segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sociedade - a edição de fim de semana do jornal "i"

 

I - Para quem, como eu, não gosta de perder o fim de semana a ler um jornal, com resmas e resmas de papel, repartidos entre o corpo principal, anúncios, revistas, ofertas de trabalho, suplemento económico, etc., existe a edição de fim de semana do "i". Magrinho, objectivo, sem quaisquer cadernos, sem notícias sobre a sogra que matou o primo do cão com quem vivia, sem flops desportivos, sem notícias bombásticas.
Infelizmente que continuo a ficar com as mãozitas encardidas, maaaaas, não se pode (ainda) ter tudo.
A leitura é agradável, não entediante, as notícias concisas, qb, há sempre um tema de fundo (neste fim de semana, o 11 de setembro), e inclusivé, o desporto é tratado de uma forma diferente. Ainda ontem, neste número, li uma reportagem sobre um apanha-bolas com 63 anos nos open dos USA, outra sobre as depressões nos guarda-redes, outra sobre o início do Mundial de râguebi, e um último sobre " cliff diving". Temas diferentes, sem dúvida.
Certo que há sempre " cantinhos" de jornalistas, que têm de pôr um cunho pessoal, tão pessoal, que acabam por cair na vulgata, ou seja, escrevem tão redondinho, que acabam por escrever para eles próprios. E um artigo que se escreve num jornal, não tem exactamente esse objectivo.
O "i", e baseado apenas na edição de fim de semana, parece-me um jornal de vanguarda. Tão de vanguarda, que não lhe auguro grande futuro. Parece-me ser um jornal desfasado do país onde nasceu.
Como muitas vezes me sinto...

II - O Editorial de 09.11.2011, de António Ribeiro Ferreira é, na minha perspectiva, único. Quando é que perderemos o medo, e trataremos estes assuntos, desta maneira? Sem medos, sem complexos, pondo o dedo na ferida, chamando os (bois) terroristas pelo nome? Os (meus) sublinhados são disso indiciadores.

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