Agora liguemos a televisão. Eis-nos perante um painel que debate até à exaustão o erro-ou-não-erro do árbitro. A tecnologia - indisponível para os juízes - brilha no LCD e surge uma linha amarela fictícia junto ao tal penúltimo homem, com a qual tem de estar alinhado o atacante, para que esteja "em jogo". Fala-se, gesticula-se, o "super slow motion" em HD hiperboliza: para uns errou, para outros não. E segue para o jornal do dia seguinte, com direito a "photo stills" que congelam rigorosamente o momento do passe. Andamos nisto há anos e, em 90% dos casos, é "bullshit" pura. Purinha. Um juiz aplica a lei, e o código que rege a aplicação da lei (o código do International Board da FIFA) é claro: nada a assinalar quando há dúvida razoável, beneficiar o ataque, o espectáculo. Ora, as discussões a que assistimos são entretenimento e não informação; porque se não houvesse "dúvida", também nada haveria que discutir e aquilo que tinha de ser dito era isto: o árbitro ajuizou bem ao não assinalar. Nós aqui - mesmo com tecnologia - não conseguimos consensos, portanto, há que, de acordo com as recomendações superiores, nada assinalar. E nada a discutir. Um juiz não faz a lei, senão não era um juiz, era um "Sheriff".
Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta. (Einstein) But the tune ends too soon for us all (Ian Anderson)
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Reflexão-Viriato S. Marques
Maria
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Maria
Chegou a Maria :)
E com uma música (lullabye) composta especialmente para o evento, pelo tio babado :)
https://docs.google.com/file/d/0B8OOnoYx3SQIYTREVkZydHNyREk/edit?usp=drive_web
Data memorável, esta. O dia em que a Maria nasceu. A Filipa e o Filipe devem estar nas nuvens, ou até talvez mais acima, nas estrelas. Outra coisa não seria de esperar.
Depois de uma aposta de vida na Suíça desde há cerca de cinco anos, com as repercussões profissionais que bem conhecemos, e que ainda não terminaram, tanto do lado do Filipe (a recente mudança de poiso - e de posição - para Zug indicia outros voos...) como da Filipa (a sua maneira de ser, e a decisão de abandonar a Novartis, indicia igualmente um salutar inconformismo no campo profissional), depois de uma integração naturalmente bem sucedida com a comunidade portuguesa, depois de uma primeira casa bem escolhida e gozada, e de uma segunda de que oiço os mais altos elogios, depois disto tudo, e como não chegasse,...chega a Maria.
Já estou como o outro, mas ainda que com outro sentido: que mais lhes irá acontecer :)?
Filmes-A segunda vida de Camille
A segunda vida de Camille ganho através da resposta à newsletter do Instituto Franco Português em 15nov2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Nostalgia-Richard Harris e Peter O'Toole
E Peter O'Toole, mais mediático e conhecido que Richard, mas igualmente marcante pelo sotaque a que nos habituou.
Aqui, em ambiente mais informal, com jornalistas, e antes de um jogo de râguebi do "Munster" (de acordo com Richard, uma grande representatividade de Limmerick, clube que Richard Harris representou).
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Cartoons (Ana Filipa)
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Moi-Reflexão Desporto
Como estarei empenhado, mas em jogar voleibol com os meus colegas dos vetvals, não acompanharei, em directo, o evento. Nem que a vaca tossisse muuuuuuuito, trocaria um momento pelo outro!
Nos últimos dias a tarantice que se gerou, como vem sendo hábito (...), à volta deste acontecimento continua-me a entusiasmar. Pela negativa, claro está.
Mas vamos aguardar. Gostava, por momentos, e apesar de silenciosamente ter sempre apoiado e puxado pela selecção, que se vivesse uma não qualificação, apenas para ver a série de recriminações, injúrias e quejandos que de imediato, surgiriam no meio.
Não ir ao Brasil? Apenas em pesadelos! Que triste que o país ficaria!...
Saboreemos os momentos que restam...
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Moi-Conferência sobre Linguagens "Ler Devagar"
Moi-almoço Diogo
Moi-Escola Alemã
- Começas por ir a um Museu, onde há, desde logo, um enriquecimento “coltural” intrínseco, seja com quadros e/ou esculturas pendurados cujo conteúdo só o Dono entende;
- Depois estás com um grupo de rapazes que não vês, sei lá, para aí há um ano, e com os quais tens de falar aos berros, ou porque “o Museu” não é insonorizado, ou porque os colegas estão a ficar surdos (como eu…);
- Simultaneamente, se olhares para os lados, verás muito provavelmente umas “raparigas” (estou a ser educado, claro está) insinuando aquelas partes que todos nós ansiamos por ver (e não só);
- Comes aqueles “acepipes” que estão muito na moda, ou seja, uma rodela de batata, uma mini-cenoura e um naquinho de carne a boiar num prato, polvilhado (literalmente!) com pinceladas artísticas de um fu-manchu indefinido à volta. Isto acompanhado pelo empregado que, “alegre” e educadamente (se tivermos sorte) nos serve, com um sorriso proto-tontó-comercial, ora pela direita ora pela esquerda.
