quarta-feira, 25 de julho de 2012

Reflexão-Luis M. Seara Carvalho e Melo

25.08.2011
Meu caro

Estudioso como sou da matéria, faço-te chegar alguns generalismos universais que são sempre as grandes linhas de força de tudo o que nos rodeia.

1º Tanto quanto se consegue perceber, o Universo ( e não só o nosso devastado planetazinho ) é regulado por uma poderosíssima lei física da estabilidade atómica dos elementos ( há sempre uma tendência automática dos elementos seguirem uma linha que lhes permita atingir estabilidade, quando se tornam instáveis ). Daí, forças como a gravitacional ( muito mal conhecida ), campos electromagnéticos, leis quânticas, por aí fora. Tudo isso sempre com o denominador comum da máxima conservação de energia durante o processo.

2º A vida neste planeta ( entendida como forma complexa de organização da matéria ) forçosamente segue estas leis, da qual a da conservação de energia é bem traduzida no lema ' lei do menor esforço'.

3º Por isso é, e será sempre, tão fácil e recompensador corromper. A corrupção é uma componente fundamental destas leis da conservação de energia. Corrompe-se facilmente qualquer animal ( vê o caso dos enjaulados que fazem habilidades para o domador a troco dumas guloseimas, ou dos poderosos cães de guarda, que se 'esquecem' da sua função a troco dum naco suculento ). Os humanos, tão animais como os demais, estão sempre numa de 'deve e haver' quanto às vantagens de serem corrompidos, e a corrupção facilmente ganha.. Dá-me sempre muita vontade de rir quando veja a 'moralidade' ( invenção humana no nosso complexo ecossistema planetário ) a tentar compensar em argumentos o que uma das mais poderosas leis do universo nos está sempre a tentar impor...

4º As instituições humanas que 'vendem' moralidade ( religiosas, moralistas, igualitárias, enfim todos os cambiantes das incontáveis organizações políticas que os humanos estão sempre a criar ) são as que mais jogam este jogo ambíguo da corrupção. São sempre extremamente corrompíveis, mas vendem sempre o mesmo lema do 'façam o que eu digo, não façam o que eu faço'. Isto há milénios, desde que há registos. Os outros humanos, gostam e apoiam. Na parte do 'façam o que eu digo' todos os cérebros humanos gostam de alinhar por desígnios que consideram superiores! Na parte do ' não façam o que eu faço' todos esses mesmos cérebros, dentro do poder que dispõem, gostam de corromper esses desígnios em torno dos seus interesses. Os outros seres que nos rodeiam, também são assim, com a devida distância pelas suas capacidades 'intelectuais'.

5º E assim seguimos, desvairadamente, rumo a um outro lema sobejamente conhecido: 'Entre mortos e feridos, alguém se há de safar' - A poderosa lei da resiliência da vida neste planeta, segundo as leis da evolução por selecção natural (  também e cada vez mais artificial, com as brincadeiras que os humanos vão conseguindo através da genética ).  Já não deveremos estar cá para ver o que isto tudo irá dar, mas seguramente os nossos filhos e netos vão lidar com uma realidade ambiental totalmente diferente da nossa! Isto se sobreviverem, é claro... Mas sempre vergados às leis fundamentais da matéria!

Tenho dito!

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