis indica que tocou na rede com a raquete quando ninguém viu, ouvimos por vezes os comentadores dizerem que é um grande jogador. Não, não é! É um grande homem!
    Em contrapartida, vimos muitos exemplos de grandes jogadores a comportarem-se como homens pequeninos.
    No caso do Maradona, estamos perante um grande jogador, mas seria errado extrapolar para a categoria de grande homem.
    O grande jogador que foi aquele homem coloriu com o espantoso virtuosismo desportivo alguns momentos de lazer, mas em nada contribuiu para a estruturação de valores virtuosos, morais ou éticos.
    Vivemos num tempo em que globalmente se confunde, como se pode encontrar em tantos exemplos, a obra com o homem, para em seguida as hordas bárbaras avançarem para o derrube das estátuas.
    Quantos dos considerados grandes vultos da humanidade não foram grandes homens? Interessa esse revisionismo?
    Mas o exemplo do Maradona que terá jogado, certamente, drogado em mais jogos do que aqueles jogos do campeonato do mundo em que foi irradiado, é um bom paradigma da irracionalidade, não apenas colectiva, mas também dos que julgam e atribuem prémios e castigos. Porque é que o Maradona está num pedestal e o Armstrong foi para o calvário?
    Como disse uma vez o grande filosofo Frank Zappa: à entrada de cada cidade devia existir um cartaz com a inscrição "Duvido!”.
    AFS"

    É tema para muita conversa interessante...

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  2. Bem dito!
    Exactamente o que eu penso sobre o assunto. Un impresentable, como dizem os espanhóis, que tinha a sorte de jogar bem à bola...
    É o planeta que temos, e há que lutar contra este esquema mental, coisa que o mê amigo não deixa por mãos alheias!
    Um abraço
    ZB

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  3. "Se é isto que queremos para..."

    Pois, tenho algumas dúvidas se colocada a questão de uma criancinha ter o êxito financeiro do Maradona, algum pai colocaria em questão o estatuto paralelo de drogado, mentiroso e vigarista.
    Até porque ter sido drogado dá estatuto. É fino e justificativo. Desde logo, tudo o que possa ter feito (espoliação, embuste, furto, etc.) não era ele, era a droga. Depois, "teve a força de abandonar aquela vida" e tal...É um lutador. E será sempre justificável na reincidência porque... se calhar não teve apoio suficiente, as pressões foram muitas, não lhe reconheceram o sacrifício, ou justificações similares a gosto.
    Quanto à mentira, já nem sequer é institucionalmente censurável porque não existe. Qualquer cidadão pode dizer o que quiser desde que tenha "instrução" suficiente para nunca terminar a frase. Ex: "Isso foi assim, fez-se assim, aconteceu assim, porque..." acompanhado de um movimento expressivo de compromisso que o interlocutor alvo sabe a conclusão. Claro que não sabe, mas responde com um sorriso parvo de quem não quer evidenciar ignorância. A consequência? Tudo o que possas, posteriormente, tentar imputar como mentira entre o declarado e o ocorrido nunca será conclusivo, porque não foi expressa a razão/motivo para o que aconteceu, sendo notoriamente uma conclusão do aleivoso acusador, ou, na pior das hipóteses, a frase retirada do contexto (que nunca existiu pela tal omissão da conclusão da frase). Uma questão de técnica.
    Companheiro, a vigarice é um instituto nacional. Instituído, regulamentado e legislado e integrante do próprio direito consuetudinário nacional. Começas a ser instruído na vigarice quando a mãezinha telefona a primeira vez para o Jardim de Infância e para o seu local de trabalho a declarar que a criancinha está com "uma ponta de febre" e está a "ver se melhora", enquanto pisca o olho para o rebento sorridente, porque na verdade a nenhum dos dois apetece abandonar o conforto do lar.

    O Maradona terá sido um génio a impulsionar uma bola e depois a correr atrás dela. Marcou golos que nunca existiram. Burlou todos os sistemas que tentariam tornar o futebol no que nunca foi nem será: um desporto de cavalheiros.
    O resto, é natural.
    Morreu.
    Que no Além tenha a paz que, apesar do êxito que lhe é atribuído, por cá não conseguiu obter.

    Abraço (RLourençoM)

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