-terás música de fundo, com sorte, sem ser aos berros!
E pagas, quando muito, 50 euro!!
Séries-Dexter (s08)
Enfim, um fim. Tenho de me mentalizar.
sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Sociedade-Nazaré
Aproveite-se (mais...) este balanço...
Reflexão-Moi (Diogo e a Volvo)
Efectivamente é, em tudo. Desde o anúncio em si, de uma marca que sempre me mereceu admiração especial. Passando pelo Van Damme que, apesar de ser um vulgar actor de filmes de artes marciais, fez algo de soberbo que eu sempre quis fazer, mas apenas consegui "de lado", ou seja, a espargata. Finalmente a escolha de um dos melhores títulos da Enya. Nota muito, mas mesmo muito alta.
Reflexões-vários
Hoje a política está à frente do país?
Passámos a ser uma sociedade sem valores. Muito poucos de nós respeitam o sentido da ética. A ética não se regulamenta. O que me pergunto é como é que algumas dessas pessoas conseguem dormir. Quando se perde a noção do que é moral e eticamente legítimo perde-se a ideia de que há meios que não devem ser utilizados para determinados fins. Não tenho nada a ideia de que o lucro é uma coisa perniciosa. Agora quando o dividendo é maximizado à custa de deturpação das contas, de alteração de dados, mistificação, sobrevalorização, transferências para offshores ou mecanismos estranhos, tem de haver instrumentos de regulação fortes que possam evitar e punir quem ultrapassa os limites.
E há?
Estamos um bocado naquela situação do prevaricador que sabe sempre um bocadinho mais do que o regulador. Temos o exemplo da crise americana, que contaminou a Europa e acabou depois por dar origem à crise da dívida soberana. O sistema tornou-se caótico. Temos hoje uma perversão muito grande: é que o poder financeiro sobrepõe-se ao poder político. Quando isto acontece, o poder político deixa de ter capacidade para regular.
(Ana Sá Lopes no editorial do "i" em 15.11.2013)
O que sabemos que existe, neste momento, é uma extrema-direita a crescer e a organizar-se. Marine Le Pen deverá ganhar as eleições europeias em França e já prepara activamente uma aliança com os extremistas da Holanda, com a Liga Norte e com outras companhias do género
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Moi-LNEC
Em 12.11.2013 participei no Seminário "O Parque Habitacional e a sua reabilitação".
Almocei com Pedro Gameiro Henriques, e conheci o Rogério Bairrão, amigo do Mário Lopes.
Estão a pensar editar um livro sobre os 15 anos de actividade na Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.
Moi-Cinema (The Butler)
Em 11.11.2013 com a Isa, no Oeirashoping.
Sempre gostei do Forrest Whitaker. Confirmei-o.
Ainda por cima com um Alan Rickman discretíssimo, mas com aquela voz inconfundível.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Séries-The Killing (Season 1)
Passada nos USA, mas sem o conjunto de lugares comuns que habitualmente caracteriza as séries dali provenientes, foi um prazer e um semi sufoco ver esta primeira "season" (a segunda já vou no episódio 8).
Depois de ver recentemente o House of Cards, com o Kevin Spacey, fica-se com uma perspectiva bem concreta do tema "Política", pelo que esta, no The Killing, é tratada a outro nível, bem menos sofisticado e rebuscado. O desaparecimento de uma adolescente é o mote da série. O drama de uma mãe que, por estar separada, não consegue gerir o relacionamento que mantém com o filho, é um dos vários "sub-dramas" que nos faz vibrar, episódio a episódio.
A curiosidade do ambiente ser sempre cinzento, quando não de chuva intensa.
Tal como eu gosto...
domingo, 10 de novembro de 2013
Reflexão-Carlos Heitor
Texto do Carlos Heitor a propósito de um artigo do "The Economist" de 09.11.2013 sobre a avaliação dos professores no USA: ( link http://www.economist.com/news/united-states/21589427-states-are-starting-test-teachers-your-marks)
Luiz,
Se entendi bem o texto, existe cada vez mais a perspetiva de colocar a prestação dos alunos como o fator principal de avaliação da prestação dos professores.
