quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

27.01.2016-Notícias do dia


http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/joao-lopes/interior/a-tradicao-liberal-5000806.html
A tradição liberal
Vivemos um tempo de endeusamento da "informação" em que, com frequência, a representação pública (sobretudo televisiva) do trabalho jornalístico se confunde com a arte de fazer perguntas mais ou menos insultuosas a personalidades públicas. Fazem-nos falta outras representações que reponham o jornalismo no difícil labirinto da verdade. Entenda-se: da produção da verdade, desse árduo labor de interrogação e compreensão. É isso que está em causa num filme tão didático e emocionante como O Caso Spotlight. Ao evocar a investigação dos casos de abuso sexual de crianças por membros da Igreja Católica (que valeu, em 2003, um Prémio Pulitzer aos jornalistas de The Boston Globe), Tom McCarthy está muito longe de qualquer especulação gratuita, a começar por aquela que consistiria em desfiar uma piedosa lista de vítimas. Nada disso. As vítimas estão lá. Há mesmo uma espantosa sequência em que uma delas expõe à jornalista interpretada por Rachel McAdams as suas memórias traumáticas, mas tudo é exposto a partir do ponto de vista do grupo de trabalho jornalístico. E da sua interrogação essencial: quando é que a acumulação de informações adquire a consistência própria de um discurso (descritivo e interpretativo) que faça sentido tornar público?
Deparamos, assim, com uma fascinante atualização da tradição liberal do cinema americano tão exemplarmente expressa num clássico como Os Homens do Presidente (1976), de Alan J. Pakula, sobre o caso Watergate. Convém, por isso, lembrar que, neste contexto, a palavra "liberal" não é um emblema político, muito menos partidário. O liberalismo cinematográfico enraíza-se no valor sagrado do indivíduo e no direito de todos à verdade dos factos. Que seja Hollywood a lembrar-nos isso, eis um interessante motivo suplementar de reflexão.
João Lopes no DN





Rouhani in Europe: Italy covers nudes for Iran president

Plywood boxes conceal nude statues at a museum in Rome for the Iranian president's visitAP
Plywood boxes concealed the nude statues at the museum in Rome
Italian hospitality for the visiting Iranian President Hassan Rouhani has stretched to covering up nude statues.
Mr Rouhani and Italian Prime Minister Matteo Renzi spoke at Rome's Capitoline Museum after Italian firms signed business deals with Iran.
But several nudes there were hidden to avoid offending the Iranian president.
Italy also chose not to serve wine at official meals, a gesture France, where Mr Rouhani travels next, has refused to copy.
An Islamic republic, Iran has strict laws governing the consumption of alcohol.
Mr Rouhani is in Europe on a five-day tour seeking to boost economic ties after the implementation of a deal on rolling back Iran's nuclear activity saw sanctions lifted.
"Iran is the safest and most stable country of the entire region," the Iranian president told Italian business leaders.
He also stressed growth would be key to combating extremism, saying "unemployment creates soldiers for terrorists".
Monday saw contracts worth around €17bn ($18.4bn; £12bn) signed between Iran and Italian companies.
AP
The Iranian president had a 40-minute meeting with Pope Francis
EPA
He also shared a stage with Italian Prime Minister Matteo Renzi, and a statue of Roman emperor Marcus Aurelius
AFP
But some demonstrators protested against Iran's human rights record
On Tuesday, Mr Rouhani also met Pope Francis, who urged Iran to work with other Middle Eastern countries against terrorism and arms trafficking, the Vatican said.
Iran has been accused of funding militant groups, such as Hezbollah in Lebanon.
Mr Rouhani asked the pontiff to pray for him, and gave him the gift of a hand-made carpet.
He travels to Paris on Wednesday where more deals are expected to be announced. An agreement with Airbus for the purchase of more than 100 aircraft is due to be finalised.



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