segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Reflexão - João José Brandão Ferreira

(J. J. Brandão Ferreira no "Diabo")

...os chefes não têm autoridade para promover um soldado, estando essa decisão dependente dos humores de um qualquer quarto secretário do ministério das cativações, perdão, das finanças; que quanto às praças o desastre começou com o fim do serviço militar obrigatório - uma medida política de lesa - Pátria, movida pela demagogia de dar satisfação às juventudes partidárias (PC excluído) e pela convicção tola de que, com a
queda do muro de Berlim, iam acabar as guerras e as crises. A coisa não tem parado de piorar, pois a ignorância militante, a estupidez política e preconceitos atávicos de alguma intelectualidade e jornalistas, tem votado a Instituição Militar para a prateleira das “inutilidades toleradas”. A perda de referências morais e éticas, virtudes cívicas e a parafernália infecta de “ismos”, que têm decomposto a sociedade actual, fazem o resto. Por isso as Forças Armadas lutam com gravosos problemas de recrutamento, tanto em qualidade como em quantidade; a retenção é um desastre e a reinserção é outro igual. O pagamento miserável, a falta de incentivos e a falta da defesa institucional da dignidade do “serviço” militar, tornam a situação descontrolada e irreversível.
...


Faça-me ao menos um favor: não torne a falar na necessidade de recrutar mulheres. As mulheres na tropa são um modernismo idiota e mandá-las combater representa até, um retrocesso civilizacional! As mulheres só possuem alguma mais-valia em poucas especialidades, a mais evidente das quais é a do âmbito da saúde (desde que não vão para maqueiros de um pelotão de infantaria…). As mulheres não resolvem problema algum e acrescentam muitos (a gestão de pessoal é, por exemplo, uma dor de cabeça). termino dizendo uma coisa que vai adorar ouvir: a grande mais-valia das mulheres é aguentarem a retaguarda – como sempre fizeram – e criarem bons filhos para poderem ser bons soldados, caso necessário. E até para não termos um dia destes no que resta das fileiras, 90% de voluntários (serão mesmo voluntários?) de gente de várias cores e feitios, nacionalizados à pressa, mas que de portugueses não têm nada. Deviam
era, isso sim, antes de obterem a nacionalidade portuguesa, ser obrigados a cumprir um tempo mínimo de serviço militar.

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