O "imposto tem um carácter excepcional"- disse o ministro das Finanças, Dr. Vitor Gaspar.
Disse-o, acredito, convictamente. Ou seja, de que não aplicará outra medida "do género"...
Acredito, claro, que não será o último. Nem o último imposto, nem o último ministro a dizê-lo.
Esta forma sinuosa que temos de (sobre)viver, corrói-nos sem que nos apercebamos de que efectivamente o faz. Esta esperança contínua na efemeridade do (mau) momento, seja no governo "x" ou "y", escangalha-nos.
A medida decorreu de uma situação inopinada, ou seja, detecção de um buraco de 2mil milhões de euro. Pergunto: para quando o próximo? Buraco, o governo calcula-se...
As nossas inenarráveis (e incontáveis) contas continuam a condizer - obviamente -, com o nosso exemplar comportamento enquanto cidadãos. Esperemos mais uns meses...
Todos empurram com a barriga. A Europa lá fora, sem saber exactamente o que fazer à desestruturação que há tempo se vinha anunciando. Nós cá dentro, mas como de costume, sempre em pé. Como dizia uma senhora, "como as árvores"...
Grande tombo, grande tombo!!
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