CARO FRANCISCO SAMPAIO
(enviada em 19set2012)
Obrigado pelo queque e pelo café de ontem, 18.09.2012.
Mas sobretudo, obrigado pela meia hora de conversa que
mantivemos.
Realmente as coisas boas estão em extinção...
No actual impasse em que nos encontramos dentro da
empresa, e fora dela, mas essa parte já não tem aqui cabimento - directo
entenda-se...-, aquela troca de impressões dizia, feita de forma altruísta e
directa com alguém dentro da firma, que nos merece a máxima confiança, e um
respeito muito especial, rareia. Isto para não dizer que não existe, aliás como
então te referi. Já não há chefes, apenas peças, bonecada de uma máquina que se
vai agigantando, perdendo a escala, a noção dos valores, os contornos da
realidade, tão importante à sobrevivência de uma empresa, efectivamente
diferente das outras.
E que pena eu tenho, depois de ter colaborado 14 anos com
esta firma espectacular, ver pessoas, cada uma para seu lado a safar-se, a
tratar da vidinha, numa espiral de atitudes e argumentos económico-tretatários
que invadiu o nosso quotidiano, desde há uns anos para cá, e que de engenharia
nada têm.
O nosso relacionamento que não se pode intitular de
amizade (desculpar-me-ás a frontalidade...), pautou-se, ao longo destes anos,
por um conjunto de encontros esporádicos, completamente casuísticos e efémeros, que tiveram como base, para lá da
AAC (outra coisa que vai rareando, esta forma genuína e diferente de se gostar
de alguns clubes de futebol...), a forma séria como nos encontrámos e
dialogámos; olhos nos olhos, a falar verdade, sem rodeios gratuitos nem
críticas mesquinhas e fáceis, ouvindo-nos um ao outro, com a preocupação elementar de pensar alto.
Obrigado pelo queque e pelo café de ontem, Francisco...:)
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