Exmos. Senhores
1 - Sou espectador regular do vosso canal.
Parabéns, antes de mais, pelo empenho evidenciado e por utilizar o “canal aberto“ para divulgação de temas das mais variadas origens e que contrastam radicalmente com outros canais, “fechados”, que de tão fechados não se apercebem da pequenez dos seus horizontes e da globalização que, serena e pacatamente, invade pacificamente (neste caso) a nossa sociedade.
2 - Tenho uma predileção manifesta pelo andebol. E que melhor equipa do que a do FCP para defender a camisola da modalidade? Equipa que, recorde-se, tem feito um trabalho extraordinário na defesa da modalidade e do nome do país. Parabéns, assim, e igualmente, por essa divulgação.
3 - No entanto, não poderia deixar passar esta oportunidade para salientar a (compreensível?) parcialidade de um comentador, de sua graça, creio, Manuel Mendes.
A forma - assumidamente parcial -, de ver os jogos (TODOS!) sempre para o lado do FCP é tal que, não só insulta quem está a ver o jogo pelo jogo (como é o meu caso), como acaba por se contradizer de um minuto para o seguinte.
4 - Exemplo?
No passado jogo do FCP contra o Ademar Leon, na vossa transmissão de 20.08 pelas 16.55, no minuto 4.35 , num primeiro momento exulta um golo do Vitor Iturriza com assistência do Fábio Magalhães fruto de “uma ligação perfeita”, devido aos "largos anos que se conhecem no FCP e na selecção nacional” . Na jogada seguinte, aos 5.46, considera uma falha do mesmo Iturriza a passe do Fábio, “natural por estar no princípio da época e as coisas ainda não saírem bem”.
Ora esta última justificação pesa, sem dúvida, e na minha opinião, mais do que a primeira. Que necessidade tinha de “exultar”, daquela forma, a primeira combinação? Ela saiu bem? Ok, ainda bem. Não tem que ilustrar daquela forma, para, logo no minuto seguinte, se ter de contradizer. Como diria o outro: “não havia necessidade”.
5 - A questão não é, reitero - apenas -, este momento. Este comentador insiste em comentar, comentar, sem se aperceber das sistemáticas contradições, dos sucessivos enganos (irreflectidos, admito) em que se enovela e enovela os espectadores menos atentos. E isto porquê? Muito simplesmente, pela parcialidade de que enferma.
6 - Eu percebo que para o comum dos adeptos do FCP (e do SCP, já que não sigo o do SLB por ser canal fechado), esta fórmula de argumentação seja encarada como “o pico da sabedoria , o supra-sumo do conhecimento da modalidade, o cúmulo do vocabulário desportivo”. Para aqueles que, como eu, vêem apenas “o jogo” e não são tendenciosos, afigura-se como uma menoridade, uma insuficiência sistemática, uma necessidade de ser ouvido e que não se coaduna com o profissional que se pretende profissional e que deverá - apenas - relatar o que acontece.
7 - Isto, claro, não retira o mérito ao esforço que o visado põe na retórica e na tentativa de intercalar um vasto repertório linguístico (regra geral prolixo com sucessivos sinónimos...) com que preenche o seu espaço de locução.
8 - Por fim, quero deixar bem claro que não conheço, nem o visado nem qualquer pessoa que o conheça. Baseio-me unicamente no que vejo e oiço no vosso canal!
Felicito-vos, finalmente e uma vez mais, pelo canal, pela divulgação da modalidade, e pelos comentadores da mesma (que não o visado).
Os meus cumprimentos
Luiz Manuel Boavida Carvalho
Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
terça-feira, 30 de agosto de 2022
Carta ao Porto Canal (Andebol) de 26.08.2022
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