Utilizando o quadro teórico patente no livro de “Henry Mintzberg – Estrutura e Dinâmica das Organizações”, numa empresa a prestação dos elementos do Centro Operacional mede-se pela sua rendibilidade de produção. O problema é que numa escola o Centro operacional não são apenas os professores como alguns querem fazer crer, pois existem alunos com motivações e vontade própria e não máquinas e parafusos. Numa escola o “Parafuso” tem vontade própria. Uma vez coloquei esta questão a uma formadora numa ação de formação sobre a autoavaliação das escolas e a coitada da senhora não me soube responder, provavelmente, ela, tal como muitos experts da nossa praça nunca tinham pensado nisto desta forma.
Um professor de dê aulas numa escola em contexto socioeconómico desfavorável, com alunos violentos (alguns com pulseira eletrónica) ou com necessidades educativas especiais (desde o ano passado que, deste tipo de alunos, só os que têm Currículo Educativo Individual realizam outro tipo de exames, ou alunos que só se alimentam na escola porque passam fome, nem que dê o “pino” pode ter uma “accountability” semelhante aos de um professor de uma escola tipo Pedro Nunes ou de alguma Privada (que até seleciona os alunos que entram).
E o que está aí para vir este panorama ainda vai ficar pior, pois as escolas tipo Pedro Nunes porque têm bons resultados vão receber mais apoios do ministério e vão ficar cada vez melhores, enquanto as outras vão ver os seus apoios reduzidos. Neste quadro a “accountability” serve para justificar o quê?
Agora concordo que formação e experiência não são os únicos fatores que devem concorrer para avaliar um professor, pois seria de desprezar tudo o que escrevi nesta mensagem.
Abraço
CH
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Moi-reflexão (Cap.Philips)
KLE CAPTAIN PHILIPS no Almada fórum com Isa
2.11.2013
A obsolescência da nossa sociedade chega-nos, e agride-nos assim. Começa por nos aliciar anunciando que "Captain Philips é o melhor papel de Tom Hanks". Depois vemos o filme, e confirmamos que faz um papel interessante, com realce especial para a última parte, aquando do processo de libertação do sequestro, e na fase de "estado de choque". Comungámos e identificámo-nos muito com aquele momento.
Quanto ao resto, uma história dos nossos dias; o sequestro de um cargueiro junto à costa Somali. Um filme normalíssimo. Um elogio, claro, à força do SAS que interveio, da forma que nos foi mostrada, na libertação do comandante do cargueiro.
Quando oiço as vozes críticas sobre a espionagem da NSA, sobre os dinheiros que são gastos na monitorização de grupos rebeldes e afins, sobre os voos não tripulados que liquidam rebeldes islamitas, algumas vezes sobre as coboiadas que as agências de segurança espoletam, não posso deixar de me interrogar sobre a crescente necessidade de utilização de toda a gama destes processos?
Verifiquei, uma vez mais, a alegre, voluntária e seguidista participação de dezenas de jovens que insistem em comprar pipocas e coca cola e irem, "carneiristica e alarvemente", alambazar-se ruidosa, boçal e espanpanantemente para o meio do comum, silencioso, sossegado e pacato cidadão que apenas quer ver mais um filme. Pergunta: Quando chegará o dia das pataniscas e da água-pé??
Mas a malta não se enxerga? Porque será que gostamos de exibir a nossa aculturação, a nossa ignorância, a nossa falta de civismo e de inteligência? Tragam-me uma ilha! Já!! Ou dêem-me superpoderes! Ou...enjaulem-nos!
(Cartoon enviado pelo Zé Azevedo, e que me pareceu adequado à caracterização mais elementar do universo da amostra da malta que come pipocas e coca cola no cinema)
Moi-reflexão
1- Que belo treino o de ontem (5.11.2013) à noite; disputado, suado, equilibrado e pacífico, sem quezílias. Enfim, duas belas horas de convívio entre nove excelentes pessoas que, curiosamente, se reuniram ontem. De um lado eu, o Rui Cardal, o Pierre e o Carlos Barroso. Do outro o Zé Azevedo, o Orestes, o Alfredo, o Manuel Piedade e o Luís Costa.
