O fantasma do estalinismo, a revolução de 25 de Abril em Portugal (largamente desenvolvida e comentada), e a obsessão anti-americana, superiormente definidos e esclarecidos. Apesar de desfasado neste tempo (no actual), um livro que se lê sempre com muito interesse.
A Tentação totalitária de Jean François Revel (excertos)
Uma imprensa livre não é uma imprensa que tenha sempre razão e que seja sempre honesta, assim como um homem livre não é um homem que tenha sempre razão e que seja sempre honesto.
Ora, o fim da política é a felicidade, a maior felicidade possível para o maior número possível de homens, e não o sucesso de alguns profissionais que querem impôr as suas opiniões à maioria lenta em segui-las.
...muito mais incompreensível é o arrazoado a favor do estalinismo que encontra crédito nas civilizações desenvolvidas e informadas e mais particularmente nas camadas mais desenvolvidas e melhor informadas dessas civilizações.
A questão decisiva deste debate, com efeito, é saber não apenas se o capitalismo encerra defeitos, mas se comporta mais ou menos defeitos que os outros sistemas económicos existentes ou que existiram, e defeitos mais ou menos graves que os seus.
Um país democrático não é um país onde Ninguém é da direita; é um país onde ninguém detém o monopólio da opinião e do poder.
Justamente depois de Watergate, que oferece o mais belo exemplo, e o mais corrente, da maneira como um povo pode suspender uma conspiração fascista...
Mas nunca, nem antes nem depois dessa idade de ouro dos fascismos, existiu um regime totalitário nos Estados Unidos. Todavia é aí e unicamente aí que os Europeus sentem o perigo fascista. Louvável vigilância!
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