quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Reflexão - vários

 (JMarques de Almeida no Observador) 

 

Mas em termos de oportunismo político, ninguém bate Fernando Medina. Apoiou sempre o ainda Presidente do Benfica, ia frequentemente aos camarotes da Luz, também integrou comissões de honra de LFV. Mas mal LFV começou a dormir a sua primeira noite na prisão, Medina veio a correr distanciar-se do presidente suspenso do Benfica (Medina fez exactamente o mesmo com Sócrates). Não sei o que é pior, se o oportunismo, se a cobardia.

Como se tem visto com os vários casos que envolvem o presidente da Câmara, Medina nunca sabe de nada, depois mente e esconde, e finalmente foge ou exonera. Nunca é culpado de nada. Como é que uma pessoa que nunca sabe nada, chegou a presidente da capital do país? Eis um dos maiores sinais do estado lamentável da política portuguesa, onde domina cada vez mais o princípio da sucessão, no caso de Costa para Medina. Até nisso, em Portugal, a política e o futebol se parecem cada vez mais um com o outro.

 

 

Helena Matos no Observador

 

Ps. A senhora secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade Rosa Monteiro já se pronunciou sobre as declarações de Mamadou Ba sobre o apresentador de televisão Manuel Luís Goucha? Acontece que a secretária de Estado Rosa Monteiro é responsável pelo Grupo de Trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e à Discriminação para o qual foi convidado Mamadou Ba, o mesmo que escreveu sobre Manuel Luís Goucha “Goucha, o gay que tentou reabilitar Mário Machado, um criminoso nazi homófobo assumido, sai agora definitivamente do armário racista e apoia a candidata racista do PSD na Amadora. Isto vai para lá do sinistro homonacionalismo”.

A não ser que Mamadou Ba tenha sido convidado para ilustrar ao vivo o que é um discurso de discriminação não se percebe o que está a fazer nesse grupo. E muito menos o silêncio da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade Rosa Monteiro.

 

(Tiago Dores no Observador) 

Findo o Euro 2020, o Presidente da Federação apontou já baterias ao Mundial de 2022. Acho pouco ambicioso. Porquê almejar apenas o Mundial do Qatar, se logo em 2023 há nova competição internacional de selecções? Sim, sim. Em 2023 volta a haver Campeonato do Mundo de Futebol. Desta feita na Austrália e Nova Zelândia. Trata-se do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino? E depois? Está mais do que na hora da nossa selecção abraçar, além da luta contra o racismo, a causa da fluidez de género. Portanto, é só os nossos atletas, ali durante uns meses, identificarem-se como senhoras e irmos à Oceania limpar o Mundial de Futebol. E é até uma forma muito bonita de homenagear a anfitriã do torneio, Nova Zelândia, que convocou para a competição feminina de halterofilismo dos Jogos Olímpicos de Tóquio deste ano um indivíduo. Que diz que é uma senhora. Mas, vai-se a ver, e é um gajo. Eu só espero é que, quanto esta moda chegar à prova do triplo salto, os senhores que competirão na prova das senhoras usem uma cueca bastante mais generosa do que a que as atletas costumam vestir. Caso contrário, é torcer para que na aterragem do salto nos entre bastante areia para os olhos.

 

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário