Reflexao-LBC
Não sei se temos remédio?
Creio, aliás, estou firmemente convicto que não.
Podemos desculpar-nos com a crise mundial, ou com a alemã, com os mercados ou com outra razão qualquer.
Podemos encontrar várias outras justificações para estarmos como estamos. Mas chegados aqui, creio ser evidente, sermos nós que acartamos a maioria da responsabilidade.
Depois de Sócrates, veio este governo de PPCoelho que me deu alguma esperança quando, no seu seio, trazia personalidades como Nuno Crato, Paulo Macedo, e dois outros ministros independentes que acabaram por sair a meio do mandato, Alvaro S. Pereira e V. Crespo. Em vão. Tudo se esfumou, uma vez mais!
Entretanto, e qual D. Sebastião, aparece Antonio Costa. E eis senão quando, feitas as últimas sondagens, aparece com percentagens próximas da maioria. O homem, com mensagens vazias, passou a ser idolatrado, apesar de não ser difícil, polarizando todo o descontentamento, e sucedendo a quem sucedeu...
Mas esta gente é toda doida ou inconsciente? Tenho a certeza de que, para a maioria, se trata apenas ou de mais um "Euromilhões" em que há que apostar para tentar, ou de uma "casa dos segredos", em que há que espreitar para ver o que dá.
Não, não há remédio! Nem para nós que vegetamos neste lamaçal, nem para a memória que nos está sempre a atraiçoar, nem para esta vulgaridade destes políticos, para a qual já não há pachorra.
Merecemos aquilo que temos.
Frederico Valsassina
Ontem, 23.10.2014, realizou-se no Colégio Valsassina, uma cerimónia de homenagem ao Frederico, com o descerramento de uma escultura, a propósito de várias efemérides, desde os sessenta anos em que começou a lecionar Matemática no colégio.
Confesso que senti, uma vez mais, uma grande nostalgia por não ter feito parte integrante deste verdadeiro projecto educativo. O ano que lá dei aulas de Matemática aos 5o e 7o anos, associado aos sucessivos anos em que tenho feito parte do núcleo de veteranos de volei do Valsassina, culminado com o desencanto que foram estes anos dedicados à Engenharia e às obras, deixam-me desalentado.
Alimento sempre o semi-sonho de poder ter abraçado o projecto de professor de Matemática no Colégio Valsassina, digo-o agora sem pejo, e consciente do que fazer parte daquele projecto poderia representar. Iso claro, com o voleibol como fundo de cartaz, ou seja, professor de Matemática e treinador de voleibol, um pouco na linha do que o José Magalhães fez ao longo da sua vida.
O Frederico, e de seguida o Joao, souberam, sem dúvida, dar um cunho pessoal, único, a um projecto educativo que não tem, parece-me, rival.
Sei que sou parcial nesta apreciação. Provavelmente os escolhos seriam de outra natureza, caso abraçasse aquela carreira. Mas não deixo de olhar para trás, e lamentar não ter seguido aquela outra opção.
Mas ao fim e ao cabo, tantas outras opções que havia...
21.10.2014
O Porto recebe o Athletic Bilbau e o Sporting joga na Alemanha com o Schalke 04
Nunca fui de paixões assolapadas, no que ao Futebol diz respeito.
Descobri-o quando era sócio do Sporting, com quotas pagas pelo meu pai. Desisti, por opção minha, e com grande tristeza do meu pai!, quando descobri que não fazia parte daquela matula / fauna tonta e desregulada que me rodeava em todos os jogos a que assisti do Sporting, enquanto fui sócio.
E por isso, e apesar de simpatizar com o Sporting e preferir que ele ganhe ao Benfica e ao Porto, mas não a clubes mais fracos como a Académica ou o Belenenses, não posso deixar de tirar chapéu ao que um clube como o Athletic de Bilbau tem feito. Com prata única e exclusivamente da casa, sem querer jogadores de fora, privilegiando a formação.
É isto há anos. É obra. Apesar de tudo ter um fim.
Que o digam outros clubes que adoptaram este princípio enquanto puderam.
Luiz Boavida Carvalho
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