Quem sou eu para aconselhar livros? Muito menos quando, a parte significativa dos que leio, é nas áreas do Ensaio e da História.
Mas este, que ao cabo e ao resto é um "drama histórico" se se quiser, destaca-se de todos os outros. Bem escrito, bem contado e com uma carga de realismo que ultrapassa tudo o que se possa imaginar. Quem não tem ideia do que Auschwitz foi, ou "já ouviu falar" de Auschwitz, tem aqui uma bela oportunidade de ficar a saber o que se passou. E o que se passou foi mau, muito mau.
Às vezes, referindo-me a um gesto de um humano, desabafo: "ainda há gente que se aproveita".
Neste período da nossa história, e neste caso particular, aproveitou-se nada ou quase nada. A não ser meia dúzia de coisas, desde a fuga, a coragem, a história em si e o personagem principal que, com todos os defeitos e instabilidade decorrentes da passagem pelo campo de extermínio, manteve, nos anos seguintes, uma perspectiva de vida invejável.
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