(do jornal "i")
Sir Alex Ferguson. Adeus ao United com 71 anos, 38 títulos e uma pastilha elástica | iOnline
É 6 de Novembro de 1986. Alex
Ferguson chega a Manchester já com 11 títulos – dez no Aberdeen (entre eles uma
Taça das Taças e uma Supertaça Europeia) e um no St. Mirren (campeão da segunda
divisão escocesa com um plantel de 19 anos de média de idade). O clube
atravessa uma fase negra, ainda à procura da retoma pós-Matt Busby. Desde que a
vitória na Taça dos Campeões, em 1968, já passou pela segunda liga e nunca mais
foi campeão nacional.
O mundo do futebol vive a ressaca do Mundial do México, marcado pela genialidade de Diego Maradona, pelo título da Argentina e, vá, pelo Saltillo à portuguesa. O Real Madrid sagrara-se bicampeão consecutivo da Taça UEFA, algo inédito na história da competição e entretanto apenas repetido pelo Sevilha (2006 e 2007). O FC Porto ainda está longe da final de Viena, mas para lá caminha. Faltam é as equipas inglesas, banidas das provas europeias em consequência da tragédia de Heysel. Mandzukic e Neuer, jogadores do Bayern que no dia 25 estarão em Wembley para decidir a Liga dos Campeões, têm cinco e sete meses. Messi só nascerá sete meses mais tarde.
É 8 de Maio de 2013. Exactamente um mês após a morte de Margaret Thatcher, o Manchester United anuncia a saída de Ferguson no fim da época. São 26 anos e meio, 9680 dias como treinador dos Red Devils. Enquanto conquista 13 Premier Leagues, cinco Taças de Inglaterra, quatro Taças da Liga, dez Supertaças, duas Ligas dos Campeões, uma Taça das Taças, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e um Mundial de Clubes, soma apostas com graus de longevidade muito menores.
Neste período, o Sporting tem 39 treinadores, o Benfica 27 e o FC Porto 24 – contando com cromos repetidos. Lá fora, o Atlético Madrid colecciona 51 e o Palermo 48. Pelo Real Madrid passam 24, mais cinco do que pelo Inter. Chelsea e Man. City, maiores rivais de hoje, têm 18 e 14 treinadores. Ferguson vê cair Thatcher, acompanha os mandatos completos de John Major, Tony Blair e Gordon Brown. Quando um jornalista lhe pergunta pela reforma leva quase sempre uma resposta torta. Até ao dia em que a bomba da reforma cai e o mundo fica na dúvida: como será um United sem Sir Alex?
A viagem de descoberta já começou, mas será ainda mais intensa após a saída definitiva do escocês. Este domingo vai estar pela última vez como treinador em Old Trafford, frente ao Swansea; no fim-de-semana seguinte despede-se por completo com a visita ao Swansea – no 1500.o jogo da carreira. Nessa altura já terá um sucessor: David Moyes será anunciado em breve.
Moyes, no Everton desde 2002, enquadra-se na linha de longevidade e estabilidade que o United tem mantido com Ferguson – Mourinho, pelo contrário, é mais um treinador de ciclos curtos (nunca ficou mais de três anos num clube) e com uma postura mais egocêntrica. Além disso, os dois escoceses têm muito em comum, a começar pelas origens: vêm de duas zonas de Glasgow (Govan e Partick) separadas apenas pelo rio Clyde. O pai de David foi projectista no mesmo estaleiro onde trabalhou o pai de Alex e treinou Fergie numa equipa de miúdos.
Moyes era adjunto no Preston North End quando David Beckham foi lá parar por empréstimo, em 1995. E Ferguson foi o seu mentor: um dia o jovem treinador teve uma oferta para orientar uma equipa da Premier League e pediu a opinião de Ferguson, que lhe disse que rejeitasse e esperasse. Moyes seguiu o conselho. Mais tarde saltou para o Everton. Agora vai substituir o homem que admira desde os anos 80, quando era jogador do Celtic e, sentado no banco, observava “a intensidade, a paixão e a energia” de Ferguson no Aberdeen.
