Em 10.12.2013, e depois do Jorge Infante me ter oferecido o bilhete que originalmente lhe tinha sido dado - pelo aniversário -, por um grupo de amigos, fui ver o JP ao CCB.
Sala cheia, curiosamente com muita malta mais velha do que eu.
Surgiu em palco pelo seu pé (...), conseguiu chegar ao banco onde se sentou, mas com um andar "tipificado", e iniciou a performance, com o som (único!!) da guitarra acústica.
Para mim foi (a guitarra que ele tocou), juntamente com a do filho e o acordeonista, o que salvou a noite.
JP já não tem voz; grita mais do que canta. A voz no início estava audivelmente "entaramelada", não se percebendo por vezes algumas passagens. Desta vez, e a par da faceta de cantor/autor, JP exibiu a de palhaço. Manda umas bocas sobre as suas fragilidades, como a de ter as pautas (que deixou cair várias vezes) para não se esquecer; responde ao público, esquece-se do encadeamento, interrompeu o espectáculo para ir buscar uma mini.
Tudo isto com o aplauso e a suprema complacência da audiência. Tudo o que fazia ou dizia era coroado por aplausos e gritos de incitamento, alguns de quem necessita urgentemente (mais do que o JP) de palco. Aliás, na minha opinião, não de palco, mas de cama; no psiquiatra, claro!
O espectáculo começou mal, mas foi aquecendo, e lá foi melhorando o desempenho.
Quando entrou o Tordo, e cantou uma canção do JP e a "Tourada", então veio tudo abaixo.
Também, ao fim de hora e meia com a voz do JP, ouvir a do Tordo, só um surdo é que não daria pela diferença...
De positivo, a viola acústica do JP, a do filho, a voz de fundo do filho, o acordeonista, e a recordação de ter um dia ouvido um grande compositor...
Tem graça, durante o espectáculo lembrei-me por diversas vezes do atleta que em tempos foi grande, e agora já não o é mais...mas insiste em jogar, perdão, em cantar.
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