2- Hoje o Filipe, na nova fase da sua vida profissional dentro da Varian, está durante dois dias, em Istambul. Vai acompanhar uma operação de formação da empresa, à semelhança do que será uma das componentes do seu futuro próximo. Depois de terem mudado de casa em Basel, há cerca de dois meses, para uma que, segundo eles e a São, é um pequeno sonho, eis senão quando surge esta oportunidade que vai ao encontro do que ele sempre tem ansiado: deixar a research e as IT, para se dedicar (e "evidenciar") a uma componente mais social da sua participação na firma. Claro que há o problema do nascimento próximo da Maria, que coincide com esta alteração significativa da vida dele(s). As viagens periódicas (mensais) que se adivinham, não vão ser pacificamente aceites... Esperemos que a presença da Madalena mas, sobretudo, "a de espírito" (...) da Filipa, atenuem a eventual conflitualidade que possa surgir. Estou convencido que a sua formação profissional, mas sobretudo a sensatez que eu adivinho que ela terá, serão decisivos para a ultrapassagem desta fase.
3- o Diogo continua paulatinamente a construir o seu mundo em Londres, seja através da frequência do curso de música, seja dando aulas de Yôga. E enquanto muda e não muda de casa, continua a responder a tudo o que lhe envio, seja SMS, seja mails. E a enviar links curiosos sobre Ted e afins. Está no bom caminho. Pena não ficar em Londres, mas reterá certamente esta vivência, a sua importância e os contactos ser-lhe-ão determinantes para o futuro.
4- Do Luís Mata e da DB nada! Se na Consulgal parece ter havido uma pequena mudança no meu relacionamento com MRodrigues, através dos pedidos que tomou a iniciativa de ter, para o ajudar, seja na implementação de um quadro de acompanhamento dos projectos internacionais, seja na escolha de CV para Coordenador de Segurança para Nacala, dos "alimães", nada. Aguardemos!
Que bom que é praticar volei com este grupo, enquanto penso na vida que o Filipe e o Diogo têm vindo a construir.
Será "pouco"? Não, penso que é muito. Definitivamente!
Moi-almoço MBraz e Lena
Almoço em 05.11.13, em casa do M. Braz e da Lena. O costume; um ambiente acolhedor, dois amigos que gostam de me receber, um almoço cheinho de tudo: o queijinho e o pão saloios, a carne estufada, a salada e as batatas fritas, regadas por uma colheita de 1984, a fruta, os pastéis de nata, o café e a aguardente caseira. Ah!, e o chapéu que o Manuel comprou nos Azevedos no Rossio, e que serviu, e de que maneira, no seu passeio no Lago LeMans, aquando das férias em Genéve. Orgulhosíssimo com o chapéu, orgulhosíssimo, nem o reconheci!! Parecia um miúdo.
Continua a traduzir não de castelhano, mas desta vez do inglês, livro que, de imediato lhe pedi emprestado quando acabasse.
Não lhe pesam os 78 anos que leva. E é sempre um prazer ouvir alguém que, apesar de por vezes em excesso, sabe falar.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Reflexões (vários)
Nicolau Vale Pais in Jornal Económico (comentadores de futebol)
Alberto Gonçalves in DN (escutas da NSA ao Governo)
Alívio cómico
Todo vaidoso, o Governo jurou não existirem quaisquer indícios de que entidades nacionais tenham sido escutadas pelas agências de espionagem americanas. Em vez de orgulho, o Governo deveria mostrar vergonha e perguntar-se porquê. O pior era a resposta: porque não pesamos no mundo. A menos, claro, que a CIA e aparentados andem com demasiado tempo livre e reservem o fim do dia para a merecida galhofa. Temos um país falido cuja população exige nas ruas a manutenção das causas da falência. Temos um Governo que demora nove meses a parir um "guião" para a reforma do Estado que se limita a reformar, com pensão vitalícia, a lucidez dos que o levarem a sério. Temos um ex-primeiro-ministro vocacionado para o embuste e preparado para voltar a mandar no exacto país que arruinou com empenho. Temos a dra. Assunção. Temos o "repúdio" ao sr. Blatter. Temos o dr. Seguro. Temos os "trabalhadores" da CGTP em greves e manifestações tão sucessivas que não há quem lhes retenha as datas. Temos uma "inteligência" convencida de que o nosso atraso de vida é culpa do "estrangeiro". Temos, em suma, os ingredientes necessários para que os espiões dos EUA passem um bom bocado. Fora do expediente.
J. Nogueira Pinto in Sol
Não querem saber. Mas é bom saberem que um país em que não existe segredo de justiça e, qualquer dia, segredo bancário, é um país pouco convidativo, não só para os angolanos mas para quaisquer investidores. Mas viva a transparência.