O mundo do futebol vive a ressaca do Mundial do México, marcado pela genialidade de Diego Maradona, pelo título da Argentina e, vá, pelo Saltillo à portuguesa. O Real Madrid sagrara-se bicampeão consecutivo da Taça UEFA, algo inédito na história da competição e entretanto apenas repetido pelo Sevilha (2006 e 2007). O FC Porto ainda está longe da final de Viena, mas para lá caminha. Faltam é as equipas inglesas, banidas das provas europeias em consequência da tragédia de Heysel. Mandzukic e Neuer, jogadores do Bayern que no dia 25 estarão em Wembley para decidir a Liga dos Campeões, têm cinco e sete meses. Messi só nascerá sete meses mais tarde.
É 8 de Maio de 2013. Exactamente um mês após a morte de Margaret Thatcher, o Manchester United anuncia a saída de Ferguson no fim da época. São 26 anos e meio, 9680 dias como treinador dos Red Devils. Enquanto conquista 13 Premier Leagues, cinco Taças de Inglaterra, quatro Taças da Liga, dez Supertaças, duas Ligas dos Campeões, uma Taça das Taças, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e um Mundial de Clubes, soma apostas com graus de longevidade muito menores.
Neste período, o Sporting tem 39 treinadores, o Benfica 27 e o FC Porto 24 – contando com cromos repetidos. Lá fora, o Atlético Madrid colecciona 51 e o Palermo 48. Pelo Real Madrid passam 24, mais cinco do que pelo Inter. Chelsea e Man. City, maiores rivais de hoje, têm 18 e 14 treinadores. Ferguson vê cair Thatcher, acompanha os mandatos completos de John Major, Tony Blair e Gordon Brown. Quando um jornalista lhe pergunta pela reforma leva quase sempre uma resposta torta. Até ao dia em que a bomba da reforma cai e o mundo fica na dúvida: como será um United sem Sir Alex?
A viagem de descoberta já começou, mas será ainda mais intensa após a saída definitiva do escocês. Este domingo vai estar pela última vez como treinador em Old Trafford, frente ao Swansea; no fim-de-semana seguinte despede-se por completo com a visita ao Swansea – no 1500.o jogo da carreira. Nessa altura já terá um sucessor: David Moyes será anunciado em breve.
Moyes, no Everton desde 2002, enquadra-se na linha de longevidade e estabilidade que o United tem mantido com Ferguson – Mourinho, pelo contrário, é mais um treinador de ciclos curtos (nunca ficou mais de três anos num clube) e com uma postura mais egocêntrica. Além disso, os dois escoceses têm muito em comum, a começar pelas origens: vêm de duas zonas de Glasgow (Govan e Partick) separadas apenas pelo rio Clyde. O pai de David foi projectista no mesmo estaleiro onde trabalhou o pai de Alex e treinou Fergie numa equipa de miúdos.
Moyes era adjunto no Preston North End quando David Beckham foi lá parar por empréstimo, em 1995. E Ferguson foi o seu mentor: um dia o jovem treinador teve uma oferta para orientar uma equipa da Premier League e pediu a opinião de Ferguson, que lhe disse que rejeitasse e esperasse. Moyes seguiu o conselho. Mais tarde saltou para o Everton. Agora vai substituir o homem que admira desde os anos 80, quando era jogador do Celtic e, sentado no banco, observava “a intensidade, a paixão e a energia” de Ferguson no Aberdeen.
Reflexão (LBC)
Uma ou outra conclusão:
Ainda há esperança! Ainda há pessoas (escoceses, coincidentemente... :)) que lutam por ideais, são persistentes, seja por estarem 26 anos à frente da mesma equipa, seja por tentarem recuperar pessoas como o CR7 (26 anos!?!?!?).
Secundarizam valores materiais (o que não se passa com o nosso JMourinho...). Mastigam pastilha elástica,...mas também, ninguém é perfeito...
Achei graça a notícias que davam como candidato ao lugar, o Mourinho. Continua, não sei quem, a querer gozar com a matola...
Ou então a estupidez está de tal modo embrenhada, que é como o material quando está calcinado...
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