quinta-feira, 2 de junho de 2016

Reflexão (LBC)- Europeu 2016

Ainda bem que há jogos de preparação...

(ESCRITO EM 30.05, antes do jogo particular com a Inglaterra que teve lugar em 02.06, e em que Bruno Alves foi expulso aos 35' com vermelho directo).
Ontem, 29.05.2016, a selecção nacional jogou e venceu, em jogo de preparação, a congénere norueguesa por 3-0.
Confesso que foi um pouco contra-vontade que vi o jogo já que, no dia anterior, tinha visto a final da Liga dos Campeões entre os dois rivais de Madrid, e que o Real venceu nas grandes penalidades com um último golo de Ronaldo. Apesar de ter resistido até ao fim, não me pareceu um grande jogo, uma grande final, dois grandes clubes, etc. Antes me pareceu uma injustiça, já que o Atlético fez uma óptima recuperação e os do Real estavam físicamente inferiorizados.
Mas ontem, contra uma equipa notoriamente inferior, conseguimos ganhar. Com um primeiro grande golo de Quaresma que mais tarde, de livre e no mesmo local, não conseguiu repetir o feito (será que o primeiro foi intencional?...); e com um segundo golo desenterrado por um portentoso e bem encenado (pareceu-me!) mergulho de Adrian...
Esperemos que não se distraiam a marcar golos em jeito, nem encenem este tipo de mergulhos no europeu...
Quanto ao europeu, compreendo, desde logo, as declarações de Fernando Santos.
No entanto, não nutro o seu optimismo. Aliás como ē meu costume. Senão vejamos; Rui Patrício continua a parecer-me um keeper inseguro e com lacunas que poderão, num momento, hipotecar tudo. Aliás tal como a personalidade de Pepe e Bruno Alves. A qualquer momento, arriscam-se a ser expulsos, sobretudo Pepe, deitando por terra um trabalho de conjunto. De resto, não temos centrais, tal como não temos pontas de lança. Sem ser Cédric, ex-Sporting, e Eliseu do Benfica, desconheço vários dos novos elementos da selecção a jogar no estrangeiro.
No meio campo, entre os três do Sporting - William, João Mário e Adrien -, e Moutinho e Renato do SLB, parece-me que estaremos bem servidos.
No ataque, e como é hábito, não hå ponta de lança. Mas se calhar continuamos a não precisar. Entre Ronaldo, Nani e Quaresma, mas unicamente se as coisas nao correrem mal, poderemos sobreviver. Mas não me parece. O habitual estilo desprendido, descomprometido, desresponsabilizado, senão desmazelado, de Quaresma, o bipolarismo de Nani e uma (im)provável lesão de Ronaldo, como antes já aconteceu ou como se tem vindo a prenunciar, poderão deitar tudo a perder.
Pobre Fernando Santos! Pobres adeptos! Pobre País!
Luiz Boavida Carvalho

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