Adriano Moreira in DN
Nesta crise ocidental, que participamos, o conceito de gente do passado é mais de definição orçamental, para enfrentar o fenómeno da "geração grisalha", gente do passado cujos impostos contribuíram para custearem a perfeição gestora atual, sem riscos de tributação retroativa.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Reflexão-Diogo Luís
Os irmãos Bogdanov (matemáticos e físicos de renome, estudiosos do Universo), que vieram a Portugal o ano passado aquando do Dia Mundial do Yoga de 2012 em Beja, disseram em entrevista à RTP: "Quando os cientistas imprimem os seus mais dedicados esforços para alcançarem uma montanha ou uma conquista no conhecimento, quando chegam lá ao topo encontram os Yogi, sentados a meditar há horas que lhes dizem: "só chegaram agora?" " interessante ;)
ah!! mas o Yoga não é só ficar sentado! também há aquelas posições estranhas que deixam um tipo a suar em bica!
tudo isto junto traduz-se em uma palavra mágica, que vai faltando nos dias de hoje: Saúde :)
beijocas :)
ioio
Reflexão-Henrique Raposo (claques)
Acabem com as claques
Henrique Raposo
No domingo, o enésimo confronto entre claques causou comoção e espanto. Não percebo porquê. A sociedade e a polícia legitimam há anos o vandalismo das claques. Não o controlam, não o punem, legitimam-no. E a legitimação começa num termo engraçado, "caixa de segurança". É este o eufemismo que esconde uma cena absurda que se repete época após época: quatro, cinco, seis, dez mil gandulos juntam-se num sítio e depois são escoltados pela polícia até ao estádio do rival na tal "caixa de segurança". Neste percurso legitimado e protegido pela polícia, a "caixa de segurança" funciona como um arrastão, lojas têm de ser fechadas, ruas têm de ser fechadas. Ou seja, o estado de direito, representado pela polícia, não protege o cidadão das acções dos bárbaros. Faz o inverso: põe em causa a normalidade do cidadão para permitir a passagem de um pequeno furacão de candidatos a gangsters. Eis, portanto, o absurdo: a polícia é babysitter de gente que devia estar a prender. Sim, o lugar de boa parte daqueles charrados profissionais não é o estádio, é o chilindró.
Mas o absurdo da "caixa de segurança" não acaba aqui. Lá dentro, não existe lei. Ou melhor, existe a lei dos pequenos mafiosos que controlam a turba. Nas barbas da polícia, que só controla o cordão exterior da "caixa de segurança", aqueles índios caminham com armas, droga e petardos. Pior: eu sou revistado à entrada do estádio, mesmo quando levo uma criança pela mão, mas ninguém revista as claques. A impunidade é total. É como se a claque de futebol fosse uma licença para o banditismo. E a impunidade chega ao limite quando vemos esta gente a agredir polícias com um sorriso nos lábios. Porque é que sorriem? Porque sabem que não sofrerão grandes consequências. O índio da claque sabe que está protegido pela confusão, sabe que as suas acções individuais são diluídas pela onda colectiva. Resultado? Na TV e ao vivo, já vi claques a humilhar polícias sem qualquer tipo de consequência posterior. Porque é que isto acontece? Como é que podemos ser tão tolerantes com gente que actua objectivamente fora da lei? E existe ainda outro acorde desta sinfonia de impunidade: em Portugal, apenas treze indivíduos estão legalmente impedidos de entrar em estádios. Treze. Parece piada, não é? Mas a piada maior é outra: a polícia não tem meios para os controlar. Porquê? Provavelmente porque está a fazer "caixas de segurança" para os outros 10 mil índios.
Como já se percebeu, esta questão sai do relvado e entra na moral da sociedade por inteiro. Aliás, a falta de firmeza perante as claques é um dos sintomas de uma doença grave que nos afecta há décadas: a sociedade portuguesa confundiu autoritarismo com autoridade. Se o primeiro conceito invoca um sistema político filha da mãe, o segundo representa um valor fundamental na vida democrática. Ao contrário do que reza a lenda,democracia não é a abolição da autoridade. É, isso sim, a legitimação da autoridade. O poder policial do Estado Novo era ilegítimo, porque estava ao serviço de um regime autoritário. O poder policial da democracia é legítimo, porque está ao serviço do nosso bem comum. À justiça da ditadura, que tinha duas espadas e nenhuma balança, não se seguiu uma justiça com duas balanças e nenhuma espada. A justiça democrática tem a espada ao lado da balança, e não deve ter medo de usá-la. Uma carga policial sobre claques de gandulos não é repressão, é lei e ordem. A proibição activa destas claques lideradas por criminosos não é repressão, é decência.
Será preciso morrer alguém para acabarmos com a brincadeira?