segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Reflexão - LBC (mensagem ao Diogo e João Novo, pela morte do pai)

 (ENVIADO AO DIOGO NOVO E JOAO pela morte do pai )


Queridos amigos:

É, naturalmente, com tristeza que vos contacto neste momento difícil. Porque nós todos, de uma forma ou de outra, já tivemos de passar por momento análogos, não poderei deixar de me solidarizar convosco. 

Desculpem-me a mensagem tão pessoal. 
Continuo com esta mania de não generalizar momentos que me parecem destinados, definitivamente, a estar resguardados numa área especial. Cada pessoa sente, um momento, à sua maneira. Sempre que vivenciei momentos destes e que tive a responsabilidade da decisão, fi-lo com o recato e a descrição que então decidi. Não imagino o vosso sofrimento, mesmo sabendo de antemão que, desde há tempos, se tinha como um desfecho previsível.

O Sr. Luís era uma pessoa boa. Simples. Ao fim de umas dezenas de anos de vida, creio que se consegue ter esse distanciamento e distinguir esta qualidade única que dia a dia vai rareando. Uma pessoa que se dedica à família e a outros, como ele, só pode ter uma formação daquela que nós, certamente escolheríamos, caso nos fosse dada essa prerrogativa. Nos poucos momentos que privei com ele, quase que fiquei com inveja do João e do Diogo. Mesmo com aquela forma peculiar de exteriorização, era evidente o seu envolvimento e empenho para tudo aquilo em que a família se empenhava. E de que forma ele se empenhava e vivia o sucesso de todos vós!! Estes momentos, penso e defendo, são momentos particularmente pessoais em que, independentemente da solidariedade de todos aqueles que gostam de nós desejam evidenciar, são por demais difíceis de vencer, muito mais se com a presença dos que se entendem juntar-nos. Peço desculpa desta perspectiva pessoal, se não egoísta. Se sou habitualmente parco em oralidade, como bem sabem, quando estamos juntos, entendo que aqui, neste momento, e porque assim o sinto para convosco, devo demonstrar toda a minha solidariedade e o que me vai na cabeça. Desculpem este longo “desabafo”, mas só o faço porque gostei dele do pouco que vi e convivi. E, claro, porque apesar de afastados, vos tenho de perto. Um abraço amigo. Luiz

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