Um destes dias, e tal como aconteceu há uns anos com as pontes quando, depois de um suicídio no viaduto Duarte Pacheco, se desatou a pôr redes de protecção ao longo delas, haverá alguém que cairá da muralha de um dos muitos castelos existentes em Portugal. Nos diversos castelos que tenho visitado, uma das constantes é a inexistência de guardas nas escadas de acesso às muralhas, e ao longo do seu desenvolvimento. As condições de (in)segurança existentes, sobretudo para os idosos e para os menos capacitados fisicamente, propiciam (felizmente que sem consequências mediáticas até à data) um acidente.Quem goza a paisagem, não controla o terreno irregular onde põe os pés, as diferenças de nível, os pequenos obstáculos, etc.,
É curioso como nos abstraímos destes perigos, e insistimos em não olhar para a frente...por vezes para baixo para controlar mesmo, todos os perigos...
A par da falta de segurança, a falta de cuidado que insistimos em manter com estas relíquias do passado, é triste. Desde o lixo, à inexistência de quaisquer informações, passando por obras inacabadas (?), tudo concorre para tornar estes locais cada vez menos visitáveis
Não dando o "income" que dão outras modernidades (...), esta nossa obstinação em esquecer o passado, empobrece-nos ainda mais.
Mesmo assim é de louvar,...os castelos manterem-se abertos...
Castelo de Monsaraz
Uma praça de touros improvisada dentro das muralhas...
Estou como o outro; vou ali, já venho...
PS - Curioso quando me lembro de pessoas como o professor José Hermano Saraiva, que nos seus programas, luta pela preservação destes (e de outros!) monumentos.
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