Os erros e omissões e o apuramento da selecção portuguesa para o Euro 2012
À semelhança do processo de erros e omissões nos concursos públicos, antes do CCP, muitas vezes, o empreiteiro, sabendo antecipadamente da existência de uma ou mais fragilidades no processo, não a (s) incluía deliberadamente, de forma a, mais tarde, vir a recolher os frutos, regra geral através de reclamações no âmbito dos trabalhos a mais. Ou seja, um processo, à partida bem estudado, poderia garantir, à posteriori, em fase de obra, um "revenue" bastante simpático.
A selecção teve, no processo de apuramento para o Europeu de 2012, um comportamento análogo ao do Empreiteiro atrás citado, ainda que naif, e mais trapalhão.
Eu explico. Quando teve oportunidade de se qualificar para o euro directamente, através do grupo ("fase de erros e omissões"), desperdiçou essa oportunidade, remetendo o seu futuro para uma fase posterior, um play-off ("em plena obra").
Simplesmente, e contrariamente ao processo atrás descrito, o nosso não foi bem estudado. Calhou, saiu assim, "não fomos felizes", tivemos azar", enfim, aquelas desculpas que tradicional e consecutivamente nos ocorrem nestas alturas.
E assim nos vimos na fase de obra, perdão, na fase do play-off, sem a certeza de nos qualificarmos. Tudo correu bem. Ganhámos. A "nossa reclamação" resultou, desta vez, em cheio.
E para a próxima? Continuaremos pseudo intelectuáló-futeboleiros da treta?
Ou trabalharemos a sério? Como os empreiteiros fazem?!
PS - Sei que é duro dizer isto, mas (In)Felizmente que o Carlos Martins teve o problema que teve com o filho. A onda que desencadeou em torno dele, fez as pessoas acordarem para outra (mais uma...) realidade que como de costume, nos passa ao lado.
Olha se não tivesse...
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