sexta-feira, 13 de julho de 2012

Moi-(Relvas) Para mais tarde recordar

Miguel Relvas está de consciência tranquila porque cumpriu a lei ao tirar licenciatura- Economia - Jornal de negócios online

O ministro-adjunto garante que norteia a vida "pela simplicidade da procura de conhecimento permanente". Respondeu que estava de "consciência tranquila" em relação à licenciatura que tirou na Universidade Lusófona. Mas abandonou a conversa com os jornalistas quando questionado se tinha condições para se manter no cargo.
Miguel Relvas está de “consciência tranquila”. O caso da licenciatura que tirou em um ano na Universidade Lusófona, ao abrigo das equivalências permitidas com o acordo de Bolonha, não o preocupa porque, segundo o próprio, cumpriu a lei.
Numa declaração de breves momentos aos jornalistas, após a inauguração do Museu Nacional do Desporto, em Lisboa, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares admitiu que recebeu a decisão que foi tomada ao abrigo de uma “regra europeia”.

Ao abrigo da lei que estava, e está, em vigor, apresentei uma candidatura e cumpri todas aquelas que eram as regras que estavam estabelecidas”, citou, também, a agência Lusa.

"Norteio a minha vida pela simplicidade de procura de conhecimento permanente", respondeu o membro do Governo liderado por
Pedro Passos Coelho, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. Em 2006, Relvas tirou a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Lusófona, cujo plano de estudos normal se estende por três anos, em apenas um ano, devido ao currículo que apresentou. O político falou, igualmente, de vários portugueses que seguiram os mesmos procedimentos para tirar a sua licenciatura.

Contudo,
Miguel Relvas deixou de falar aos jornalistas, abandonou a conferência de imprensa e não quis responder à pergunta que lhe foi feita sobre se considera ter condições para permanecer no cargo, num momento em que, depois do caso do envolvimento no caso das Secretas, das alegadas pressões sobre o jornal “Público”, está a ser questionada a forma como obteve a licenciatura.

Professor que deu equivalências vai dirigir cargo criado há dois dias

A licenciatura do ministro tem estado sob escrutínio dos media, com várias dúvidas levantadas relativamente ao processo, que foram primeiro colocadas, há mais de um mês, pelo jornal “O Crime”.

Das 36 cadeiras que constituem o plano de estudos do curso na Lusófona, Miguel Relvas conseguiu, através do currículo empresarial e político, 32 equivalências. Ou seja, o político apenas teve de ser avaliado em quatro cadeiras.
A questão, neste momento, é que as equivalências foram decididas por apenas uma pessoa: Fernando Santos Neves, que, em 2006, era docente e director de Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais da Lusófona de Lisboa – cargos que acumulava com o de reitor da instituição.
Foi, segundo a consulta que o jornal “Público” fez ao processo do aluno Miguel Relvas, Santos Neves quem, juntamente com um outro professor, assinou o parecer que está na origem da atribuição das equivalências. Foi apenas Santos Neves quem, um mês depois, assinou o despacho que definia, em concreto, as cadeiras em que eram atribuídas as equivalências a Relvas.
Santos Neves, que era até aqui reitor da Universidade Lusófona do Porto, demitiu-se do cargo, segundo avançou hoje a revista “Sábado”. Ao final da tarde, a Lusa avançou que o professor tinha sido substituído na reitoria para dirigir o Conselho Superior Académico do Grupo Lusófona, um órgão criado na terça-feira.

Segundo as regras da universidade, o processo de equivalências teria de ser aprovado pelo conselho científico do curso. Neste caso, também, há dúvidas. Mais de metade dos nomes divulgados pela Lusófona como fazendo parte do Conselho Científico que deu o aval às equivalências para a licenciatura do ministro Miguel Relvas nunca participou em qualquer reunião para analisar o caso, diz a agência Lusa.

A acrescentar ainda está a notícia de hoje da revista "Sábado", que indica que o administrador do Grupo Lusófona, Manuel Damásio, tem ligações ao grupo maçónico a que Relvas percente (Grande Oriente Lusitano). A mesma revista indica, igualmente, que Relvas nomeou o filho de Manuel Damásio, Manuel José Damásio, para o grupo de trabalho que avaliou o serviço público da RTP.


Comentário- Tudo dentro da lei, portanto...:)

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