terça-feira, 13 de novembro de 2012

Moi-Francisco Sampaio


CARO FRANCISCO SAMPAIO

(enviada em 19set2012)

Obrigado pelo queque e pelo café de ontem, 18.09.2012.

Mas sobretudo, obrigado pela meia hora de conversa que mantivemos.

Realmente as coisas boas estão em extinção...

No actual impasse em que nos encontramos dentro da empresa, e fora dela, mas essa parte já não tem aqui cabimento - directo entenda-se...-, aquela troca de impressões dizia, feita de forma altruísta e directa com alguém dentro da firma, que nos merece a máxima confiança, e um respeito muito especial, rareia. Isto para não dizer que não existe, aliás como então te referi. Já não há chefes, apenas peças, bonecada de uma máquina que se vai agigantando, perdendo a escala, a noção dos valores, os contornos da realidade, tão importante à sobrevivência de uma empresa, efectivamente diferente das outras.

E que pena eu tenho, depois de ter colaborado 14 anos com esta firma espectacular, ver pessoas, cada uma para seu lado a safar-se, a tratar da vidinha, numa espiral de atitudes e argumentos económico-tretatários que invadiu o nosso quotidiano, desde há uns anos para cá, e que de engenharia nada têm.

 Depois de um fim de semana alucinante, em que me senti nas nuvens, felicíssimo, com um orgulho indescritível e inenarrável, "podre de inchado"com os dois espectaculares filhos que criei ( eu sei, eu sei que a opinião é suspeita, mas ela é real, os factos falam por si...), eis que "apanho" com um maduro, qual "último dos Mohicanos" dentro da firma, com o qual partilho as preocupações que tenho mantido, em silêncio; recordo e recordo-te...

O nosso relacionamento que não se pode intitular de amizade (desculpar-me-ás a frontalidade...), pautou-se, ao longo destes anos, por um conjunto de encontros esporádicos, completamente casuísticos  e efémeros, que tiveram como base, para lá da AAC (outra coisa que vai rareando, esta forma genuína e diferente de se gostar de alguns clubes de futebol...), a forma séria como nos encontrámos e dialogámos; olhos nos olhos, a falar verdade, sem rodeios gratuitos nem críticas mesquinhas e fáceis, ouvindo-nos um ao outro,  com a preocupação elementar de pensar alto.

Obrigado pelo queque e pelo café de ontem, Francisco...:)

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