quinta-feira, 26 de julho de 2012

Moi-Comércio Justo

"Preço Justo"; habituei-me a ir, periodicamente, a esta pequena loja ali para os lados da Damaia, perto do Bairro de Sta. Cruz, e por detrás de um clube de leitura conhecido. Antes de mais, porque me parecia, aliás continua a parecer, um processo sério na venda daqueles artigos, diferente da forma como a grande maioria  de todos os outros negócios são feitos; porque tinha e tem, cada vez menos - infelizmente -, artigos oriúndos de vários pontos do globo, produzidos, tanto quanto me foi explicado, em condições dignas, sem a vulgar e hedionda exploração de que são objecto, hoje em dia, a maior parte dos povos que alimentam, e mantêm "o nosso Ocidente"; porque, ao comprar, me sinto a ajudar, de alguma forma o processo; porque tem uma rapariga genuinamente empenhada e honesta na divulgação da causa; porque tem muita cor, e eu gosto porque me faz recuar à infância :); porque está sempre, inexplicavelmente (ou não!...), sem qualquer pessoa;  porque tem um logotipo bem pensado, bonito, bem composto, cuidado; enfim, porque aquele ambiente "cheira", ainda, a são, e não a todos aqueles com que nos confrontamos, nos invadem e desmotivam no dia-a-dia.
Tenho a nítida sensação, infelizmente, de que um destes dias, quando lá for numa daquelas voluntárias, obstinadas mas ingénuas (?) incursões, encontrarei a loja fechada. Tal como aconteceu com outras (Adão, Charlot, Oh Nunes, etc.) 
Tenho a consciência de que é a roda normal da vida. Uns perdem, outros ganham. Apenas me custa que em vez de serem "os maus" a perder, tal como nos filmes, continuem a ser os bons, a serem deitados borda fora.






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